segunda-feira, 26 de junho de 2017

Estado Laico e Liberdade Religiosa

Há dois anos, tirei uma nota baixa na prova de uma das disciplinas da Faculdade, por ter respondido a uma das questões, com conteúdos bíblicos cristãos.

Necessário foi, esclarecer o assunto. 

O princípio do Estado laico tem sido objeto de várias controvérsias dentro de alguns órgãos públicos em nosso país, apesar da clareza do direito fundamental de liberdade religiosa, assegurado pela Constituição Federal.

Essas controvérsias são decorrentes basicamente dos equívocos de interpretação e aplicação do princípio da laicidade. Esses equívocos interpretativos concorrem para fomentar uma espécie de aversão a qualquer atividade de caráter religioso no interior de repartições públicas, escolas, hospitais, como se tal princípio tivesse por finalidade proibir toda e qualquer manifestação religiosa nesses locais.

Essa aversão proibitiva de manifestações religiosas no interior de entidades públicas não encontra respaldo na legislação. Além disso, afronta o princípio da liberdade de exercício dos cultos, previsto na Constituição Federal, no art. 5º, inc. VI: é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;.

Essa garantia de liberdade religiosa é uma importante conquista dos cidadãos brasileiros, que pode ser exercida em perfeita harmonia com o princípio do Estado laico. Não há conflito entre esses princípios, quando aplicados nos moldes previstos na legislação. A história e a evolução Constitucional Brasileira nos ajudam a compreender como é possível harmonizar a prática de culto com a laicidade do Estado. 

O direito de liberdade religiosa somente foi inserido no ordenamento jurídico pátrio com o advento da Constituição Republicana. Trata-se da Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil, promulgada em 24 de fevereiro de 1891, cujo art. 72, § 3º, assim prescrevia,ipsis litterisTodos os individuos e confissões religiosas podem exercer publica e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito commum.

Ressalta-se que a Constituição anterior não garantia a liberdade de culto. Tão somente permitia a liberdade de crença, desde que não externassem publicamente as manifestações religiosas. Isso porque o Império tinha como religião oficial a católica apostólica romana. A Constituição Política do Império do Brazil, outorgada em 25 de março de 1824, estabelecia no art. 5º, in verbisA Religião Catholica Apostolica Romana continuará a ser a Religião do Imperio. Todas as outras Religiões serão permitidas com seu culto domestico, ou particular em casas para isso destinadas, sem fórma alguma exterior do Templo.

A Constituição Federal em vigor, promulgada em 05 de outubro de 1988, seguindo a mesma linha das Constituições posteriores à Republicana, manteve o princípio da liberdade religiosa. Instituiu também o princípio do Estado laico, mediante a proibição imposta à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, de oficializar qualquer igreja ou culto religioso. Desse modo, esses entes públicos não podem apoiar um segmento religioso e nem discriminar nenhuma religião. Devem se manter em posição absolutamente neutra, completamente imparcial em relação aos cultos religiosos existentes no país. 

Essa imparcialidade imposta ao Estado não implica dizer que estão proibidas as manifestações religiosas em espaços públicos. Não significa também que o Estado, por meio dos seus agentes e servidores, deve impedir as práticas públicas de culto nos interior dos órgãos públicos. Ao contrário disso, o Estado não pode causar nenhum embaraço e nem dificultar a atividade religiosa exercida livre e espontaneamente por seus cidadãos, desde que respeitada a liberdade de convicção e crença de cada pessoa.

Essas limitações são impostas aos entes públicos pela Constituição Federal, que dispõe no art. 19 dessa forma: É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;. Esses são os preceitos que traduzem o real sentido do princípio de Estado laico.

Acerca do referido princípio, Pedro Lenza, na obra Direito Constitucional Esquematizado, 17ª edição, Editora Saraiva, assim preleciona: existe separação entre Estado e Igreja, sendo o Brasil um país leigo, laico, ou não confessional, não existindo, portanto, qualquer religião oficial da República Federativa do Brasil. E ao discorrer acerca da liberdade religiosa, ressalta os seguintes aspectos: Dentro de uma ideia de bom-senso, prudência e razoabilidade, a Constituição assegura o direito a todos de aderir a qualquer crença religiosa, ou recusá-las, ou, ainda, de seguir qualquer corrente filosófica, ou de ser ateu e exprimir o agnosticismo, garantindo-se a liberdade de descrença ou a mudança da escolha já feita.

Diante disso, a correta interpretação do princípio de Estado laico conduz necessariamente ao entendimento de que tal princípio não tem o condão de suprimir a liberdade religiosa dos cidadãos. Muito pelo contrário, como visto acima, a laicidade estatal impõe uma vedação não aos indivíduos, mas ao próprio Estado, proibindo-o de assumir uma bandeira religiosa e de impedir o livre exercício das expressões religiosas por parte daqueles que possuem uma crença.

Decorre ainda desse princípio, o fato de que o Estado, por meio dos seus agentes e servidores, deve permitir que as manifestações de culto ocorram em ambientes públicos, tais como escolas, hospitais, presídios, dentre outros. Essa possibilidade de culto fica claramente evidenciada pela Constituição Federal que garante o acesso de religiosos a locais restritos, para a prestação do serviço de assistência religiosa, denominado capelania, conforme art. 5º, inc. VII: é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;.

O supracitado dispositivo Constitucional foi regulamentado pela Lei nº 9.982, de 14 de julho de 2000, cujo art. 1º dispõe: Aos religiosos de todas as confissões assegura-se o acesso aos hospitais da rede pública ou privada, bem como aos estabelecimentos prisionais civis ou militares, para dar atendimento religioso aos internados, desde que em comum acordo com estes, ou com seus familiares no caso de doentes que já não mais estejam no gozo de suas faculdades mentais. Nota-se que esse preceito legal autoriza expressamente a prática religiosa em hospitais da rede pública, bem como em estabelecimentos prisionais civis ou militares, unidades organizadas e mantidas pelo Estado, desde que observadas as peculiaridades desses ambientes.

Acrescenta-se como mais uma evidência de que o Estado deve permitir a prática de culto em repartições públicas, o fato de que algumas instituições criaram quadro próprio de capelania. Os religiosos que compõem esses quadros são denominados capelães e prestam assistência religiosa prioritariamente aos integrantes dessas instituições públicas. É o caso da Polícia Militar e Corpo de Bombeiro Militar dos Estados da Federação, bem como das Forças Armadas.

Cita-se a título de exemplo a Lei nº 6.923, de 29 de junho de 1981, que organizou o Serviço de Assistência Religiosa nas Forças Armadas. O art. 2º desse diploma legal preconiza: O Serviço de Assistência Religiosa tem por finalidade prestar assistência religiosa e espiritual aos militares, aos civis das organizações militares e às suas famílias, bem como atender a encargos relacionados com as atividades de educação moral realizadas nas Forças Armadas.

Constata-se, portanto, que a Constituição Federal e as Leis Federais acima referidas autorizam de modo expresso a atividade religiosa no interior de hospitais públicos, presídios civis e militares do Estado, bem como a realização do serviço de capelania nas instituições militares dos Estados da Federação e nas Forças Armadas. Logo, não há como impedir a manifestação religiosa em escolas e demais repartições públicas não referidas expressamente. Isso porque deve existir igualdade de direitos e de tratamento entre todos os cidadãos brasileiros, como forma de promover o bem estar de todos, sem preconceitos e sem quaisquer outras formas de discriminação.

Diante do exposto, conclui-se que há perfeita harmonia entre o princípio da liberdade religiosa e o princípio do Estado laico, não existindo qualquer conflito entre ambos. A laicidade do Estado não impõe vedações aos indivíduos, mas ao próprio Estado, que fica impedido de oficializar culto religioso ou igreja, bem como de provocar embaraços ao livre exercício das manifestações religiosas. 

Ademais, Estado laico não significa afirmar que estão proibidas as práticas de culto no interior de repartições governamentais. Isso porque a legislação autoriza a prestação de assistência religiosa (capelania) em hospitais públicos, presídios civis e militares, Polícias e Bombeiros Militares dos Estados da Federação e nas Forças Armadas. Enfim, essa liberdade de culto se estende às demais entidades públicas, como escolas e repartições não referidas expressamente em lei, por força do princípio da igualdade de direitos entre os cidadãos brasileiros. 

Fonte: 

Defesa do Evangelho
Blog do Adiel Teófilo
http://adielteofilo.blogspot.com.br/2017/06/a-igreja-dentro-lei-estado-laico-x.html

terça-feira, 20 de junho de 2017

Os Anjos


Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação? (Hb.1:14).

Atualmente o tema anjos é popular tanto no meio religioso quanto no mundo secular. Livrarias e lojas de presentes estão repletas de estátua e anjos ornamentais, pinos de lapela e livros narrando supostos encontros com anjos. As pessoas falam de "anjos da guarda" e essa expressão foi absorvida para dentro do vernáculo. Acredita-se que cada pessoa tem um anjo da guarda. Mas existe algo assim, como "anjo da guarda" e cada pessoa tem o seu?

Em Hebreus 1 o autor nos mostra quão maior é o Filho de Deus do que os anjos. Eles são servos dAquele que é o herdeiro de todas as coisas. Os anjos estavam presentes no nascimento do Senhor, bem como em momentos críticos de Seu ministério. Eles apareceram na Sua ressurreição e ascensão e estarão presentes em Sua segunda vinda. Mas o que é verdadeiro acerca do herdeiro, também é acerca dos "co-herdeiros". Isso significa que apenas os que são salvos ou que estão sujeitos aos conselhos de Deus para a salvação possuem anjos da guarda, mas os perversos e incrédulos não. Isso pode ser visto na história de Lázaro e do homem rico (Lucas 16:19-31). Quando Lázaro morreu, ele foi levado pelos anjos para o céu, mas nenhum anjo se encontrou com o homem rico na sua morte. O Senhor Jesus disse acerca das criancinhas que acreditavam nEle, que seus anjos "nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus" (Mateus 18:10).

Anjos acompanham os crentes desde seus primeiros dias até partirem desse mundo. Os anjos, com frequência, vêm socorrer os crentes (Atos 12:7; 27:23). Como o servo de Eliseu da antiguidade, se nossos olhos estivessem abertos, nós poderíamos ver que mais são os que estão ao nosso lado, do que contra nós (2 Reis 6:16-17), pois "o anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra" (Salmos 34:7). 

http://www.chamada.com.br

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Nostalgia, a Prima da Saudade

Somente quem viveu momentos belos e felizes é que é invadido pela nostalgia, diferentemente daquele que passou pela vida e não viveu. É o sentimento que surge a partir da sensação de não poder reviver certos momentos da vida - apesar de que alguns destes momentos, graças à tecnologia, podem ser reproduzidos com certa fidelidade. A nostalgia é uma sensação que se debate entre a tristeza e a plenitude. Tristeza pelo que já não está. Plenitude ao reviver a lembrança do que foi. A palavra vem do grego e significa algo como “dor pela volta para casa”.

O lar e a nostalgia

Ao que parece, a nostalgia sempre está associada a elementos ou sentimentos daquilo que podemos chamar de lar. Na realidade, a palavra “lar” pode ser muito mais complexa do que parece à primeira vista. Lar é a infância com suas brincadeiras e a constante surpresa frente ao mundo. Lar são todas aquelas pessoas e situações que nos acolhem profundamente, como se estivéssemos em casa. Lar é também a pátria, esse lugar onde não nos sentimos estrangeiros. Mais que um lugar específico, o lar é um estado da alma. Ele se caracteriza porque possui uma atmosfera de confiança, de paz e de plenitude.

A nostalgia e a memória

A memória é, principalmente, uma função afetiva. Raras vezes lembramos das pessoas e das coisas como elas realmente foram, e sim como sentimos que eram. Nossa memória não é como a dos computadores, que armazenam dados sem modificá-los. Muito pelo contrário, a memória humana é bastante moldável. Ela nem sempre se ajusta aos fatos como ocorreram, e lhes outorga diferentes significados segundo as circunstâncias. Esse simples ato cobra novos significados e, por isso mesmo, às vezes atribuímos gestos ou palavras que talvez nunca aconteceram, mas que complementam essa memória afetiva que construímos.

A nostalgia e a saudade

A nostalgia tem uma palavra prima: a saudade. Também pode ser entendida como o sofrimento que vem como resultado da ignorância. Não saber onde está, ou como alguém está. É o que acontece no caso de morte: as pessoas que amamos se vão e algo dentro de nós deseja saber mais delas. Quem acredita vai querer saber se alcançaram o paraíso ou não. Quem não acredita vai tentar decifrar o significado filosófico ou existencial da morte, dar a ela um lugar no mundo simbólico dos que já não estão.
Por que será que, por mais que a gente tente, muitas vezes é incapaz de abandonar determinadas memórias afetivas: imagens que construímos de nós mesmos, velhos amores, antigos padrões de comportamento? E parece que não adianta mesmo fugir - tais memórias são nossa bagagem, estarão sempre a nos acompanhar. Claro que tudo isso depende do uso que fazemos do nosso passado. Pois uma coisa é ter o tempo pretérito como referência - é por meio do exemplo de pessoas e ações que vieram antes de nós que procuramos não perpetuar os erros de outrora ou que nos espelhamos para construir um presente melhor.
Isso é essencial em todas as culturas, do velho pajé que conta antigas proezas da tribo aos mais jovens até os livros de história que nos ensinam sobre os capítulos sombrios da nossa civilização.

Outra coisa bem diferente (e daninha) é a fixação no passado, quando remoemos aquilo que já está longe no tempo e no espaço, ou idealizamos (alguém, uma situação, um estilo de vida) a ponto de não mais conseguirmos olhar para a frente e aproveitarmos o presente - nosso tempo - em todo seu potencial. Aí entra a danada da nostalgia. Sim, porque a nostalgia, essa palavra grega que significa algo como "saudade de um lar que não mais existe ou nunca existiu", pode ser um obstáculo para o nosso crescimento. Repare em como num momento ou outro a gente pensa num tempo bom que não volta nunca mais, numa "era de ouro" (completamente idealizada, uma ficção que mistura memória e desejo) em que tudo tinha cores mais belas. Ah, antigamente...

Faz mal?

O conceito de nostalgia, diferentemente do que muitos pensam, não vem da poesia ou da política, mas da medicina, e data do século XVII. Embora a palavra nostalgia seja de uso comum, ela foi inventada pelo médico Johannes Hofer em 1688. Em sua tese de doutorado, ele analisou os casos de um estudante e um empregado com graves problemas de saúde. Os dois chegaram a agonizar, mas, por diversas razões, cada um foi levado para sua casa para morrer junto com sua família. Milagrosamente ambos melhoraram. Naqueles tempos, a nostalgia foi considerada um sintoma grave. Se um soldado apresentava esse sentimento, imediatamente era enviado para casa. O mesmo acontecia com os marinheiros. Naquela época, alguém que padecesse de nostalgia podia apresentar sintomas tão variados e nefastos como náusea, perda de apetite, febre alta chegando até mesmo a complicações físicas extremas, como inflamações no cérebro e ataques cardíacos. Em suma: nostalgia, naquele tempo, fazia parte de um temível rol de doenças classificadas pela ciência médica do período.

Nos velhos tempos, nostalgia era uma doença curável. Perigosa, mas não letal. O tratamento mais difundido era feito com emulsões hipnóticas e ópio. No século XIX, o escritor e médico brasileiro Joaquim Manuel de Macedo (que entraria para os compêndios como o popular autor do romance, A Moreninha) arrolava em sua tese Considerações sobre a Nostalgia, apresentada à Faculdade de Medicina, complicações como disenteria e febres. A doença nostalgia era constantemente atribuída aos soldados em guerra e aos imigrantes vindos do interior. A coisa parecia mesmo tão grave, num tempo que ainda não vira o aparecimento da moderna psicologia e de todo o aparato farmacêutico, a ponto de Joaquim Manuel de Macedo tratá-la como uma espécie de demência.

Hoje em dia, no entanto, não se toma a nostalgia como uma condição patológica como se supunha no passado. Ao ser comparada à depressão e à melancolia, por exemplo, a nostalgia pode ser considerada um estado de espírito, quando a depressão e a melancolia são doenças em si. A nostalgia pode ser vista como algo que desperta para a ideia de que também no presente coisas boas serão possíveis.
Somente quem viveu momentos belos e felizes é que é invadido pela nostalgia, diferentemente daquele que passou pela vida e não viveu. Por isso, nostálgicos voltam ao passado no qual amaram e foram amados. Na melancolia ou depressão: nunca foram amados ou amparados.

Faz sofrer

Você certamente conhece a figura: aquele eterno insatisfeito, o tipo de pessoa de quem mais se ouve que antigamente... - ah! Antigamente, como as mulheres eram mais bonitas (a beleza natural), as ruas mais limpas e o ar mais puro. É bem possível mesmo que a vida fosse mais amena. O custo de vida era mais baixo e o trânsito, muito menos estressante. E, lógico, havia menos gente no mundo. Acontece que esse "antigamente" idealizado nunca mais voltará. Fato é que fabricamos muitas das nossas memórias e não temos certeza do passado, por isso mesmo é que o tempo pretérito nos parece ter cores tão mais definidas e ostenta uma cenografia tão impecável. É como um quadro que pintamos em nosso cérebro. A nostalgia é uma espécie de reaproveitamento da tristeza. Ainda que difusa, ela sinaliza algo que foi bom. Eu era feliz e não sabia. Isso denota o estado fantasioso da nostalgia em relação ao presente.

Claro que é impossível voltar ao passado, mas trazer seus elementos agradáveis de volta ao presente é algo bastante concreto. Se você gostava, por exemplo, de tocar violão, mas não pratica há anos, que tal treinar de vez em quando? Se sente muita falta da casa da mãe, comer um arroz com feijão no fim de semana pode dar um gostinho do lar para sempre desaparecido. Não é que vá matar a saudade. Até porque nostalgia e saudade são coisas diversas. A nostalgia é um estado mais amplo, mais difuso que um sentimento de saudades. Enquanto este diminui quando reencontramos o objeto faltante, a nostalgia pode permanecer mesmo quando reencontramos aquilo de cuja falta nos demos conta, mas ajuda a acalmar o sofrimento.

Pois nostalgia e perda são sentimentos tão parecidos que muitas vezes podem se confundir. A dor imensa que representa a perda de um filho é um exemplo de situação-limite que instaura uma condição nostálgica - e que pode desencadear uma baita depressão, já que as lembranças do passado se convertem em um fardo insuportável. Nesses casos, a tristeza levará à impotência, ao sentimento de fracasso e de culpa. Nada mais é recuperável. Aí o recomendável é que se trate a depressão advinda desse processo.


Fontes:

SILVA, Deborah Couto e. A danada da nostalgia. 2017. Disponível em: <http://vidasimples.uol.com.br/noticias/pensar/a-danada-da-nostalgia.phtml#.WThBC2jys_5>. Acesso em: 07 jun. 2017.

SANTANA, Ana Lucia. Nostalgia. 2017. Disponível em: <http://www.infoescola.com/psicologia/nostalgia/>. Acesso em: 07 jun. 2017.


segunda-feira, 5 de junho de 2017

O Preço de um Sonho

Essa mensagem não é uma tentativa de desanimar as pessoas, mas uma certeza de encorajamento a todos que ousarem a ser como o nosso protagonista. Muitas pessoas deixaram de sonhar ou deixaram seus sonhos caírem no esquecimento, creio que os motivos foram os mais diversos, mas quero que você que desejou ler esta mensagem possa levá-la a muitos amigos e colegas, para que também sejam abençoados com a palavra de Deus. Só Deus pode mudar a história de uma vida, seja ela qual for. 
        


A FAMÍLIA DE JACÓ

Após ter cumprido o contrato verbal com Labão, Jacó decide ir embora levando suas esposas e seus filhos. Os tempos se passam e agora Jacó e sua família estava na verdade em Hebrom nas terras de Canaã, porém anida se não havia tomado posse de sua herança, sendo ainda moradores estrangeiros em Canaã, e já se fazia onze anos desde que Jacó ali chegara.

Jacó chegou em Hebrom levando consigo suas quatro mulheres e seus doze filhos, tendo uma família constituída da seguinte forma: 

LÉIA OU LIA

Esta era filha mais velha de Labão, irmão de Rebeca, mãe de Jacó. Seu nome pode significar “Olhar tenro”. Lia foi dada a Jacó como esposa depois de uma trama articulosa de seu pai, a fim de que ela não ficasse solteira e não desse a Labão netos. Lia deu a Jacó sete filhos, sendo seis homens e uma mulher. Assim sendo ela foi mãe de seis das doze tribos de Israel. Os filhos homens eram Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, e uma filha chamada Diná.

ZILPA

Esta era serva de Lia, que a seguia e como serva deveria obedecer todas as suas ordens seja elas qual fossem, então lia dá Zilpa como esposa a Jacó para que dela viessem filhos que pertenceriam a senhora e assim pensava Lia que teria o coração e o amor de seu esposo, e seguindo a ordem de sua senhora, Zilpa dá a Jacó dois filhos homens chamados Gade e Aser.

BILA

Bila era serva de Raquel, e também como serva em obediência a sua senhora Raquel, é dada como esposa a Jacó e entrando a ela, Bila dá a Raquel dois filhos homens chamados Dã e Naftali.

RAQUEL

Esta também era filha de Labão, assim sendo era irmã de Lia, ambas primas de Jacó. Raquel era o amor da vida de Jacó, e foi por ela que trabalhou quatorze anos de graça na fazenda de Labão. Raquel era estéril mas já em sua velhice ela concebe e dá a Jacó quem também já estava em boa velhice dois filhos, que os chamou de José o primeiro e seu irmão Benjamim que nasceu em Betel. Infelizmente Raquel morre no parto de Benjamim.

Em ordem cronológica, eram os filhos de Jacó, ou as doze tribos de Israel as seguintes: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim.
            

JOSÉ O FILHO MAIS AMADO

Em uma casa onde há filhos uma verdade é que uns adquirem mais afinidade com o pai e outros com a mãe. Não que Rebeca amasse mais a Jacó do que a Esaú, não que Jacó amasse mais José do que seus outros filhos, mas a verdade é que os filhos se unem mais a um de seus pais, pois em minha casa tenho dois filhos homens, o mais velho é mais apegado a minha esposa e o mais novo a mim. Isso não faz como que haja uma preferência, mas demonstra a afinidade. Então era José aquele que mais amava o pai, aquele que mais agradava o velho Jacó.

Era costume nos dias de Jacó, o pai colocar o nome nos filhos, mas vemos que no texto do capítulo 29 de Gênesis, as mães davam os nomes, claro que tinham autorização do Jacó, e aprouve a Deus que a José fosse lhe dado uma nome diferente de seus irmãos, ou seja, Yossef, que significa “Descobridor de coisas ocultas”.

Ora! Percebendo Jacó que José era o que mais lhe agradava e lhe buscava o bem, Jacó dá a José uma túnica, que na verdade não foi feita por Jacó, mas segundo os sábios judeus, era uma túnica que foi dada a Isaque por seu Abraão como um símbolo da marca da promessa. Então seria sensato pensar que aquela túnica fosse dada a Rúben como herança, ou a Judá como profecia de promessa, mas aprouve a Deus escolher aquele que era desde sua infância um verdadeiro sonhador.

Segundo a Bíblia José era aquele que trazia noticias a seu pai, era ele que contava a verdade de tudo que acontecia na casa de seu pai, pois vemos que quando José tem um segundo sonho e conta a sua família, seu pai o repreende na frente de todos para não tirar a autoridade de seus irmãos e das matriarcas da casa, mas o versículo diz assim: “Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.” (Gn,37:11). Verdadeiramente José era diferente dentre seus irmãos e Jacó já havia percebido essa diferença.

A Bíblia cita somente dois sonhos tidos por José ainda no seio de sua família, mas bem sabemos que somente dois sonhos não deixariam seus irmãos irados e com muita inveja do menino que tinha apenas dezessete anos, pois quando os sonhos começaram penso que todos riam da cara de José, mas certamente acredito que alguns desses sonhos vieram a se concretizar, isso sim colocaria inveja no coração de seus irmãos.

CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DE UM SONHADOR

Mas o que teria levado José a ser um sonhador? Por que José sonhava tanto? Porque um sonhador incomoda as pessoas assim? Perguntas pertinentes não acham?

O que vejo aqui na vida de José é que era melhor nunca ter sonhado, do que sonhando ter passado pelo que passou. Então vejamos o que aconteceu com José após ter sonhado, e se tornado assim um sonhador.

DESPERTA INVEJA

Eu creio que esta é a pior das macumbas que alguém possa fazer. A inveja é algo terrível. Algo que corrói o invejoso por dentro, pois invejar é o mesmo que desejar ter o que o outro tem, ou desejar que o outro não tenha assim como ele não tem. Sim! A inveja é um sentimento maldito e típico de uma qualidade de Satanás.

Ao começar a ser invejado por seus irmãos José começou a correr perigo, pois um invejoso é capaz de fazer algo só para prejudicar a pessoa que inveja. Quando sonhamos sem percebermos qualquer coisa ao nosso redor, algo acontece que são os invejosos maquinando pensamentos horripilantes a nosso respeito.

Agora te pergunto: Será que devemos sonhar? Seria tão bom ser um sonhador?

NOS JOGA NO POÇO SECO

Quando José obedecendo a seu pai vai até onde estão seus irmãos para trazer noticias, relata-nos a bíblia que de longe seus irmãos o reconheceram e disseram ao vê-lo: “Lá vem o sonhador”.

Ao chegar perto deles todos já haviam tramado um plano para entulhar os sonhos de José, e logo quando ele se aproximou o agarraram e lhe arrancaram a túnica e o jogaram em um poço seco, que segundo estudos tinha no mínimo sete metros de profundidade. Com a queda José chegou ao fundo todo esfolado     e sangrando assustado com a escuridão e com a solidão do lugar. Tudo por que José decidiu ser um sonhador, e novamente eu te pergunto: Será que devemos sonhar? Seria tão bom ser um sonhador?

NOS FAZ SERMOS VENDIDOS

Quando já se sentia cansado de tanto gritar por socorro, uma corda aparece no fundo do poço, e José pensa que seus irmãos invejosos haviam se arrependido, mas na verdade algo ainda pior iria acontecer. José é vendido como mercadoria a uma caravana de mercadores de Ismaelitas. Agora ele é só um escravo e a caravana vai para o Egito. Lá José é vendido como escravo para um homem chamado Potifar, que tinha uma esposa maligna. Na casa de Potifar ele é só um escravo que deve obedecer a tudo.

Ninguém olhava para ele a não ser a mulher de Potifar. Ali José fica realizando trabalhos pesados, longe do aconchego de seu velho pai.        
 

NOS LEVA A PRISÃO

Certo dia a mulher maligna de Potifar tenta obrigar o jovem José a se deitar com ela, mas ele era um sonhador e um verdadeiro sonhador não renega seus sonhos. Mas ele foge e quando pensava estar seguro seu senhor o joga na prisão para ali apodrecer o resto de sua vida    , um lugar que cheira mal. Novamente esquecido.

Tudo isso só porque José decidiu sonhar um sonho e dali em diante sua vida nunca mais foi a mesma. Ele mesmo passando por sérias adversidades nunca renegou os seus sonhos, ele sempre se manteve firme naquilo que estava em seu coração.

CONSEQUÊNCIAS NA VIDA DE UM SONHADOR

Após ter passados anos encarcerado naquele lugar fétido, alguém se lembra de José e o tira levando para o palácio de Faraó, para que interpretasse um sonho que perturbava o coração de Faraó. Ali já no palácio ele da à resposta que alivia o coração de Faraó e quando já pensava em voltar para a prisão, Faraó o coloca por Governador de todo o Egito, visto que somente um homem com tamanha sabedoria poderia ser útil ao império Egípcio, para que não subjugasse.

Agora o sonhador era o governador de todo o Egito e uma fome terrível assolava toda a terra, mas graças às palavras sábias do homem sonhador o Egito tinha muita comida e a fome chegou até a casa de seu pai. Isso obrigou seus irmão virem comprar comida no Egito e quando eles mesmos já pensavam que José havia morrido, eis que surge como que das cinzas o sonhador que lhes mostrou a todos que ninguém pode matar ou calar um verdadeiro sonhador.

Ali no palácio do Faraó, Jacó e seus filhos se curvam diante do governador do Egito e nesse momento José se faz conhecer. Todos ficam estarrecidos com a visão de que estava diante de seus olhos, o sonhador não morreu, mas ele vive.

CONCLUSÃO

Mas sonhar tem um preço! Sonhar incomoda muita gente! Na verdade sonhar custa caro! Eu creio que todo sonho tem o seu preço!

Uma coisa eu aprendi com José, esse sonhador corajoso e perseverante, que nunca renunciou a seus sonhos, é que “o sonhador mexe com o coração de Deus”.

Não deixe que matem seus sonhos. Continue mesmo que isso incomode pessoas ou demônios, sei agora que vale apena sonhar e ser um descobridor de coisas ocultas, que era o significado do nome de Yossef Bem-Yacov (José filho de Jacó).

“Sonhe, ouse sonhar, você nunca irá além dos seus sonhos!”-Pr. Marco Feliciano.

Uma coisa é verdadeira, Deus sempre estava com José, sempre. Veja:

- “O Senhor estava com José...” (Gn, 39: 2,21)
- “Vós, na verdade, intentaste o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem....” (Gn, 50:20)
- “José, pois, habitou no Egito, ele e a casa de seu pai; e viveu José cento e dez anos. E viu José os filhos de Efraim, da terceira geração; também os filhos de Maquir, filho de Manassés, nasceram sobre os joelhos de José. (Gn,50:22, 23)

Deus é contigo meu amado irmão sonhador, mas nunca se esqueça de ficar firme na presença dele, pois Deus só tem compromisso com quem tem compromisso com Ele. Se atentamente ouvires a voz do Senhor e obedecer a seus mandamentos todas estas bênçãos virão e lhe alcançarão, (Deuteronômio 28).

Saiba de uma coisa. Ninguém é maior sonhador do que Deus, pois um dia ele sonhou e nasceu você, que está lendo esta mensagem. Deus te abençoe ricamente.    Pr. Alexandre Augusto

domingo, 28 de maio de 2017

Filhos e Soldados

Nossa relação com Deus tem vários aspectos e precisamos ter consciência deles para que tenhamos uma visão equilibrada da vida cristã e não fiquemos decepcionados ou escandalizados com a realidade.

1 - Somos filhos de Deus.
Paulo tratou Timóteo como “filho”. O Senhor também nos trata dessa forma. A palavra “filho” nos faz pensar naquilo que Deus faz por nós: proteção, sustento e benefícios diversos. Queremos todas as bênçãos de Deus, mas a vida cristã não se resume àquilo que nos agrada.

2 - Somos soldados de Cristo.
A palavra “soldado” nos lembra das dificuldades, problemas, exercícios, abstinências, lutas, confrontos com o adversário. 

Tudo isso faz parte da vida cristã. Não fomos chamados para viver o paraíso aqui na terra.

“Lembra-te de Jesus Cristo” (II Tm.2.8). Ele é o nosso exemplo supremo. Ele é o Filho Primogênito e comandante do exército de Deus. Como ele sofreu e venceu, nós sofreremos e venceremos. Anísio Renato de Andrade.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

O Céu é Logo Ali!

Há muito tempo atrás, em meio ao sofrimento e à morte, Jó perguntou: "Morrendo o homem, porventura tornará a viver?" Séculos se passaram antes de haver a resposta certa e final dada por Jesus Cristo: "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?" (João 11.25,26). Na véspera da Sua crucificação, Jesus disse aos Seus discípulos: "Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14.2,3).

O lugar de que Jesus falou é o céu. Ele é a esperança de todo aquele que nEle crê. Durante séculos, o céu foi retratado por artistas, poetas, autores e pregadores. Agostinho, Dante, John Milton, John Bunyan, C.S. Lewis e muitos outros escreveram sobre o céu e suas glórias. O céu é cantado em hinos, música erudita e popular. É mencionado em anedotas e sermões, hospitais e salas de aula. Quase todo mundo tem alguma vaga noção sobre o céu – algumas bíblicas, outras não. A promessa do céu tem dado esperança aos aflitos, conforto aos enlutados e reafirmação aos que enfrentam batalhas espirituais.

O céu é real. Na era da fantasia, dos efeitos especiais, do misticismo e da apatia espiritual, é fácil interpretar o céu de maneira errada. Mas a Bíblia é bem clara quanto à existência e ao propósito do céu. E já que o céu e o Estado Eterno são parte do plano de Deus para as eras, o céu e a profecia estão relacionados integralmente.

Às vezes, quando lemos o jornal, a notícia mais importante não está na primeira página nem nas manchetes, mas nos obituários. Se ainda não recebemos a notícia por amigos e parentes, é ali que ficamos sabendo da morte de amigos, vizinhos e conhecidos. Nessas poucas linhas e colunas somos lembrados de como a vida é transitória e a morte é certa. Quando pensamos na nossa própria morte ou na morte de um parente, a teologia fica bem pessoal.

O que acreditamos sobre vida e morte, bem e mal, céu e inferno é muito importante. C. S. Lewis escreveu sobre a importância do céu: "Se você ler a história, descobrirá que os crentes que mais realizaram neste mundo foram exatamente aqueles que pensavam mais no mundo por vir... É pelo fato dos crentes terem deixado de pensar no outro mundo que se tornaram ineficazes neste mundo". Na verdade isso se aplica a todos nós! Pensar sobre o céu é da maior importância, pessoal e teologicamente.

A escatologia é o estudo dos eventos e personalidades futuros, baseado na profecia da Bíblia. Todas as profecias bíblicas relativas ao futuro serão cumpridas conforme o plano e o cronograma de Deus. Isso está relacionado a qualquer pessoa que já viveu, vive agora, ou viverá. Os ensinamentos da Bíblia sobre o céu e o inferno estão relacionados ao que podemos denominar de escatologia "pessoal". O céu e o inferno são bem reais e pessoais – eles estão relacionados ao nosso futuro.

O pastor e escritor Dr. Steven J. Lawson escreveu sobre o céu:
Não se enganem, o céu é um lugar real. Não é um estado de consciência. Nem uma invenção da imaginação humana. Nem um conceito filosófico. Nem abstração religiosa. Nem um sonho emocionante. Nem as fábulas medievais de um cientista do passado. Nem a superstição desgastada de um teólogo liberal. É um lugar real. Um local muito mais real do que onde você está agora... É um lugar real onde Deus vive. É o lugar real de onde Deus veio para este mundo. E é um lugar real para onde Cristo voltou na Sua ascensão – com toda a certeza!

A Bíblia não nos diz tudo o que gostaríamos de saber sobre o céu, mas nos dá vislumbres do futuro para nos encorajar no presente.

Todo mundo vai para o céu?
Geralmente ouvimos a frase "todos os caminhos levam a Deus", o que implica que todas as religiões podem afirmar que têm a verdade, ou que toda a humanidade terá o mesmo fim. No cristianismo, alguns afirmam que todos receberão salvação. Mas essa posição de inclusivismo não está baseada na Bíblia e não foi a posição histórica da ortodoxia cristã. Passagens como Mateus 25.46, João 3.36, 2 Tessalonicenses 1.8-9 e várias outras ensinam claramente que nem todos serão salvos. Esse é, sem dúvida, um assunto difícil e emocional. Mas ele deve ser o fator de motivação para todo crente compartilhar sua fé. Ser salvo ou não ser salvo é um assunto muito importante, porque está em jogo a eternidade.

Como posso ter certeza de que irei para o céu?
O teólogo Dr. Carl F. H. Henry disse sobre a sociedade contemporânea e seus cidadãos: "A repressão intelectual a Deus e à Sua revelação precipitou a falência de uma civilização que rejeitou o céu para aninhar-se no inferno". Essa afirmação ousada mas verdadeira pode ser um reflexo exato do nosso próprio estado espiritual.

Talvez você tenha chegado a esta última pergunta e ainda não tenha certeza de qual será seu destino eterno. Se este for o caso, esta é a pergunta mais importante para você, e nós o incentivamos a pensar a respeito cuidadosamente.

Nós gostaríamos que você soubesse, sem sombra de dúvidas, que pode ter a vida eterna por meio de Jesus Cristo. No Apocalipse, João faz um último apelo: "O Espírito e a noiva dizem: Vem! Aquele que ouve, diga: Vem! Aquele que tem sede venha, e quem quiser receba de graça a água da vida" (Apocalipse 22.17). O que significa esse convite?

O noivo fez um convite à noiva. O noivo está disposto, mas a noiva também está? Da mesma forma, Deus preparou tudo – sem custo nenhum para você, mas a um alto preço para Ele – para que você possa entrar num relacionamento com Ele, que lhe dará vida eterna. Mais especificamente, o convite é feito para quem ouve e está com sede. "Sede" representa uma necessidade. Essa necessidade é o perdão do pecado. Portanto, você deve reconhecer que é um pecador aos olhos de Deus: "Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Romanos 3.23). Deus é santo e, por isso, não pode ignorar o pecado de ninguém. Ele deve julgá-lo. Mas Deus, na Sua misericórdia, preparou um caminho pelo qual homens e mulheres pecadores podem receber Seu perdão.

O perdão foi comprado por Jesus Cristo por alto preço. Quando Ele veio à terra, há 2000 anos atrás, viveu uma vida perfeita, morreu na cruz em nosso lugar para pagar pelo nosso pecado e ressuscitou: "Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 6.23). A Bíblia também diz: "Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras" (1 Coríntios 15.3-4).

Para obter a salvação e a vida eterna que Jesus Cristo oferece, devemos individualmente confiar que o pagamento de Cristo por meio da Sua morte na cruz e da Sua ressurreição é a única maneira de recebermos o perdão dos nossos pecados, o restabelecimento de um relacionamento com Deus e a vida eterna. "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). É por isso que João convida quem tem sede a vir e começar um relacionamento com Deus por meio de Cristo.

Você está com sede? Você reconhece seu pecado perante Deus? Se a sua resposta é sim, venha para Cristo. Se você não reconhece sua necessidade de salvação, estará desperdiçando essa oportunidade. Por favor, não faça isso.

Quem tem sede e quer salvação pode expressar sua fé por meio da seguinte oração:
Senhor, eu sei que pequei e careço dos Teus caminhos perfeitos. Reconheço que meus pecados me separam de Ti e que mereço Teu julgamento. Eu creio que Tu enviaste Teu Filho, Jesus Cristo, à terra para morrer na cruz pelos meus pecados. Eu confio em Ti, Senhor Jesus Cristo, e no que Tu fizeste na cruz para pagar os meus pecados. Por favor, perdoa-me e dá-me a vida eterna. Amém.

Se fez essa oração com sinceridade, você é agora um filho de Deus e tem vida eterna. O céu será seu lar eterno. Bem-vindo à família de Deus! Como Seu filho, você vai querer desenvolver esse relacionamento maravilhoso aprendendo mais sobre Deus por meio do estudo da Bíblia. Você vai querer encontrar uma igreja que ensine a Palavra de Deus, que encoraje a comunhão com outros crentes e promova a divulgação da mensagem do perdão de Deus para os outros.

Se você já é crente, nós o encorajamos a aprofundar seu relacionamento com Cristo. À medida que crescer, você vai querer viver para Ele à luz da Sua vinda. Você vai querer continuar a divulgar a mensagem do perdão que recebeu. Enquanto você vê Deus preparando o cenário para o drama dos eventos do fim dos tempos, você deve estar motivado a servi-lo ainda mais até que Jesus venha. Que seu coração se ocupe com Suas palavras:

"E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o ‘mega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas" (Apocalipse 22.12-14). Thomas Ice e Timothy Demy

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Nosso Barquinho...

“E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem? ” Marcos 4.35-41


Nossa vida com Deus pode ser comparada a uma viagem de barco rumo à Salvação.
Vamos ilustrar a salvação comparando uma viagem de barco:


 1- O mar: é a vida
A vida cristã é como o mar, longo e profundo, inescrutável. As ondas são as circunstâncias que enfrentamos. De perto tudo parece instável, mas no horizonte tudo se acerta.
                       
2- O barco: é a Igreja
A Igreja é a embarcação que pegamos para nos proteger nesta viagem da vida. Em meio às tempestades nos abrigamos na comunhão com os irmãos.

3- O Piloto: Cristo
Jesus é o Piloto que dirige este barco. Ele conhece o destino e até manda nas águas do mar para parar as tempestades. Às vezes pensamos que Ele está dormindo, mas Ele não está, pois Ele “não dormita nem dorme”, para dirigir este barco de nossa vida e garante que chegaremos ao destino. Aqueles pescadores achavam que estavam levando Jesus naquele barco, mas viram que era Jesus quem os levava como conduz todo o céu e a terra.

4- Os marinheiros: somos nós
Quem poderiam ser os marinheiros cooperadores para remar este barco? Nós estamos a serviço deste navio que é a Igreja e o capitão pilota ordenando como devemos remar.

5- O destino: é a salvação
Quando olhamos para o mar parece que vai se encontrar no céu. Esta viagem destina ir para a salvação em Cristo Jesus. Por isso não precisamos temer as tempestades.

6- O preço da passagem: é a Graça
A passagem é gratuita por que o nosso Piloto Capitão pagou para todos nós e quer ver o seu barco cheio de vidas a serem salvas.

7- O leme: é a Fé
A direção certa no balanço das ondas é tomada pela fé em cada momento para não virar o barco em meio ao vai e vem das marés.

8- A Bússola: é a Bíblia
A Palavra de Deus dirige nossas vidas e nos direciona para onde devemos ir. Em meio às tempestades, Ela nos dirige a caminhos tranquilos. Em meio à imensidão do mar ela nos mostra a direção certa.

9- A âncora: é a certeza da salvação
A certeza de que seremos salvos é a âncora que nos assegura em cada momento. Quando precisamos de um repouso podemos estar ancorados em lugar seguro e quando vêm as tempestades ela nos dá firmeza.

10- O vento: é o Espírito Santo
A força que sopra e impulsiona este barco é o Espírito Santo de Deus. A certeza da chegada é garantida.

Embarque nesta viagem da Salvação! Não tenha medo, pois Jesus está nos convidando para entrar no barco com Ele. 

quarta-feira, 10 de maio de 2017

O Problema não é a Baleia, mas a falta de Esperança!

“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. O mais destes, porém, é o amor." (1 Coríntios 13:13)

A temática “Baleia Azul” chegou ao Brasil em 1º de abril último, o que imediatamente elevou as buscas na internet sobre o assunto.

A novidade trazida pela “Baleia Azul”, é a banalização da ideia de suicídio. Um sintoma social, a partir de uma maior atenção aos jovens que passam por momentos difíceis. Estamos falando de uma juventude que não está sendo atacada pela ‘Baleia Azul’, mas pela falta de esperança, pela falta de perspectiva de futuro.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o oitavo país do mundo em suicídios. Em 2012 foram 11,8 mil mortes. O número de tentativas de suicídio é dez vezes maior, chegando a 120 mil ao ano. Conforme o Mapa da Violência 2017, entre 1980 e 2014 a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil, sendo a segunda maior causa de óbitos nessa faixa etária. Em primeiro lugar estão as mortes decorrentes de acidentes de trânsito.

Os efeitos colaterais do mundo digital cada vez mais se tornam uma dor de cabeça para os pais e também professores diante de uma fase tão complicada, como a adolescência. Um game na internet, que propõe 50 desafios, sendo os mais drásticos a automutilação e o suicídio, evidenciou como a sociedade tem tratado com negligência o uso das tecnologias e a prevenção de doenças psicológicas. Jovens afetados pela depressão, segundo especialistas, são alvos de uma batalha em que eles se transformam na principal vítima. Adolescentes, por estar em processo de preparo para a vida adulta, não percebe com clareza alguns riscos; isso o coloca numa situação de vulnerabilidade. O jovem não é tolo, mas o perigo se esconde naqueles que sofrem com transtornos, como a depressão e a baixa autoestima.

Não culpe a baleia azul pela falta de esperança de nossos jovens. Culpe nosso distanciamento e nossa busca desenfreada pelo dinheiro e pela nossa indiferença, que tem produzido uma geração que não sabe lidar com as próprias emoções e que, por isso, perdem cada vez mais a esperança. Precisamos ser sensíveis às necessidades e desafios dos nossos filhos. Seja pai, mas não deixe de ser amigo. Abra a possibilidade para o diálogo. Procure entender o que eles têm a dizer, antes de falar alguma coisa. Não menospreze o sofrimento. Não pense que seu filho está imune a essa realidade. Se você fechar os olhos, que seja para orar, pedindo a Deus que os proteja desse mal, mas não para o perigo que eles estão correndo. Lembre-se do que o apóstolo Pedro escreveu: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8). Não vamos permitir que ele devore nossos adolescentes! A humanidade precisa de amor. Você precisa de amor. Seu filho precisa de amor. Só assim os jovens podem olhar para o futuro com esperança. Não sabe onde encontrar amor? Olhe para o alto! Deus é amor. A fé é o que há de mais valioso na vida de um cristão. 

A esperança é a última que morre. É um dos ditados populares mais difundidos para mostrar que, independente de nossas dificuldades, se temos esperança, tudo é possível. As Escrituras Sagradas dizem que a fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver; e o dicionário, que a esperança significa “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja, confiança em coisa boa, fé. Mas, olhando pelos olhos da fé, a esperança é muito mais do que isso; é o que move alcançar os objetivos mesmo que isso demore e, além disso, a esperança vem com o propósito de não desanimar e, principalmente, de não desistir dos sonhos.

A chama da esperança é como uma planta que precisa ser cuidada com o adubo do amor, cercada com o cuidado da fé, cultivada com a luz da caridade e regada com a força do trabalho.

sábado, 6 de maio de 2017

Causas Genéticas e Espirituais da Morte e do Envelhecimento Humano.

A morte não estava presente no início da vida, sinalizando dispersão e desintegração.
Todos permaneceriam jovens, pois não tinham a morte programada, até que ela veio ao mundo, por inveja do diabo. Passou a fazer parte da natureza humana, devido ao pecado. Morrer, passou a ser uma condição de vida, a única certeza que o homem tinha, desde o seu nascimento. Um corpo jovem e saudável seria condição de luxo para os que passariam dos 365 anos de idade, como Enoque, que andou com Deus. Sim, quem tem Jesus, tem a Vida; quem não tem jesus, não tem a Vida. Hoje, a fonte da juventude é algo perseguida por muitos.

Já percebeu que uma fotocópia, daquela do tipo “xerox”, dependendo do modelo ou do tempo de uso do equipamento, pode não sair perfeita? Houve perda de qualidade. E, se, repetidamente, refizéssemos cópias, uma a partir da outra? Com certeza após muitas sequências, a última cópia ficaria com muito menos detalhes, até irreconhecível. É fácil verificar isto, quando ao copiar uma fita de música para outra (não digital) e por sua vez desta para outra e outra, cada cópia vai perdendo nitidez (o som dos agudos desaparece etc.), por que o ruído da estática, do próprio aparelho e de outras fontes, se mistura com o som original da fita. Para entender melhor, pense no que aconteceria se “xerocássemos” um documento e usássemos a cópia para fazer outra cópia. É obvio que à medida que repetisse o procedimento, a qualidade dos documentos iria cair e, por fim, eles ficariam ilegíveis.

Pois, assim como acontece com as fotocópias, nosso DNA pode ser copiado com perda de detalhes, uma reprodução com falhas, encurtando a sua fita, a nossa vida. Essas cópias incompletas são repassadas às suas novas cópias, e sucessivamente às gerações futuras. Pode ser ainda mais comum que falhas ocorram em células que já apresentam defeitos. Isso resultará em um desiquilíbrio generalizado entre as células daquele tecido. Daí surgem as doenças do envelhecimento, desde uma simples flacidez ou rugas da pele, até perda da visão e da audição e, nos casos mais graves, tumores.

Partindo dessa ótica, quanto mais velho, mais perda teremos nas cópias do DNA, uma condição desenfreada. Imagine quantas vezes o DNA já foi copiado, desde que o óvulo de sua mãe foi fecundado! Podemos considerar, grosseiramente, que é isso que acontece com o material genético (DNA), dentro das nossas células. Sabendo que as células do nosso corpo são multiplicadas através da duplicação do DNA, com o intuito de formar tecidos e por fim órgãos, e recuperá-los também e, mesmo estando em constante renovação, com o passar do tempo elas vão sendo danificadas por seu próprio ‘‘maquinário’’ de funções, e com o tempo, esses danos vão se acumulando fazendo o corpo envelhecer.

O maior dano que o homem causa a si mesmo, é quando ele peca! À medida que suas células são trocadas, cada célula nova necessita ter uma cópia do seu material genético (DNA), a parte da célula onde temos grande parte das informações necessárias para reproduzir nosso corpo.

O pecado tira a qualidade de vida do homem! O primeiro homem começou a morrer, quando deu guarida ao pecado. O primeiro homem começou a envelhecer, quando sua natureza se tornou pecaminosa. O pecado faz o homem envelhecer. Tanto, que quando Adão morreu, contava com 930 anos...

Se as células estão em constantes divisões e renovações, então por que envelhecemos?
O processo de envelhecimento resulta por que, ao se dividir as células (copias umas das outras ao longo do tempo), estas vão perdendo qualidade, e o organismo como um todo (formado por trilhões delas), começa a envelhecer e deteriorar.
Há um mecanismo celular essencial que envolve todo o envelhecimento, como uma enfermidade do “controle de qualidade”. Sim, o envelhecimento é o resultado da incapacidade das células em multiplicar-se sem alterações, ou seja, o resultado da debilidade do sistema de controle das células para evitar que os erros continuem se reproduzindo. O envelhecimento das células nada mais é, como uma falha no “controle de qualidade”, no momento da sua divisão. Essa falha seria a responsável pelas doenças próprias da velhice.  Assim, tal como em uma fábrica, o controle de qualidade das células é o culpado pelo envelhecimento, e como consequência, é dado que as células com falhas genéticas continuam se reproduzindo, produz-se uma espécie de caos; uma perda do equilíbrio da célula em si e das doenças próprias do envelhecimento. O homem sem a direção de Deus, vive no caos!

As células estão em constante renovação através das divisões celulares que acontecem a partir de células já existentes; o que, de forma desordenada também ajudam a envelhecer, pois a cada divisão, fragmentos de DNA podem ser perdidos acarretando em erros genéticos que serão passados para células-filhas e isso vai acontecendo até que a célula não consegue mais se dividir ou sofre apoptose (morte programada), fazendo com que o indivíduo vá envelhecendo. Vida pecaminosa, sem Deus!

Vislumbres de eternidade foram colocadas dentro do homem. Dentro do nosso DNA, existem instruções que determinam a idade além da qual o homem não pode viver, ou seja, a nossa expectativa máxima de vida está escrita nos genes (homens vivem 80 anos, gatos vivem 20 anos, tartarugas vivem 150 anos, hamsters vivem 2,5 anos, etc.…). É como se houvessem sinais que aparecem em determinada época e ordenam às células a parar de realizar suas funções normais: as Leis de Deus! As células não envelhecem como nós, mas vai perdendo sua validade com o passar dos anos; envelhecem em nível microscópico, pois há um limite de vezes em que uma célula pode se dividir, Deus é o autor da vida! Quando ela deixa de realizar essa função essencial, ela envelhece e, eventualmente, morre.  O salário do pecado é a morte! Cada divisão celular é antecedida de uma replicação de DNA. A cada divisão de DNA, um pequeno fragmento de uma extensão localizada na ponta deste, chamada de telômero, é perdida. Assim, o telômero se encurta paulatinamente.

Entre as teorias moleculares-celulares, as mais conhecidas são a da senescência celular (processo natural de envelhecimento das células), a da morte celular programada e a dos radicais livres.

A teoria da senescência celular defende que o envelhecimento é causado pelo acúmulo de células em processo de envelhecimento, resultantes do estresse celular ou do encurtamento dos telômeros, que são segmentos de DNA encontrados nas extremidades dos cromossomos.
Os telômeros são responsáveis pela estabilidade do material genético e sofrem encurtamento a cada divisão celular. Ao produzir copias de informação, sempre haverá ruído do ambiente que se filtra nas cópias, e este 'ruído' fará que as cópias sejam cada vez de menor qualidade. Os cromossomos são encurtados toda vez que uma célula é dividida. Isso ocorre porque a forma como o DNA é copiado (sempre que a célula se divide, é preciso fazer uma cópia do DNA) faz com que um pequeno pedaço de suas extremidades, regiões conhecidas por telômeros, seja perdido. Assim, as gerações mais novas de células de um tecido terão telômeros cada vez mais curtos conforme esse tecido envelhece. Portanto, o envelhecimento é acompanhado de encurtamento de telômeros. O que isso tem a ver com perda de função? Tudo, pois ao atingir um comprimento “crítico” de telômero, a célula se torna instável, perde sua capacidade proliferativa e eventualmente morre. Tal fenômeno será especialmente crítico naqueles tecidos cujas células estão em constante renovação, como é o caso dos epitélios e mucosas (ex.: pele e intestino, entre outros). Isso ajuda a explicar porque a perda da capacidade regenerativa das células da pele, uma das causas da perda de sua elasticidade, é tão característica do envelhecimento.

Os desafios que as células dos organismos complexos enfrentam enquanto tentam sobreviver são vários. A vida é um desafio! É para os corajosos! Elas são danificadas o tempo todo – o DNA tem mutações, as proteínas sofrem danos, moléculas altamente reativas chamadas radicais livres rompem as membranas e a lista segue. A vida depende da cópia e tradução constante dos dados genéticos, e sabemos que o maquinário celular que lida com todas essas coisas, por melhor que seja, não é perfeito. Cada célula tem um circuito molecular bastante sofisticado que monitora o nível dos danos em seu DNA e nas estruturas formadoras de energia chamadas mitocôndrias. Quando a quantidade de danos supera determinado ponto, a célula “trava” em um estado em que ainda consegue desempenhar funções úteis no corpo, mas não pode mais se dividir. A média de vezes que uma célula consegue se dividir é 50. Após atingir esse número, a célula deixa de se dividir, mas continua a existir por um tempo em nossos corpos. É o acúmulo dessas células que não se dividem mais que causa o envelhecimento. É como se as células tivessem um timer dentro delas que dispara e avisa que elas têm que parar.

Como as células sabem quando parar? E o que é esse timer? Cientificamente falando, os telômeros são estruturas formadas por fileiras repetidas de proteínas e DNA que formam as extremidades dos cromossomos. Trocando em miúdos, você pode imaginar os telômeros como sendo aquela pontinha de plástico que existe nos cadarços de tênis e que têm a função de não permitir que o cadarço se desfaça. É exatamente isso que um telômeros faz: ele impede que a estrutura do cromossomo se desorganize e que fiquem grudados em outros cromossomos. Cada vez que uma célula se divide, ela perde um pedacinho do telômero. Quando não há mais telômero, a célula para de se dividir e fica ali, com a sua pontinha toda desfeita, igualzinho a um cadarço. Portanto, é o telômero que indica quantas vezes uma célula já foi dividida e o quanto ainda poderá se dividir.
O telômero é o timer celular. Mas há hacks para deixar o telômero mais comprido ou, pelo menos, retardar a divisão da célula impossibilitando que o telômero fique mais curto? Telômeros mais compridos foram associados à estilos de vida mais saudáveis: as pessoas que se exercitam e têm uma alimentação mais balanceada conseguem retardar o envelhecimento.

E você aí pensando que conseguiria escapar da atividade física e de uma boa alimentação, não é? Pensando com a Bíblia, é mesmo possível encontrar uma maneira de fazer com que os telômeros parem de se encurtar e as células viverem para sempre? Há uma enzima, a telomerase, envolvida que reconstrói o telômero cada vez que ele se encurta e que retarda ao máximo a chegada dele ao ponto final. É Jesus, o Pão da Vida; aquele que vem a Ele, de modo algum terá fome, e quem crê Nêle, jamais terá sede. Ele é o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer deste pão, viverá para sempre.

Fontes consultadas:

http://www.saudenainternet.com.br
https://awebic.com
http://diariodebiologia.com
http://www2.uol.com.br
www.bayerjovens.com.br
http://biologiaparalela.blogspot.com.br


sexta-feira, 5 de maio de 2017

O Local Mais Inspirador da Terra

Recentemente, o Dr. Ed Hindson e eu conduzimos cinqüenta pessoas a Israel, sempre mencionado como “A Terra Santa”. Ela foi dada por Deus aos filhos de Israel para sempre, e somente os pecados de idolatria e a desobediência deles fizeram com que o Senhor permitisse que Satanás e muitas nações os perseguissem durante dois mil anos. Essa perseguição não acabou nem mesmo com o Holocausto na Alemanha, pois ainda está em andamento em muitos países. Gradativamente, durante os últimos cem anos, Deus tem direcionado os judeus de volta a sua terra, como Ele havia prometido em Ezequiel capítulos 36 e 37. (Ver especificamente 37.11-12; a terra é inequivocamente identificada como “toda a casa de Israel”). Estima-se que um terço dos judeus viva hoje naquela terra, cuja área corresponde aproximadamente à do pequeno estado de Sergipe. (Os judeus afirmam que há 7,2 milhões de habitantes na terra de Israel).

A presença deles, o incrível crescimento e a infraestrutrura naquela terra (apenas cinco anos após nossa última estada lá) são mais do que um milagre. São o cumprimento de uma profecia. É fácil ver que todas as ameaças, as bombas e mesmo quatro guerras não somente os levaram a plantar suas raízes profundamente naquele solo abençoado, mas também toda a nação está dizendo ao mundo: “Nunca mais! Nunca mais seremos tirados de nossa terra natal que nos foi dada por Deus!”

Qualquer estudante de profecias que entenda Ezequiel 38-39 sabe que o Deus Todo-Poderoso intervirá sobrenaturalmente para mantê-los lá até que o Senhor Jesus volte para levar Sua Igreja para os céus (Jo 14.1-3). Pois, embora tentem, todos os vizinhos inimigos de Israel não conseguem tirá-los daquela terra. Apenas o Anticristo fará isso durante a Tribulação, e por somente três anos e meio.

Nem mesmo isso tudo, embora seja inspirador, pode me inspirar tanto quanto o Jardim do Sepulcro. Aquele é o único sepulcro que é famoso por estar vazio! Embora aquela sepultura, bem perto do “lugar da caveira” do lado de fora da Porta Oriental e com outras características identificadoras, não seja aceita universalmente, para mim ela possui identificadores bíblicos suficientes para ser a sepultura de José de Arimatéia, onde Jesus foi sepultado. É aquele sepulcro que ele emprestou ao Salvador por três dias e noites, o que parece ser de maior credibilidade do que qualquer outro local na terra. Todas as vezes que minha esposa e eu estivemos ali, ficamos incrivelmente inspirados a rededicar nossas vidas, nossa família e nosso ministério ao Senhor.

Desta vez, nosso grupo estava lá para orar pela nação de Israel na última noite de 2010. Ficamos todos maravilhosamente inspirados. Ao longo dos anos, várias das orações que fizemos ali foram respondidas no tempo dEle: nossa família, da qual são todos cristãos com suas respectivas famílias cristãs; nosso ministério, que se tornou mais do que jamais havíamos imaginado; e nosso trabalho de publicações, que excede em muito nossos mais lindos sonhos (inclusive livros traduzidos em trinta e cinco idiomas). Isso é verdadeiramente um milagre de Deus, que foi solicitado no sepulcro, naquele lugar, em 1978, quando pedimos “um ministério internacional por meio da literatura”. E nenhum de nós fez qualquer coisa para promover aquela fase de nosso ministério, razão porque apenas Deus pode receber o crédito por tudo. (Nota: Se você tiver a oportunidade de ir a Jerusalém e visitar aquele sepulcro vazio onde ocorreu o primeiro milagre do cristianismo, não limite a Deus orando por coisas pequenas. Expanda sua fé, leve uma lista de pedidos de oração e ore por aquilo que para o homem parece impossível. Meu lema é: “Nunca limite a Deus por meio da incredulidade”).

Mas, você não precisa estar no sepulcro... que representa o maior milagre da nossa fé cristã. Jesus não apenas ressuscitou dos mortos, Ele o fez também em cumprimento às profecias. Pelo menos seis vezes Ele prometeu que iria ressuscitar, e que isso aconteceria ao terceiro dia! Ele não ressuscitou no segundo dia após Sua morte sacrificial pelos nossos pecados, nem no quinto ou no sexto dia; mas, como disse o anjo que surgiu ali na primeira manhã do dia da ressurreição para rolar a pedra tão pesada para aquele grupo de mulheres que vieram para embalsamar o corpo: “Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galileia; ali o vereis” (Mt 28.5-7).

As mulheres obedeceram, pois elas imediatamente creram no impossível – que Jesus havia ressuscitado dos mortos ao terceiro dia, como Ele mesmo havia predito, e que os discípulos deveriam seguir rapidamente por quase 90 quilômetros até a Galiléia, onde Ele os veria. E eles foram. E eles creram. Finalmente, cada um deles levou aquele testemunho até a morte. Mesmo o jovem João, que viveu mais de 60 anos depois disso, escreveu cinco livros do Novo Testamento, inclusive o último livro das profecias de Deus. A ele foram dadas as mais detalhadas de todas as profecias sobre os tempos do fim, que estão registradas no Livro do Apocalipse. Esse livro, quando lido e entendido adequadamente, oferece a maior esperança (ou confiança) sobre o futuro eterno que foi dado à humanidade. Essa profecia incrivelmente maravilhosa sobre o futuro foi dada pelo próprio Deus a “Jesus Cristo, ...para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer” (Ap 1.1). Em todos os anais da história nunca houve uma visão mais bonita sobre o futuro eterno do que esta dada por Deus a Jesus Cristo que, por sua vez, enviou um anjo especial para notificar a Seu servo João, para passá-la a “Seus servos” e, através deles, para o mundo todo (Ap 1.1-3).

Nada proporcionou uma mudança mais monumental para a humanidade, tanto nesta vida quanto na que está por vir, do que a morte de Jesus Cristo pelos nossos pecados e Sua subseqüente ressurreição. Não é de admirar que o Espírito Santo tenha inspirado o apóstolo Paulo, por duas vezes, a apresentar a morte do Salvador por nossos pecados, seguida por Sua ressurreição, como o requisito essencial para a salvação. A respeito lemos, primeiro em 1 Tessalonicenses 4.14, e depois em 1 Coríntios 15.3-4

À medida que lê os sermões no livro de Atos, você percebe que esse requisito da fé foi a questão básica dos primeiros sermões da Igreja Primitiva bem ali em Jerusalém, onde ocorreu a ressurreição. Quando você encontra Paulo e os outros discípulos nas sinagogas, eles apresentavam primeiro os cumprimentos das profecias messiânicas sobre Jesus para provar quem Ele era e depois apresentavam o Evangelho de que Ele havia morrido pelos pecados deles e que ressuscitara ao terceiro dia. Paulo chamou a isso “o evangelho de Deus”.

Esse imediatamente se tornou o fundamento da fé cristã. Assim, a Igreja jovem que Jesus estava fundando através do Espírito Santo e dos discípulos destacou-se da fé judaica na qual todos haviam sido criados. Os cristãos judeus em Israel se chamam de “judeus completos”.

Tudo isso nos traz de volta à linha mestra sobre o Messias: a salvação que ele ofereceu para “os judeus primeiro, e depois também aos gentios” (o que significa o mundo todo). Qual é a evidência de que Deus aceitou a obra de Jesus na cruz pelos nossos pecados? A ressurreição de Jesus, de acordo com as profecias. Como disse o apóstolo Paulo: “[Jesus Cristo] foi designado Filho de Deus com poder, segundo o Espírito de Santidade, pela [Sua] ressurreição dos mortos” (Rm 1.1-5). A prova incontestável de que Jesus é o único Filho de Deus e Salvador do Mundo é a Sua ressurreição. É como o selo divino da aprovação do Deus Todo-Poderoso de que Jesus havia pago o preço completamente. Nada além disso é necessário!

Foi isso que o Senhor quis dizer quando falou a Seus discípulos apenas algumas horas antes que se entregasse a si mesmo como o sacrifício pelos pecados de todo o mundo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (Jo 14.1-3). Sua morte por nossos pecados, de acordo com as Escrituras, Sua ressurreição, de acordo com as Escrituras (inclusive Suas próprias profecias), fornecem provas incontestáveis de que Ele é único dentre os 13 bilhões de pessoas que já viveram e que vivem hoje. Ele foi o “Unigênito Filho de Deus” que deu Sua vida por nossos pecados e que depois ressuscitou para provar isso. Louvado seja Deus! Tim LaHaye