“Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor. O mais destes, porém, é o amor." (1 Coríntios 13:13)
A temática “Baleia Azul” chegou ao Brasil em 1º de abril último, o que imediatamente elevou as buscas na internet sobre o assunto.
A novidade trazida pela “Baleia Azul”, é a banalização da ideia de suicídio. Um sintoma social, a partir de uma maior atenção aos jovens que passam por momentos difíceis. Estamos falando de uma juventude que não está sendo atacada pela ‘Baleia Azul’, mas pela falta de esperança, pela falta de perspectiva de futuro.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o oitavo país do mundo em suicídios. Em 2012 foram 11,8 mil mortes. O número de tentativas de suicídio é dez vezes maior, chegando a 120 mil ao ano. Conforme o Mapa da Violência 2017, entre 1980 e 2014 a taxa de suicídio entre jovens de 15 a 29 anos aumentou 27,2% no Brasil, sendo a segunda maior causa de óbitos nessa faixa etária. Em primeiro lugar estão as mortes decorrentes de acidentes de trânsito.
Os efeitos colaterais do mundo digital cada vez mais se tornam uma dor de cabeça para os pais e também professores diante de uma fase tão complicada, como a adolescência. Um game na internet, que propõe 50 desafios, sendo os mais drásticos a automutilação e o suicídio, evidenciou como a sociedade tem tratado com negligência o uso das tecnologias e a prevenção de doenças psicológicas. Jovens afetados pela depressão, segundo especialistas, são alvos de uma batalha em que eles se transformam na principal vítima. Adolescentes, por estar em processo de preparo para a vida adulta, não percebe com clareza alguns riscos; isso o coloca numa situação de vulnerabilidade. O jovem não é tolo, mas o perigo se esconde naqueles que sofrem com transtornos, como a depressão e a baixa autoestima.
Não culpe a baleia azul pela falta de esperança de nossos jovens. Culpe nosso distanciamento e nossa busca desenfreada pelo dinheiro e pela nossa indiferença, que tem produzido uma geração que não sabe lidar com as próprias emoções e que, por isso, perdem cada vez mais a esperança. Precisamos ser sensíveis às necessidades e desafios dos nossos filhos. Seja pai, mas não deixe de ser amigo. Abra a possibilidade para o diálogo. Procure entender o que eles têm a dizer, antes de falar alguma coisa. Não menospreze o sofrimento. Não pense que seu filho está imune a essa realidade. Se você fechar os olhos, que seja para orar, pedindo a Deus que os proteja desse mal, mas não para o perigo que eles estão correndo. Lembre-se do que o apóstolo Pedro escreveu: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge, procurando alguém para devorar” (1Pe 5:8). Não vamos permitir que ele devore nossos adolescentes! A humanidade precisa de amor. Você precisa de amor. Seu filho precisa de amor. Só assim os jovens podem olhar para o futuro com esperança. Não sabe onde encontrar amor? Olhe para o alto! Deus é amor. A fé é o que há de mais valioso na vida de um cristão.
A esperança é a última que morre. É um dos ditados populares mais difundidos para mostrar que, independente de nossas dificuldades, se temos esperança, tudo é possível. As Escrituras Sagradas dizem que a fé é a certeza de que haveremos de receber o que esperamos, e a prova daquilo que não podemos ver; e o dicionário, que a esperança significa “sentimento de quem vê como possível a realização daquilo que deseja, confiança em coisa boa, fé. Mas, olhando pelos olhos da fé, a esperança é muito mais do que isso; é o que move alcançar os objetivos mesmo que isso demore e, além disso, a esperança vem com o propósito de não desanimar e, principalmente, de não desistir dos sonhos.
A chama da esperança é como uma planta que precisa ser cuidada com o adubo do amor, cercada com o cuidado da fé, cultivada com a luz da caridade e regada com a força do trabalho.
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