A encarnação de Jesus Cristo é a mais linda, profunda e
significativa história de todos os tempos, afinal, trata-se da saga do Deus que
Se fez homem para revelar o caráter da Divindade e para morrer em lugar da
humanidade devedora, saldando definitivamente essa dívida chamada pecado -
história anunciada séculos antes nas profecias messiânicas das Escrituras
Hebraicas. É curioso notar que muitas culturas antigas guardam resquícios dessa
história, embora com alguns acréscimos, modificações e (muitas) distorções. Por
vários motivos (históricos, arqueológicos, científicos, de fé, etc.), creio que
a Bíblia preserva a história verdadeira, com cores vivas, porém, sem os
elementos míticos e até absurdos típicos de outras culturas, nas quais há mistura
de paganismo, misticismo, crendices e geralmente lendas passadas de pai para
filho, segundo a tradição oral.
Uma dessas mitologias, que possivelmente reflita elementos
do relato da redenção segundo a Bíblia, é a história do deus do trovão Thor e
do reino de Asgard, encontrada na cultura nórdica e popularizada recentemente
em filme adaptado dos quadrinhos da Marvel. Thor é filho do “pai de todos”, o
deus Odin. O irmão de Thor se chama Loki (na mitologia, Loki é um personagem de
origem obscura) e tem inveja do deus do trovão, já que este é que está sendo
preparado para ocupar o trono do pai. Loki pode ser considerado um deus dos
enganos, pois se vale de artimanhas e ilusionismo para alcançar seus objetivos.
Ocorre que Thor é banido por Odin, sendo enviado sem poderes para a Terra, onde
aprende a se sacrificar pelos outros, adquirindo a dignidade necessária para
voltar a empunhar seu martelo mágico, Mjolnir, e a receber de volta seus
poderes de deus.
A despeito das divergências entre as histórias bíblica e
nórdica, as semelhanças saltam à vista. Loki passa a odiar o irmão e inicia uma
rebelião, traindo Odin. Thor é enviado à Terra sem poderes e volta para Asgard,
depois de cumprir sua missão aqui. No fim dos tempos, Odin conduzirá os deuses
e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök.
Durante essa batalha, Thor matará e será morto pela cria de Loki, Jörmungandr,
uma serpente tão grande que envolve a Terra.
Como Jesus, Thor deixou o reino celestial de seu pai e veio
para a Terra na semelhança de um homem. Ele tinha que se vestir de humildade e
ser bom para a raça humana. Depois que ele aprendeu a lição, ele salvou a
humanidade das forças do mal e foi capaz de retornar de onde veio.
No entanto, há diferenças entre eles: Jesus humildemente
consentiu por sua própria vontade vir à Terra morrer pelos pecados da
humanidade para que todo aquele que Nele crê seja salvo e se tornou servo dos
homens. Mas Thor foi expulso por causa de seu orgulho. Jesus é o Deus Criador
de todas as coisas, completo e imutável, que não precisava aprender uma lição.
Mas Thor era apenas o deus do trovão e precisava aprender a ser humilde.
Enquanto Jesus é uma pessoa real, Thor é apenas uma figura mitológica. Há uma
lição importante a aprender com as histórias de Thor e Jesus: O orgulho traz
humilhação, mas a humildade traz exaltação. Humilhemo-nos, pois, diante de Deus para que Ele possa nos tratar
graciosamente, porque “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes”
(Tiago 4:6).
A história verdadeira da rebelião no Céu entre Lúcifer e o filho
de Deus, Jesus, encontra eco em diversas culturas, assim como ocorre também com
os relatos da criação e do dilúvio; no entanto, à semelhança do que acontece na
brincadeira do telefone sem fio, a transmissão desse relato de geração para
geração e de povo para povo acabou promovendo distorções e incorporando
acréscimos, processo típico da mitologização de histórias;
O inimigo de Deus tem grande interesse em disseminar mitologias
que se assemelhem ao relato bíblico, pois, assim, leva as pessoas a considerar
o relato escriturístico (preservado em papel e tinta numa língua sempre
conhecida e inalterada) também um mito.
Com a riqueza de detalhes que o filme mostra em relação ao
Céu (eles chamam de Reino eterno, onde fica o trono de Odin), a arquitetura do
lugar é fabulosa, e tudo parece muito com as descrições bíblicas a respeito do
Céu; muito ouro, muitas pedras preciosas. Lá tem uma ponte de cristal
transparente e colorido, parece com um diamante. Talvez só alguém que já esteve
por lá para descrever tão bem assim em imagens, (Ap 21).
Lúcifer e Jesus moravam no Céu, está em conformidade com a
Bíblia (Is. 14.12) (Jó 38.7).
Quando Jesus veio para a terra, se tornou um homem assim
como um de nós, deixando Sua glória e resplendor que tinha no Céu. (Fp 2.7). Quando
Jesus (Thor) é atingido pelo gigante (pecado) e morre, a pesquisadora
científica (Igreja) estava lá presenciando tudo. Logo depois da morte de Jesus
o poder é restituído completamente. (Mt 28.18). Jesus (Thor) passa a gostar da
Igreja (Pesquisadora). Após ressuscitar, Jesus faz-lhe uma promessa que
retornaria, e leva a Igreja para ver a sua ascensão aos céus. (Lc 24.51). Lúcifer
(irmão de Thor) se apresenta no filme com todas as características a ele
inerentes, ou seja, de mentir, de roubar, de destruir, de matar, de enganar
etc. No filme Jesus (Thor) tinha dois grandes poderes que o Deus pai havia lhe
dado, a capa vermelha (símbolo de autoridade real) e uma espécie de martelo (o
poder da palavra):
"Porventura a minha palavra não é como o fogo, diz o SENHOR, e
como um martelo que esmiuça a pedra?" (Jr 23.29).
O pai de todos (pai de Thor) diz em determinado momento, que
para um rei o maior símbolo seria aquele martelo, que tanto constrói como
destrói. É verdade, o poder da Palavra de Jesus é muito grande e a Bíblia cita
vários exemplos, tanto de criação com o poder da sua Palavra como de destruição
com o mesmo poder.
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