Hoje
acordei com saudades do céu. Exatamente isso! O cristão tem saudades de um
lugar que nunca foi. E por que? Porque nós somos de lá! Nós não somos daqui!
Nossa pátria não é aqui! Somos peregrinos e forasteiros. Nossa pátria é o céu!
Nós somos de lá; o céu é o nosso destino; nossa morada eterna; nosso porto
final.
Você
já sentiu saudades de casa? Eu já, muitas e muitas vezes, quando estive longe.
Mas há uma outra pergunta mais importante: Você tem saudades do céu? Um lugar resplandecente
de beleza, radiante de glória e repleta de amor? Todo coração deseja
ardentemente ir para lá!
Hoje
acordei pensando no céu; lugar de delícias e de gozo indizível. Acordei
pensando no céu; lugar onde não haverá mais dores, nem choro nem pranto.
Acordei pensando no céu; lugar onde o Filho de Deus, Jesus, enxugará de nossos
olhos todas as lágrimas. Acordei pensando no céu; lugar de ruas de ouro e de
cristal, onde tudo é paz e alegria sem igual. Acordei pensando no céu; lugar
onde, em breve, os salvos em Cristo estarão reunidos ao redor do trono,
adorando ao Cordeiro de Deus e dizendo: "Santo, Santo, Santo".
Acordei pensando no céu e lembrei-me que o céu somente é céu porque o Pai, o
Filho e o Espírito Santo estão lá.
Minha
alma sente saudades desse lar. Sente saudades do céu. Às vezes eu me pego
pensando na habitação celestial e lágrimas caem de minha face, como hoje. Sinto
saudades do Céu.
Não
tem jeito, meu DNA é celestial. Mas embora a saudade do céu seja grande, tenho
um motivo para continuar: tenho um chamado. Todos os dias quando oro, fecho os
olhos e imagino acabando a carreira, guardando a fé e os portões do eterno lar
se abrindo para mim. Deus pôs no meu coração, o anseio pela eternidade!
Sinto
saudades do céu! Mesmo estando num lugar lindo, cercado de pessoas muito
queridas, sinto saudades de querer voltar para casa o mais rápido possível. É
como se diz: não há lugar algum no mundo como a nossa casa.
Não
importa como seja meu lar na terra. Há outro lar do qual sinto falta. Esse
lugar é chamado céu. Bem no fundo de meu coração, sinto falta do céu, quase
como se tivesse um instinto de volta ao lar que me guiasse para lá.
É
fantástico como Deus pôs o instinto de voltar para casa nos animais. Desafiando
todas as probabilidades, os salmões voltam do mar para procriar nos rios onde
nasceram. As andorinhas, ano após ano, retornam a seus ninhos. Há algo embutido
nessas aves e nesses peixes que os levam de volta para casa. Deus também
embutiu isso em nós: um instinto, um desejo, uma necessidade do céu. E,
por causa disso, nunca estaremos plenamente satisfeitos nesta vida. Nada chega
à altura do céu. Fomos criados para conhecer a Deus. Fomos criados para irmos
para o céu. Deus pôs em nós esse instinto de voltar ao lar e nós só ficaremos realizados
e felizes, quando O vermos face a face.
Deus
criou o homem num ato de graça e bondade. Apesar disso, o homem decidiu
rebelar-se contra o seu Criador e, com isso, Seu Filho Jesus decide dar-se por
completo para que o mundo inteiro pudesse um dia retornar ao seu lugar de
origem, de onde jamais deveríamos abrir mão. Jesus fala pouco do céu, mas seu
ministério lembra-nos insistentemente do Reino de Deus. É uma convocação
constante para que desejemos embarcar rumo a nossa verdadeira casa, onde
estaremos completamente preenchidos e bem alocados.
Temos
sido bombardeados com pregações sobre como obter sucesso e prosperidade nessa
terra, além de campanhas para ‘mover a mão de Deus’ a nosso favor e até músicas
que clamam pela restituição do nosso ego e orgulho ferido. Esquecemo-nos, entretanto,
do real propósito para o qual fomos criados, que é ter um relacionamento íntimo
com Deus. Estamos aqui apenas nos preparando para a vida que nos aguarda, no
entanto, como nos aprontaremos para ela, se não estamos preocupados em conhecer
ao nosso Criador, e nos focamos apenas no que esse tempo palpável e fugaz pode
nos oferecer?
O
céu possui santuário, pois ele é um santuário. É o lugar onde Deus se encontra
com Seu povo; é o lugar em que Deus habita. Essa cidade não precisa nem do sol,
nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o
Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a Sua luz. As suas portas
nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite. Nos dias de
Roma antiga, as cidades fechavam suas portas à noite. As portas do céu jamais
se fecharão, pois ali não haverá noite. A glória e o Cordeiro encherão cada rua
e penetrarão em cada canto dessa cidade.
As
nações andarão por essa glória celestial. Os reis da terra trarão a glória e a
honra das nações para a cidade. Os reis reconhecerão uma Autoridade maior do
que eles próprios e prestarão tributo a ela.
O
Senhor é Rei sobre as nações e um dia todos reconhecerão o Seu senhorio.
Imaginemos os governantes mais poderosos que já viveram levando os maiores
tesouros da terra e espalhando-os diante do Trono, confessando Deus como Rei
dos reis e Senhor dos senhores! Toda a glória pertence a Deus e toda a glória
estará no céu. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que
pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do
Cordeiro. Dentre todas as nações, haverá os que de fato creem em Jesus e são
lavados no Seu sangue. A verdadeira glória das nações brilhará de cada uma
dessas nacionalidades que andaram na luz sobre a terra, e que continuarão a andar
pela Sua luz, no céu. A fonte de toda glória é Deus. Qualquer outra glória é um
reflexo da glória de Deus. João a cidade de longe.
O
tamanho da cidade sugere muitos habitantes, e Deus suprirá cada uma dessas
necessidades. Há três coisas básicas necessárias à sustentabilidade da vida:
água, comida e saúde. Deus suprirá cada uma delas, no Paraíso.
Existe
ali o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e
do Cordeiro. Homens têm passado a vida inteira procurando a lendária fonte da
juventude para não envelhecerem, mas acabam morrendo nessa busca. O que eles
não conseguem admitir é que a fonte ilusória não está na terra, mas no céu; ela
flui do Trono, a fonte da vida.
No
meio da praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz
doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês. A árvore da vida foi tirada da
humanidade por causa do pecado e uma maldição caiu sobre ela. No céu, porém, nunca
mais haverá qualquer maldição, e a árvore da vida será restaurada. Cada parte
da árvore abençoará os cidadãos da cidade. Seus frutos saborosos satisfarão os
famintos e suas folhas serão para a cura dos povos. Desde que o pecado gerou a
maldição, a abolição do pecado será uma cura, por si. Quando olhamos ao redor e
vemos homens e mulheres ansiando pela cura de angústias físicas e mentais,
pensamos que talvez esta seja uma promessa de que, no céu, estaremos finalmente
curados no corpo, na mente e no espírito. No céu, sempre desfrutaremos de boa
saúde!
A
maldição de Gênesis produziu trabalho pesado e lágrimas, mas a parte mais
terrível da maldição foi o homem ser separado de Deus. O Senhor deixou de andar
com o homem na comunhão íntima do jardim.
No
céu essa maldição finalmente será anulada, e o trono de Deus e do Cordeiro
estarão lá. Os habitantes da cidade contemplarão a sua face —a face de Deus. Na
terra, ninguém jamais teve permissão para ver a face de Deus, mas um dia os
puros de coração verão a Deus. Assim como os peixes foram feitos para viver na
água, assim como os pássaros foram feitos para voar no céu, nossas almas foram
feitas para viver e prosperar na presença de Deus. Esta será a maior bênção do
céu.
A
essência do céu é estar com Deus e com Seu Filho. E mais um detalhe: Em nossa
fronte estará o nome de Deus! Isto indica possessão. Nós pertencemos ao Senhor.
Além disso, implica semelhança: na Sua presença, nos tornaremos cada vez mais
parecidos com Ele: agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que
haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a
ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.
Os
seus servos o servirão, porque o céu é um lugar de atividade, uma atividade
significativa. Naquela cidade, naquele ambiente perfeito, esperamos que nossas
ofertas finalmente sejam o que devem ser.
Além
de louvar a Deus, não sabemos exatamente o que seremos convocados para fazer;
mas a nossa existência terá um propósito.
O
Senhor será a luz do céu; já não haverá noite. Tudo parece pior à noite; no
escuro, nossa resistência diminui e nossa dor se intensifica. Graças a Deus, não
haverá noite! Os que viverem na cidade celestial não precisarão de luz de
candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles. Reinarão
pelos séculos dos séculos. Os cristãos estão reinando atualmente com o Senhor e
os mártires continuarão reinando com Jesus mesmo após a morte. Continuaremos
reinando com Ele por toda a eternidade! Como seremos abençoados!
Você
tem saudades o bastante para se preparar para ir? Podemos não saber qual
serviço o Senhor pedirá que façamos, mas sabemos o que Ele nos pede aqui: Ele
quer nossa fé e confiança; Ele quer nossa obediência e fidelidade.
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