O pescador muda-se em
pastor. Jesus “precisa primeiro de pescadores que peguem os peixes no mar deste
mundo para fazê-los entrar nas redes da Igreja. Mas logo a imagem muda: estes
novos convertidos, é necessário educá-los, conduzi-los, alimentá-los e ensiná-los.
Onde estão os pastores do
povo de Deus? Onde estão aqueles que por amor ao Rei, largam as 99 ovelhas e vão
a busca de uma que se perdeu e sofre? Sem sombra de dúvidas, vivemos uma enorme
crise de pessoalidade e afetividade na relação pastor-ovelha, isso porque,
alguns dos ditos pastores se tornaram mega-stars da fé, imponentes pregadores, "Apóstolos
desbravadores", além de "poderosos profetas". Se
junta a isso, o fato de que as mensagens pregadas nos púlpitos têm tido por
fundamento o marketismo religioso, cujo conteúdo é humanista e secularizado.
Infelizmente, sou obrigado a concordar que tais pastores têm se preocupado mais
com a porta de entrada, do que com a porta de saída dos seus apriscos; mais com
números do que com gente. Na verdade, ouso afirmar de que vivemos numa era onde
as pessoas foram definitivamente coisificadas, onde seres humanos, criados à
imagem e semelhança de Deus transformaram-se em gráficos e estatísticos.
Diante desta nebulosa perspectiva, sou tomado pela impressão de que essa geração necessita urgentemente de pastores de almas, de gente abnegada, que se preocupem com a dor do próximo e tenha prazer em cuidar da ovelha ferida. Para tanto, torna-se indispensável restaurar os conceitos pastorais desta geração, impregnando nos novos ministros, amor, compromisso e fidelidade para com Deus e seu Reino. Além disso, julgo também que seja imprescindível de que os pastores desse tempo, sejam plenamente comprometidos com a Santa Palavra de Deus, preocupando-se com o que ela diz, tomando-a como regra, bem como modelo de fé e comportamento para o seu ministério pessoal.
A Escritura é a fonte de toda a sabedoria, e os pastores devem extrair dela tudo aquilo que expõem diante do rebanho. Através da exposição da Palavra de Deus, as pessoas são conduzidas a liberdade e a segurança da fé salvadora; a verdadeira pregação tem por objetivo abrir a porta do Reino ao ouvinte, isto é, que as Escrituras Sagradas, devem ser o principal instrumento na condução, consolidação e pastoreamento do povo de Deus. A pregação pública deve ser acompanhada por visitas pastorais.
Nossas igrejas estão cheias de indivíduos em crise, de famílias desestruturadas, além de pessoas que foram violentamente marcadas por satanás e o pecado. Neste tempo pós moderno, onde o relativismo tem mostrado as suas garras, necessitamos urgentemente de pastores preparados e capacitados, que amem a Deus acima de todas as coisas, e que se disponha a pastorear abnegadamente o rebanho de Cristo.Que Deus tenha misericórdia de seu povo e levante pastores segundo o seu coração.
Jesus
se serviu de duas imagens para ilustrar a tarefa de seus colaboradores. A de
pescadores e a de pastores. As duas imagens requerem atualmente explicações, se
não quisermos que o homem moderno as encontre com pouco respeito em sua
dignidade e as rechace. Ninguém gosta hoje de ser «pescado» por alguém, ou ser
uma ovelha do rebanho!
A
primeira observação que há que fazer é esta. Na pesca ordinária, o pescador
busca seu proveito, não certamente o dos peixes. O mesmo o pastor. Ele
apascenta e custodia o rebanho não pelo bem deste, mas pelo seu, porque o
rebanho lhe proporciona leite, lã e cordeiros.
No
significado evangélico sucede o contrário: é o pescador o que serve ao peixe; é
o pastor que se sacrifica pelas ovelhas, até dar a vida por elas. Por outro
lado, quando se trata de homens, ser «pescado» ou «recuperado» não é desgraça,
mas salvação.
Na
Igreja ninguém é só pescador, ou só pastor, e ninguém é só peixe ou ovelha.
Todos somos, com finalidades diferentes, uma e outra coisa por vez. Cristo é o
único que é só pescador e só pastor. Antes de ser pescador de homens, Pedro foi
pescado e recuperado várias vezes.
Como
deve ter parecido estranho àqueles pescadores de peixe, serem convocados, não
mais para serem pescadores, mas para serem pastores. Parece que foi a diferença
entre esses dois chamados que Jesus tentou ensinar a Simão Pedro naqueles
últimos momentos à beira do mar da Galileia. A diferença entre ser pescador e
ser pastor. Uma diferença que a todo custo e urgentemente precisamos
reaprender. A ordem deixada por Jesus nos evangelhos nunca foi a de atrair
pessoas para a igreja, e sim de ir ao encontro delas onde quer que estivessem.
O limite estabelecido não foi uma cidade ou um estado, mas os confins da Terra.
O mandamento que Jesus deixou não nos diz para ficarmos em segurança atraindo
peixes gordos, mas deixarmos tudo para trás para ir ao encontro das ovelhas,
principalmente das que estão mais perdidas. A ideia mais próxima da realidade
pastoral que Jesus nos passou foi justamente aquela da parábola em que o pastor
larga tudo que era significativo na sua vida para ir atrás de uma ovelha que
está perdida. “Apascenta as minhas ovelhas”.
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