“Se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do Senhor e acharás o conhecimento de Deus” (Provérbios 2:4 e 5).
O epitáfio de uma sepultura, nas proximidades de um garimpo, dizia: “Morreu sonhando com um grande tesouro”. Todo garimpeiro é um sonhador. Arrisca tudo: deixa a família e o emprego, embrenha-se na selva ou em lugares inóspitos, trabalha dia e noite, expondo-se a toda sorte de perigos.
O que o mantém nessa aventura arriscada? O desejo de encontrar um tesouro. E, mesmo depois de achar pedras preciosas, continua garimpando, pois alimenta o sonho de um dia encontrar aquele diamante que jamais foi visto.
O tesouro a que Salomão se refere, é a sabedoria. Não erudição, ou vasto conhecimento, mas a ciência da vida, o temor do Senhor. Muitos homens eruditos chegaram ao fim da jornada terrena, sem esperança. Voltaire, por exemplo, disse: “Vou morrer e vou para o inferno”. Hobss confessou: “”Eis que estou prestes a dar um terrível salto para as trevas”. Esses homens, que encantaram o mundo com a sua cultura humanista, não tiveram a seu favor a ciência da vida, na hora derradeira. Outros, porém, encontraram lenitivo na sabedoria que vem do alto. Wesley afirmou: “O melhor de tudo é que Deus está comigo”. Lutero, no leito de dor, orou: “Pai, nas Tuas mãos entrego o meu espírito, pois Tu me resgataste, ó Deus fiel!”
A Bíblia falta sobre pessoas que arriscaram tudo pelo temor do Senhor. Abraão deixou a confortável cidade de Ur e foi para uma terra distante. O diamante que alimentava seu ideal era cumprir a vontade de Deus. Moisés desprezou as glórias e a sabedoria do Egito, pelo conhecimento de Deus. Ao longo de quarenta anos, foi alimentado por um grande sonho: ver o povo hebreu como cabeça e não como cauda. José não pediu para morar no Egito, mas foi lá que ele encontrou o diamante da pureza de caráter. O apóstolo Paulo é outro exemplo digno de lembrança. Desprezando o Sinédrio e as badalações dos líderes judeus, mostrou que era um garimpeiro destemido, ao afirmar:
“Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo” (Fp 3:8). Novo tempo
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