sábado, 9 de março de 2013

Batalha dos seres celestiais e humanos



“Houve uma batalha no céu. Miguel e seus anjos tiveram de combater o Dragão. O Dragão e seus anjos travaram combate, mas não prevaleceram. E já não houve lugar no céu para eles. Foi então precipitado o grande Dragão, a primitiva Serpente, chamado Demônio e Satanás, o sedutor do mundo inteiro. Foi precipitado na terra, e com ele os seus anjos” (Ap 12, 7-9).


Os anjos são os seres celestes mais próximos dos seres humanos, mas ainda assim são enormemente superiores. A batalha entre os anjos bons e os anjos rebeldes foi uma batalha de convencimento sobre a obediência e o amor a Deus.
O pecado é uma realidade original dos anjos (desobedientes), que, desde o início da humanidade, tentam fazer com que os homens participem dessa mesma desobediência.

Por sua desobediência Satanás e seus seguidores não tiveram mais lugar no céu e foram precipitados... Na terra. Desse modo, não podendo mais perverter outros anjos para a desobediência a Deus, eles o fazem agora com os humanos para que também percam o lugar no céu.

Os seres humanos são os continuadores dessa batalha iniciada no céu, devendo resistir às sugestões malignas e amando a Deus sobre todas as coisas. Para isso contamos com o auxílio dos anjos, que tão humilde e fortemente se colocam ao nosso dispor, para nos defender de todos os males e guiar-nos no caminho para Deus.

Cada pecado que cometemos é uma breve vitória de Satanás e seus anjos. Breve porque, pode até ser uma vitória, mas não é definitiva, podendo ser revertida a situação da batalha em qualquer momento, dependendo do nosso esforço de santidade.

Jesus disse que a carne é fraca: Vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca. (Mt 26,41.)

A carne é fraca e se torna alvo de Satanás para nos vencer na batalha, mas, ao mesmo tempo, o espírito está pronto e a oração, jejum e a bíblia, nos dão a força necessária para o combate.

Nossa batalha certamente se torna mais difícil que a dos anjos porque estamos sujeitos às fraquezas da carne, enquanto eles são puro espírito. Mas, para nossa alegria, não combatemos sós, pois temos a presença dos anjos e a graça de Deus, que nos motivam a caminhar para a vitória.

Resistir ao pecado nos coloca em situação, embora inferior, mas espiritualmente semelhante à de Miguel e os anjos na batalha celeste. Isso porque nossas tentações não estão no mesmo nível de dificuldade que os anjos tiveram que enfrentar, mas, resistindo, participamos brandamente da mesma disposição em cumprir a vontade de Deus. Seria desleal enfrentar o mesmo nível de dificuldade dos anjos, mas o Senhor não nos deixa entrar em um combate desleal. Ele permite apenas que enfrentemos as lutas que podemos ganhar.

Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela. (1Cor 10,13)

Na verdade, não somos nós que vencemos, mas é Cristo que vence em nós. É a vitória do Reino de Deus.

Referi-vos essas coisas para que tenhais a paz em mim. No mundo haveis de ter aflições. Coragem! Eu venci o mundo. (Jo 16,33)

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