domingo, 7 de outubro de 2018

A Ceia dos Abutres


"Então vi um anjo posto em pé no Sol, e clamou com grande voz, falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer escravos, assim pequenos como grandes." Ap. 19,17-18.

Logo após relatar a visão sobre a Ceia das Bodas do Cordeiro, João anotou uma outra revelação que Deus lhe mostrou. Nessa nova revelação, João foi levado, em espírito, a contemplar um ambiente escuro, tétrico, fétido, onde estaria acontecendo uma outra ceia. Ele contemplou a visão, e relatou o que viu: 

O significado da ceia: 

1. A facilidade com que se alcançou a vitória. Não será uma luta difícil para Cristo. Será uma ceia, ou como podem dizer alguns, "uma barbada". Nessa ocasião, a destruição dos inimigos de Deus na terra será tão grande, que será preciso um excessivo número de aves para limpar o campo da batalha. É chamada a “ceia do grande Deus”, porque Deus a ordenará para as aves de rapina.  

2. A palavra ceia, indica, que haverá um último esforço, a última grande oposição, assim como a ceia (ou jantar) é a última refeição do dia. Esta sinistra ceia tem a ver com a batalha de Armagedom. Trata-se da cena de julgamento da terrível crueldade e impiedade deste mundo.  

A terceira ceia, uma festa de morte: Os que procuraram assassinar a verdade, indivíduos de todos os povos, representando todas as classes, jazem ali, mortos pela Palavra a qual rejeitaram.  

Enquanto Cristo volta para o Céu com os remidos, as aves do céu devoram os corpos dos que foram mortos. Esta ceia é uma festa da morte. O anjo convida as vorazes aves de rapina para participar dessa ceia dos mortos. Reis, capitães, homens poderosos, cavalos e seus cavaleiros, livres e cativos, pequenos e grandes ali jazem no silêncio da morte. Os seus corpos são presas das aves do céu. Eles foram mortos pela espada. Cristo fala e, de imediato, o juízo cai sobre as hostes opositoras ali reunidas. Os que foram mortos levantam-se outra vez, depois de terminados os mil anos.  

Lemos cinco vezes que a carne é alimento para as aves do céu. Essas aves estão se alimentando daqueles que ousaram lutar e conspirar contra o Senhor, mas as suas táticas e armas se mostraram ineficientes.  

A Batalha do Armagedom se transforma numa carnificina, ou numa grande ceia para as aves de rapina. Que fim humilhante para o orgulho, a pompa, o poder e a nobreza dos seres humanos!  Os corvos, as águias e outras aves de rapina alimentando-se com a carne dos grandes e poderosos, cujos nomes podem estar gravados nas páginas da história.  

"E todas as aves se fartaram das suas carnes" (Ap. 19,21). Elas comem até se fartarem. 

O convite do anjo desta vez não é feito aos homens, porque já terão sido destruídos pelo resplendor da presença de Cristo. Mas será feito a todas as aves do céu.  

As carcaças dos inimigos de Deus serão alimento para todas as aves do céu. Isso está de acordo com uma tradição judaica, Synopsis Sohar, p. 114, n. 25:  

"No tempo em que Deus executar vingança pelo povo de Israel, ele deve alimentar todos os animais da terra por doze meses com sua carne e todas as aves por sete anos."  

É bem sabido que tanto os animais quanto as aves de rapina estão acostumados a frequentes campos de batalha, e vivem dos mortos. 

O profeta Jeremias escreveu:  

“Serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da terra até a outra” (Jr. 25,33).  

Enquanto no céu se realiza a “ceia das Bodas do Cordeiro”, na Terra, tomará lugar o banquete das aves do Céu.  

Aqueles que aceitaram o convite de Deus participarão da ceia juntamente com o Salvador, enquanto os que rejeitaram o mesmo convite proporcionarão, com seus próprios corpos, uma ceia às aves de rapina.  

Desse modo, os que buscaram assassinar a Palavra de Deus serão mortos por ela. Enquanto Cristo volta para o Céu levando consigo os remidos, as aves do céu devoram os corpos dos que foram mortos. Eles foram mortos pela espada aguda.  

Somente reviverão após mil anos, quando receberão os efeitos da eterna destruição. Que fim humilhante para o orgulho, a pompa, o poder e a nobreza daqueles que decidiram desafiar o governo do Céu!  

“E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz, dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus”. 

Esta ceia é completamente diferente da “Ceia das Bodas do Cordeiro”.  

Naquela ceia o povo de Deus regozijava-se, tinha comunhão e festejava. Na ceia mencionada neste versículo todas as aves do ar que são carnívoros ou comedores de carniça, os corvos, as aves de rapina, as águias, as corujas, os falcões, os condores, açor, urubu, etc. virão para esta grande ceia. 

Uma estranha ceia! Uma ceia no escuro. Tudo negro, pois o Sol não mais estará brilhando sobre a Terra (Jer. 4,23-26). A ceia do abismo. A ceia dos perdidos.  

Somente aqueles que rejeitaram o convite para participarem com Deus da Ceia da Graça, e que não puderam participar da Ceia das Bodas do Cordeiro, em glória, estarão envolvidos na Ceia das Trevas. 

Porém, é necessário atentar para um detalhe: Na Ceia das Bodas do Cordeiro, os amigos do Noivo são comensais, deliciam-se com os finos e preciosos manjares do céu. Enquanto que na Ceia dos Animais, os desobedientes serão o alimento. Serão comidos pelos animais de rapina. Servirão de repasto a todas as aves de rapina, as quais, convidadas por Deus, fartar-se-ão naquele alimento imundo.  

Triste sorte desses homens e mulheres que, feitos à imagem de Deus, para a glória de Deus, rejeitaram viver em glória, preferindo a escuridão do pecado e da morte.  

Foi um ato voluntário. Jesus bateu à porta de sua vida, pedindo entrada, mas foi impedido de entrar. Sua presença, na ocasião, foi tida como indesejada. Deixaram-no de fora da vida, preferindo continuar na companhia de Satanás. Agora, quando tudo está selado e definido; quando o quem é quem do destino já confirmou as opções que cada um fez quando em vida terrena, nada mais pode ser mudado. Quem escolheu ser amigo de Jesus Cristo, e Lhe abriu a porta da alma, está vivendo na "Casa do Pai", na companhia do Cordeiro de Deus, dos anjos e de todos os seus conservos: 

"Os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus". Ap. 14:12.  

Quem rejeitou o amor divino, o qual, gratuitamente, ofereceu a salvação, agora está morto, estendido sobre a face de toda a Terra, como coisa fétida, esterco e comida para as aves de rapina. Alimento apodrecido para a Ceia dos Animais. O profeta Jeremias recebeu uma visão de Deus sobre esse acontecimento, a qual ele escreveu em seu livro:  

"Os que o Senhor entregar à morte naquele dia, se estenderão de uma à outra extremidade da Terra; não serão pranteados, nem recolhidos, nem sepultados; serão como esterco sobre a face da Terra". Jer. 25,33. 

Os versos finais do capítulo 19 trazem à cena outra ceia. Não é uma festa nupcial de alegria e vitória como a que se celebra quando os justos entram à presença do Pai, mas é a trágica ceia das aves de rapina que vêm alimentar-se da carne dos ímpios, esses que, havendo rejeitado o convite para a Ceia das Bodas do Cordeiro, são destruídos pelo resplendor da presença de nosso Senhor. Os dias em que vivemos são dias de preparação. Enquanto o povo de Deus está se preparando para encontrar o seu Senhor em paz, as nações da Terra preparamse para a guerra e o derramamento de sangue.  

Aqui está o chamado que sai para as nações:  

"Santificai uma guerra; suscitai os valentes; cheguem-se, subam todos os homens de guerra." (Joel 3:9).  

O slogan de nossos dias parece ser: Fale de paz, mas prepare-se para a guerra. Certamente a seara está pronta para a ceifa. O convite do anjo referido não será feito aos homens, porque todos terão perecido à aparição de Cristo-Rei.  

Mas será feito à todas as aves do céu – Vinde, ajuntai-vos à Ceia do grande Deus. Que hão de comer as aves na “Ceia do grande Deus”? A carne de todos os inimigos de Deus. Um dos profetas declara que “Serão os mortos do Senhor, naquele dia, desde uma extremidade da terra até à outra extremidade da terra” (Jer. 25,33).  

Ezequiel, o profeta, fazendo também referência à ceia das aves, não deixa dúvidas de que ela será depois da intervenção de Cristo no Armagedon (Ez. 39,17-20).  

Reúna-se para a grande ceia de Deus – quanto a uma grande festa, que a vingança de Deus em breve fornecerá - uma expressão fortemente figurativa, denotando a vastidão da matança que se segue. Extraordinário contraste: enquanto no céu se realiza a “Ceia das Bodas do Cordeiro”, na terra tomará lugar a “Ceia do grande Deus” para as aves do céu.   

Falando a todas as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus. Antes de continuar a leitura aqui, devemos ver um trecho semelhante em Ez. 39,17-20. Ezequiel profetizou sobre a restauração do reino espiritual do Senhor (caps. 36 e 37) e sobre a tentativa das nações, sob a liderança de Gogue de Magogue, de derrubá-lo (cap. 38).  

O capítulo 39 mostra a grande vitória do Senhor sobre as nações ímpias que se juntaram contra os remidos, e inclui esta figura da ceia das aves e animais que se satisfazem com a carne dos cadáveres. Agora, numa cena paralela, o anjo chama as aves do céu para a grande ceia. A carne está quase pronta! 

Aqueles que aceitaram o convite de Deus, banquetear-se-ão conjuntamente com o Salvador com os frutos da Cidade Santa, enquanto os que rejeitaram o amoroso convite da salvação, proporcionarão com seus próprios corpos, uma ceia às aves de rapina. 

Querido amigo e irmão em Cristo, você hoje está sendo convidado à salvação. Tudo já foi feito. Jesus Cristo já realizou sua salvação. Ela já é uma realidade. Agora Jesus Cristo vem a sua casa (sua mente, seu coração, sua vida) e pede entrada.  

Ele não se conforma em trazer a salvação ao mundo, de maneira geral, como fato histórico. Vem até você, pessoalmente, e quer trazer essa salvação eterna à sua vida íntima. Quer que você reconheça que o "Reino de Deus" está dentro de você, pois você não foi criado para as trevas, mas para a luz. Você foi criado "à imagem de Deus". Seu lugar é no Reino da Glória, não no reino das trevas.  

Abra, pois, sua vida para Jesus. Não o deixe passar adiante, para salvar outros, e você ficar de fora do Reino. Escancare as portas da alma para Cristo, e deixe-O ficar aí. Isto será gozo e alegria para o seu coração. E para o coração de Jesus. 

http://profeciaetempo.blogspot.com

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

Desperta, Débora!


Desperta Débora! Este é um chamado para nossa geração. Um chamado que ecoa em nossos corações. Um chamado de despertamento para as mulheres, e as mães deste século. Esse texto se faz tão real, e necessário quanto nos dias da proeminente juíza de Israel, Débora. Pois, vivemos dias ruins, maus, turbulentos, assustadores. A família tem sido alvejada constantemente, e vemos aos nossos olhos lares que se desbaratam, mães que abandonam suas casas, pais que nunca viram seus filhos, filhos que não suportam olhar para os pais. Família que experimentam o amargo sabor do abandono, e da traição, adultérios da alma! Longes da realidade de um lar.

São de fato, dias maus. A pós-modernidade debate o conceito primaz da família, para ter uma família, dizem, não são necessários um homem e uma mulher, basta ter “amor”. E em busca de uma falsa liberdade, e uma vã ilusão, a família tem enfrentado um forte combate.

São tempos de guerra, não de paz. Tempos de luta, não de descanso. Dias de batalha. Vivemos cercados por diversos perigos: drogas, imoralidade sexual, violência, corrupção, mortes, entretenimento que fecham nossos olhos. E diante deste cenário, muitas famílias têm sucumbido.

Por este motivo, o clamor por um despertamento de homens e mulheres, que se preparem para tal batalha é ainda hoje vivo em nossos corações. Ainda hoje podemos ouvir o grito de desespero dos filhos de Israel: Mulheres, despertem, levantem-se para a batalha! Pais ergam-se, filhos não se prostrem, jovens apronta-te para a peleja. Débora Desperta! Abra os olhos para a realidade! Desperta!

Contexto Histórico-Social (Jz 4;5). Débora representa este alto padrão, de uma mulher que não se curvou e não se prostrou diante de um tempo difícil. O contexto social de seu povo, não distava tanto do nosso. A bíblia diz que, no tempo dos Juízes, não havia um rei humano sobre Israel, e as pessoas faziam o que bem entendiam.  (Jz 17:6; 21:25). As pessoas agiam conforme seu bel prazer, fazendo o que era mau diante do Senhor.

Semelhanças com nosso tempo:

1.    Eram tempos de apostasia. (Jz 5:8) A Bíblia diz que aquele povo escolheu deuses novos para si. Desprezaram o Senhor, o único Deus. Rejeitaram seus preceitos. Hoje, nossa sociedade busca entretenimento e jamais se satisfazem, pois são fontes sem vida (sexo, dinheiro, religião, falsos amores, falsas riquezas).

2.    Eram tempos de guerra. (Jz 5:8). A guerra estava às portas”. Neste contexto a guerra era literal, o exército inimigo (cananeus) era preparado, e tinha “novecentos carros de ferro (Jz 4:1). Isto significava dizer que, o exército do inimigo era praticamente invencível. Israel tinha apenas uma infantaria, faltava-lhes cavalos, e carros de combate. 
Em nossos dias a guerra é espiritual, (Ef 6.11,12 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”. Este termo “ciladas” é um termo grego que se refere a “estratégias articuladas”, métodos, planos engenhosos”. O inimigo não brinca, ele está em guerra.

3.    Eram tempos de apatia, indiferença. (Jz 5:8“Não se via escudo nem lança entre quarenta mil em Israel”.  Não obstante a guerra que estava armada, ninguém se posicionava. Ninguém se prontificava, ninguém se lançava a combater.
A Bíblia II Tm 3:1 diz que os últimos dias seriam dias difíceis, em que os homens seriam “amantes de si mesmo. Estes são os nossos dias, as pessoas se idolatram e não querem lutar uns pelos outros, não se prontificam não se comprometem.

4.    Eram tempos de pecado. (Jz 4:1“Os filhos de Israel tornaram a fazer o que era mau perante os olhos do Senhor”. (Jz 5:6“desvios tortuosos Nossa sociedade também não está diferente. Deus abomina o pecado (Rm 3:23), Deus abomina a corrupção, a violência dos nossos dias, o adultério, o assassinato, Deus não suporta o pecado de nossa geração idólatra, mística e imoral. Nossa sociedade não entra pelo caminho, que é Cristo, e tem andado por atalhos e desvios tortuosos.

5.    Eram tempos de opressão. (Jz 4:3) “Jabim... tinha novecentos cavalos de ferro, e por vinte anos oprimia duramente os filhos de Israel”. Quantas famílias, quantos lares, quantas vidas ainda hoje vivem esta realidade de opressão em nossos dias, são anos a fio, de acusações e opressões: lutas, dissabores, inimigos da alma.
6.    Eram tempos de dormência espiritual (Jz 5:7). A bíblia diz que Israel ficou deserta, e dormiram “Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram”. Infelizmente esta é a realidade de muitos que são chamados, como as virgens loucas, e também como as prudentes de Mt 25, dormem! Dormem e fecham os olhos para a realidade. É um aspecto de negação do que estamos vivendo.

Débora se levantouJz 5:7 “Ficaram desertas as aldeias em Israel, repousaram, até que eu, Débora, me levantei, levantei-me por mãe em Israel”Diga com autoridade a quem está perto: Desperta e se levanta, porque o Senhor está com você!

CARACTERÍSTICAS DE UMA VERDADEIRA DÉBORA GUERREIRA:

1)  UMA VERDADEIRA DÉBORA TEM RELACIONAMENTO COM DEUS (Jz 5:5-7).

A profetisa Débora só pode se levantar com poder e autoridade em Israel, porque tinha uma vida com Deus. Ela era uma profetisa, sabia ouvir a voz de Deus, e tinha comunhão com Ele. Mas do que isso conhecia muito bem quem era Deus.  Em seu cântico, ela declara os feitos de Deus em Israel e testemunha da vitória do povo de Deus em Israel, se referindo aos seus feitos no êxodo.

Para ser uma Débora, uma mulher, homem guerreiro, de oração é necessário experimentar ao Senhor. Conhecê-lo em profundidade (Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará – Conhecer original Grego = experimentar).
Jó depois da provação declarou: Antes de conhecia apenas de ouvir falar, mas hoje os meus olhos te veem”.

Débora demonstra a sua espiritualidade e relacionamento com Deus quando Israel estava com sua adoração corrompida. Débora foi convocada para julgar seu povo num dos piores momentos da vida nacional. Josué, o grande líder, não estava mais entre eles e, por isso, não havia unidade espiritual no país. A idolatria e a apostasia assolavam a nação (Jz 4:1,2). A circunstância era tão difícil que Débora fez questão de registrá-la em seu cântico (Jz 5:8). Certamente o que provocou esta situação foram os longos anos de paz e relativa prosperidade sob a liderança de Eúde (Jz 3:30).

Débora fora convocada pelo Senhor no mesmo instante em que o povo de Israel clamou por Ele (Jz 4:3). No tempo dos juízes, a Palestina era uma região muito próspera. Havia grandes e pomposas cidades, resultado do crescimento de uma civilização milenar. Por essa razão, os hebreus ficaram impressionados com as realizações culturais de seus vizinhos e, aos poucos, foram absorvendo sua cultura, religião e o modo de vida daquelas nações.
Infelizmente, nos dias atuais, o secularismo continua crescendo na igreja. Ele é o responsável pelo desvio de muitos cristãos. Há crentes que deixam de buscar prioritariamente o Reino de Deus e a sua justiça, para mergulharem no mundanismo traiçoeiro.

Ela demonstrava sua espiritualidade e vida com Deus sendo ponte de benção para os outrosA bíblia diz que Débora em meio àquela sociedade de caos era como um lugar de refúgio, para as pessoas ao seu redor.  Ela se sentava debaixo de uma palmeira e julgava a causa do povo.  v.5 “Ela atendia debaixo da palmeira de Débora”...  e os filhos de Israel subiam até ela em juízo.  Ele julgava e aconselhava.
Diante de nosso contexto, também podemos ser como Débora, há muitos aflitos que procuram um lugar seguro. O mundo tem procurado a igreja desesperadamente, mas em muitos momentos encontram, somente uma juízes, falta o conselho e a sabedoria.

Débora não tinha um trono, nem mesmo um palácio, ela tinha uma palmeira. E uma palmeira era o suficiente. Débora era refúgio de proteção espiritual aos seus filhos em Israel. Você não precisa esperar ter uma mansão, nem mesmo, um título eclesiástico, Débora tinha uma palmeira, mas não era qualquer palmeira, era a sua palmeira. Seu lugar de conselho e refúgio para tantos.

2)   UMA VERDADEIRA DÉBORA NÃO SE CONFORMA COM O CAOS DA VIDA Jz 5:7b-12.

Porque existem poucas mães que lutam? Porque existem poucos que oram? Poucos que se dispõe? Poucos que perseveram? Porque muitos se conformaram com a destruição, com a derrota, com a perda, com o caos da vida.
Pensam que não vale a pena, que os esforços de nada servem, já oraram tanto, já pediram tanto, já jejuaram, já buscaram, mas desistiram. Conformaram-se.
Débora não aceitou aquela situação, de tanto ouvir e julgar. Pôs-se debaixo da Palmeira, orava, buscava a Deus e agiu. E Deus lhe mostrou que a vitória viria através de Baraque.

Se você quiser ser uma mulher com um coração de Débora, não se conforme!
Saia da mediocridade, da mesmice, da vida que todos levam, seja diferente!

Uma inconformada como Débora busca as estratégias de Deus Jz 4:6,9. Jamais entre em uma guerra sem as armas certas e sem a estratégia certa. Débora recebeu de Deus as estratégias de guerra, com quantos Baraque venceria, e como venceria.

Não se iluda com os seus recursos. Não lute com as suas estratégias. Com o muito falar, com a vingança, com os gritos, com o choro, com o deixar para o amanhã. Nada disso é arma de guerra! É obra da carne!
Uma inconformada como Débora tem certeza da vitória Jz 4.7,9. O senhor garantiu a vitória: “darei em suas mãos o inimigo”. Os inimigos de Israel eram muitos, a força deles era pouca, mas a vitória já estava garantida. Acredite também!
Uma inconformada como Débora tem como marca a coragem diante da batalha Jz 4:9. Depois de chamar Baraque à responsabilidade, a ir à guerra, ele pediu sua ajuda, irei somente se fores comigo”. Este poderia ser um momento crucial.
Débora teria que enfrentar o campo de batalha, estar junto na guerra, lutar lado a lado. Se ela recuasse, tudo estaria perdido. Mas uma verdadeira Débora sabe que jamais poderia voltar atrás.

Quantos desistem, quantos param no meio do caminho. A coragem é uma virtude fundamental à fé cristã, em I Jo. 4:18 está escrito que não fomos chamados para o medo.

Consoante a essa ideia, a palavra coragem, no Novo Testamento arremete a 3 interpretação:

1.    Coragem nos remete ao verbo “tolmao”que contém um elemento de ousadia, de um ato que se coloca acima do medo. Também,
2.    Outra palavra para coragem é “tharréo” denota confiança e esperança em Deus.
3.    Uma outra palavra é “parrésia” mostra a coragem dos primeiros cristãos. Essa coragem era manifestada na ousadia com que eles proclamavam o evangelho de Cristo.

Uma verdadeira Débora é uma voz de coragem e incentivo Jz 4.14. Quando estavam diante do inimigo, Débora disse a Baraque: Dispõe-te”. Tenha coragem, seja forte! Você conseguirá o Senhor te deu o inimigo. Baraque era um guerreiro que precisava ser despertado, e através do encorajamento de Debora este homem se levantou.
Encoraje! Através da oração, você também pode encorajar a muitos, e mudar o rumo até mesmo de uma nação inteira. Seja tutora de novos na fé, elogie, acredite nos seus, viva uma vida de encorajamento. Porque o Senhor é aquele que te fortalece, você também pode fortalecer o guerreiro que está adormecido dentro de sua casa.

3)  UMA VERDADEIRA DÉBORA, DESPERTA A PRÓPRIA ALMA Jz 5:12, 21.

Débora em seu canto, se refere a si mesma na terceira pessoa“Desperta Débora! Desperta! Acorda, entoa um cântico”e no meio da batalha, v. 21 declarou: “Avante, minha alma, firme!”
Em meio à batalha, precisamos despertar-nos com o refrigério do Senhor, não podemos nos perder. Quantas vezes agimos como Marta, ao servir Jesus, nos bastidores, no meio da luta, nos cansamos com as coisas desta vida, e com a intensidade da batalha.
Nunca deixe ter seu momento de oração, de renovação das forças, escute e leia a palavra, se revigore, tire um tempo só para você! Seja ministrada também.
E se renove, seja fonte, para dar de beber a outros, beba também! Nunca somos auto- suficientes. Tudo que fazemos é pela graça.
Numa época em que as mulheres eram alvos de desprezo e preconceito masculino, Deus levanta uma mulher corajosa chamada Débora para ser juíza. Este foi um ato da graça divina, mas também uma humilhação para os israelitas, pois viviam numa sociedade de domínio masculino e que desejava apenas a liderança de homens maduros.
Na ausência de homens consagrados e comprometidos, Deus nos mostra que Ele usa também mulheres em lideranças importantes.

quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O Homem e a Glória de Deus


“Tu o fizeste um pouco menor do que os anjos, de glória e de honra o coroaste, e o constituíste sobre as obras de tuas mãos” (Hebreus 2:7)

Ao criar o homem, Deus colocou de Si mesmo nele. O homem não foi apenas uma criação de Deus, mas uma criação a partir de Deus, ou seja, carregamos em nossa natureza, a essência divina. Essa verdade é estonteante e serve de base para a compreensão da natureza humana.

Ao ser formado do “pó da terra” (Gênesis 2.7), o homem trás consigo características terrenas, ou seja, seu ser é dotado de habilidades e sensações próprias de um ser terreno – pode respirar, sentir sabores, odores, prazeres etc., capacitando-o a nos relacionar com a criação. Mas ao receber o sopro divino (Gênesis 2.7), ele carrega também a natureza celestial, ou seja, trazemos marcas morais que só encontram-se em Deus. Assim, vivemos transitando entre essas duas naturezas que se abrigam num único ser: o homem.

O homem é um ser fascinante e não pode ser compreendido a parte da sua essência espiritual. Reduzi-lo a um animal produzido a partir de uma ameba que evoluiu espontaneamente, digo, a partir do acaso, transformando-se nesse ser altamente complexo não apenas do ponto de vista biológico, mas psicológico, é no mínimo ingenuidade. Somos mais do que interconexões elétricas e impulsos animais. Não somos puro instinto, somos seres que se constroem e reconstroem tomando decisões imprevisíveis. Temos volição, arbítrio, podemos fazer nossas próprias escolhas: nem todos nós agimos da mesma forma diante das mesmas situações, diferente dos animais que agem determinados por seus instintos, estando condenados às mesmas reações diante dos mesmos estímulos.

Alguma vez você já teve aquela sensação de que pertence a esse lugar e ao mesmo tempo não pertence? Isso ocorre porque há em nós um anseio celeste que está gravado em nossa essência e que só pode ser satisfeito em Deus (2 Coríntios 2.5). Não somos apenas seres biológicos e culturais, somos seres espirituais dotados de necessidades que só podem ser supridas enquanto seres espirituais. Se Deus é a nossa fonte, só Deus pode alimentar-nos; se Dele viemos, só Nele podemos existir; se fomos criados por Ele, só podemos viver a partir Dele.

Infelizmente o pecado degenerou as marcas da glória de Deus que estavam estampadas no homem, mas tais marcas não foram arrancadas de todo. Ainda permanecem um anseio, uma saudade e algumas qualidades morais. Através dos tempos o homem tem buscado preencher tais necessidades por Deus, para tanto, criou a religião (“re-ligar”), aventurou-se nos prazeres carnais, na satisfação dos seus desejos e vontades corrompidos pelo pecado, mas isso só o tem lançado para mais longe de Deus.

Deus enviou o Seu único Filho, dando-lhe um corpo como o nosso. Jesus entrou no mundo dos homens, viveu como homem e sentiu aquilo que sentimos a fim de trazer-nos de volta à nossa essência celestial. Em Cristo podemos voltar a ser quem somos: filhos de Deus (João 1.12). Podemos nos relacionar corretamente com o mundo e podemos nos relacionar com Deus em espírito e em verdade (João 4.24).

Em Cristo a glória perdida foi restaurada e podemos viver um novo relacionamento com o Pai, relacionamento esse que não necessita de mecanismos criados pelo homem, pois estamos ligados intrinsecamente a Deus. A glória que perdemos com o “primeiro Adão”, não apenas nos foi restaurada com o “Último Adão” (1 Coríntios 15.45-49), como podemos vive-la de forma mais intensa uma vez que agora nos tornamos habitação de Deus em Espírito (1 Coríntios 3.16). 

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

O Cajado e o Chicote...


É muito comum, em alguns lugares, ouvir um Pastor dizer: "Deus me deu o cajado! Ele me colocou aqui para exortar os rebeldes e disciplinar os pecadores!"; e falam isso açoitando a igreja se dizendo estarem cheios de autoridade espiritual. Tais revelações, que quase sempre o colocam em posição de juiz e carrasco, são de origens bastante questionáveis, pois parece que ele nunca está errado; porém, a questão aqui não é a autenticidade de seu direito de liderar - até mesmo porque, biblicamente, o pastor é um homem de Deus e foi chamado para apascentar o rebanho, mas sim a sua capacidade de entender o que significa ter o cajado em suas mãos.

Observe bem um detalhe muito interessante: se o cajado fosse para bater, o salmista Davi, no Salmo 23:4, não teria falado: "... a tua vara e o teu cajado me consolam.". Ele era um pastor de ovelhas e sabia muito bem para que servem esses dois instrumentos. O cajado tem uma extremidade arqueada, a qual serve para puxar a ovelha de volta, caso ela se afaste do rebanho; e a vara, por sua vez, é usada para orientá-las durante a caminhada e também, caso seja necessário, para o próprio pastor se defender de ataques de animais selvagens. Esses dois materiais de trabalho jamais podem ser usados com o objetivo de agredir o rebanho, muito pelo contrário: eles servem para orientá-lo e protegê-lo. Resumindo, são apenas ferramentas que ele tem que usar para apascentá-lo.

Apascentar significa cuidar; e esse cuidado consiste em alimentar, guiar, proteger, curar feridas, matar a sede e, até mesmo, amar; pois quem não ama o que faz, acaba fazendo o seu trabalho relaxadamente (Jr 48:10). Analisando mais detalhadamente a situação, percebemos que é o pastor que serve a ovelha e, além do mais, ele está a serviço de seu dono, o qual vai requerer de suas mãos cada uma das que colocou sob sua responsabilidade, e vai querê-las intactas, gordas, peludas e saudáveis. O pastor não podia apascentar-se a si mesmo; ele apenas se alimentava da porção permitida pelo seu senhor, mas, de maneira alguma, poderia matar algumas ovelhas para comer de sua carne ou, pelo menos, tosquiá-las para se aquecer com sua lã.

Hoje, em muitas igrejas, a expressão "o Senhor é o meu pastor." pode ser entendida, de uma forma praticamente literal, como "o pastor é o meu senhor".

Obviamente, o pastor é sim uma autoridade e os membros devem obedecê-lo (Hb 13:17), mas, o que muitos deles não sabem ou fingem não saber -, é que a Igreja pertence ao Senhor e que ninguém tem o direito de agir como se tivesse domínio sobre ela (Cl 2:18). Desde o Antigo Testamento, Jeová vem alertando contra aqueles que exploram o seu povo em seu próprio benefício (Ez 34:1-31) e, no Novo Testamento, continuou alertando contra o perigo que representavam os falsos mestres (2ª Cor 11:13-15; Fp 3:2); será que no presente século a situação está diferente (Mt 24:11,12)?

É claro que muitos dos pastores que agem com autoritarismo excessivo são sinceros e acreditam estar fazendo a vontade de Deus; porém o seu erro está em se posicionarem contra a busca do conhecimento (Jo 5:39; Mt 22:29), não estudando e tirando o incentivo aqueles que querem estudar a Palavra de Deus. Se estes respeitáveis senhores, - os quais se vangloriam de suas grandiosas experiências espirituais -, tivessem mais humildade do que aparência de simplicidade, e se pusessem a buscar o conhecimento, saberiam que exortar significa aconselhar, animar e encorajar, e não reprovar, humilhar e rebaixar, como eles pensam; e saberiam também que disciplinar não significa simplesmente castigar, mas sim ensinar; e, para completar, saberiam ainda que autoridade não é sinônimo de braveza, cara feia, voz alta e dedo na cara - pois quem pratica isso é arrogante -; ter autoridade de verdade - principalmente espiritual - é, acima de tudo, ter respeito; e respeito não se impõe, se conquista.

Usar o cajado exige habilidade e sabedoria, porque um erro do pastor pode machucar seriamente uma ovelha e até levá-la à morte, pois ela é sensível e precisa de cuidados especiais (Rm 15:1; 1ª Cor 3:1,2). É bom também lembrar que pastor não é apenas aquele que dirige uma igreja, mas sim todo aquele que tem alguma responsabilidade em suas mãos: você é um pastor no cargo que exerce e também dentro de sua casa. Agora reflita: em que situação estão as ovelhas que você cuida? Uma ovelha conhece a voz do seu pastor, sente o seu cheiro, espera que ele lhe dê água e comida, se sente protegida com a sua presença e o segue porque acredita que ele a está levando para um lugar seguro, ou seja: ela confia nele. Confundir cajado com chicote é um verdadeiro crime espiritual. (http://ebvirtual.blogspot.com).

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Deus Garimpeiro

Como se escureceu o ouro! Como se mudou o ouro puro e bom! Como estão espalhadas as pedras do santuário sobre cada rua! Os preciosos filhos de Sião, avaliados a puro ouro, como são agora reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro! 

Os seus nobres eram mais puros do que a neve, mais brancos do que o leite, mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos do que a safira. Mas agora escureceu-se o seu aspecto mais do que o negrume; não são conhecidos nas ruas; a sua pele se lhes pegou aos ossos, secou-se, tornou-se como um pedaço de madeira. Lamentações, 5, 1,2,7,8

Fica peneirando, até encontrar... Encontrar em meio a tanto cascalho e pedras comuns, uma pedra preciosa! Um diamante!

Ele trabalha incansavelmente porque sabe que, mesmo se estiver cansado, quando encontra a preciosidade é tomado pela profunda alegria de finalmente tê-la, e isto compensa imensuravelmente todo trabalho empenhado.

É intrigante observar que o trabalho atribui certas habilidades aos profissionais, neste caso, o garimpeiro conhece tão bem a pedra preciosa que consegue encontra-lá mesmo se estiver misturada a outras, envolvida pelo lodo do mar, mesmo se for um diamante bruto, porque ele vê além das aparências, vê não somente aquilo que a pedra é, mas também o que ela pode ser se for bem lapidada... E se empenha em fazê-lo.

Mergulhando neste contexto e trazendo-o para Deus, podemos ver uma clara e real ligação. Deus, o tempo todo trabalha incansavelmente para nos conquistar, se empenha ao máximo em nos encontrar nas vezes que dEle nos escondemos. Por que faz tudo isso? Porque sabe o quanto somos valiosos para ele.

O mais lindo é que o Senhor nos conhece tão bem a ponto de nos encontrar mesmo se estivermos envolvidos pelo "lodo" do mundo, pelo pecado e por tantas outras coisas que ofuscam o brilho e a beleza de Deus no ser humano. E quando nos deixamos ser encontrados por Ele, Seu coração se enche de profunda alegria por finalmente nos ter em Seu abraço.

Tudo isso porque o Senhor vê além das aparências, vê não somente aquilo que nós somos, mas também o que podemos ser se formos bem lapidados... E esse próprio Deus se empenha em fazê-lo! São coisas inexplicáveis do tão grande amor de Deus por nós!

É triste pensar que existem muitas "pedras preciosas" pelo mundo sendo desvalorizadas, escondidas no "lodo", sendo tratadas como pobres pedras comuns, e sendo julgadas por um preço muito baixo, simplesmente por não se deixarem encontrar por aquele que pode lapidá-las como nenhum outro.

Ou seja, existem muitas pessoas que se esqueceram do tão grande valor que tem aos olhos de Deus, e se esconderam em meio a tantas coisas que o mundo oferece. O pecado nos desvaloriza, mas Jesus pagou um preço muito alto por nós: seu precioso sangue, jorrado no madeiro; para nos devolver o valor e para que ninguém queira nos tratar como pedrinhas qualquer, pois o que na verdade somos é filhos amados e valiosos aos olhos de Deus Pai.

Se deixe encontrar, e ser lapidado por Deus, pois para Ele você sempre teve, e sempre terá um valor.

sábado, 25 de agosto de 2018

Saudades do céu!


Hoje acordei com saudades do céu. Exatamente isso! O cristão tem saudades de um lugar que nunca foi. E por que? Porque nós somos de lá! Nós não somos daqui! Nossa pátria não é aqui! Somos peregrinos e forasteiros. Nossa pátria é o céu! Nós somos de lá; o céu é o nosso destino; nossa morada eterna; nosso porto final.

Você já sentiu saudades de casa? Eu já, muitas e muitas vezes, quando estive longe. Mas há uma outra pergunta mais importante: Você tem saudades do céu? Um lugar resplandecente de beleza, radiante de glória e repleta de amor? Todo coração deseja ardentemente ir para lá!

Hoje acordei pensando no céu; lugar de delícias e de gozo indizível. Acordei pensando no céu; lugar onde não haverá mais dores, nem choro nem pranto. Acordei pensando no céu; lugar onde o Filho de Deus, Jesus, enxugará de nossos olhos todas as lágrimas. Acordei pensando no céu; lugar de ruas de ouro e de cristal, onde tudo é paz e alegria sem igual. Acordei pensando no céu; lugar onde, em breve, os salvos em Cristo estarão reunidos ao redor do trono, adorando ao Cordeiro de Deus e dizendo: "Santo, Santo, Santo". Acordei pensando no céu e lembrei-me que o céu somente é céu porque o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão lá.

Minha alma sente saudades desse lar. Sente saudades do céu. Às vezes eu me pego pensando na habitação celestial e lágrimas caem de minha face, como hoje. Sinto saudades do Céu.

Não tem jeito, meu DNA é celestial. Mas embora a saudade do céu seja grande, tenho um motivo para continuar: tenho um chamado. Todos os dias quando oro, fecho os olhos e imagino acabando a carreira, guardando a fé e os portões do eterno lar se abrindo para mim. Deus pôs no meu coração, o anseio pela eternidade!

Sinto saudades do céu! Mesmo estando num lugar lindo, cercado de pessoas muito queridas, sinto saudades de querer voltar para casa o mais rápido possível. É como se diz: não há lugar algum no mundo como a nossa casa.

Não importa como seja meu lar na terra. Há outro lar do qual sinto falta. Esse lugar é chamado céu. Bem no fundo de meu coração, sinto falta do céu, quase como se tivesse um instinto de volta ao lar que me guiasse para lá.

É fantástico como Deus pôs o instinto de voltar para casa nos animais. Desafiando todas as probabilidades, os salmões voltam do mar para procriar nos rios onde nasceram. As andorinhas, ano após ano, retornam a seus ninhos. Há algo embutido nessas aves e nesses peixes que os levam de volta para casa. Deus também embutiu isso em nós: um instinto, um desejo, uma necessidade do céu.  E, por causa disso, nunca estaremos plenamente satisfeitos nesta vida. Nada chega à altura do céu. Fomos criados para conhecer a Deus. Fomos criados para irmos para o céu. Deus pôs em nós esse instinto de voltar ao lar e nós só ficaremos realizados e felizes, quando O vermos face a face.

Deus criou o homem num ato de graça e bondade. Apesar disso, o homem decidiu rebelar-se contra o seu Criador e, com isso, Seu Filho Jesus decide dar-se por completo para que o mundo inteiro pudesse um dia retornar ao seu lugar de origem, de onde jamais deveríamos abrir mão. Jesus fala pouco do céu, mas seu ministério lembra-nos insistentemente do Reino de Deus. É uma convocação constante para que desejemos embarcar rumo a nossa verdadeira casa, onde estaremos completamente preenchidos e bem alocados.

Temos sido bombardeados com pregações sobre como obter sucesso e prosperidade nessa terra, além de campanhas para ‘mover a mão de Deus’ a nosso favor e até músicas que clamam pela restituição do nosso ego e orgulho ferido. Esquecemo-nos, entretanto, do real propósito para o qual fomos criados, que é ter um relacionamento íntimo com Deus. Estamos aqui apenas nos preparando para a vida que nos aguarda, no entanto, como nos aprontaremos para ela, se não estamos preocupados em conhecer ao nosso Criador, e nos focamos apenas no que esse tempo palpável e fugaz pode nos oferecer?

O céu possui santuário, pois ele é um santuário. É o lugar onde Deus se encontra com Seu povo; é o lugar em que Deus habita. Essa cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a ilumina, e o Cordeiro é a sua lâmpada. As nações andarão mediante a Sua luz. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque, nela, não haverá noite. Nos dias de Roma antiga, as cidades fechavam suas portas à noite. As portas do céu jamais se fecharão, pois ali não haverá noite. A glória e o Cordeiro encherão cada rua e penetrarão em cada canto dessa cidade.

As nações andarão por essa glória celestial. Os reis da terra trarão a glória e a honra das nações para a cidade. Os reis reconhecerão uma Autoridade maior do que eles próprios e prestarão tributo a ela.

O Senhor é Rei sobre as nações e um dia todos reconhecerão o Seu senhorio. Imaginemos os governantes mais poderosos que já viveram levando os maiores tesouros da terra e espalhando-os diante do Trono, confessando Deus como Rei dos reis e Senhor dos senhores! Toda a glória pertence a Deus e toda a glória estará no céu. Nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro. Dentre todas as nações, haverá os que de fato creem em Jesus e são lavados no Seu sangue. A verdadeira glória das nações brilhará de cada uma dessas nacionalidades que andaram na luz sobre a terra, e que continuarão a andar pela Sua luz, no céu. A fonte de toda glória é Deus. Qualquer outra glória é um reflexo da glória de Deus. João a cidade de longe.

O tamanho da cidade sugere muitos habitantes, e Deus suprirá cada uma dessas necessidades. Há três coisas básicas necessárias à sustentabilidade da vida: água, comida e saúde. Deus suprirá cada uma delas, no Paraíso.

Existe ali o rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro. Homens têm passado a vida inteira procurando a lendária fonte da juventude para não envelhecerem, mas acabam morrendo nessa busca. O que eles não conseguem admitir é que a fonte ilusória não está na terra, mas no céu; ela flui do Trono, a fonte da vida.

No meio da praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês. A árvore da vida foi tirada da humanidade por causa do pecado e uma maldição caiu sobre ela. No céu, porém, nunca mais haverá qualquer maldição, e a árvore da vida será restaurada. Cada parte da árvore abençoará os cidadãos da cidade. Seus frutos saborosos satisfarão os famintos e suas folhas serão para a cura dos povos. Desde que o pecado gerou a maldição, a abolição do pecado será uma cura, por si. Quando olhamos ao redor e vemos homens e mulheres ansiando pela cura de angústias físicas e mentais, pensamos que talvez esta seja uma promessa de que, no céu, estaremos finalmente curados no corpo, na mente e no espírito. No céu, sempre desfrutaremos de boa saúde!

A maldição de Gênesis produziu trabalho pesado e lágrimas, mas a parte mais terrível da maldição foi o homem ser separado de Deus. O Senhor deixou de andar com o homem na comunhão íntima do jardim.

No céu essa maldição finalmente será anulada, e o trono de Deus e do Cordeiro estarão lá. Os habitantes da cidade contemplarão a sua face —a face de Deus. Na terra, ninguém jamais teve permissão para ver a face de Deus, mas um dia os puros de coração verão a Deus. Assim como os peixes foram feitos para viver na água, assim como os pássaros foram feitos para voar no céu, nossas almas foram feitas para viver e prosperar na presença de Deus. Esta será a maior bênção do céu.

A essência do céu é estar com Deus e com Seu Filho. E mais um detalhe: Em nossa fronte estará o nome de Deus! Isto indica possessão. Nós pertencemos ao Senhor. Além disso, implica semelhança: na Sua presença, nos tornaremos cada vez mais parecidos com Ele: agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.

Os seus servos o servirão, porque o céu é um lugar de atividade, uma atividade significativa. Naquela cidade, naquele ambiente perfeito, esperamos que nossas ofertas finalmente sejam o que devem ser.

Além de louvar a Deus, não sabemos exatamente o que seremos convocados para fazer; mas a nossa existência terá um propósito.

O Senhor será a luz do céu; já não haverá noite. Tudo parece pior à noite; no escuro, nossa resistência diminui e nossa dor se intensifica. Graças a Deus, não haverá noite! Os que viverem na cidade celestial não precisarão de luz de candeia, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles. Reinarão pelos séculos dos séculos. Os cristãos estão reinando atualmente com o Senhor e os mártires continuarão reinando com Jesus mesmo após a morte. Continuaremos reinando com Ele por toda a eternidade! Como seremos abençoados!

Você tem saudades o bastante para se preparar para ir? Podemos não saber qual serviço o Senhor pedirá que façamos, mas sabemos o que Ele nos pede aqui: Ele quer nossa fé e confiança; Ele quer nossa obediência e fidelidade.