quarta-feira, 29 de julho de 2015

Uma Filosofia de Educação Autenticamente Cristã

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16,17)

INTRODUÇÃO
Josef Stalin compreendia muito bem a importância da educação para um estado ditatorial. Ele a via não como um bem comum, mas como uma arma a ser assestada contra os direitos fundamentais da pessoa humana. Disse ele: “A educação é uma arma cujo efeito depende de quem a maneja e para quem é apontada”.

Enquanto ditadores sanguinários como Stalin e Mao-Tsetung utilizaram-se da educação para infelicitar seus povos, paladinos da justiça, como o jurista baiano Rui Barbosa, defendiam a educação como a grande promotora da felicidade dos povos. Embora partidário do ensino laico, Rui defendia não somente a educação moral e cívica, como também o ensino religioso nas escolas brasileiras, a fim de que nossas crianças recebessem uma formação completa e viessem a conscientizar-se de seus deveres tanto diante da sociedade como perante Deus. Aconselha o grande tribuno:

“Inspirai às crianças as idéias de Deus como bom pai, Deus autor de todas as coisas; da imortalidade da alma; da consciência; da verdade; da obediência; da assiduidade; do asseio; da ordem. Este ensino há-de ser todo o ponto chão, familiar, desouriçado de frases técnicas, estreme de qualquer formalismo; convindo, sobretudo exemplificai-o em casos e incidentes da vida ordinária. Dessa instrução a chave será “o pai nosso que estais no céu; porque, partindo daí, assumirá para os meninos uma significação real o dever de amor, reverencia e obediência a Deus”.

Se a educação pode ser usada para escravizar toda uma nação como a Coreia do Norte e Cuba, por exemplo, haverá de ser utilizada também pela Igreja de Cristo para libertar os homens tanto espiritual quanto moralmente.

Mas para que isso ocorra é fundamental que os cristãos tenhamos uma filosofia de educação bem definida e alicerçada nas Sagradas Escrituras, nossa única regra de fé e prática.

I. A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Não é difícil definir a Filosofia da Educação Cristã. Afinal, sobre esta refletimos todos os dias, mesmo quando não frequentamos a Escola Dominical ou deixamos de assomar o púlpito. Faz-se ela presente em cada uma de nossas devoções, na leitura da Bíblia e no serviço cristão. Vejamos, em primeiro lugar, o que é a Filosofia.

1. O que é a Filosofia. Etimologicamente, a palavra Filosofia, oriunda do grego, significa amor pela sabedoria. Logo, o filósofo, como bem o acentuou Pitágoras, não é propriamente um sábio, mas um amigo do saber.

A Filosofia, pois, é a ciência que tem por objetivo levar o ser humano à reflexão. E isso ocorre todas as vezes que, perplexos diante dos fatos da vida, pomo-nos a desbanalizar o banal, como enfatiza o filósofo brasileiro Paulo Ghiraldelli Jr. E, agora, já conscientes de nossa missão no Universo que Deus nos criou, começamos a problematizar e a meditar sobre os poderosos atos do Criador.

O teólogo e filósofo norte-americano R. C. Sproul assim discorre acerca da necessidade da Filosofia: “A Filosofia nasceu da antiga busca da realidade última, a realidade que transcende o que é próximo e comum e define e explica os elementos da experiência diária”.

2. O que é a Filosofia da Educação Cristã. Tendo em vista o significado e o propósito da Filosofia, é-nos possível definir a Filosofia da Educação Cristã como o resultado de uma reflexão sistemática e metódica sobre o ensino e o aprendizado do ser humano que, tendo como base as Sagradas Escrituras, orienta a ação da Igreja quanto à educação de seus membros e da sociedade na qual está inserida, a fim de que o homem de Deus seja perfeito em todos os seus caminhos.

3. Filosofia ou Teologia da Educação Cristã? Secularmente, a orientação ideológica de um sistema educacional é conhecida como Filosofia da Educação. No âmbito evangélico, porém, costumamos usar uma outra nomenclatura: Teologia da Educação. Para efeitos didáticos e a fim de sermos entendidos pela comunidade pedagógica, usaremos uma designação que, embora já conhecida, ainda não foi totalmente assimilada no ambiente pedagógico evangélico.

II. A NECESSIDADE DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Ao discorrer sobre o panorama da educação do mundo ocidental, John D. Redden não é nada otimista: “O pensamento e ação educacionais modernos caracterizam-se pela confusão e indecisão”.

1. Necessitamos de uma filosofia da educação cristã bem definida, porque a Grande Comissão que nos confiou o Senhor Jesus contempla, necessariamente, a educação dos povos:

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século” (Mt 28.19,20).

2. Necessitamos de uma filosofia da educação cristã bem definida porque a Igreja não é somente uma comunidade adoradora e proclamadora. Em sua proclamação e adoração, avulta-se ela, de igual modo, como a educadora por excelência do ser humano.

O teólogo suíço Karl Barth afirma: “A Igreja deve examinar seu testemunho para assegurar-se de que ele é fiel. Desde modo, a fé a vida da igreja estão sendo sempre provadas à luz da continua exegese das Escrituras. A Igreja a Palavra de Deus, e, porque escuta, está obrigada a ser uma igreja que ensina”.

A Igreja de Cristo tem de ser vista como uma Igreja Docente.

3. Necessitamos de uma filosofia da educação cristã bem definida, porque um educador cristão não pode prescindir de um embasamento filosófico, cujo fundamento acha-se nas Sagradas Escrituras.

4. Necessitamos de uma filosofia da educação cristã bem definida, porque, como Igreja Docente, temos de atuar tanto como a luz do mundo e o sol da terra, para impedirmos a degenerescência de nossa sociedade.
 

III. OS FUNDAMENTOS DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

A Filosofia da Educação Cristã tem como fundamentos:

1. Bíblia Sagrada. A Bíblia Sagrada, como a inspirada e inerrante Palavra de Deus, é o livro de texto por excelência do ser humano. Sociedades e civilizações têm sido educadas e orientadas na doutrina dos profetas hebreus e apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Eis o que diz Paulo acerca do caráter educativo da Bíblia: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

A Bíblia não se limita a instruir o homem; ela transforma-o radicalmente, como salienta o evangelista e teólogo norte-americano William Henry Houghton (1887 – 1947): “Muitos livros foram publicados para nossa informação; a Bíblia, contudo, foi-nos concedida para a nossa transformação”.

Não podemos esquecer-nos jamais da importância da Bíblia para a Civilização Ocidental. Se hoje desfrutamos de liberdades individuais e sociais, devemo-lo à Bíblia Sagrada. Ao repensar a História, escreveu o jornalista e político americano Horace Greely (1811 — 1872): “É impossível, mental e socialmente, escravizar um povo que lê a Bíblia”.

2. Tradição magisterial da Igreja. A Igreja de Cristo já nasceu educando e transformando o ser humano. Como resultado do sermão de Pedro no Pentecostes, mais de três mil almas converteram-se ao Senhor Jesus. Nenhum curso foi tão bem-sucedido quanto àquele único e singular pronunciamento. Uma única aula presencial foi suficiente para não somente formar, como também transformar quase três mil almas (At 2.41). Que mestre jamais conseguiu semelhante façanha? O Espírito Santo, através da Igreja de Cristo, continua a educar social e espiritualmente o homem.

Que a Igreja de Cristo, pois, seja vista como a escola que prima pela excelência de seu ensino. Ela foi instituída por Deus para educar o ser humano na verdade, a fim de que este tenha um encontro experimental com o Criador. O pastor norte-americano Henry W. Beecher (1813-1887) entendeu perfeitamente o caráter magisterial da Igreja: “A igreja não é uma galeria para a exibição de cristãos eminentes, mas uma escola para a educação dos incultos, uma creche para cuidar dos débeis e um hospital para a recuperação e cura dos enfermos espirituais”.

3. Necessidade educacional do ser humano. Ao popularizar o culto à natureza, o filósofo suíço Jean-Jaques Rousseau (1772-1778) acabou por criar o famoso bom selvagem. O que existe na verdade é o mau civilizado. Sim, o homem que, apesar de educado e ilustrado nos mais requintados centros de excelência, ainda conserva, em seu interior, o germe do pecado que o transforma não somente num selvagem, mas num monstro que, se não controlado, destrói, mata e pratica os mais bárbaros crimes contra a humanidade. Somente o Evangelho de Cristo pode transformar o bom selvagem e o mau civilizado numa nova criatura.

De conformidade com as Sagradas Escrituras, todos pecaram e encontram-se destituídos da graça de Deus (Rm 3.23). Ora, se o homem é concebido em pecado e por natureza deleita-se no pecado, isso significa que todos carecemos ser educados no Evangelho de Cristo. Nenhuma outra plataforma educacional, a não ser a mensagem da cruz, será capaz de transformar o homem num membro realmente útil à sociedade e ao Reino de Deus.

IV. OS OBJETIVOS DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

A educação secular limita-se a fazer do homem uma peça útil à engrenagem social. Não é a sua missão, assim pensa a maioria dos pedagogos, preparar-nos a uma vida de retidão diante de Deus e da sociedade. Aliás, hoje nem mais faz parte do currículo dos ensinos básico e médio a velha e já caduca Educação Moral Social e Cívica. E o resultado não poderia ser pior: acabamos por criar uma geração indiferente à ética e aos mais elementares dos valores morais.

Como resultado desse aleijão que recebe pomposas nomenclaturas pedagógicas, não são poucos os criminosos que estão a ostentar os mais elevados títulos acadêmicos, conforme assevera o presidente americano John Calvin Coolidge (1872 — 1933): “O mundo está cheio de delinqüentes educados”. Não nos esqueçamos de que alguns dos mais íntimos colaboradores de Hitler eram celebrados acadêmicos.

A Educação Cristã, todavia, tendo como base o Evangelho de Cristo, transforma radicalmente o ser humano, tornando-o útil a Deus, à sociedade e a si mesmo. Vejamos, pois, quais os principais objetivos da Filosofia da Educação Cristã.

1. Propiciar ao homem um encontro experimental com Deus. O Evangelho de Cristo é o maior projeto educacional já oferecido à humanidade, pois não se limita a informar o homem. Formando e transformando-o, faz dele um cidadão modelo tanto da terra como dos céus.  Somente o Evangelho contempla-o como um todo; os demais sistemas educacionais vêem-no apenas como um animal político – um ser meramente utilitário, um fruto de uma escravizante evolução. Herbert Gezork, pastor e teólogo norte-americano, reconhece a realidade da educação completa proporcionada pelo Evangelho de Cristo: “Há somente um evangelho. Ele se destina ao homem integral, sua família, sua comunidade, seus vizinhos, sua nação, seu mundo”.

O Novo Testamento apresenta o homem como a obra prima de Deus. E como tal deve ser educado em sua Palavra, a fim de que alcance a perfeição. É o que nos requer o Todo-Poderoso: “Anda na minha presença e sê perfeito” (Gn 17.1). Tendo em vista essa demanda, aparentemente impossível de ser atendida por um mortal, a mensagem da cruz proporciona ao ser humano a oportunidade de um encontro experimental com Deus por intermédio de Nosso Senhor Jesus Cristo. Somente a partir desse encontro e dessa experiência é que nos pomos a caminhar rumo à perfeição. Se a Bíblia não exigisse de nós, seres imperfeitos, a perfeição, não seria ela a inspirada e inerrante Palavra de Deus. O pastor reformista de origem escocesa Andrew Murray explica porque Deus reivindica de suas criaturas morais uma vida perfeita: “A perfeição não é uma exigência arbitrária; devido à natureza das coisas, Deus não pode pedir menos”.

Em virtude dessa exigência divina, cabe à Educação Cristã aparelhar-se teológica e pedagogicamente, para oferecer ao ser humano uma formação completa. Somente a Igreja de Cristo pode fazê-lo. Afinal, foi-nos confiado o livro de texto por excelência da humanidade. Ao discorrer sobre a educação integral do homem, o evangelista escocês Henry Drummon é categórico: “O evangelho deve apoderar-se da totalidade do homem – corpo, alma e espírito – e dar a cada parte de sua natureza seu exercício e recompensa”. Sim, somente o Evangelho de Cristo é capaz de educar integralmente o homem.

2. Levar o homem à prática das boas obras. Já experimentando uma comunhão pessoal com Deus, o Evangelho de Cristo conduz o homem à perfeição através da observância das Sagradas Escrituras: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Tm 3.16,17).

3. Tornar o homem útil à sociedade. Se o cristão educa-se por apresentar-se perfeito diante de Deus, certamente mostrar-se-á irrepreensível perante uma sociedade hipócrita, mentirosa, corrupta e discricionária. A pedagogia cristã é o sal de uma terra insípida e a luz de mundo sepultado em trevas.

Não resta dúvida, por conseguinte, de que a Igreja de Cristo é a grande pedagoga da humanidade. Ela tem falhas? Como igreja local e visível, sim. Invisível e universalmente, não. Mas até em suas imperfeições, contemplamos a perfeição de Cristo. Pois, consciente daquelas, busca humildemente esta. O evangelista norte-americano Stanley Jones fala da ação redentora e pedagógica da Igreja: “A Igreja Cristã, com todas as suas faltas, é a melhor instituição de serviço no mundo. Tem muitos críticos, mas não tem rivais na obra da redenção humana”.

V. OS PRINCÍPIOS BÁSICOS DA FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO CRISTÃ

Não podemos aceitar passivamente o currículo que nos impõe a escola leiga. A grade curricular que nossas crianças são obrigadas a absorver, com prejuízo da própria fé, busca incutir-lhes uma cosmovisão completamente antagônica aos princípios cristãos. Aliás, não se trata de uma mera grade curricular, mas de uma cadeia, onde são aprisionados, teológica e filosoficamente, nossos filhos e netos. Ali, são forçados a pensar de acordo com o sistema que, sub-repticiamente, vem sendo engendrado por homens que se deleitam em opor-se ao próprio Deus.

1. A soberania da Bíblia Sagrada. Embora laico, o Estado não pode arvorar-se acima da Bíblia Sagrada, pois esta é e sempre será a inspirada, inerrante, soberana e completa Palavra de Deus. Nenhuma lei, por mais elevada, pode contrariar as Santas Escrituras. O que temos visto é que algumas matérias são criadas com o único propósito de desconsiderar a Bíblia, taxando-a de retrógrada e até de caduca. Portanto, que nenhum currículo seja criado com o intuito de combater o Livro de Deus.

Se, por um lado, não são poucos os governantes que, menosprezando a Bíblia, exaltam filosofias imediatistas e moralmente lassas, por outro, ainda é possível encontrar mandatários que desafiam toda essa onda mundana e diabólica, tendo a Palavra de Deus em elevada estima. Haja vista o apreço que lhe manifestava o imperador Dom Pedro II do Brasil: “Eu amo a Bíblia. Leio-a todos os dias, e, quanto mais a leio, tanto mais a amo. Há alguns que não gostam da Bíblia. Eu não os entendo. Admiro na Bíblia a sua simplicidade, as suas repetições e as reiterações da verdade”.

2. O criacionismo. Embora ensinada como verdade científica, a Teoria da Evolução não passa de uma grosseira suposição. É tão carente de confirmações quanto o Big Bang. Todavia, é ministrada nas escolas como um dogma científico. E ai do professor que ousar ensinar o criacionismo bíblico.

A escola atual, arvorando a inverdade de Darwin, aumentou o antagonismo entre a ciência e a religião. Um antagonismo, aliás, que jamais deveria existir; a verdadeira ciência não entra em confronto com a religião bíblica e única. Afinal, pesquisar e descobrir é uma tarefa que Deus entregou aos filhos de Adão. Aqui está o mandato cultural e científico que o Criador entregou ao homem: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra” (Gn 1.26).

O cientista alemão Wernher von Braun, que se notabilizou como cientista da Nasa, afirma que nenhuma guerra deve ser travada entre a religião e a ciência. Eis o que ele declara: “A ciência e a religião não são antagonistas, mas irmãs. Ambas procuram a verdade derradeira. A ciência ajuda a revelar, de uma maneira mais acentuada, acerca do Criador, através de sua criação”. Por isto, não podemos aceitar arremedos curriculares, que promovam o antagonismo entre a fé cristã e verdadeira ciência.

3. Relativismo moral. Além de os atuais currículos forçarem nossos filhos e netos a aceitarem como verdades científicas algumas teorias que nem como hipóteses deveriam ser aceitas, induzem-nos a trocar os valores bíblicos por uma moral relativista e pecaminosa. Assim, vão os modernos pedagogos forjando uma geração despojada de parâmetros morais absolutos. Sem estes, como poderá sobreviver a já enferma e debilitada Civilização Ocidental?
 

Ensinos nocivos e abomináveis:

a) Opção sexual.
b) Inexistência de verdades absolutas.
c) Violação da santidade da vida: aborto, eutanásia e engenharia genética visando à eugenia.
d) Desrespeito aos pais sob o pretexto de leis de proteção à criança e ao adolescente.

VI. O QUE PODEMOS E DEVEMOS FAZER PARA QUE A IGREJA CUMPRA A SUA VOCAÇÃO MAGISTERIAL

A educação do Mundo Ocidental deve mais à Igreja Cristã do que ao decadente e corrupto Império Romano. Se o sistema educacional deste prestava-se a formar uma elite para dar continuidade à governabilidade de Roma, aquela sempre apresentou-se para informar, formar e transformar a criança nos caminhos do Senhor, a fim de que se torne útil tanto ao Reino de Deus como ao mundo dos homens. O ensino fundamental é fruto do trabalho catequético da Igreja. Quanto às universidades, não há o que se discutir; nasceram elas nos monastérios e conventos que se fizeram centros de excelências educacionais.

Por conseguinte, temos de resgatar, o mais depressa possível, a vocação magisterial da Igreja de Cristo. Eis o que urge fazermos de imediato:

1. Uma Filosofia educacional. Como educadores e filósofos da educação, estabeleçamos as linhas mestras de uma educação verdadeiramente cristã, que leve em conta os valores comprovadamente bíblicos. E que esta educação não fique circunscrita ao púlpito nem se limite à Escola Dominical, mas force as igrejas a pensar com mais seriedade na educação de nossas crianças.

A Educação Cristã tem de apresentar as linhas mestras de uma Filosofia pedagógica que tanto prepare o homem para o céu, como o habilite a viver na terra como representante do Reino de Deus.

É hora de apresentarmos às autoridades constituídas nossas demandas curriculares, para evitarmos que nossos filhos e netos não tenham a sua formação cristã desconstruída por pedagogos liberais e anticristãos. Mas nada poderemos fazer se não tivermos uma Filosofia da Educação Cristã bem definida, clara e que apresente as reivindicações das Sagradas Escrituras.

2. Construção de Escolas que primem pela excelência. Muitos são os nossos seminários, faculdades teológicas e institutos bíblicos. Poucos, entretanto, são os educandários voltados à formação básica e médica de nossas crianças e adolescentes. Por que nós evangélicos não investimos na educação de base? Como haveremos de ter bons seminários se não nos dedicamos ao ensino elementar?

Afirmou o romancista francês Victor Hugo: “Quem abre uma escola, fecha uma prisão”.

Todavia, se nos dispusermos a construir escolas, que estas primem pela excelência e não apenas pela quantidade. Se as escolas católicas e adventistas são vistas como centros de excelência no ensino e na formação de crianças, adolescentes, jovens e adultos, não podemos conformar-nos a não ser com a própria excelência.

3. Formação de professores conscientes de sua missão educativa. Num congresso como este, não objetivamos apenas a formação de professores de Escola Dominical. Visamos de igual modo à conscientização de todos os nossos mestres, pedagogos e filósofos da Educação Cristã, a fim de que proporcionemos uma educação de qualidade aos nossos filhos e netos. É imperativo que façamos triunfar os valores cristãos numa sociedade pós-cristã e explicitamente anticristã. E somente o faremos se começarmos pela educação.

Sua missão, professor, não é somente inadiável; é pessoal e intransferível. Forjemos, pois, uma Filosofia da Educação Cristã realmente bíblica e que prime pela excelência. Encerro esta conferência com a advertência de Paulo: “o que ensina esmere-se no fazê-lo” (Rm 12.7).

4. Os educadores cristãos como a voz profética do magistério eclesiástico.

CONCLUSÃO

Todo processo educacional demanda uma base filosófica. Aliás, não se pode conceber uma pedagogia desprovida de um escorso ideológico. Isso seria inconcebível. Mesmo os educadores que se apresentam como despidos de filosofia têm a sua própria filosofia. Ignorando a filosofia primeira e última, apequenam-se eles em orientações políticas e pseudocientíficas sempre mesquinhas e contrárias ao Cristianismo. Menosprezando-o, atentam contra a dignidade do ser humano; buscando destruir-lhe os fundamentos, acabam por derruir as bases da educação que nos legaram os profetas hebreus e os apóstolos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Divorciar a Pedagogia da Filosofia é uma temeridade. Aquela, como toda ciência de fronteira, tem de estar aberta às orientações desta. Entre ambas pode haver até conflitos iniciais; antagonismos finais, não.

Se a educação secular não pode prescindir de uma base ideológica, como a Educação Cristã, que lida com o destino eterno da alma humana, haverá de cumprir a sua missão sem um sólido alicerce teológico e filosófico? Sem esse fundamento, jamais cumpriremos a nossa tarefa.  Infelizmente, já estamos a assistir, impotentes e enlutados, a morte espiritual e moral da sociedade conhecida, até este instante, como cristã.

Para que não se lavre de imediato o óbito de nossa civilização, é urgente que a Igreja de Cristo levante-se como a pedagoga por excelência da humanidade. Afinal, a Grande Comissão, que lhe confiou o Cristo de Deus, traz em si um explícito mandato educacional. John Ruskin (1819-1900), escritor e crítico social britânico, parece ter compreendido muito bem a tarefa magisterial da Igreja. Ao contemplar a realidade educacional da Inglaterra de seus dias, afirmou: “A Igreja precisa manifestar-se na vida da Escola, e os estudantes, na vida da Igreja, enquanto estão na Escola”.

Autor: Claudionor de Andrade 

domingo, 26 de julho de 2015

Embaixadores do Reino


Quando aconteceu a tragédia no Jardim do Éden, nossos primeiros pais foram logo em seguida, expulsos do Paraíso.
Devido à desobediência do primeiro casal, foi cortado o relacionamento único que este tinha com Deus.

Houve uma ruptura, uma separação tão grande entre o homem e seu Criador, que a Bíblia chegou a denominar de morte, separação eterna de Deus. Acabou tão logo, o que tão pouco tempo havia se iniciado: a comunhão com Deus.

O pecado separou o homem de Deus. Afastou o homem da presença gloriosa de seu Criador. Fê-lo distante de Deus, uma medida entre o Céu e a Terra, imensurável. Este foi o maior mal que o pecado causou no ser humano.

Acabou a comunhão pessoal, íntima, especial, santa, que o homem houvera com Deus. Não havia mais relacionamento do homem com seu Deus. Ficaram inimigos, e sem paz! O homem não podia mais amar seu Criador.
E assim, todos os homens de todos os tempos e lugares separaram-se. Uma separação sem tempo e sem espaço.

O homem perdeu a cidadania celestial e passou a ser um peregrino em terra estranha. Começou a viver no exílio. Passou a ser um forasteiro, um adventício.

Vê-se a necessidade de uma reconciliação com o seu Deus Criador. Um reencontro. Um novo encontro, uma nova amizade, intimidade, comunhão, reaproximação. Necessita de um ponto de união, um traço entre; uma ponte, um mediador, um intercessor, que o ligue de volta a Deus, o Criador. Este é JESUS!

A novidade é esta: é um fato ter Jesus Cristo, o Filho de Deus, reconciliado a humanidade com Deus.
Não é um assunto de somenos, a ser tratado com leviandade.  É caso seriíssimo. De responsabilidade tamanha, que envolve Céus e Terra!

Nesse tempo da Graça, vivemos a Era do Retorno. Do retorno do homem que se afastou para Deus. A volta do filho pródigo. De volta para o futuro. Para as origens. Para o Jardim do Éden, para o Paraíso, para o lugar de onde nunca deveríamos ter saído. Do Paraíso perdido ao Paraíso recuperado.

A sabedoria divina implantou uma Embaixada na Terra: a Igreja. Cada Igreja estabelecida é uma Embaixada de Cristo, representando a pessoa de Deus, com a missão de reconciliar o homem com seu criador.
Esta Embaixada é comissionada a trazer paz e fazer a reconciliação entre a criatura e seu Criador, por meio do seu Filho Redentor. Deve-se tornar para Deus, nos céus. Haja uma conversão do homem para o seu Deus.

De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamos-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. (II Cor. 5,20)

O Reino dos céus está selecionando embaixadores para atuar aqui na terra.
Os requisitos necessários são possuir cidadania celestial, ou seja, pertencer ao Reino dos céus.
Aquele que quer adquirir cidadania celestial, deve obedecer às ordens do Rei Jesus:

Primeiro deve crer em Jesus Cristo, como seu único e suficiente salvador, arrepender-se de seus pecados, e viver em conformidade com as leis do Reino dos céus, que estão na Bíblia Sagrada.
É necessário que o candidato a cargo de Embaixador conheça as leis e os estatutos celestiais, afim de que possa com segurança defender o Reino dos Céus.
Após adquirir a cidadania celestial, o Rei Jesus que é o Rei Celestial, enviará o Espírito Santo para que possa capacitar, instruir e orientar aqueles que se tornarão embaixadores de seu reino.

O embaixador deve permanecer sempre em contato com o Rei Celestial, usando a oração como meio de comunicação.
Exige-se do embaixador que ele defenda e represente com exclusividade apenas o Reino dos Céus.

O Rei Celestial garante que aqueles que se tornarem embaixadores e procurarem representar o Reino dos Céus aqui na terá, terão todas as suas necessidades supridas.
Proverá todos os mantimentos e enviará o Espírito Santo para consolar e animar aqueles que porventura encontrar dificuldades para exercer o cargo de embaixador do reino.

Agora o melhor, a aposentadoria.

O Rei Jesus oferece uma maravilhosa aposentadoria para aqueles que completarem o tempo de trabalho como embaixador: 
Serão recolhidos para o Reino dos Céus, e então irão morar eternamente nas mansões celestiais, lá não terá mais preocupação nem sofrimento, a morte a doença não pode entrar lá. A vida lá será apenas de gloria e regozijo. E então você quer ser embaixador do Reino dos céus?

O homem é um Embaixador dos Céus. Da Pátria verdadeira. Do Paraíso. Da nova Jerusalém. Da Salém de Melquizedeque. Pátria, pela qual anseia ardorosamente ingressar, fazer parte, adentrar!

Esta Pátria Celestial, o homem nem sequer chegou a conhecê-la totalmente. Não teve tempo de fixar residência ali. É uma Pátria completamente diferente desta na qual vive.

Embaixadores de Cristo! Saibam de antemão, que o Senhor chama a cada um de volta àquele Lar! O poderoso chamado continua a retinir retumbante aos ouvidos: “_Adão, onde estás?”

Se olharmos para a situação do nosso mundo atual hoje, vemos que vai de mal a pior, principalmente nas relações entre nações. Guerras e ameaças de guerras pululam aqui e ali, por toda a parte do globo terrestre. E, quando duas nações entram em guerra, os primeiros a serem recolhidos daquele lugar são exatamente os Embaixadores.

 O Armagedom vem chegando...

Falo do arrebatamento! Nós, cristãos, seremos os primeiros a sermos arrebatados para viver na verdadeira Pátria que é os Céus de Deus. Está profetizado nas Sagradas Escrituras, que os justos serão levados deste mundo, antes que venha o dia mal. Aleluia! Falo de quem serve a Deus. Convém lembrar que, quando os Embaixadores de Cristo forem retirados deste mundo, de nada vai adiantar alguém querer cumprir essa missão. Tarde será! Tarde demais!
A missão de um Embaixador só pode ser cumprida enquanto ele está em terra estranha.

Os embaixadores devem permanecer, constantemente, preparados para partir, contudo, trabalhando intensamente na missão que lhes foi dada, sabendo que o tempo pode extinguir-se, precisamente, a qualquer momento. Enquanto não somos chamados de volta, temos esta missão, “De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio”.  Reconciliem-se com Deus!

“Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar, invocai-o, enquanto está perto”. (Is. 55,6)

sábado, 25 de julho de 2015

O futuro do Brasil depende de oração, jejum e liberdade de imprensa


Quando a Revista Veja desta semana, edição 2436 - 29.7.15, chegar às bancas e os seguimentos da sociedade brasileira começarem a tomar conhecimento dos fatos (que eram sabidos, mas não provados), um sentimento de revolta e frustração vai ganhar força e tamanho. A notícia é tão grave que eu ouso dizer: A pimenta que faltava para por fogo nas manifestações programadas para o dia 16 de agosto acaba de ser colocada no prato do PT.  Os próximos acontecimentos, embora bem-vindos, não vão sozinhos melhorar a situação do Brasil. Como sou uma pessoa que crê na soberania da vontade de Deus, quero deixar algumas linhas sobre o que realmente pode decidir o sucesso ou o fracasso deste país daqui para frente.

É inegável dizer que o impeachment do Collor trouxe o Plano Real, tanto quando colocar no colo do ex-presidente FHC a responsabilidade pela vinda precoce e inoportuna do instituto da reeleição para cargos executivos. O que começou errado na aprovação da reeleição terminou mal. Um pequeno desvio no início do projeto trouxe grandes males ao país ao levar os partidos a ter o foco na perpetuação do poder em lugar de gerir a coisa pública com eficiência e efetividade. 

Para se manter no topo, os partidos que estão no poder institucionalizaram definitivamente aquela velha metamorfose ambulante nos negócios entre o público e o privado. No desespero de ter mais e mais dinheiro para se fazer campanhas vitoriosas, a ética no meio político que já era uma m. passou a feder ainda mais com o caldo de cultura do instituto da reeleição. 

O PT, que era o partido que mais cobrava ética e respeito pela coisa pública, se corrompeu de tal forma que perdeu seus valores se transformando no mais hipócrita de todos os partidos nos anos republicanos. E esta hipocrisia se revelou, principalmente, no voto de cabresto econômico: O distribuir migalhas para os pobres e miseráveis com muita publicidade estardalhaço. Na verdade, por trás da cortina vermelha o filé mignon ia para a mesa dos banqueiros, empreiteiros e dos próprios familiares. Tanto isto é verdade, que a primeira coisa que se fala em economia governamental é o famigerado superávit primário. 

Deus não se deixa enganar. Ele é um advogado muito eficiente quando a  causa dos órfãos e das viúvas está sendo pisada por aqueles que deveriam defendê-la. E junto com as autoridades que estão no governo, se fosse hoje pintado um retrato para documentar os representes do poder,  da mesma forma que se fazia no passado, do lado direito deste bando de corruptos estão padres, bispos, apóstolos, missionários e pastores: As Igrejas Católica e Evangélica. A obra de higienização que Deus já começou em nosso país vai terminar dentro da Igreja, que abandonou o foco na evangelização pela política secular.

Deus vai mandar a conta na casa de cada um destes líderes religiosos. Estou falando daqueles que transformaram a casa de Deus em covil corruptos. A liberdade de imprensa, graças a Deus, é a forma que Deus tem usado para revelar aos nossos olhos o tamanho da podridão e hipocrisia que está aí. Bem que tentaram, mas não conseguiram amordaçar a imprensa brasileira como aconteceu na Venezuela, Bolívia, Equador e Argentina.

O futuro do Brasil não pode ser mudado para melhor, apenas com a liberdade de imprensa. É preciso sustentar esta liberdade e ir além com jejum e oração. Se aqueles que temem de verdade ao Senhor puserem sua confiança nele, nos mesmos moldes do que está escrito em  II Crônicas 7:14, nosso país dará um salto definitivo para o êxito, da mesma forma que aconteceu nos dias posteriores à queda de Fernando Collor.  

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra."

Não se assuste com o mover da mão de Deus na limpeza a jato da sujeira deste país. Não se assuste se o nome do seu pastor, bispo, apóstolo, padre, ou os cambau, aparecer no meio do lodo. Deus é justiça e quando a mão de Deus se move é para o bem da nação. Portanto, continue orando. Diante da gravidade do momento, oração só não basta: é preciso jejum. Depois que Deus terminar o que começou, nosso país e a Igreja do Senhor vão ser muito melhores. Eu creio nisto

João Cruzué
http://olharcristao.blogspot.com.br/2015/07/o-futuro-do-brasil-depende-de-oracao.html

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Gólgota, o Único Divisor de Águas da História


“Levaram-no, pois, ao lugar do Gólgota, que quer dizer, lugar da Caveira. (…) Então o crucificaram…”  Marcos 15:22-24

Há quase dois mil anos atrás Jesus de Nazaré subiu à cruz e consumou os séculos (Hebreus 9:26). Ou seja, Ele pôs fim à era de Adão, do diabo e da Lei de Moisés (Romanos 10:4); enfim, o Senhor nos libertou do império das trevas (Colossenses 1:13) e, ao ressuscitar, iniciou, por assim dizer, uma nova era (um novo “aeon”): a era eterna da Graça de Deus, e a Nova Criação. O lugar onde a cruz do Senhor foi posta chamava-se Gólgota(palavra do aramaico – dialeto usado pelos habitantes do Oriente Médio daquela época – que significa “Caveira”). Este nome foi dado àquele local, que se localizava fora das muralhas da cidade de Jerusalém, porque o monte apresentava uma elevação que se assemelhava a um crânio e era também o local onde muitos condenados à morte foram crucificados.

Como nada na Obra de Deus acontece por acaso, acredito que haja um simbolismo bem interessante neste local onde Jesus expirou. Afinal, não obstante a vitória definitiva sobre a morte ter acontecido na ressurreição, o que aconteceu na cruz foi o primeiro “golpe fatal” que a morte recebeu. Se observarmos bem, a morte começou a ser vencida no principal local que a simbolizava naquela época. Em outras palavras, a morte começou a perder seu reinado exatamente onde estava o seu “trono” à época.

Passado o simbolismo já citado, o lugar da Caveira ganhou um novo sentido, a saber, onde antes O FIM (de muitas vidas) imperava, se tornou um lugar de RECOMEÇO, pois na cruz Jesus aniquilou o velho “aeon”, após Seu falecimento, o relógio da Criação marcou o primeiro segundo de uma nova história disponibilizada de Graça a humanidade. Como Paulo disse:

“…tudo se fez novo.” II Coríntios 5:17

Infelizmente, muitos ainda não compreendem a grandiosidade desta frase dita por Paulo. As pessoas que estão envolvidas com as religiões ditas cristãs ainda vivem como se nada tivesse sido renovado. E, assim, vivem ativando em suas vidas as coisas que faziam parte do antigo “aeon”. Com isso, não são poucos os que ainda cultivam pensamentos totalmente baseados na Antiga Aliança.

Recentemente nosso abençoado irmão Paulo Roberto, a convite de um amigo, foi visitar uma denominação tradicional, isto é, “da Lei”. Em certo momento o pregador da noite bradou aos quatro ventos algo assim: “Muitos dizem que o Espírito Santo não sai de nós, mas Ele saía de Davi. Logo, o Espírito pode se retirar de nós também”. Este é um pensamento típico de quem ainda está com a sua mente permeada do Antigo Pacto. Eu não posso acreditar que o Espírito se retira de nós atualmente baseando-me naquilo que acontecia na Antiga Aliança ( Aliança esta que o rei Davi estava submetido ), pois neste Novo Pacto o Espírito Santo habita em nós. Ele não faz mais “visitas”. Quando alguém afirma algo como este pregador declarou, é porque não entendeu que na cruz tudo mudou, Jesus bradou na cruz: “Tetelestai”, ou seja, “está consumado !”, muitos não entendem que a obra da cruz foi, é e sempre será completa, sem necessitar de acessórios em volta dela. Tudo que fazia parte do “tempo antigo” (período anterior à cruz) já passou – “As coisas velhas já passaram…” II Coríntios 5:17.

A partir da Obra realizada no Gólgota, o renovo e a Época da Graça se tornou uma grande realidade. E Jesus Cristo Ressuscitado é o primeiro elemento da Nova Criação que foi inaugurada na ressurreição:

“(Jesus) é a imagem do Deus invisível, o primogênito , cordeiro perfeito que está disponível a toda Criação.” (Colossenses 1:15)

No Gólgota Jesus dividiu os tempos, pondo fim a uma era de maldições, de lei, dogmas, regras religiosas, legalismos farisaicos removendo incertezas e medo; Ele nos abriu as portas do Novo e Vivo Caminho que é a Nova Aliança e nos trouxe de volta para o Reino. E assim como na visão de Ezequiel, onde um lugar de mortos se tornou um lugar cheio de vida Ezequiel 37:1-10, o lugar da Caveira, onde Cristo foi morto, se tornou um lugar de renovo para toda a Criação.

Exaltar e viver a Graça de Deus por meio do Evangelho genuíno do Novo Pacto é reconhecer a perfeição desta Obra maravilhosa feita por Cristo e vive-la plenamente com toda Liberdade Nele. Por isso nos esforçamos tanto em levar esta Palavra adiante, afim de que os eleitos reconheçam o Novo Tempo iniciado a partir do lugar da Caveira há dois mil anos atrás. Glória a Deus nas Alturas!.

domingo, 19 de julho de 2015

Sinais Que Anunciam o Arrebatamento

Neste ponto os teólogos se divergem bastante. Há o grupo dos que creem que os sinais são para indicar a época da Vinda de Jesus nos ares para buscar a Sua Igreja; existem os que creem que os sinais norteiam os dois casos; e, também tem aqueles que afirmam que os sinais só apontam para a Segunda Vinda de Jesus na Terra para estabelecer o Seu Reino Milenar. O segundo caso nos parece mais óbvio; de qualquer modo, sendo para uma das situações o resultado será a orientação da época.

Em 1 Ts 5.1-4 encontramos o seguinte: “Irmãos, relativamente aos tempos e as épocas, não há necessidade de que eu vos escreva; pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o Dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vêm as dores de parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão. mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse Dia como ladrão vos apanhe de surpresa”.

Como podemos observar, ninguém saberá o dia nem a hora, “Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai” Mt. 24.36, porém, os que andam na Luz tem nos sinais uma orientação da época do grandioso dia. A igreja é também denominada noiva e esposa do Cordeiro, Ap 19.7, 21.9. Alguém já viu uma noiva não saber da época de seu casamento? Também é comum entre as noivas o aumento euforia e ansiedade a cada dia que se aproxima do casamento. Assim os cristãos, sentem nos sinais (os preparativos para a festa) e no coração devido sua comunhão com o Espírito Santo (amor pelo esposo) que o Grande Dia do Arrebatamento está chegando.

Alguns sinais:

Falsos Cristos enganando a muitos, guerras, rumores de guerras, nação contra nação, reino contra reino, haverá fomes, terremotos em vários lugares, tribulação, assassinato, cristãos odiados por causa do nome de Jesus, muitos se escandalizarão, traição, ódio uns dos outros falsos profetas que enganarão a muitos, por se multiplicar a iniqüidade, o amor se esfriará de quase todos, Mt 24.5-12.

Um sinal muito interessante
Vejamos o que diz o trecho de 1 Ts 2. 1-8:

“Irmãos, no que diz respeito à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e à nossa reunião com ele, nós vos exortamos a que não vos demovais da vossa mente, com facilidade, nem vos perturbeis, quer por espírito, quer por palavra, quer por epístola, como se procedesse de nós, supondo tenha chegado o Dia do Senhor. Ninguém, de nenhum modo, vos engane, porque isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, o qual se opõe e se levanta contra tudo que se chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, ostentando-se como se fosse o próprio Deus. Não vos recordais de que, ainda convosco, eu costumava dizer-vos estas coisas? E, agora, sabeis o que o detém, para que ele seja revelado somente em ocasião própria. Com efeito, o mistério da iniqüidade já opera e aguarda somente que seja afastado aquele que agora o detém; então, será, de fato, revelado o iníquo, a quem o Senhor Jesus matará com o sopro de sua boca e o destruirá pela manifestação de sua vinda”.

Aqui vemos dois sinais que só poderão acontecer no extremo-fim do período da Graça: A apostasia (Dr Aurélio: Separação ou deserção do corpo constituído (de uma instituição, de um partido, de uma corporação) ao qual se pertencia. 2. Abandono da fé de uma igreja, especialmente a cristã: e 3. Abandono do estado religioso ou sacerdotal). E a presença do anti-Cristo com o seu poder detido devido a presença da Igreja e do Espírito Santo com a Sua função de Consolador.

Obviamente que, se o anti-Cristo vai governar logo que a Igreja for assunto ao Céu, então ele deverá estar presente por um tempo juntamente com a Igreja do Senhor, mais precisamente a Igreja que estiver vivendo na época do Arrebatamento.

O mundo já está politicamente pronto para ser governado pelo anti-Cristo.

Tudo está caminhando para se cumprir o que a Bíblia diz a respeito do governo do anti–Cristo tipificado nos pés da estátua que Daniel viu, “E, quanto ao que viste dos pés e dos artelhos, em parte de barro de oleiro e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo, haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois que viste o ferro misturado com barro de lodo. E, como os artelhos eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão mediante casamento, mas não se ligarão uns ao outro, assim como o ferro se não mistura com o barro”, Dn 2. 41-43.

Na visão dos animais Daniel o seguinte representando também o Iníquo: “E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues nas suas mãos por um tempo, e tempos, e metade de um tempo”, Dn 7. 24-25.

Quem poderia dizer a vinte anos atrás que hoje existiria condições satisfatórias, através da informática, de identificar controlar totalmente a todos os moradores do planeta simplesmente através de um código? Pois bem, João descreveu este assunto assim: “...e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta, para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem a imagem da besta. A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos; faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” Ap 13. 15-18.

Amados, despertemo-nos! Lembremo-nos que, se estas coisas estão próximas a acontecer significa que Jesus está mais às portas do que possamos imaginar. Enoque Rodrigues Nogueira

segunda-feira, 13 de julho de 2015

O Verdadeiro Significado da Vida

A experiência de vida de muitos consiste em agarrar-se às coisas doces - posses, experiências, poder e prazer. Têm uma vida vazia, sem sentido, e se afundam em desespero. É amargo aprender, pela própria experiência, que longe de Deus tudo é vazio, oco e sem sentido.

Certos caminhos levam ao vazio. A verdadeira sabedoria poupa-nos do vazio que resulta de uma existência sem Deus. As pessoas não encontrarão significado na vida por meio de conhecimento, dinheiro, prazer, trabalho ou popularidade. O conhecimento, os relacionamentos, do trabalho e do prazer, cada uma dessas coisas tem seu devido lugar. Tudo que é temporal deve ser considerado à luz do que é eterno. A verdadeira satisfação vem do conhecimento de que o que estamos fazendo é parte do propósito de Deus para nós. Tudo o que nos acontece tem um propósito: levar-nos a buscar a realização e a felicidade em Deus. Não devemos destruir a nossa esperança, mas dirigi-la àquele que pode verdadeiramente torná-la realidade e dar significado à nossa vida.

A vida sem Deus é uma longa e frustrada busca por prazer, significado e realização. Não temos o poder de alcançar a verdadeira felicidade, porque sempre queremos mais do que podemos ter. Além disso, há circunstâncias além do nosso controle que podem tirar nossas posses e realizações. As pessoas procuram sentido para sua vida em coisas passageiras. Quanto mais procuram, mais percebem quão pouco realmente têm. Não se pode alcançar o verdadeiro prazer e a felicidade sem Deus; a busca da satisfação é vã. Acima de tudo, devemos esforçar-nos para conhecer a amar a Deus. Ele nos dá sabedoria, conhecimento e alegria.

É inútil procurar os prazeres desta vida em vez de construir um relacionamento com o Deus eterno. A busca desenfreada por prazer, prosperidade e sucesso é, em última análise, decepcionante. Nada neste mundo pode preencher o vazio e satisfazer o profundo desejo de nosso irrequieto coração. Para curar o sentimento de vazio, é preciso centrar-se em Deus. O amor dele pode preencher a falta que o homem sente dentro de si. Tema a Deus e trabalhe em prol de seu Reino em vez de ocupar seu tempo de forma egoísta.

 A confiança que as pessoas têm em seus esforços, suas habilidades e sua sabedoria é vã, e devemos guia-la à fé em Deus, a única base segura e sadia na vida. Sem Ele, não há recompensa duradoura ou qualquer benefício por um trabalho árduo. O trabalho feito com a motivação errada leva ao sentimento de inutilidade. Mas aquele compreendido como uma tarefa designada por Deus pode ser visto como um presente. Deus nos deu habilidades e oportunidades para trabalhar de modo que possamos usar nosso tempo da melhor maneira possível.

A certeza da morte faz com que o homem não veja um sentido para suas realizações. Mas Deus tem um plano para cada um de nós que vai além da vida e da morte. A realidade do envelhecimento e da morte faz com que nos lembremos que o fim vem e Deus julgará a vida de cada pessoa. Pelo fato de a vida ser curta, precisamos de sabedoria maior do que a que este mundo pode oferecer.
Precisamos da Palavra de Deus para vivermos da melhor forma. Se ouvirmos o Senhor, Ele nos ensinará como proceder em cada área, e isso nos poupará do sentimento de futilidade e vazio e nos dará uma esperança que vá além da morte.

A mente humana não é capaz de encontrar uma resposta para todas as coisas. O conhecimento e a educação têm seus limites. Para entender a vida e fazer escolhas certas, precisamos da sabedoria que só pode ser encontrada na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada. Ao darmos conta de que Deus avaliará tudo o que fazemos, devemos aprender a viver sabiamente, lembrando-nos de que Ele está presente a cada dia. Devemos aprender a obedecer às suas diretrizes para o nosso viver. Mas para termos a sabedoria de Deus, devemos em primeiro lugar procurar conhecê-lo e honrá-lo.

“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo o homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau” (Ecl. 12, 13-14)

Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal

sábado, 11 de julho de 2015

O Cuidado com os Idosos

A Bíblia tem muito a dizer sobre como cuidar de pais idosos e outros membros da família que não são capazes de cuidar de si. A igreja cristã primitiva agia como a agência de serviços sociais para os outros crentes. Eles cuidavam dos pobres, dos doentes, das viúvas e dos órfãos que não tinham mais ninguém para cuidar deles. Os cristãos que tinham parentes passando por necessidade tinham a responsabilidade de atender a essas necessidades. Infelizmente, cuidar de nossos pais em sua velhice não é mais uma obrigação que muitos de nós estão dispostos a aceitar.           
Os idosos podem ser vistos como fardos em vez de bênçãos. Às vezes, quando os nossos próprios pais precisam de ajuda, somos rápidos para esquecer os sacrifícios que fizeram por nós. Em vez de abrir a porta de nossas casas para recebê-los - sempre que seguro e viável - podemos colocá-los em comunidades de aposentados ou lares de idosos, por vezes contra a sua vontade. Talvez não valorizemos a sabedoria que adquiriram em suas longas vidas, e podemos ignorar os seus conselhos como "ultrapassados".          

Quando honramos e cuidamos dos nossos pais, estamos servindo a Deus também. A Bíblia diz: 

"Honra as viúvas verdadeiramente viúvas. Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. Ora, se alguém não tem cuidado dos seus e especialmente dos da própria casa, tem negado a fé e é pior do que o descrente"(1 Timóteo 5:3-4, 8).        

Nem todos os idosos precisam ou querem ajuda constante na casa dos seus filhos. Eles podem preferir viver em uma comunidade com outras pessoas da sua idade, ou talvez sejam capazes de total independência. Independentemente das circunstâncias, ainda temos obrigações para com nossos pais. Se estão em necessidade de assistência financeira, devemos ajudá-los. Se estão doentes, devemos cuidar deles. Se precisam de um lugar para ficar, devemos oferecer a nossa casa. Se precisam de ajuda com a casa e/ou trabalho no jardim, devemos nos prontificar para ajudar. E se estão sob os cuidados de uma casa de repouso, é preciso avaliar as condições de vida para garantir que nossos pais estão recebendo os cuidados de forma correta e amorosa.    

Nunca devemos permitir que os cuidados do mundo ofusquem as coisas mais importantes – servir a Deus através de servir às pessoas, especialmente as das nossas próprias famílias. A Bíblia diz: 
"Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra" (Efésios 6:2-3).

terça-feira, 7 de julho de 2015

Heresias no meio Evangélico

O famoso pregador sobe ao púlpito. Faz uma excelente apresentação de sua pessoa, uma oração fervorosa e em seguida dá início á sua pregação. Vinte minutos depois, ele solta um grito com voz firme: “Deus vai enviar nesta noite o anjo do consolo, que estará ao seu lado 24 horas por dia. A partir de hoje, sua vida não será mais a mesma”. O povo vibrante se perde num tremendo barulho de glórias a Deus e “aleluias”, e línguas estranhas. Mas ninguém atentou para o cúmulo do absurdo teológico: Um anjo toma o papel do Espírito Santo na vida do crente, e passa a ser o canal de segurança nos momentos difíceis da jornada cristã.
É o que tem acontecido diariamente em nossos púlpitos pelo Brasil a fora. Pregadores dos mais diversos estilos, conferencistas que se dizem internacionais, cantores cuja inspiração passa longe da verdade bíblica. Um verdadeiro show de heresias dos mais importantes assuntos da Bíblia.
Em meio a tudo isso, os crentes fiéis à sã doutrina, perguntam: O que está acontecendo com nossos pregadores? Por que insistem em cometer tamanhos erros? Como os pastores e líderes devem evitar tal constrangimento?
Por que os crentes ainda aceitam esse tipo de golpe contra a Palavra de Deus e ainda pagam por isso?
Quero neste pequeno espaço lhe responder de forma sincera e coerente a todos estes questionamentos e compartilhar a realidade do que está acontecendo no universo evangélico.
O que é uma heresia? E quando ela é exposta?
Primeiro precisamos saber o que vem a ser uma heresia.
A palavra heresia está interligada á palavra seita. Ambas derivam da palavra grega “ háiresis”, que significa escolha, partido tomado, corrente de pensamento, divisão, escola etc. A palavra heresia é adaptação de “háiresis” . Quando passada para o latim, “háiresis” virou “secta”. Foi do latim que veio a palavra seita. Originalmente, a palavra não tinha sentido pejorativo. Quando o Cristianismo foi chamado de seita (At 24.5), não foi em sentido depreciativo. Os líderes judaicos viam os cristãos como mais um grupo, uma facção dentro do judaísmo. Com o tempo, “háiresis” também assumiu conotação negativa, como em 1ª Co 11.19; Gl. 5.20 e 1ª Pe. 1.1, 2.
Em termos teológicos, podemos dizer que seita refere-se a um grupo de pessoas e que heresia indica as doutrinas antibíblicas defendidas pelo grupo. Baseando-se nessa explicação, podemos dizer que um cristão imaturo pode estar ensinando alguma heresia sem, contudo, fazer parte de uma seita.
Não podemos também confundir heresia com erro de interpretação bíblica. Ou seja, uma heresia é tudo aquilo que venha ferir os Fundamentos da Palavra, a ortodoxia cristã. Erro de interpretação é quando um cristão, dedicado ao aprendizado bíblico, passa uma informação errada a respeito de determinado texto, podendo ele depois reconhecer seu erro e continuar na busca do saber.
Não podemos sair por aí “caçando as bruxas”, chamando todo mundo de herege por simples erros de entendimento teológico.
O que estamos trazendo aqui são questões de profunda seriedade doutrinária. Ensinos em propagação que atingem as bases da fé.

Onde estão essas heresias?
Elas surgem por meio de mensagens até mesmo de famosos pregadores e até em louvores, por falta de atenção aos ensinos da Bíblia. São frases de grave impacto espiritual, declarações conflitantes com a pura teologia e pensamentos expostos sem nenhuma base ou fundamento real. Verdadeiras metralhadoras de confusão doutrinária.
Mas afinal, que perigo essas heresias possuem?
No exemplo que mencionei no início do artigo, o mais grave perigo revela-se na exclusividade angelical transmitida pelo orador e no enfraquecimento da ação do Espírito Santo na vida do crente fiel. O tal “anjo do consolo” passa a ser exigido nas situações mais difíceis da jornada cristã, deixando de lado a verdade de que o nosso consolador é o Espírito Santo, É Ele que está na vida do crente e conhece todas as suas fraquezas e necessidades. O Espírito Santo orienta, fala, nos dá direção. “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Mas aquele Consolador, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto eu vos tenho dito”. (Jo.14.16, 26).
Por que tais pregadores insistem em cometer tamanhos erros? E por que os crentes aceitam?
Muitos pregadores estudam a Bíblia, mas, não de forma sistemática, dando-a atenção merecida. Não se preocupam com o fundo teológico que está interligado com o pano de fundo cultural, social e doutrinário.
Quando então leem algum versículo, tiram conclusões imaginárias criando, assim, uma grande contradição entre os ensinos da Palavra de Deus. A maioria dos cristãos aceitam tais absurdos, por não conhecerem de forma clara a seriedade dos efeitos espirituais que muitos falsos ensinos causaram. Os “pais da Igreja” muito sofreram para enfrentar as heresias primitivas que tentavam destruir as bases do cristianismo. Heresias essa que eram pregadas pelos próprios ministros cristãos.
Exemplos de heresias no meio evangélico
Nos louvores: Há um louvor que diz “eu fui no terreno do inimigo e eu tomei tudo que me roubou…Debaixo do meu pé… Satanás debaixo do meu pé”. Precisamos entender que, o que o Diabo tirou do homem, Cristo resgatou na cruz do calvário. E mais, ele não tem terreno e nós menos ainda, poder para tirar algo dele. Deus tem todo-poder. Satanás não está debaixo de nossos pés e sim ao derredor. Leia Rm 16.20.
Outro louvor diz: “No caminho do Gólgota lá foi Deus..” O louvor afirma que Deus morreu!
As 10 heresias mais propagadas
Apenas dez das centenas de heresias e erros teológicos cometidos pelos não zelosos.
1. Deus vai colocar arcanjos e querubins para te proteger!
2. Nós salvos, seremos como Deus, eternos!
3. Cristo é vida!
4. A trindade? Três manifestações de Deus!
5. Deus morreu na cruz por você!
6. A Bíblia contém a Palavra de Deus.
7. Um dia todos nós morreremos!
8. O Espírito Santo é o fogo de Deus!
9. Oremos: …em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, amém.
10. Sai demônio! Pelo sangue de Jesus.
Refutando as heresias mencionadas
1. Esta frase fere a hierarquia angelical organizacional estabelecida por Deus. Querubins e “arcanjos” não foram separados para proteger o homem; O salmo 34.7 diz: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. O texto diz o anjo. Deus pôs os anjos em suas funções específicas e não podemos ignorar isso como se o céu fosse uma desordem.
2. Não seremos eternos, pois já somos imortais. Estaremos sim, na eternidade com Deus. Aleluia! É eterno o que não tem começo nem fim.  Aquilo que é eterno é incriado. Somente Deus é eterno. Já o imortal é aquilo que tem começo, mas não tem fim. Tudo aquilo que é imortal é criado.  O homem, ao nascer, é, portanto, uma simples criatura de Deus.   É, porém, uma criatura especial, porque tem a possibilidade de se tornar filho de Deus.
3. João 14.6 diz “a vida”. Quando falamos que Cristo é vida estamos em acordo com o panteísmo que prega: A natureza é vida, o animal é vida, tudo é vida, Cristo é vida! Tudo é divino, tudo é Deus.
4. A trindade são três pessoas e não manifestações. Foi isso que tentou fazer Sabélio (180-250) um dos mais destacados hereges primitivos. Sabélio ensinava que havia uma única essência na divindade, contudo, rejeitava o conceito de três Pessoas em uma só essência. Afirmava que isso designaria um culto “triteísta”, isto é, de três deuses. A questão poderia ser resolvida, afirmava, pelo conceito de que Deus se apresentaria com diversas faces ou manifestações.
Fiz uma pesquisa em certa igreja local e descobri que 70% dos membros criam no ensino acerca da trindade, mas não sabiam explicar com clareza e ainda, cometiam erros.
5. Deus não morre e sim o homem. Por isso que Jesus foi Deus – homem. A sua morte revela sua condição humana. E Deus o ressuscitou. O sentido da palavra Deus na Bíblia é essência, substância e natureza divina.
6. Se você diz que a Bíblia contém a Palavra de Deus, está afirmando que outros livros como Alcorão, Princípio Divino (Moonismo), A Bhagavad Gita (Livro Hindu) e outros, contém também a Palavra de Deus. A Bíblia não contém a palavra de Deus, ela é a Palavra de Deus.
7. Se a Igreja for arrebatada, “num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados”. Iª Cor. 15.52. Os salvos que estão vivos não precisarão morrer para subir.
8. O Espírito Santo é Espirito Pessoal, ou seja, o fogo é símbolo do Espírito Santo, e não o próprio. Aliás, tem muita gente tratando o Espírito Santo de forma manipulada.
9. Jesus mandou orar em seu nome: “e tudo quanto pedirdes EM MEU NOME, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma coisa EM MEU NOME, eu a farei”. João 14.13,14

10. O sangue de Jesus não foi derramado para expulsar demônios e sim para remissão dos pecados. Mas Jesus disse: “em meu nome expulsarão demônios.” (Marcos 16.17)

http://www.napec.org/apologetica/heresias-no-meio-evangelico/