domingo, 7 de junho de 2020

Títulos de Nobreza e Hierarquias Celestiais


Não seremos galardoados de acordo com os títulos de nobreza que os homens recebem na terra, e sim pela nossa fidelidade a Deus. Aliás, dentre os muitos títulos conferidos aos salvos, o único que vai permanecer no céu é o primeiro a ser mencionado nas Escrituras Sagradas:

“Meu Senhor, se agora tenho achado graça aos teus olhos, rogo-te que não passes de teu servo (Gn. 18,3).

Certa vez, os discípulos perguntaram a Jesus qual deles seria o mais importante no Reino dos céus. Chamando uma criancinha, colocou-a no meio deles e disse: “É realmente como vos digo: se não mudarem totalmente a direção das vossas vidas e não se tornarem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Pois aquele que se tornar pequeno e simples como esta criança será como o maior de todos no Reino dos céus” (Mc. 9, 33-36).

A Bíblia não diz que o céu pertence aos intelectuais e eruditos. Não diz que pertence aos ricos e poderosos, nem aos independentes e autossuficientes. O que a Bíblia diz é que o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes às crianças.

Você acha que tem mérito suficiente para exigir que Deus venha a abrir a porta do céu para você? Ou simplesmente possui um coração de criança e uma fé de criança, confiando plenamente no Pai celestial e nas suas promessas? Considere onde você está nessa relação diante do Criador.

Tenha em conta que Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Vale a pena ter alma de criança e ver a porta do céu se abrir! É bom lembrarmos que, entre os homens, não há um justo sequer; e só há um digno de honra: Jesus!

O Decreto Celestial em questão encontra amparo legal por estar previsto no versículo 33-36, do capítulo 10 do Livro de Matheus, do Regimento das Sagradas Escrituras, que assim dispõe sobre a concessão dos títulos honoríficos.

O título que define todos nós de modo extremamente fundamental é o de FILHO DE DEUS! Não importa o que mais sejamos ou façamos na vida, jamais devemos esquecer que somos literalmente filhos de Deus.

"Naquele tempo, Tiago e João, filhos de Zebedeu, foram a Jesus e lhe disseram: Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir’. Ele perguntou: ‘O que quereis que eu vos faça?’ Eles responderam: ‘Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória!’ Jesus então lhes disse: ‘Vós não sabeis o que pedis. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado?’ Eles responderam: ‘Podemos’. E ele lhes disse: ‘Vós bebereis o cálice que eu devo beber, e sereis batizados com o batismo com que eu devo ser batizado. Mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. É para aqueles a quem foi reservado’. Quando os outros dez discípulos ouviram isso indignaram-se com Tiago e João. Jesus os chamou e disse: ‘Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós, não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo; e quem quiser ser o primeiro, seja o escravo de todos. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos" (Mc. 10, 32-45).

No Reino em que Jesus é o Rei, quem quiser ser o primeiro deverá ser o último, aquele que serve. O lugar mais cobiçado deverá ser o último, pois deste se poderá ter uma visão privilegiada dos mais necessitados, dos marginalizados, dos carentes. 

Tereza de Lisieux dizia: “Escolha sempre os últimos lugares; ninguém vai brigar com você por causa deles”.

No dia do arrebatamento, ou no dia da ressurreição dos mortos, caso faleçamos antes do arrebatamento, o Senhor dará um corpo glorificado aos Seus filhos:

"Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas" Fil. 3,20-21).

Que privilégio, que honra! Queremos maior honra, de que servir ao Senhor? Não pode existir algo mais grandioso! Aleluia!

Sejamos, portanto, servos do Senhor. Lembremo-nos de que, no céu, quando já estivermos em outra dimensão (na casa do Pai há muitas moradas) e com nossos corpos glorificados, os “seus servos o servirão”.

Jesus é o prêmio maior que receberemos no céu. Melhor do que um título para o mais nobre palácio da Terra, Duque, Marquês, Conde, Barão, Comendador, é o título para as mansões que nosso Senhor foi preparar!

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