Imagine se Jesus Cristo viesse passar uns dias
conosco aqui na terra, mesmo em corpo glorificado, mas em carne e osso
tal qual se apresentou a Tomé!
Primeiramente ficaríamos felizes e orgulhosos por
poder levantar estandartes, gritar a aclamá-lo como o Rei da Glória.
Quem sabe alguém iria vender adesivos do tipo “100% Jesus”, ou “Jesus
entre nós”, “Falei com Jesus hoje”, etc.
A mídia poderia convidá-lo para entrevistas e ouvir seu conceito sobre o que hoje chamamos de Cristianismo.
Com o tempo, muitos poderiam perder um pouco da
euforia, diminuir os estandartes, adesivos e camisetas, e buscar outras
formas de fazer com que nosso nome ou instituição pudesse tirar
‘proveito’ da presença física de Jesus, mas sem sucesso.
Provavelmente os dias de euforia dos cristãos
nominais e de popularidade Jesus seriam curtos. Logo alguém insinuaria
que Ele deveria rever seus conceitos. Pois seu discurso não era uma
metamorfose ambulante. Ele continuaria na contra-mão da história
chamando as pessoas a serem humildes e verdadeiras.
Ele continuaria a dizer que os verdadeiramente
felizes eram os pobres de espírito ao invés daqueles que acham que podem
tudo, os mansos ao invés dos soberbos, dos que choram ao invés dos que
batem no peito e se julgam um sucesso. Ele continuaria a dizer que
habita com o contrito de espírito e que a ninguém despreza.
Jesus não ocuparia tempo com cultos a personalidade
nem com iniciativas de promoção do ser humano. Ele continuaria a buscar
honrar e glorificar ao Pai acima de qualquer coisa. Ele falaria
abertamente que não nos chamou para fazermos sucesso, mas para fazer a
vontade do pai. Para sermos agentes de transformação do mundo pelo
exemplo que Ele nos deu.
Para surpresa de muitos Jesus continuaria a amar os pecadores, a ir em busca de prostitutas, bêbados, drogados, mendigos e infelizes em geral. Tudo para que sua casa se enchesse. Rejeitados da sociedade atual seriam seu alvo preferido. Como isso nos daria uma severa lição de como nos afastamos de muitas prioridades suas. Ele nunca acharia que já temos crentes demais.
Provavelmente receberia convites para ir a cultos,
hoje chamado de reuniões, em salões magníficos de hotéis e centro de
eventos, etc. Nesses lugares onde culto é reunião, pregação palestra,
Estudo Bíblico Workshop, hino número, pregador, palestrante. Seria
também convidado ao que estão chamando de louvor, os espetáculos onde as
pessoas vão se divertir, pular, extravasar, gritar da mesma forma dos
shows mundanos. Creio que Jesus não se adequaria ao luxo e frieza da
marketinzação do evangelho para elite, nem aos espetáculos gospels de
promoção dos artistas e diversão das platéias.
Poderíamos nos surpreender ao ver Jesus sentado
evangelizando uma “mulher da vida”, com a mesma convicção que
evangelizaria políticos corruptos ao invés de elogiá-los.
Penso que teria um profundo sentimento de que nada
fiz para o engrandecimento de seu Reino, que nada faço para espalhar seu
amor e seu bom cheiro. E que a religiosidade talvez deixe um pouco
opaca a visão do que realmente é santidade e serviço no Reino.
Jesus faria menção dos pioneiros que deram a vida
pelo Evangelho e outros anônimos que continuam a dar sua vida hoje em
amor a Jesus nos hospitais, nas prisões, nas residências e porque não
dizer nas igrejas que primam por honrá-lo. Provavelmente seu louvor
preferido seriam aqueles ultrapassados que foram feito sem pretensão de
mercado.
Jesus nos demonstraria com a mesma ênfase das
Escrituras que seu Reino não é deste mundo. Compreenderíamos melhor que a
herança dos santos na luz não consiste nas coisas materiais.
www.comoviveremos.com
Jossy Soares é crente. Serve a Jesus em Cuiabá-MT.
É integrante da Agência Pés Formosos.
É integrante da Agência Pés Formosos.
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