Não deveria ser difícil
para nós mesmos nos humilharmos, pois do que podemos nos orgulhar? Temos de
assumir o lugar mais simples, sem que alguém nos diga que devemos fazer isso.
Se formos honestos e sensíveis, seremos insignificantes em nossa própria avaliação.
Especialmente diante do Senhor, quando estamos em oração, nos sentiremos como
nada. Ali, não podemos falar a respeito de méritos, pois não temos nenhum.
Nosso apelo único e exclusivo deve volver-se à misericórdia: "O Deus, sê
propício a mim, pecador" (Lc 18.13).
Esta é uma promessa
estimulante, procedente do trono de Deus. Seremos exaltados pelo Senhor, se nos
humilharmos. Para nós o caminho da exaltação é a humilhação. Quando ficamos
despidos de nosso "eu", somos vestidos com humildade; e essa é a melhor
das vestimentas. O Senhor nos exaltará em paz e felicidade de espírito. Ele nos
exaltará ao conhecimento de sua vontade e à comunhão consigo mesmo. O Senhor
nos exaltará no gozo da justificação e do perdão dos pecados.
Deus coloca as suas
honras sobre aqueles que são capazes de vesti-las, para a glória do seu Doador.
Ele dá utilidade, aceitação e influência àqueles que não se orgulharão por tais
coisas e, ao contrário disso, sentir-se-ão humildes pelo senso de sua grande
responsabilidade. Nem Deus, nem os homens se importam em exaltar a pessoa que
exalta a si mesma; todavia, tanto Deus quanto os homens bons unem a honra à
dignidade modesta. O Senhor, humilha-me, para que eu seja exaltado em Ti.
Charles Haddon Spurgeon
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