“Tudo tem o seu tempo determinado, e há
tempo para todo propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo
de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de
rir; tempo de prantear e tempo de saltar de alegria; tempo de espalhar pedras e
tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo
de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de
rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar
e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz” (Ecl. 3, 1-8).
Depois que nossos primeiros pais pecaram e
foram expulsos do Paraíso, começaram a viver em uma terra estranha, como
peregrinos e forasteiros. Sentiram-se longe da Pátria, desterrados, num mundo
totalmente alheio aos propósitos divinos. Sem luz e sem direção, ficaram desorientados
e perdidos.
Apesar
de tudo, a misericórdia divina os guardou, concedendo-lhes esperança de um
mundo melhor.
Hoje, herdeiros do pecado adâmico, mas, com a vinda de Jesus, podemos receber direção
e luz quanto à volta ao lar. Agora, um caminho de graça e verdade se nos
descortinou, com a manifestação do Filho de Deus a este mundo, proclamando o
Caminho, a Verdade, e a Vida. Ato de puro amor divino!
A
misericórdia divina continua a nos exortar: visto ser a nossa Pátria nos céus,
como peregrinos e forasteiros aqui neste mundo, devemos nos abster das
concupiscências carnais, que combatem contra a nossa alma e olhar para o alto,
donde outra vez esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
Aqui
nessa Terra estamos somente de passagem; não é um lugar de descanso. Somos
adventícios, estranhos ao planeta, haja vista todas as condições necessárias
para viver nele. Outra vez a misericórdia divina nos recorda, quando Deus fez o
mundo e tudo que nele há. Deu a todos a vida, a respiração e todas as coisas.
De nossos primeiros pais fez toda a geração dos homens para habitar sobre a
face da Terra, determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua
habitação.
Como
nossa vida é apenas uma neblina que aparece e logo se dissipa, devemos vivê-la
com temor e destemor, de modo que nossos corações alcancem sabedoria, _ aquilo
que nossos antepassados não souberam usar. Não devemos nos preocupar com o aqui
e o agora deste mundo: prazeres, conquistas, sucesso, bem-estar; mas, com o que
virá quando a neblina da vida desaparecer: após o término de permanência nesse
desterro, seguirá o juízo.
Além
de peregrinos e forasteiros, somos também Embaixadores da parte de Cristo; e,
como nosso visto de permanência aqui na Terra tem um tempo determinado no
passaporte, essa carta de Cristo que somos nós, deve ser lida e conhecida por
todos os homens a tempo e fora de tempo, fazendo discípulos, evangelizando,
reconciliando os homens a Deus.
Considerando a realidade de que não podemos
viver alheio ao nosso tempo de permanência, de que não viveremos para sempre
nesta Terra e de que aqui não é o nosso lugar de descanso, procuremos viver sabiamente!
Evangelista Maurício
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