Talvez
o livro mais importante da Bíblia acerca de Batalha Espiritual seja o livro de
Êxodo. A vida cristã não é um parque de diversões, é um campo de batalha; não é
uma estufa, uma redoma de vidro, um lugar de tranqüilidades e amenidades, mas é
um campo e uma arena de lutas sem tréguas. Nesta batalha nós devemos evitar
dois extremos: o primeiro deles é superestimar o inimigo, o segundo perigo é
subestimar o inimigo. Toda vez que você projeta o inimigo e fala mais no Diabo
do que em Jesus, mais preocupado com as tramas e ardis do Diabo do que
deleitar-se na graça de Deus, você está entrando num caminho de excesso e de
perigo; o outro risco é de você pensar que o inimigo é uma lenda, um mito, uma
quimera, que não lhe oferece qualquer risco ou perigo, nós precisamos entender
que a nossa luta não é contra a carne ou sangue, mas contra os principados e
potestades. A nossa luta é contra um ser invisível e não um mito ou energia
negativa; lutamos com um anjo caído, que com toda a sua hoste infernal, vinte e
quatro horas por dia, sem pausa ou trégua, tenta nos enredar e nos apanhar nos
seus ardis e nas suas armadilhas.
O livro de Êxodo vai nos trazer um retrato desta batalha espiritual. Faraó é visto na Bíblia como símbolo do Diabo, o Egito é visto como símbolo do Mundo, a libertação do povo de Israel do Egito é vista como símbolo da conversão e da redenção do povo de Deus, é importante agora entender que antes do povo sair do Egito, Faraó tentou de diversas maneiras reter o povo na escravidão, nos seus ardis e em suas armadilhas espirituais; lançando assim propostas perigosas para reter o povo de Deus na escravidão.
O livro de Êxodo vai nos trazer um retrato desta batalha espiritual. Faraó é visto na Bíblia como símbolo do Diabo, o Egito é visto como símbolo do Mundo, a libertação do povo de Israel do Egito é vista como símbolo da conversão e da redenção do povo de Deus, é importante agora entender que antes do povo sair do Egito, Faraó tentou de diversas maneiras reter o povo na escravidão, nos seus ardis e em suas armadilhas espirituais; lançando assim propostas perigosas para reter o povo de Deus na escravidão.
A
primeira proposta de Faraó está em Êxodo capítulo oito, versículo vinte e
cinco: “não precisa sair do Egito, sirvam a Deus no Egito mesmo, levantem
altares aqui no Egito”. Esta proposta é mais ou menos assim: Você quer ser
crente? Tudo bem, não tem problema; Você quer ir pra igreja? Sem qualquer
problema. Você não precisa mudar de vida, você pode levantar altares no Egito,
você pode continuar vivendo a vida que você sempre levou; se você mentia,
continue mentindo, ou se você era orgulhoso,
soberbo, continue sendo soberbo, se o seu coração era um poço
de impureza, e se a sua vida era uma vida que caminhava na direção da
pornografia, prostituição, adultério, fornicação, não precisa mudar isso, se
o seu namoro era um namoro encharcado de licenciosidade, não precisa
mudar isso. Esta é uma proposta perigosa, porque não é o fato de você
ir para uma igreja A ou B, que você está seguro, mas em ser nova criatura,
em ter novo coração, uma nova mente, uma nova vida. Portanto, não
dá para levantar altares no Egito, não dá para servir a Deus no Egito, não
dá para ser uma pessoa salva e ao mesmo tempo viver na prática do pecado,
consequentemente Moisés rechaçou esta proposta de Faraó.
A
segunda proposta de Faraó está em Êxodo capítulo oito, versículo vinte
e oito e a proposta era a seguinte, “Está bem, vocês querem ir, podem
ir, mas não vão muito longe não, fiquem por perto, fiquem aqui na vizinhança,
quando vocês sentirem saudades do Egito, voltem aqui, faça um
turismo por aqui, não é preciso ser tão radical, não é preciso fazer um corte
tão decisivo, não é preciso um rompimento tão definitivo”. A proposta
de faraó é mais ou menos o seguinte, “você pode ser crente, você
pode ir pra uma igreja, você pode adorar a Deus, mas você não precisa
ser uma pessoa tão radical, você pode aproveitar o melhor dos dois
mundos, você pode ter um pé na igreja e um pé no mundo, você pode
curtir o mundo, aproveitar o mundo, amar o mundo, ser amigo do mundo,
você pode fazer parte dos esquemas do mundo, o que importa é que
talvez no final de semana você vá à igreja ou quem sabe numa ocasião especial
você freqüente uma igreja ou até apresente os seus filhos para o batismo
ou quem sabe em ocasiões de casamento ou de um funeral ou ainda
de um convite especial você vai lá para aliviar sua consciência, cumprir
o seu papel religioso e social. Mas devemos saber que não há esta história
de ser amigo do mundo, a Bíblia nos diz que “aquele que quiser ser
amigo do mundo, constitui-se inimigo de Deus”, “Não ameis o mundo nem
as coisas que há no mundo, pois aquele que ama o mundo, o amor do
Pai não está nele”, “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente”. Se você tem vivido uma vida
dupla, você é um crente espiritual na igreja mas durante a semana você
não leva Deus à sério, você está muitas vezes na roda dos escarnecedores,
vivendo uma vida mundana, rendendo-se às paixões da carne,
saboreando as iguarias do banquete do mundo, ao invés de estar aproveitando as
maravilhas solenes e sublimes da palavra de Deus, se deleitando em Deus. Você
está em sério risco, você está entrando nesta armadilha, nesta arapuca deste
inimigo terrível, diabólico, assassino, ladrão, que veio para roubar, matar e
destruir. Certamente Moisés também rechaçou esta proposta.
Faraó
parte para a terceira proposta, que está em Êxodo capítulo dez, versículos dez
e onze. Faraó diz: “Está bem, vocês querem ir, podem ir, mas as crianças ficam,
os jovens ficam, vocês que já estão aí maduros, podem ir servir a Deus, o lugar
da juventude aproveitar a vida é no Egito”. A idéia é a seguinte: a juventude
passa e você só tem uma juventude para curtir a vida, se você não curtir agora
você não vai curtir nunca, o lugar de jovem experimentar a vida com todas as
taças dos prazeres é no mundo e no pecado. Mas esta proposta é enganadora, pois
que prazer existe em uma pessoa se afundar nas drogas? Tantas crianças,
adolescentes, jovens destruindo a sua vida, jogando a vida pelo ralo,
destruindo a família e sendo motivo de dor e lágrima para os pais. Que curtir a
vida é este? Que leva a pessoa precocemente pro narcotráfico, para morte, escravidão
ou ainda para miséria. Tantos jovens saem das boates de madrugada acabados
emocionalmente, vomitando nas calçadas, destruídos moralmente, arruinados
espiritualmente, que prazer há nisso? Onde está o prazer da embriaguez, das
drogas, do sexo ilícito, da licenciosidade? Traz ruína, desgraça, derrota,
vergonha, opróbrio e condenação eterna. Moisés rechaça a proposta de faraó.
Pois lugar de criança e jovem curtir a vida é na presença e no altar de Deus. A
Bíblia diz que “É na presença de Deus que há plenitude de alegria e na destra
de Deus há delicias perpetuamente”, “É melhor estar um dia na Casa de Deus do
que estar mil dias nas tendas da perversidade”. Certamente nós precisamos
entender que a igreja é lugar para as crianças, para os adolescentes, para os
jovens, é lugar de vida, é lugar de comunhão, é lugar de celebração, é lugar de
vitória, e é na casa de Deus que devemos estar e não nas tendas da
perversidade.
Moisés
recebe a quarta proposta perigosa de faraó, que se encontra em Êxodo capítulo
dez, versículo vinte e quatro. Faraó diz: “Tudo bem, vocês
podem ir todos servirem ao Deus de vocês, mas os rebanhos ficam”. Em outras
palavras: “Vocês servem a Deus, mas o dinheiro de vocês serve ao Egito. A idéia
é de dicotomia da vida: “Eu sou de Deus, mas meu dinheiro não é”, “eu sirvo a
Deus, mas os meus bens não servem”. São pessoas que dizem ser de Deus, mas o
coração delas ainda está preso na riqueza e no dinheiro. Quantas pessoas são
avarentas, quantas pessoas entram para a igreja, mas são infiéis na administração
dos bens que Deus lhes confiou, quantas pessoas que deixam suas riquezas e seu
rebanho à serviço do Egito, a serviço do mundo e não do Reino de Deus. Quantas
pessoas cujo Deus da sua vida é o dinheiro, amam o dinheiro e a riqueza,
constroem os seus tesouros aqui no mundo e na terra, tesouros que vão perecer,
quando deveríamos estar por inteiro nas mãos de Deus e à serviço de Deus. A
resposta de Moisés a Faraó foi encantadora: “Faraó, eu não aceito a sua
proposta, nós vamos embora servir ao nosso Deus, o nosso rebanho também vai
embora conosco”, em Êxodo capítulo dez, versículo vinte e seis, Moisés diz:
“Faraó, nem uma unha vai ficar no Egito”. Não sabemos para que serve nem quanto
vale uma unha, mas Moisés diz que nós somos de Deus e tudo o que temos e somos
pertence a Deus e está à serviço do Senhor. Não deixe nada do que é seu no
Egito, não deixe nada do que Deus te deu nas mãos de Faraó, não entregue nada
daquilo que você recebeu de Deus para servir aos interesses de Faraó.
Nós,
nossa família, nossos bens são de Deus, pertencem a Deus e devem ser
consagrados de volta pra Deus. Devemos fazer o mesmo que Davi fez quando os
amalequitas invadiram uma cidade de Ziclague, e saquearam a cidade, feriram a
cidade levando embora os filhos, as filhas, as mulheres e os rebanhos. Diz a
Bíblia que Davi chorou, se angustiou, mas se reanimou no Senhor e orou ao
Senhor, que lhe respondeu mandando lutar porque tudo que foi tomado dele, ele
iria receber de volta. E Davi lutou e trouxe tudo de volta. Não deixe nada daquilo
que Deus te deu, nas mãos do inimigo.
Rev. Hernandes Dias Lopes
Postado por Presbítero Maurício
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