“E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se, e disse-lhes: Aquele que de entre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela” (João 8:7).
O Senhor Jesus Cristo, muitas vezes foi desafiado pelos seus adversários a provar aquilo que lhes ensinava. Quase sempre foi interpelado pelos seus adversários com o intuito de causar-Lhe embaraços, sem, no entanto conseguir êxito. No texto supracitado diz a narrativa, que lhe trouxeram uma mulher apanhada no próprio ato, adulterando; cujo objetivo era pôr Jesus à prova: Se Jesus ordenasse o apedrejamento como ordenava a lei de Moisés, eles O acusariam de falta de amor, de perdão, e também O condenariam perante a lei do Império Romano. Mas. Jesus como sempre, jamais poderia perder a um desafio. Quem estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar pedra: Ninguém a apedrejou; a seguir se retiraram um a um, ficando só a mulher. Isto não quer dizer que Jesus estivesse encobrindo este pecado. “Ninguém te condenou? Pergunta Jesus; nem eu te condeno; vai e não peques mais”.
De outra feita, perguntaram-Lhe sobre com que autoridade fazia e ensinava as maravilhas de Deus. E Jesus responde-lhes com outra pergunta, dizendo-lhes que lhes diria com que autoridade fazia, se eles Lhe respondessem a pergunta, sobre o batismo de João, se era do céu ou dos homens; como dissesse que não sabiam, também ele não deu-lhes mais explicações. Quando Jesus foi levado perante o Sinédrio, como não tivessem de que O acusar, para poder condená-Lo à morte, apresentaram falsas testemunhas, que nada podiam provar contra Ele. E o Senhor Jesus em resposta, lhes declarou que fez tudo durante Seu ministério, ensinando abertamente ao povo; por isso se quisessem saber o Seu procedimento, que consultassem o povo. E fez esse acréscimo: “Esta é a vossa hora, o poder das trevas”. Nós também muitas vezes, somos desafiados com acusações falsas; e muitas vezes podemos estar embaraçados sem saber como enfrentar as situações.
Permita-me, prezado leitor, que lhe conte uma experiência própria: Certo dia alguém bateu à porta de nossa casa, dizendo que queria conversar conosco. Na verdade, não era conversar, mas fazer varias acusações, dizendo que nós nunca fomos pastor de verdade, e sim mercenário. A tudo respondemos agradecendo e abençoando; lembrando também dos ensinos bíblicos no que diz respeito aos inimigos: “Se teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; se tiver sede, dá-lhe água para beber; porque fazendo assim, amontoaras brasas sobre a sua cabeça”. Alguns dias depois este senhor mandou-nos um recado, pedindo-nos que fossemos à sua casa. Indo, ele nos disse chorando: “Pastor, chamei-o para pedir-lhe perdão, pois, desde esse dia não durmo bem, não consigo fazer as minhas orações, e nem ler a minha Bíblia, pois vejo o senhor diante de mim, abençoando e agradecendo”. Muitas vezes deixamos de lado o que Jesus ensina em Mateus 11:29: “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração; e assim vós achareis descanso para as vossas almas”.
Em Mateus 5:5 diz: “Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra”. Jesus, não obstante Criador do Universo, é manso e humilde; e com isso Ele sempre venceu os seus desafiadores; e nós, muitas vezes perdemos a paciência, quando nos deixamos vencer pelos desafios; pois a tendência humana é reagir contra a sabedoria que vem de Deus. Contando esta experiência a um amigo, ouvi dele esta declaração: “Pastor, se fizesse isso comigo eu meteria a mão na cara dele”. Mas, meu amigo, que seria do mundo se Jesus tivesse uma reação assim? O mundo seria diferente do que é, se tornaria paraíso, se obedecêssemos aos ensinamentos bíblicos; não haveria tragédias, guerras, divisões nos lares, nos trabalhos e nas igrejas. E que dizer do Sermão do Monte, onde Jesus recomenda amar e bendizer os nossos inimigos? Nós precisamos aprender a transportar o céu à terra; e deixar de trazer fogo do inverno, fazendo mau uso de nossas línguas, conforme diz Tiago. Peçamos, portanto, ajuda do céu, para vencer os nossos próprios desafios.
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