segunda-feira, 11 de junho de 2018

A Excelência na Vida do Cristão

               O que é excelência na obra de Deus ?
É uma dedicação total, sem reservas, procurar se superar a si mesmo, fazer algo com toda diligência, quer dizer procurar aprimorar nossos talentos no melhor que podemos para a glória de Deus. O apóstolo Paulo diz em 2 Tim. 3:17 que: “o homem de Deus deve ser perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra. Devemos procurar servir a Deus com toda prioridade e aos irmãos com o melhor que podemos oferecer.  Mt. 6:33 Buscai em primeiro lugar o reino de Deus…. A antítese seria: Desleixo, Relaxado, distraído, incompetente, Etc …
O mundo secular é muito competitivo, e para isso muitos gastam horas de treino; estudo, suor e muita dedicação e treinamento. Por exemplo: nos esportes; um dos melhores goleiros que o Brasil já teve chama-se Rogério Ceni. Ele conta que para aperfeiçoar sua técnica de cobrança de faltas, era o primeiro a chegar aos treinos e o ultimo a sair. Conta também que chegou a treinar em torno de 2.500 a 3.000 cobranças de faltas por mês; Relata ele que antes de sua primeira cobrança oficial, treinou mais de 15.000 vezes. Hoje é o goleiro com mais gols marcados no mundo. São mais de 100 gols.
Airton Sena? Tido como o melhor piloto de fórmula 1, talvez o melhor que o mundo já conheceu isso dito pelo seu adversário numero 1 Michael schumaker. Ele percorria a pé atenciosamente cada circuito um dia antes da corrida para conhecer cada centímetro da pista, que um dia depois passaria quase voando. Morreu precocemente em um acidente com seu carro de corrida em 1994, na pista de Ímola na Itália. Mas ainda deu tempo de ser tricampeão mundial da maior categoria de automobilismo. Eis uma frase desse vencedor: “No que diz respeito ao empenho, ao compromisso, ao esforço, a dedicação, não existe meio-termo. Ou você faz uma coisa bem-feita, ou não faz.”
1 – Como alcançar alto nível de excelência?
A) Conhecendo a palavra de Deus profundamente. Salmos 1:2 (Bem-aventurado o varão) Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.
B) Tendo uma vida diária de oração e comunhão com Deus. Daniel 6:10   Daniel, pois, quando soube que o edito estava assinado, entrou em sua casa (ora havia no seu quarto janelas abertas do lado de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças diante do seu Deus, como também antes costumava fazer.
C) Decidindo vencer a natureza humana carnal. Colossenses 3:1,2   PORTANTO, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.  2 Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra;
2) Buscando em tudo fazer sempre o melhor para Deus.
1 Cor 10:31  Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 
Fil. 2:14  Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas; Deus não quer nosso resto, nossa sobra.                 
Efésios 2:10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas. Esses versículos por si só já mostram bem nosso dever de crentes que devem estar bem comprometidos em tudo todo o tempo, porque Ele é bom sempre, e sempre Ele é bom.
3 – EXEMPLOS BÍBLICOS DE FÉ
Na bíblia encontramos vários exemplos de pessoas semelhantes a nós, e que decidiram ser excelentes em adoração ao DEUS verdadeiro, cito alguns exemplos:
Abel – Hebreus 11:4 A perfeição de seu sacrifício custou sua própria vida.
Enoque amava DEUS.   Fechou os ouvidos a voz da sua geração perversa que o cercava, para ouvir somente a Deus.  Sobre Enoque diz : Gênesis 5:23 E foram todos os dias de Enoque 365 anos.  E andou Enoque com Deus (Durante 365 anos andou com Deus); e não apareceu mais, porquanto Deus para si o tomou. Sua proximidade com as coisas divinas foi tanta, que DEUS o levou para o céu sem passar pela morte.
Daniel é outro personagem bíblico, foi levado cativo para a Babilônia do rei Nabucodonosor e decidiu não beber do vinho ou as iguarias do rei. Em Daniel 1:8: “E Daniel propôs no seu coração não se contaminar com a porção das iguarias do rei, nem com o vinho que ele bebia; O jovem Daniel servia em sua geração com excelência.  Mesmo debaixo de provação, foi fiel, corajoso, firme, destemido e vencedor.  Ele venceu suas próprias limitações. O império babilônico caiu, e os medos e persas que vieram depois também caíram, mas Daniel permaneceu, e permaneceu entre os grandes, sendo sempre um dos governadores do reino.
Quão hábil era Daniel em seus afazeres profissionais? Mas ele era mais do um homem disciplinado, dedicado, mais do que um homem inteligente.
Na bíblia diz que ele orava 3 vezes ao dia. Ele se encontrava com seu DEUS, ele se demorava diante de Deus, e não se envergonhava disso: Daniel 6:10.  A história já sabemos, foi feito o decreto que não se adorasse nenhum outro deus se não Dario; e Daniel permaneceu firme, não cedeu, e saiu vivo da cova dos leões, sendo um instrumento nas mãos de DEUS para que o homem mais poderoso do mundo da época, o rei Dario, declarasse por decreto que o DEUS de Daniel era o único DEUS verdadeiro.
4 – VIVER OU SOBRE-VIVER
Temos notado que hoje, a vida de alguns cristãos é morna, patética, não é viva como deveria ser. Estão deixando de ser o sal da terra e a luz do mundo. O bom exemplo de Daniel deve ser imitado e até arder em nossos corações a nos motivar a viver uma vida de entregas.  Falar do amor de JESUS não queima mais o coração dessas pessoas, como no início da vida cristã. Lagrimas quase já não são derramadas, olha-se para o altar na hora do apelo e poucos estão lá.  Os heróis já não se dobram mais perante o rei.
A grande maioria de nossos crentes são feitas de meros espectadores, estão na arena não mais para lutar.  Estamos vivendo uma geração de crente descontente, inconformados com tudo e acomodados com o pecado. Esta geração se continuar assim esta condenada ao fracasso. Geração de crentes lentos, tímidos, desleixados e envergonhados, não há mais excelência nas coisas do Senhor, precisamos despertar enquanto é tempo.
Efésios 5:14 Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá.
Rom 12:2 E não sede conformados com este mundo… 
Moisés – Hebreus 11:24 a 26. Diz que Moisés trocou o luxo dos palácios de Faraó pelo deserto. Trocou o prazer passageiro pelo sofrimento junto com o povo de Deus, Moisés podia viver no palácio como príncipe, mas abriu mão de tudo para obedecer a voz de Deus.
5 – MEU COMPROMETIMENTO COM DEUS DEVE SER DE AMA-LO SEMPRE
Devo ama-LO acima de todas minhas forças e com todos o meus bens, Moisés deu prioridade total, sem reservas.
II Pe 1:5-7  E vós também, pondo nisto mesmo toda a diligência, acrescentai à vossa fé a virtude, e à virtude a ciência, e à ciência a temperança, e à temperança a paciência, e à paciência a piedade, e à piedade o amor fraternal, e ao amor fraternal a caridade.
Hebreus 12:2 Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Quantas oportunidades temos tido para nos achegarmos a DEUS? Quanta luz nos é posta diante de nós? Quantas advertências através de sermões e apelos temos recebido? Encontramos em Colossenses este texto: E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.” Colossenses 3:23-24
Se eu sou o professor, que eu seja o melhor professor, se eu sou um fisioterapeuta, que eu seja o melhor que eu possa ser. Que eu seja um ótimo profissional, integro em tudo. Que eu seja o melhor vizinho na rua onde moro.  Na vida espiritual não é diferente; se eu sou um cristão que eu seja o melhor cristão, não uma sombra, não um faz de conta, não um rascunho, que eu seja um crente por excelência.                                                                                                                                              
“Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.” Salmos 37:5. Esse é um grande convite, entregar nossos caminhos ao senhor, nossas atitudes, nossas escolhas, nossos desejos, nossas decisões. Não podemos ter nossas reservas, Ele deve ter toda a proeminência. A promessa de DEUS não falha, “Ele tudo fará.”
Ele te convida a ser um cristão excelente. Ele não quer que você seja bom, nem ótimo, Deus quer de você e de mim a excelência, o nosso melhor! Quer você hoje ser um cristão comprometido? Um cristão 100%?
6 – EXCELÊNCIA É PRIORIDADE TOTAL SEMPRE
Jesus nos traz em Lucas 16:8b  uma afirmação confrontante: …. os filhos das trevas são mais hábeis em sua geração do que os filhos da luz.
Nota Importante: habilidade aqui significa dedicação, esforço, desenvolvimento do potencial.
Nossa dedicação deve ser total, sem reservas, com diligência. Excelência significa não se contentar com o que somos, é procurar aprimorar nossos talentos para a glória de Deus.
Precisamos viver a excelência em tudo que fazemos, quer seja pregando, ensinando, aconselhando, dirigindo o louvor, tocando no altar, administrando, trabalhando ou em qualquer coisa que façamos. Este é o desafio de Deus para nós. O nosso testemunho pessoal de falar mais muito mais alto que nossas palavras.
Tito 2:7,  Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade,
Fil 4:8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
Deut. 18:13  “Perfeito serás, como o Senhor teu Deus”.
Na galeria dos heróis da fé esta escrito:
Hebreu 11:33,34  Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, 34 Apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçarampuseram em fuga os exércitos dos estranhos. (Igreja Batista Bíblica de Florianópolis)

sábado, 9 de junho de 2018

Amar o Próximo Como a ti Mesmo


Você se ama? Você se conhece? Se aceita com defeitos e qualidades? Sabe reconhecer seus erros e acertos com humildade? Vive reclamando dos outros e até de si mesmo?

Então Jesus tem uma palavra para você: ‘Amarás teu próximo como a ti mesmo‘. Mas como serei capaz de amar o outro se não me amo, se não descobri minha dignidade de filho, de filha amada de Deus?

Olhe para você mesma, não com orgulho, por que diz São Paulo: ‘Que é que possuis que não tenhas recebido?’ I Cor 4, 6. Se tudo que você é e tem foi recebido de Deus, quando você vai se descobrindo Deus vai se revelando em você. É reconhecer na criatura seu Criador. E se reclamamos da criatura, pouco a pouco estaremos reclamando também do Criador.

Não é estranho vermos pessoas criticando nos outros os defeitos que não aceita em si mesmo. O outro, muitas vezes, é como um espelho onde refletimos nossa própria imagem e isto tudo influência no conceito de Deus. Santa Teresinha já dizia que quanto mais se está unido a Jesus tanto mais, se ama o próximo.

Pense em tudo o que você é o que é por graça de Deus. Reconheça-se como Templo do Espírito Santo onde Deus habita. Pense como você se transforma em Sacrário Vivo, como o Pai tem um amor infinito a ponto de te criar a sua imagem e semelhança, ou seja, Deus deixou o rastro de sua divindade em você. Você é importante para Deus. Louve o Senhor por tudo o que você é.

Agora pense como seu irmão também é importante para Deus e o quanto ele é amado pelo Senhor. Pense o quanto você está ferindo o coração de Deus e até o seu próprio coração não reconhecendo nele a imagem de Deus. Louve o Senhor porque seu irmão tem qualidades, ainda que nem sempre você consiga enxergar. Louve também pelos defeitos que seu irmão tem, assim como você, porque eles te santificam. Veja Deus no seu irmão, porque não foi o próprio Jesus que disse no Evangelho quando fizeste isto a um dos meus pequeninos foi a mim que fizeste?  Mt 25, 40

É difícil ver Deus no irmão quando este nos feriu, nos maltratou. Mas pense, quantas vezes você também disse palavras duras, porque não viu Deus no irmão. Você não gostaria de receber o perdão pelas vezes que deixou o humano falar mais forte e fez o que não deveria? Provavelmente, seu irmão também deseja este perdão por um momento de fraqueza. Jesus nos ensinou na oração do Pai-nosso: ‘Perdoai a nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido‘.

Se queremos o perdão de Deus precisamos também perdoar. Não perdoar e rezar o pai-nosso é uma incoerência. Quem não perdoa não deveria rezar o pai-nosso. Você já pensou nisto quando reza esta oração?

O perdão está implícito no amar. O perdão não é importante só para o cristão, mas para todos. Quantas doenças psicossomáticas. Quantas pessoas ficam doentes por não perdoar. Perdoe e ame e veja como você vai ficar em paz e fará os outros mais felizes.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Peregrinos na Terra



A pergunta: “Por que Deus não nos criou diretamente no céu ou no inferno”, causa muitas vezes dúvida na cabeça das pessoas, pois passa a ideia de um Deus “anti-lógico”. Se Ele poderia fazer isso, por que então ele não fez? A seguir, alguns dos motivos pelos quais Deus, em Sua onisciência, preferiu criar os seres humanos na Terra para, depois, integrar o céu:

1) Em primeiro lugar, Deus nos deu a decisão de escolha. Deus criou anjos e deu o livre-arbítrio a eles; e se assim não fosse, não haveria rebelião no céu, onde Lúcifer arrastou consigo um terço dos anjos em sua rebelião, sendo expulso do céu. Deus criou seres-humanos. E o que Ele fez? Deu o livre-arbítrio a eles também. Tudo o que Deus criou, Ele dotou de livre-arbítrio, a decisão de escolher entre segui-lo ou não. De outra forma, Deus teria criado “robôs” que o seguiriam simplesmente porque não tinham outra escolha. Se fosse para fazer isso, então nem criaria nada. Seguiríamos a Deus por obrigação, e não por escolha. Deus fez com que verdadeiramente tivéssemos o livre-arbítrio e escolhesse se gostaríamos ou não de segui-lo.

Se Deus nos criasse diretamente no céu, não seria preciso ter fé para acreditar Nele. Nós não seríamos justificados pela fé, como está escrito: “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus”. Deus nos deu diversas provas, no céu e na terra, e em todo o universo, da Sua existência, de modo que não temos desculpa para negarmos a Ele, pois o próprio universo em si atesta para a Sua existência: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das cousas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis” (Rm.1:20).

Ele quis dar a oportunidade de escolher para onde gostaríamos de ir, mostrando assim que é um Deus de amor e de respeito, respeitando nossa decisão. Se Deus tivesse criado todos no céu, poderiam dizer: “Ah! eu estou aqui porque o Senhor me criou aqui, me obrigou a viver aqui, não fui eu quem escolhi.” E se Deus tivesse criado todos no inferno poderiam dizer: “Ah! eu estou aqui porque o Senhor não me deu chance de escolher.” Então a escolha é nossa. E o que determina para onde iremos é a nossa fé, Nele, que produzirá em nós boas obras. E isso não é nenhum trabalho difícil, pois, como disse, o próprio universo atesta para a Sua existência. O que realmente é difícil são as pessoas admitirem que há um Deus, pois assim teriam também que abandonar ao pecado, porque seguir a Cristo é renunciar, renunciar a este mundo e viver uma vida de santidade. Isso é demais para muitos aceitarem.

2) Deus está fazendo uma seleção. Não é todo mundo que entra no céu. Apenas os santos entram no Céu. Hebreus 12:14 diz que “sem santidade ninguém verá ao Senhor”. O lugar onde Deus habita é um lugar santo, não é um lugar onde entra qualquer um. Todos pecaram, isso é fato.

Mas o sangue de Jesus purifica todo o pecado daqueles que o aceitam como o Senhor e Salvador de sua vida, e seguem em uma vida de santidade ao Senhor. É sobre isso que Paulo escreve em Romanos 11:5: “Assim, hoje também há um remanescente escolhido pela graça”.

Noutras palavras, Deus está fazendo uma seleção. Aqueles que são moldados, aperfeiçoados, e declarados santos, esses sim vão desfrutar da glória com Cristo, pois apenas os santos entrarão no céu (Hb.12:14). O resto irá ser aniquilado na segunda morte, que é o lago de fogo. Aos santos será dado a vida eterna, aos perdidos a vergonha e o desprezo eterno, que é passar a eternidade longe de Deus. É muito comum hoje em dia a referência (falsa) de que “muita gente vai para o céu”, simplesmente porque Deus é bom.

Mas a Bíblia deixa muito bem claro que serão poucos aqueles que desfrutarão da vida eterna. Mateus 7:13,14 diz: “Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem”. Muitos são os que entram no caminho da perdição, e poucos entram pelo caminho que leva à vida (eterna). Jesus Cristo nosso Senhor ensina que apenas “aquele que perseverar até o fim, este será salvo” (Mt.24:13). A teoria falsa de que “muita gente” vai para o céu parte do princípio de que os não-salvos irão passar a eternidade queimando no fogo do inferno e, sendo assim, um Deus bom e de amor não poderia deixar pessoas sofrendo tudo isso; logo, muito mais gente iria para o céu. O lago de fogo não é um lugar onde as almas passam a eternidade queimando; o lago de fogo é um lugar onde a alma dos não-salvos será lançada; o lago de fogo é a segunda morte (Ap.20:14). A conclusão é que apenas o grupo mais seleto, moldado, aperfeiçoado, escolhido, e que passou pelas tribulações e aflições dessa terra perseverando até o fim, é que será salvo, e esse povo santo irá reinar com Deus no céu. Essa é a verdade.

3) Se Deus nos criasse diretamente no céu, jamais saberíamos o quão bom é o céu. Como nós saberíamos que o céu é um lugar bom, bem-aventurado, se não temos nenhum comparativo? Ora, o rico só se dá conta de como é boa a sua vida, quando vai para a África viver em condições sub-humanas! Aí sim ele aprende a valorizar aquilo que ele tem! Ora, se nós fossemos feitos para estar diretamente no céu, sem nenhum comparativo, sem nenhum outro lugar que tivéssemos passado, jamais saberíamos o quão bom é este lugar, para onde os salvos vão. O céu é um lugar onde não há tristeza, nem pranto, nem luto, nem aflição. Ora, apenas se tivéssemos passado em algum lugar por tristeza, pranto, luto e aflição é que saberíamos o significado disso.  Estaríamos no céu sem saber o porquê, sem valorizar aquilo que temos e adorando a Deus por obrigação! “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. (Ap.21:4).


4) E, por fim, o que considero o maior dos motivos: Jamais saberíamos o quanto Deus é bom! Jamais Deus ofereceria o seu próprio Filho, o seu filho único, para morrer por nós, pelos nossos pecados, porque não teríamos pecados! O amor de Deus o Pai se derramou em nós, a saber, por meio do sacrifício vicário de Jesus Cristo por nós, porque “Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (Jo.3:16). Deus amou o mundo!

Ele amou tanto eu e você que deu o seu próprio Filho para morrer por nós, pecadores, para sabermos o quanto Deus é bom! Se Deus nos tivesse feito diretamente no céu, jamais saberíamos o quanto Deus nos ama ao ponto de fazer uma atitude dessas por amor a todos nós! Louvado seja o Senhor! Jamais saberíamos o que é a “graça”, jamais saberíamos o significado da graça de Deus, pois “pela graça Dele nós somos salvos, e isso não vem por obras, para que ninguém se glorie” (Ef.2:8,9). Não vem por obras, vem pela graça, a graça que atua pelo amor, pelo amor do próprio Deus vivo por nós! Quão maravilhosos são os desígnios de Deus! “Maravilhosos são os teus testemunhos, portanto, a minha alma os guarda” (Sl.119:129).

“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores.”

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Choque Cultural

Você já experimentou choque cultural? Choque cultural acontece quando enfrentamos estilos de vida, língua, roupa, moeda, religião, valores, perspectivas, totalmente diferentes dos nossos. Com certeza você já enfrentou algum tipo de choque cultural. Quando mudou para outra  cidade ...  Quando mudou de escola ou emprego, onde tudo é diferente: Horários, serviços, o "jeitão" de fazer as coisas... Quando mudou de igreja. Às vezes enfrentamos choque cultural quando casamos. Os costumes, as tradições familiares, as maneiras de celebrar aniversários, feriados, são todos diferentes.

Como as pessoas reagem ao choque cultural? Quando falamos do cristão em relação à cultura do mundo, Jesus disse que teríamos que "estar NO mundo, sem ser DO mundo." Paulo falou para não sermos "conformados com esse mundo, mas transformados pela renovação da nossa mente". João disse: "Não ameis o mundo, nem as coisas que estão no mundo" Pedro nos lembra de que tudo que vemos no mundo, há de derreter e ser reduzido a nada. O autor de Hebreus nos chama de "peregrinos" em busca de uma cidade celeste.

Todos esses autores bíblicos identificam uma guerra entre culturas, um choque cultural entre o mundo em que vivemos e o céu de onde vem nossa cidadania. O livro de Tiago vai ainda mais longe. Ele não deixa dúvidas sobre os traços que identificam um cidadão do mundo e um cidadão do céu.

Tiago 3:13-18 aborda as características que definem a cultura do mundo e a do céu. A fé verdadeira manifesta-se numa vida transformada, de forma presente e ativa. O texto nos desafia a rejeitar uma cultura e abraçar outra. A sabedoria (ou cultura) do mundo é diabólica, egocêntrica, ambiciosa, contenciosa e vem direto do inferno. Sempre quer levar vantagem. Entretanto a sabedoria (ou cultura) do céu vem de Jesus, é pacífica e bondosa, sempre pensa  nos outros primeiro, é cheia de amor. Essa cultura celestial quer compartilhar a vantagem que tem em Cristo.

O texto começa com uma pergunta: "Quem entre vocês é sábio e entendido?" Muitos entre os leitores talvez pensavam que eram sábios, a ponto de quererem ser mestres. Mas será que eram sábios MESMO? Ou será que tinham adotado a cultura do mundo e sua definição de sabedoria?

Definição do Mundo. O mundo define sabedoria como "esperteza". É levar vantagem, explorar, avançar, manipular. Subir a escada mais rápido que o outro. Enganar antes de ser enganado. Matar antes de ser morto.

Definição Bíblica. Sabedoria bíblica significa adquirir a perspectiva de Deus sobre tudo que acontece no mundo. É subir a escada da Palavra para adquirir a ótica divina sobre valores, vida, ministério e família. No Velho Testamento significava ter "jeitão" para viver. Cultura é "jeitão". E o "jeitão do céu" não é levar vantagem sobre os outros, mas compartilhar a vantagem que tem em Cristo! É a ética de Jesus, que é amar a Deus e ao próximo como a si mesmo. Não é ser servido, mas servir, é dar a sua vida (Mc 10:45).

Sabedoria bíblica significa investir sua vida para sempre. Viver na presença de Deus em todos os momentos. Sabedoria bíblica não pisa nos outros para subir mais alto, mas dá uma mão para ajudar os outros a subirem. Não vem geneticamente, mas pela Palavra de Deus, aplicada ao meu coração pelo Espírito de Deus, pela obediência e pela graça. Por isso o salmista declarou

"Os teus mandamentos me fazem mais sábio que os meus inimigos; porque aqueles eu os tenho sempre comigo. Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos. Sou mais entendido que os idosos, porque guardo os teus preceitos."  Salmos 119:98-100.

 Sabedoria bíblica significa viver a vida de Jesus na terra, uma vida dedicada a outras pessoas. É reconhecer que somos abençoados para sermos uma bênção, não para acumular mais bênçãos para nós mesmos. É mansa, humilde, digna, cheia de boas obras, focalizada no outro e não em si mesma. "Mostre em mansidão de sabedoria, mediante condigno proceder, as suas boas obras."

Em nosso mundo, viver esse padrão divino realmente é contra-cultura. Significa remar contra a maré! Será que eu e você estamos praticando a sabedoria divina, remando contra a maré? Ou será que nos nossos negócios, na escola, no serviço, já somos idênticos ao mundo? Será que nós também adotamos o padrão de esperteza, de querer levar vantagem em tudo?

 I. A Cultura (Sabedoria) do Inferno: Ambiciosa e Contenciosa (14-16)

Cada cultura no mundo tem seus costumes, suas marcas peculiares. Vemos isso especialmente nas formas de se vestir de cada grupo étnico. A cultura do inferno também usa uma roupa típica. Não é vermelha, com chifres e tridente, mas tem um traje facilmente identificável. É o vestuário do diabo e tem cheiro de enxofre!

 A cultura do mundo (inferno) em relação à cultura do céu diz:

"Somente o forte sobrevive" (Deus diz que os mansos herdarão a terra) "Você é mestre do seu destino." (Mas o céu sabe que Deus é soberano) "Usa pessoas, ama coisas." (Deus diz, "Usa coisas, ama pessoas") "Comamos, bebemos, amanhã morreremos" Deus diz, "Comam e bebam, mas lembrem-se de que tudo que você faz será lembrado para sempre) "Eu sou número um, e não existe número dois!" Deus diz, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo."

Nos versículos de 14 a 16 há duas descrições principais da cultura infernal: ambiciosa e contenciosa. ESSA CULTURA É ESPERTA E QUER LEVAR VANTAGEM EM TUDO. A idéia é de ambição e arrogância na vida, com um único propósito: satisfazer seus próprios desejos, viver para si, custe o que custar para os outros. E ai de quem ficar na frente dessa pessoa. Faria qualquer coisa para avançar

Inveja amargurada

a palavra "inveja" literalmente diz "zelo". Zelo pode ser bom ou ruim. Mas esse é ruim. É interesse demasiado em mim mesmo, um zelo por mim mesmo. EU cuido de mim. EU me protejo. EU faço tudo em meu próprio interesse. E quando não tenho meus desejos satisfeitos, fico magoado. Mas esse zelo desorientado e diabólico também é vázio, e nunca pode ser satisfeito. Quanto mais o ego se alimenta, tanto mais quer. Por isso é amargurado.

 A ética do mundo está totalmente centrada no eu. Temos que tomar cuidado, pois existe uma doutrina de amor próprio que passa mascarada como sabedoria biblica, quando de fato é característica da cultura do inferno. Alguns afirmam que o homem precisa amar a si mesmo para poder amar ao seu próximo. Mas confundem o ensino biblico. A Palavra de Deus nunca nos manda amar a nós mesmos - muito pelo contrário, usa o amor natural que as pessoas tem como o padrão da medida de amor que devem ter para com os outros. A ética bíblica é uma ética OUTRO-cêntrica. Essa é a vida de Jesus em nós. Está mais preocupado com o bem-estar do outro do que consigo mesmo. Declarações sobre "baixa auto-estima", "falta de amor próprio", "complexo de inferioridade" revelam preocupações da cultura mundial. Pessoas deprimidas, vázias, em parafuso, às vezes (nem sempre) passam pelas nuvens pretas pois vivem em torno de si mesmas. Precisam elevar os olhos e ver outras pessoas ao seu redor, pessoas com necessidades e dificuldades maiores que as suas. Quando nosso mundo gira em torno de nós mesmos, quando defendemos os direitos de "numero 1" seguimos a sabedoria desse mundo e do seu principe. Mas o fruto que colhemos é muito amargo.

Sentimento faccioso.

 "ambição egoísta" A idéia é de contendas entre pessoas, causadas justamente pela competição, pela cobiça, por partidarismo e divisão. A Biblia é muito clara quando diz que "Deus ODEIA quem semeia contendas entre irmãos" (Pv 6:19). Mas essa é a cultura do inferno.

Terrena.

"Não é a sabedoria que desce lá do alto", então deve ser de baixo! Sabedoria do inferno é o padrão entre os homens. É "da terra". Uma terra em que os mais fortes devoram os mais fracos. Cada um por si e que os demais que se danem. Contudo, esses não são os padrões de Deus. Ele disse que "os mansos herdarão a terra!", "Quem perder sua vida no serviço a outros, achá-la-á.

Animal (não espiritual).

 A palavra descreve o homem "natural" ou seja, o homen não regenerado, que não consegue viver um padrão sobrenatural e voltado para o bem do outro. É material e sensual, portanto sub-natural, pois não foi assim que Deus fez o homen. Vemos essa característica animal logo depois do primeiro pecado, no Jardim do Éden. Adão parece um animal com suas costas na parede quando confrontado por Deus. E em resposta, ele vai ao ataque, culpando a mulher e depois a Deus pelo seu pecado.

Vemos isso o tempo todo. É só reparar, filas de banco, engarrafamento de trânsito, disputas pelas últimas vagas em estacionamentos, lutas desesperadas pela vantagem que queremos ter sobre todos.

  Demoníaca.

 Aqui descobrimos a verdadeira origem dessa sabedoria. É a cultura do inferno! É assim que os demônios vivem. Quando adotamos o padrão de ambição, amor próprio, divisão e contendas nos revelamos como cidadãos de uma sociedade totalmente possessa pelo culto de si mesmo, em que cada um devora o outro, falando mal, acusando, criticando, xingando. Cria pessoas nunca satisfeitas, descontentes, ou acomodadas. Sempre exigindo mais e mais, mais conquistas, mais honras, mais dinheiro, mais posses, mais glória. Que maneira horrível de se viver!

"Não é ambiciosa minha alma. Não anda a procura de grandes coisas, de coisas maravilhosas demais para mim..."  Sl 131

Confusão e toda espécie de coisas ruins.

 Quais os resultados esperados da cultura do inferno, em que é cada um por si? O primeiro é confusão. A palavra fala de desordem. Encrencas. Esse zelo amargurado é o que causa brigas em nossos casamentos, entre irmãos, nos esportes. Leva para úlceras, hipertensão, enfartos, brigas, familias desfeitas, separação, divórcio, lágrimas, ressentimento, mágoas, igrejas dividas, um testemunho perdido.

 Jesus disse "Vinde a mim... aprendei de mim, pois sou MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO e achareis descanso para vossas almas!" Jesus ofereceu vida por meio da morte--morte para si, para sua ambição, para sua fama, para a defesa dos seus direitos, para a promoção dos seus interesses. Quando você não se importa com quem recebe a gloria, fica livre para amar!

II. A Cultura do Céu: Pacífica e Bondosa (16-18)

A cultura do céu compartilha a vantagem em vez de levar vantagem. Se for necessário, leva desvantagem. Isso não significa ser "capachão", mas cristão. O "jeitão" do céu é pensar nos outros antes de mim mesmo.

Assim como a cultura e sabedoria do inferno tem sua roupa típica, a sabedoria do alto também se veste de forma única. Essa sabedoria manifesta-se numa vida transformada-- coração, cabeça e conduta. (13). Sabedoria diante de Deus, não é tanto uma questão intelectual, mas moral.

Pura

 Pureza de mente, pureza de vida, são ridicularizados em nossos dias. A sabedoria do inferno é suja, esperta, cheia de gracinhas que gozam da santidade da pureza moral. Essa sabedoria do inferno já contaminou a terra. Dizem que a indústria da pornografia nos EUA gera mais de 10 bilhões de dólares por ano. Dez mil novos filmes pornográficos são produzidos, e mais de 700 milhões de vídeos são emprestados. A corrupção mundial devora o dinheiro do povo.

Criticamos a corrupção dos grandes, mas um dia eles eram pequenos como nós. E a infidelidade nessas coisas pequenas transformou-se nessa grande corrupção que nos deixa indignados.

Pacífica--não causa, mas cura conflitos!

 Um pacificador está sempre pronto para paz! Quer resolver conflitos a qualquer custo! Não guarda mágoas! Nao permite que haja barreiras entre os irmãos.

Porque sabe viver pela graça, pela aceitação incondicional de Deus, não tem nada a perder. Nada para  defender. Não precisa proteger seus próprios interesses a qualquer custo. Quando errado, é capaz de pedir perdão. Quando certo, não precisa brigar até humilhar os outros. Para esse indivíduo, pessoas são mais importantes que posições.

Indulgente (amável)--moderado, cortês, gentil, tolerante, manso.

Não arrogante, não é sábio aos seus próprios olhos, tem "poder sob controle". É um fruto do Espírito. É uma maneira de ver e tratar as pessoas, que não as usa, mas as ama.

Tratável (compreensiva)

A cultura do céu é ensinável, acessível, ouve, se submete, não rancoroso, não cria motivos para discutir... disposto. Essa pessoa ouve críticas com humildade e cresce.

Plena de Misericórdia e Fruto da Justíça (Gl 5:22)

Cidadãos dos céus mostram compaixão, mesmo que o outro não tenha razão. Interesse genuíno pelo outro que leva a abrir mão dos meus interesses, meus direitos, e tratar o outro com misericórdia. Firmeza com compaixão. "Plena de misericórdia" significa "ser controlado" pela misericórdia, assim como "cheio do Espírito" significa ser controlado pelo Espírito. Mas como? Uma pessoa controlada pela misericórdia sempre deixa que a misericórdia ganhe quando há um conflito em seu espírito.

Imparcial.

Não olha somente para si mesmo e seus interesses (2:1-11). Não julga as pessoas pelo que tem, pelo que sabem, pelo que podem fazer por ela. Tem a perspectiva de Deus sobre as pessoas.

Sem fingimento -- Não faz da vida um "show".

Não usa máscaras, nem finge ser o que não é. Pois na verdade é transparente. Quem é assim? Mais uma vez, descobrimos que não somos nós, mas Cristo. Ele é a sabedoria de Deus que se tornou sabedoria para nós. E hoje quer viver Sua vida em nós.

 Qual é a sua cultura? Você semeia a paz, procurando sempre levar vantagem? Ou compartilha as vantagens que já recebeu em Cristo Jesus (v. 18)? Pr Davi Merkh com Felipe Hirata

quinta-feira, 17 de maio de 2018

Discípulo de Jesus ou de Líder Religioso?



Ao invés de olhar para outros e criticar, vamos examinar as nossas próprias atitudes e ações para ver se nós realmente somos discípulos do nosso verdadeiro Salvador. 


Alguns dos relatos do evangelho incluem as palavras desafiadoras do Messias: 

"Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, dia a dia tome a sua cruz e siga-me". 

Encontramos aqui três elementos essenciais do verdadeiro discipulado, que apresentam desafios enormes: 

NEGAR A SI MESMO. 

Enquanto o mundo e muitas religiões começam com o egoísmo do homem, o Salvador exige a autonegação. As “igrejas” dos homens convidam as pessoas a realizar seus sonhos de riqueza, felicidade sentimental e posições de honra, mas a mensagem do Eterno é outra. Ele pede que a pessoa negue os seus próprios desejos para fazer a vontade dele. 

TOMAR A SUA PRÓPRIA CRUZ. 

O nosso Salvador veio para oferecer a vida, mas o caminho para a vida passa pelo vale da morte. Não somente a morte do Messias, mas a nossa também. Paulo disse: 

"Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim". 

SEGUIR O SALVADOR. 

Várias religiões e filosofias exigem sacrifício e autonegação. Algumas ensinam "preceitos e doutrinas dos homens" e "rigor ascético" que proíbem coisas que o nosso Salvador não proíbe. O benefício não vem de auto negação em si, ou simplesmente de tomar qualquer cruz. O Messias é o único caminho que leva à vida eterna. 

A relação de discípulo e mestre tem sido explorada por homens em muitos movimentos religiosos. O raciocínio é relativamente simples. Tirando alguns versículos do contexto e torcendo o sentido de outros, é fácil ensinar aos adeptos a necessidade de submissão quase absoluta aos homens. 

Considere esta abordagem: 

"Nenhum aluno é mais importante do que o seu professor, e nenhum empregado é mais importante do que o seu patrão. Portanto, o aluno deve ficar satisfeito em ser como o seu professor, e o empregado, em ser como o seu patrão. Se o chefe da família é chamado de Belzebu, então as pessoas dessa família serão xingadas de nomes piores ainda." 

Alguns homens são chamados "mestres". João teve discípulos. Devemos obedecer aos nossos guias (ou líderes) e ser submissos a eles. Utilizando tais versículos, torna-se fácil obrigar os mais novos na fé a seguir quase que cegamente a liderança de homens supostamente espirituais. Vários movimentos religiosos se baseiam em sistemas de discipulado nos quais cada "discípulo" é guiado por um "mestre" ou "discipulador", numa pirâmide ou hierarquia de autoridade humana. 

Há vários problemas com este tipo de discipulado: Investe autoridade excessiva em homens. A palavra traduzida "mestre" quer dizer, na maioria das vezes, "professor". A ênfase está no ensinamento da palavra, não na autoridade de uma pessoa sobre outras. Quando se trata de uma relação que envolve autoridade, as palavras do Messias são claras e estabelecem a regra que precisamos aplicar hoje: 

"Vós, porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos". 

Esquece as qualificações dadas pelo Criador para os líderes. Num sentido limitado, o Criador deu responsabilidade de liderança a alguns homens. 

No primeiro século, os apóstolos guiavam as comunidades por instrução inspirada e pelo exemplo de imitação do Messias. Eles iniciaram a prática de escolher pessoas mais velhas e com grande conhecimento da Palavra para anunciar as Boas Novas. Poucos homens demonstram as qualificações exigidas pelo Criador para exercer a função de “líder”. Estes homens têm a responsabilidade de cuidar e presidir ou liderar as pessoas. São os guias que velam pelas almas das ovelhas. Mesmo nas comunidades que têm anciões qualificados, estes são limitados na maneira de guiar ou liderar o seu povo. Não têm autoridade absoluta, arbitrária ou poder isolado. Eles não ditam regras; pelo contrário, mostram um exemplo de como seguir as regras do Supremo Pastor. Confunde o papel de evangelistas. Evangelistas são homens que anunciam a boa nova. A autoridade deles é limitada ao trabalho de ensinar, corrigir e exortar pela palavra. As cartas de Paulo aos evangelistas Timóteo e Tito apresentam um modelo de homens que vivem vidas exemplares e pregam fielmente a palavra pura do verdadeiro e único Mestre. Nada sugere uma posição de superioridade sobre os irmãos. 

Homens que querem "melhorar" o plano do Altíssimo e dominar sobre outros procurarão apoio nas Escrituras, pervertendo o sentido da palavra do Criador. 

Todos os servos do Messias devem lembrar que temos um só Mestre, e que todos nós somos irmãos. 

Ser discípulo do Messias exige um compromisso sério com ele. O Messias destaca aspectos deste compromisso: Batismo para entrar em comunhão com o Criador. Obediência absoluta aos ensinamentos do Messias. Muitas pessoas se dizem seguidores do Messias sem dar os primeiros passos de obediência à palavra dele. Para sermos discípulos verdadeiros, temos de apresentar os nossos corpos como sacrifícios a ele, sendo transformados e renovados pela palavra do Criador. 

Uma vez que reconhecemos o Messias como o nosso Mestre, devemos aprender das palavras e do exemplo dele. 

Um dos propósitos da vinda dele a terra está escrito assim: 

Mas, se vocês sofrem por terem feito o bem e suportam esse sofrimento com paciência, Deus os abençoará por causa disso, pois foi para isso que ele os chamou. 

O próprio Cristo sofreu por vocês e deixou o exemplo, para que sigam os seus passos. Ele não cometeu nenhum pecado, e nunca disse uma só mentira. Quando foi insultado, não respondeu com insultos. 

"...O Messias sofreu em vosso lugar, deixando-vos exemplo para seguirdes os seus passos, o qual não cometeu pecado...." 

Como discípulos do perfeito Mestre, devemos nos esforçar para desenvolver o caráter dele, tornando-nos "coparticipantes da natureza divina". Assim procuraremos pensar como o nosso Salvador pensa, e agir como ele agiria. 

O entendimento da relação do discípulo com o Mestre naturalmente criará em nós um respeito profundo pela vontade do Altíssimo. Enquanto outros defendem muitas práticas erradas, dizendo que o Criador não as proibiu, o discípulo fiel examina com mais cuidado e percebe que a Escritura não é um manuscrito de proibição e, sim, de permissão. Ao invés de tentar justificar a sua própria vontade, o seguidor do Messias se limita às coisas que o Criador permite, as coisas autorizadas nas Escrituras. Ele percebe, pelo estudo da palavra, que não devemos ultrapassar o que o Criador revelou, pois tal abordagem aumenta a arrogância ao invés de demonstrar a humildade de servos do Criador. Pessoas egoístas seguirão a sua própria sabedoria e dirão que têm liberdade para tratar a Escritura como uma mensagem "dinâmica" que se adapta à circunstância atual. Mas as pessoas espirituais mostrarão respeito maior para com o Altíssimo, sabendo que ele é perfeito e perfeitamente capaz de revelar sua vontade aos homens "uma vez para sempre" para os habilitar "para toda boa obra". O servo fiel entende que o Mestre recebeu autoridade para mudar a lei, fazendo o que não fora autorizado anteriormente. Mas o discípulo humilde jamais ousaria mudar a lei ou ultrapassar o ensinamento do nosso Salvador. 

O nosso Salvador quer a unidade dos seus discípulos. Esta cooperação não vem por estruturas e regras humanas, e sim por amor ao Pai. Homens podem forçar uma conformidade superficial por regras e sistemas de organização e controle. O Criador trabalha de outra forma. Ele confia na sua própria palavra para criar a unidade que ele quer. Se cada discípulo continua se aproximando do Criador, naturalmente estará se unindo cada vez mais aos outros discípulos verdadeiros. Os remidos se reunindo em congregações edificam e encorajam um ao outro. Divisão vem quando pessoas seguem diversas revelações, ou seguem líderes humanos e não o próprio Criador. O Messias morreu por nós. Somos batizados nele. Ele é o nosso Mestre e o foco das nossas vidas! 

O discípulo do Messias produz fruto. Pelo fato que aceita a palavra de bom e reto coração, e desenvolve a sua fé com perseverança, ele se torna frutífero. 

O discípulo produz fruto pelas boas obras que faz. Produzimos fruto quando obedecemos ao nosso Criador, progredindo com perseverança. 

Reconhecendo o amor do Messias para conosco, livremo-nos dos sistemas de domínio inventados por homens que querem liderar seus próprios discípulos. Porém, esta liberdade não nos deixa sem responsabilidade de servir. O verdadeiro discípulo do Messias fará sempre a vontade do Bom Mestre!

Leia as Escrituras.   http://crentebiblia.blogspot.com.br

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Dia das Mães


O Dia das Mães está às portas e você sabia que a data é, na verdade, uma iniciativa cristã? Foi por causa de uma mulher chamada Anna Reeves Jarvis que hoje as mães têm um dia no calendário mundial. Apesar de atualmente a data ser comemorada de forma comercial, anteriormente havia um sentido bastante político.

Além de evangélica, metodista, Anna também era ativista social. A história conta que o Dia das Mães foi na verdade uma iniciativa sobre a ação de mães cristãs em causas sociais. Anna morava em West Virginia (EUA) e tinha 12 filhos. Mesmo jovem ela já administrava eventos que reuniam mães para repensarem sobre questões sociais.

No ano de 1858 ela criou um clube chamado "Dias de Trabalho das Mães". O objetivo era trabalhar pela diminuição da mortalidade de crianças de famílias de trabalhadores. Com o passar dos anos, Anna organizou uma nova data, o “Dia da Amizade das Mães”. Dessa vez, sua intenção era reunir famílias e vizinhos separados pela Guerra Civil dos EUA, além de realizar ações solidárias com os feridos.

Em 1905 Anna faleceu, mas seu legado foi perpetuado por uma de suas filhas, que tinha o mesmo nome. Foi ela quem brigou por uma oficialização de um dia nacional das mães. A filha pretendia dar honra a sua mãe que tanto lutou. Sua intenção era realizar um ato pela paz e com isso prestar homenagem a todas as mães.

Foi iniciada então uma campanha pela oficialização do Dia das Mães e isso se deu pela realização de cultos. No início, as reuniões eram realizadas na Igreja Metodista. Depois outras igrejas foram aderindo a prática de realizar os cultos especiais sempre no segundo domingo de maio.

Os anos foram passando e a prática foi se alastrando por outras cidades. O Dia das Mães foi instituído por lei nos EUA em 1914 pelo fato de ter tido uma boa adesão no país. Hoje, a data tem um forte peso comercial, distorcendo o verdadeiro sentido, mas ainda é importante.

Contraponto

A agenda progressista no Brasil tem militado para abolir a comemoração do Dia das Mães e do Dia dos Pais nas escolas. Sabe-se que o objetido da ação é não “constranger” crianças adotadas por pais gays e que não têm um dos membros (seja pai ou mãe).

As escolas estão substituindo as datas pelo “Dia da Família”, por ser mais versátil.

O “Dia da Família” não deixa de ser uma tentativa da agenda progressista de diminuir os valores cristãos que também estão relacionados à estrutura familiar à luz da Bíblia. Uma vez que essa estrutura é desprezada, há impactos prejudiciais não só para as crianças, mas para a sociedade como um todo.

Tal estratégia também já havia sido sugerida por Karl Marx como "uma forma de combater a propriedade privada" e desestabilizar a sociedade, ferindo um de seus principais pilares, que é justamente a família.

Eliminando o Dia das Mães, grupos de esquerda, como o próprio feminismo, se contradizem e desprezam uma homenagem tão importante àquelas mulheres que tanto batalham e estão até mesmo dispostas a dar suas vidas pelos filhos. Afinal, a ideologia está se colocando cada vez mais acima dos ideais em tais movimentos.


FONTE: GUIA-ME, 

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Abuso Espiritual


Para alguns evangélicos, estar na igreja se transformou numa experiência dolorosa que os tem levado para cada vez mais longe da presença de Deus

Se o mundo jaz no maligno, a Igreja do Senhor Jesus na terra deveria ser uma porta de esperança para os aflitos. Um hospital para os doentes da alma. Uma fonte de amor para os rejeitados e sofridos. Deveria ser a expressão da vontade de Deus neste mundo. Deveria, mas nem sempre é.

Infelizmente, há casos – e não poucos – em que muitas congregações se perdem no propósito de servir a Deus. Carregadas por líderes tiranos, manipuladores e dominadores, elas se tornam terrenos férteis para todo tipo de abuso espiritual – um termo ainda pouco debatido na teologia, mas muito conhecido e doloroso para quem dele se torna vítima.

Especialistas definem o abuso espiritual como o uso da posição de liderança ou de poder para seduzir, influenciar e manipular as pessoas a fim de alcançar interesses próprios. Quem pratica é muito hábil para passar a impressão de que aquilo que querem é do interesse de Deus e de Sua obra, quando, na realidade, é para satisfazer o ego. Já quem é vítima desse sistema pode demorar anos para se libertar e carregar por um bom tempo as marcas de dor, tristeza e revolta por ter sido abusado. Há quem forme grupo de autoajuda na internet, outros procuram psicólogos, terapeutas e psicanalistas, há quem se afaste da igreja e de Deus, e há casos extremos em que muitos fiéis entram em depressão, desenvolvem doenças graves e chegam até a cometer suicídio.

As igrejas onde o estilo de liderança é hierarquizado, onde o líder tem que dar conta da vida dos liderados, onde existe o ensino de que ‘eu só posso viajar se meu líder deixar’, ‘só posso comprar se meu líder autorizar’, são ambientes mais vulneráveis à manipulação. Isso é perigoso. Quando o líder dita as regras, se torna um prato cheio para a manipulação. Além de gerar dependência emocional, imaturidade e problemas familiares, esse tipo de comportamento também pode se transformar numa revolta contra Deus.

Há casos, porém, em que a vítima de abuso resolve abandonar tudo, entregar-se à depressão e até tirar a própria vida.

O tipo mais comum de abuso é o financeiro, quando o líder utiliza a Bíblia para se autofavorecer. Muitas pessoas que são abençoadas pelo pastor querem retribuir com presentes. É natural. O problema é quando isso passa dos limites e quando o líder passa a se ver como merecedor desses agrados e começa até a pedi-los.

Os assédios emocional e espiritual são mais sutis. O pastor humilha o fiel diante da congregação, tratando-o como um rebelde, um insubmisso, apenas porque ele ousou questionar um pensamento.

Todo tipo de abuso espiritual é oriundo de três fontes: a necessidade de poder, a necessidade de fama e a necessidade de dinheiro. Não é em nome de Deus que isso acontece, mas em nome desses três deuses. Tais líderes procuram apresentar a instrução num formato baseado no terrorismo. Começam as imposições, que nada têm a ver com a Bíblia. Então, a pessoa que não possui fundamento doutrinário fica prisioneira ao que ouviu impositivamente.

Pessoas deixam de frequentar esse tipo de congregação. Saem de ministérios assim, por conta dos direcionamentos autoritários ou amedrontadores. As pessoas precisam de ajuda psicológica e serem acolhidas amorosamente para se sentirem livres. Afinal de contas, Jesus nos diz que, se conhecermos a verdade, ela nos libertará. Tem que fazer um trabalho de acolhimento profundo, de companheirismo cristão.

A busca por fama, dinheiro e poder não é exclusiva das lideranças de hoje. A Bíblia está repleta de exemplos de autoridades religiosas, até porta-vozes de Deus, que sucumbiram a esse desejo. Um episódio se passa no Evangelho de Mateus (20:20-21), quando a mãe dos discípulos Tiago e João pede a Jesus que, com a chegada do Reino, seus dois filhos pudessem “se assentar” um à esquerda e outro à direita, numa tentativa de ter autoridade sobre os outros.

No entanto, Jesus foi rápido para ensinar que o modelo, no Reino de Deus, não era esse: “Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo; tal como o Filho do Homem, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos”, afirmou Jesus (Mateus 20:24-28).

O apóstolo Pedro também deu uma orientação semelhante, em sua primeira epístola: “Apelo aos presbíteros que há entre vocês (…)  pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhe foram confiados, mas como exemplo para o rebanho” (1 Pe 5:1-3).

Há uma forma de escapar da tentação da dominação. Quando a pessoa é chamada para o ministério, não está vacinada contra todas essas tentações. Tem que pautar a vida na total dependência do Espírito Santo. O líder de uma igreja deve ter vida devocional.

O grande desafio do líder é fazer com que as pessoas aprendam a se relacionar com Deus, a depender de Deus e não entregar suas decisões à liderança. Hoje, infelizmente, vivemos na geração fast-food, que quer tudo rápido, fácil e pronto. Ninguém quer ter esforço, e relação com Deus demanda esforço. É mais fácil ir atrás de um guru e se sujeitar à manipulação. O que tem de ser combatido é a idolatria a líderes, pastores, apóstolos e afins.

É necessário buscar ambientes saudáveis, com uma teologia contextualizada, que faça uma leitura do mundo baseada na graça, no amor, no perdão, olhando sempre para Jesus. Combater a idolatria ao líder a todo custo. Pastores são seres humanos, falíveis, fracos, e precisam ser tratados como tal.

Hoje, talvez neste momento, há muitos que se encontrem debaixo desse jugo do abuso espiritual. Reconhecer essa condição é o primeiro passo para os que buscam se livrar desse tipo de relacionamento. Decidir se libertar e perdoar os abusadores pode ser um processo difícil e demorado, mas é ele que conduz à liberdade que Cristo conquistou na cruz para cada um de nós.