sábado, 10 de março de 2018

A linda falsa vida que muitos sentem a necessidade de mostrar

Tem gente que anda tão preocupado em se mostrar bem e agradar, que acaba se perdendo de si mesmo. Quando a pessoa se deixa seduzir pelas tentações do ego e da vaidade, acaba entregando a vida para uma viagem só de ida. Só na tela.
São tantos que vivem iludidos por espelhos de pequenas ilusões e escondidos atrás de cortinas de grandes mentiras, que com o passar do tempo perdem a noção da realidade. Já não conseguem viver sendo verdadeiros.  É há uma cobrança coletiva por baixo disso. Somos cobrados pelo sucesso alheio e incentivados a sermos iguais. Mal sabemos que, em algumas situações, por detrás de uma foto postada, quase sempre há máscaras, quase sempre há pessoas com a alma ferida, tentando se mostrar fortalecidas.
Quando a pessoa se deixa seduzir pelas tentações do ego e da vaidade, acaba entregando a vida para uma viagem só de ida. Só na tela. Tentar competir com o mundo é a melhor e mais rápida maneira de ser derrotado.
Existe um enquadramento relacionado entre as redes sociais e sua fábrica de ilusões. Parece absurdo, mas, na maioria das vezes, só postamos aquilo que queremos que os outros vejam. Postamos aquilo que queremos ser (e muitas vezes não somos). A verdade nem sempre é mostrada. Poses e mais poses, filtros e mais filtros para se chegar na foto perfeita. Quantas são as vezes que em busca de aprovação de outras pessoas, pintamos um quadro totalmente disforme da realidade. Nem sempre é o que parece, por vezes as pessoas estão prestes a cair num precipício, mas querem que todos pensem o contrário. A busca doentia por “likes” transforma fulanos e fulanas em reféns de suas próprias mentiras.

A postagem dos outros se torna uma provocação e é preciso se mostrar melhor. Mudar a aparência não é mais suficiente, é preciso fingir outra vida.  

Na verdade, há casos em que a diferença de imagem entre a pessoa real e a pessoa mostrada na tela do computador é tão grande, que, na grande parte das vezes, é algo inacreditável. São figuras distintas, quase que irreconhecíveis quando colocadas lado a lado. A sociedade se reconfigura quando se projeta uma imagem vitoriosa.  Há uma aceitação maior. Há uma glorificação da figura do ser bonito, rico e perfeito e não se enquadrar nisso é dolorido para pessoas (em sua maioria) com a autoestima abalada demais ou elevada demais. Umas de um lado, outras de outro. Paradoxos difíceis de compreender. Um sonho de consumo que faz muitos se sentir inseguros e tristes. Um sonho de consumo que faz muitos se mostrar alegres e bem-sucedidos. Um sonho de ser além do que as outras pessoas comuns aparentemente são.
Os perfis são tão perfeitos, as pessoas tão alegres, as fotos tão bonitas, as comidas tão gostosas, as selfies mais incríveis, as festas mais chiques, os amigos tão sorridentes, as famílias tão impecáveis, empregos poderosos, romances maravilhosos, viagens inesquecíveis, as roupas mais caras: A melhor vida possível! Depois desse prazer dos diversos likes, essas ações viciam e tendem a se repetir.

Quando tudo isso é verdadeiro e realmente vivemos e temos essa vida, é bom demais expor as conquistas.

Ostentar sucesso e trabalhar o marketing pessoal, pode fazer parte, saudavelmente, do dia a dia do vaidoso. Quando é sem muitos exageros, melhor ainda. O perigo é quando muita parte do que é exibido não é real, é montado, disfarçado, é fake. Existe o risco de ser descoberto e o castelo cair, o prazer pode virar dor, a luxúria pode virar amargura, aplausos viram vaias, beleza vira vergonha e sorrisos viram choro.
É complicado pensar que atualmente os níveis de felicidade, realização e sucesso das pessoas são calculados pelo número de likes e coraçõezinhos em seu perfil. Cliques esses, muitas vezes feitos por pessoas que nem se conhecem.

Fica mais difícil saber que isso também nos atinge. Essa falsa prosperidade que muitas vezes encontramos na vida dos outros, nós tentamos concretizar na vida da gente também e nem sempre conseguimos.
A vida não nos cobra perfeição, mas a sociedade sim, os amigos sim, a família sim e com isso projetamos uma imagem de vencedor para agradar. Esse limite entre o real e o virtual, nos traz para uma reflexão sobre o que fazemos e o quanto ficamos invejosos sobre o que os outros fazem melhor do que nós. É como se a felicidade interior só tivesse alguma serventia se as outras pessoas vissem e curtissem. Como se a felicidade alheia fosse algo para incitar inveja.
Muitas vezes a gente se sente assim, insuficiente. Sentimos inveja. Sentimos que não chegamos lá. Mas não queremos assumir e não pretendemos nos esconder. Mas, se você precisa mudar seu jeito e esconder suas verdades para caber no mundo, saiba que jamais nada disso o deixará mais feliz, nem mais aceito, nem mais bonito ou bem-sucedido.
Quando você se mostra grande em cima de algo que você não construiu, a queda é certa e sua pequenez será exposta algum dia. Não existe quem não precise de melhorias, sempre deve haver uma inspiração que nos guie aos acertos, mas é preciso repelir os erros, é preciso aceitar quem somos.

Se a gente tiver um coração do bem, ele se abre e cria espaço para receber energia positiva e somente um coração cheio de alegria e verdades pode fazer uma alma repleta de felicidade.

A alma é que deve se mostrar feliz e não aquela foto maquiada da rede social. Só por isso já vale a pena a gente lutar para se mostrar como é. Não deixe que as vaidades o impeçam de andar somente pelos caminhos da verdade. Somente a verdade deve ser mostrada, mesmo que ela não o enobreça, mesmo que ela não o cresça, mesmo que ela não o coloque em palanques e palcos, não lhe traga prêmios e palmas. Mas entenda que só ela importa. Só ela é nobre. Só ela interessa.

CLEONIO DOURADO
https://osegredo.com.br/linda-falsa-vida-que-muitos-sentem-necessidade-de-mostrar/

terça-feira, 6 de março de 2018

ASPECTOS PEDAGÓGICOS DA PARTICIPAÇÃO DE CRIANÇAS NA CEIA DO SENHOR


No Antigo Testamento as crianças participavam da Páscoa judaica. Inclusive, uma das orientações era que os pais explicassem aos seus filhos o porquê de todo aquele ritual:

“Quando vossos filhos vos perguntarem: Que rito é este? Respondereis: É o sacrifício da Páscoa ao SENHOR, que passou por cima das casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu os egípcios e livrou as nossas casas. Então, o povo se inclinou e adorou.” (Ex 12.26)

É evidente que é possível que uma criança a partir de certa idade (talvez quando já estiver entrando na pré-adolescência) consiga compreender com exatidão todas as implicações envolvidas na Ceia do Senhor. Se essa criança tem essa possibilidade, poderá fazer seu discipulado, ser examinada, fazer sua profissão de fé e participar da Ceia normalmente. Os pais devem se esforçar por explicar o que está acontecendo ali e preparar seus filhos para que possam participar totalmente desse momento único.

Outra observação importante é que as crianças, mesmo não participando dos elementos, não devem ser excluídas do momento de comunhão. Pelo contrário, devem ser incentivadas a compreendê-lo cada vez mais, a fim de crescerem espiritualmente e no conhecimento das coisas de Deus. Pois, muito da Páscoa estava focalizado sobre as crianças e requeria a participação das mesmas. As crianças não ficavam em alguma outra sala, numa “igreja para crianças”. Os pais não devem fugir das perguntas, antes, devem aproveitar esse momento para a instrução de seus filhos, no Senhor.

A doutrina da Ceia do Senhor apenas de adultos é um erro da Igreja Católica remanescente, que se incorporou à Igreja devido à adoção da doutrina da transubstanciação pelo IV Concílio de Latrão, em 1215. A comunhão é para os crentes e suas crianças. Este é o fato evidenciado pela relação da Páscoa com a Ceia do Senhor, pela natureza familiar dos pactos e sacramentos bíblicos, pela natureza de uma “ceia” e pelo registro histórico.

A Páscoa era uma refeição da qual as famílias judaicas participavam, a despeito da idade dos seus membros (a refeição era para a “família” - Êxodo 12:3) e foi antecipado que as crianças perguntariam qual era significado daquele culto Pascoal (Êxodo 12:26). Além do mais, a Páscoa se focalizava, em parte, sobre as crianças, porque ela celebrava como o Senhor em Sua misericórdia livrou os primogênitos, mesmo os infantes (Êxodo 12:27-30). A noção de que as crianças devem ser excluídas da ceia não tem precedente na Escritura. Por exemplo, as crianças dos levitas podiam comer a mesma carne dos sacrifícios que os pais deviam comer: a Páscoa já mencionada acima. Todas as referências às crianças no contexto dos pactos dizem que as crianças estavam incluídas no pacto. A criança bem pequena não tem consciência de pecado, por isso pode participar da Ceia do Senhor. Nessa idade ela ainda não sabe sobre o significado dos elementos da Ceia, mas sua participação não traz condenação e pode ser uma oportunidade para ensiná-las o amor que Jesus demonstrou por nós e a necessária reverência desse momento, lembrá-las de como Cristo se importa conosco e ir despertando esses sentimentos em relação ao sacrifício de Jesus.

No caso de crianças maiores, que não nasceram de novo, mas já tem entendimento para participar com consciência, é importante fazer o apelo antes para que ela tenha oportunidade de receber a Cristo como Senhor da sua vida. Essas crianças precisam ser orientadas a só participar se realmente sentirem que são nascidas de novo. Quanto às crianças que já nasceram de novo, elas estão aptas a participar de tudo que o Reino de Deus disponibiliza para elas, inclusive a Ceia. No antigo testamento os meninos e meninas participavam ativamente da vida religiosa junto com os adultos. Em várias passagens na Bíblia podemos observar esse fato. Em Deuteronômio 31:12 está escrito:

“Congregai o povo, homens, mulheres e crianças e os estrangeiros, que estão dentro de vossas portas, para que ouçam e aprendam e temam ao senhor vosso Deus, e tenha cuidado de cumprir todas as palavras desta lei”.

A Bíblia também ensina as crianças a aprenderem através da atenção que lhes é dada nas respostas às suas perguntas, em Êxodo 12. 26 e 27 a Palavra ensina sobre a páscoa dizendo:

“E acontecerá que, quando vossos filhos vos disserem: que culto é este? Então direis: este é o sacrifício da páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito, quando feriu aos egípcios, e livrou as nossas casas. Então o povo inclinou-se, e adorou”.

O próprio Jesus em Lucas 18:16 disse:

“Deixai vir a mim os meninos, e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus.”

Baseado na importância que o próprio Deus deu às crianças e de como elas foram tratadas como pessoas que precisam, tanto quanto o adulto, dos benefícios da vida cristã, poderão serem incluídas em atividades do culto como a Ceia do Senhor. O cuidado será trazer para criança o verdadeiro sentido do que ela está participando, trazer o conhecimento, a consciência e compreensão chegará com a maturidade do seu crescimento físico emocional e espiritual.

Faça sempre o apelo para novo nascimento, antes da cerimônia da Ceia, não deixe esse momento para o final do culto para que todas as crianças participem da ceia, só peça que haja reverência por esse momento, ensinando-as a discernir o corpo de Cristo para que conheçam e tenham consciência do Seu sacrifício.

Finalmente, se prepare para celebrar o culto de Ceia com muita propriedade, trazendo para a criança o sentimento e a seriedade que o momento pede, não deixando que haja brincadeiras e nem conversas paralelas para que o momento com as crianças seja especial.

É importante sublinhar que há uma diferença importante entre a Eucarístia dos católicos e a ceia dos protestantes. Os católicos acreditam que o corpo e o sangue de Cristo, apresentados pelo padre, se transformam em corpo e sangue de Cristo.

Os protestantes, invés, não tem essa fé, embora historicamente a questão seja bem complexa, visto que Lutero era favorável à "consubstanciação" (o pão e o vinho mantêm sua natureza, mas ao mesmo tempo se tornam substância do sangue e corpo de Cristo), Zwingli diz que há somente um significado simbólico e Calvino fala de uma presença espiritual e de uma participação real ao corpo de Cristo.

Na Bíblia, o fundamento para essa celebração se encontra no momento em que Jesus diz para repetir, em sua memória, o gesto que fez com os discípulos (1Coríntios 11,24). Mas nada é dito sobre quem pode ou não participar dessa celebração, exceto a recomendação de Paulo aos Coríntios, sobre a coerência que supõe tal liturgia (1Coríntios 11,17-33).

A Ceia do Senhor é uma refeição comunitária. Para os povos antigos havia um sentido especial para as famílias estarem em união. Famílias inteiras participavam destas celebrações, inclusive as crianças.
Nas refeições o chefe da família abençoava os alimentos, assim todos os que participavam da refeição recebiam uma participação na bênção.

A Ceia da Páscoa, era também a recordação dos atos misericordiosos de Deus que livraram o povo de Israel da opressão e da escravidão no Egito. O ritual se iniciava quando um filho (uma criança) perguntava: “Que ritual é este?”. Então o chefe da família começava a celebração lembrando do significado da Páscoa. Ninguém do povo de Israel podia ficar sem participar da Ceia da Páscoa, ninguém do povo de Israel podia ser excluído. Em Ex 12:3-5, Deus ordena às famílias pequenas que convidassem seus vizinhos para a refeição pascal.

 “Jesus explica o significado salvador de sua morte: dar a salvação “Em favor de muitos”, ou seja, de todos. Deus quer colocar toda a humanidade em uma nova relação com ele, sendo assim; É impossível excluir as crianças.

Podemos dizer, portanto, que, ao instituir a Ceia do Senhor, Jesus inaugura o culto cristão: cultuar a Deus significa celebrar a morte e a ressurreição de Jesus. O culto era a reunião do Corpo de Cristo, judeus e gentios, homens e mulheres, adultos e crianças. Acreditava-se que das crianças vinha o perfeito louvor. (Mt 21:15-16). 

Assim como a aliança de Deus era com uma pessoa, mas envolvia toda sua família e sua descendência, o culto cristão era algo para o adulto que entrava em aliança com Deus e também sua família e sua descendência, inclusive seus filhos, suas crianças.

A criança como herdeira do Reino de Deus, deve participar da Ceia do Senhor, preferencialmente junto com seus pais, ou outros familiares, ou acompanhadas pelas pessoas responsáveis pela sua educação cristã, depois de terem sido orientadas pelos mesmos sobre a relevância da celebração e o seu significado.

Criança não entende o sacrifício de Jesus – No Antigo Testamento, eram os pais, os responsáveis legais e espirituais da criança que deviam ter a fé em Deus, optar por participar da Aliança com Deus e buscar entender a vontade de Deus.

Ensinamos nossos filhos a falar, mesmo sabendo que pequeninos ainda não conseguem entender o sentido das palavras. Eles são educados através da repetição, do testemunho, do amor. 

A Bíblia em Provérbios 22:6: “Educa a criança no caminho em que deve andar”.

Em 1Corintios 3:6-7 diz: Nós “lançamos a semente” e “regamos a semente”, mas quem dá o crescimento é Deus".

A criança deve participar da Ceia do Senhor não porque é capaz de entender ou não entender, mas porque é amada por Deus. 

Certa vez eu ouvi de um Pastor a seguinte frase; “Jesus não deu Ceia para criança”. É verdade, mas Jesus também nunca batizou ninguém, nem criança nem adulto. Jesus nunca nomeou um pastor ou pastora. Nunca construiu um templo nem nunca recolheu ofertas. Jesus nunca teve um discípulo brasileiro. Jesus não se casou nem teve filhos. O fato de Jesus não ter feito não quer dizer que não temos de fazê-lo, poderemos fazer sim se parecer bem ao Espírito Santo de Deus (At 15:28). A não ser quando que a palavra de Deus determine que não.

Hoje o mesmo Espírito que chamou brasileiros para serem discípulos de Jesus, que chamou mulheres para o pastorado da igreja, também nos desafia a pensar nas crianças como parte da Igreja de Jesus e em particular a participação das crianças na Ceia do Senhor. Não há nenhuma restrição bíblica quanto à participação das crianças na Ceia do Senhor. Todos os argumentos contrários à participação das crianças na Ceia do Senhor resumem-se de fato a preconceitos e desinformação, sem falar na cegueira espiritual.

A Bíblia fala do autoexame para discernir o Corpo de Cristo –1Co 11:17-34. O objetivo deste texto era para os adultos que tinham condições de discernir o Corpo e não o estavam fazendo. Apresentavam um modo de vida indigno do Evangelho de Cristo. Pecavam deliberadamente. A Igreja estava dividida em grupos inchada de orgulho, tolerando a imoralidade, a prostituição, a idolatria, a confusão e a desordem nos cultos inclusive na celebração da Ceia do Senhor.  O medo de alguns é que a participação das crianças na Ceia do Senhor vulgarize a Ceia e tire a “expectativa” das crianças de tornarem-se membros da Igreja.

Nós respeitamos todos os grupos cristãos. Deus nos deu um caráter e uma personalidade própria. Assim como os dedos das mãos e os membros de uma mesma família não são iguais. Não devemos ser como as demais denominações apenas por que eles não concordam com a nossa prática.   

Não fomos autorizados a impedir o acesso de quem quer que seja à mesa da Ceia do Senhor. As crianças devem ser incentivadas a participar da Ceia do Senhor.

Temos a responsabilidade de orientar as famílias e as crianças sobre a participação delas na Ceia do Senhor; é um momento de comunhão.  Com certeza “Onde há o Espírito do Senhor aí há liberdade”; (1Co 14:40); “Mas, devemos fazer tudo com ordem e decência”. 

A participação das crianças na Ceia do Senhor não fere a santidade da Ceia, mas a falta de seriedade com as coisas do Senhor, com certeza, fere a santidade necessária à celebração da Ceia do Senhor, com ou sem as crianças.

Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: “Quem é o maior no Reino dos Céus?” Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: “Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus. Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar. (Mateus: 18.1-6); e, também: “Deixai os pequeninos e não os estorveis de vir a mim, porque dos tais é o Reino dos Céus”.

Agora, quando elas tiverem com a idade de 12 anos, daí sim, precisam arrepender-se de seus pecados para que se possam participar da Ceia do Senhor. A Ceia é para os santos e, as crianças também são santas; ou não são? Você desejaria que seus filhos, ainda pequenos, ficassem aqui, no arrebatamento da Igreja de Cristo? Certamente que não; então, por que é que não participam da Ceia? Sendo que serão também arrebatadas por Cristo! 

Que nossas crianças possam ser aceitas e reconhecidas como chamadas pelo amor e pela graça de Deus. Que possam ser aceitas e reconhecidas na resposta de gratidão e amor que a Igreja presta com seu culto ao Senhor. Que as crianças possam ser aceitas e reconhecidas como parte da Igreja do Senhor Jesus.
Que fique bem claro para adultos, leigos ou pastores, pais e mães, etc., que não há orientação ou motivos bíblicos e teológicos contra a participação de crianças na Ceia do Senhor. Uma das coisas que as pessoas querem saber é o que a Bíblia diz. Por isso é importante explicar bem que na Bíblia não há argumentos contrários à participação de crianças na Ceia do Senhor.

Não há argumentos contrários à Ceia do Senhor para crianças. Pelo contrário, parece haver vários argumentos a favor. Parece-nos cada vez mais importante não excluir, mas incluir as crianças. Geralmente argumentos contrários à participação das crianças na ceia do Senhor resumem-se de fato a preconceitos e desinformação.

A prática da participação das crianças poderia começar com os pais levando junto de si seus filhos para participarem da Ceia do Senhor e ali repartirem com os filhos, se possível, o pão e o cálice (onde não for possível, os próprios pais devem tomar os elementos da ceia e entregá-los às crianças, dizendo ali mesmo de forma reverente e sintética do amor de Jesus por elas e de como é bom sermos povo de Deus!). Possivelmente podem aparecer algumas situações delicadas que serão precisos ser administradas com tato, sensibilidade e amor.

“O amor cobre todas as transgressões” (Pv 10:12). “Onde está o espírito do Senhor aí há liberdade” (2Co3:17). “Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito – diz o Senhor dos Exércitos” (Zc 4:6).

Não devemos ter um culto separado exclusivamente para as crianças. Pelo contrário, o nosso culto, como toda a nossa igreja, deve ser projetado para todas as idades. O Senhor Jesus diz:

“Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos tais é o reino de Deus”.

Será que esse impedimento ou embaraço, como diz outras traduções bíblicas, não seria a atitude insana de pseudo-teólogos, que insistem em negar a participação de nossas crianças em cerimoniais bíblicos em nossas igrejas? Não poderá existir imagem mais linda do que esta: um menino, uma menina, uma criança participando do Corpo e do Sangue do Senhor dentro de um templo!

Também não deixemos de participar e nem proibamos as criancinhas. “Deixai vir a mim os pequeninos”, os visitantes, os pecadores...

A ceia foi feita principalmente para eles! A ceia é um ato de adoração que relembra o Salvador na cruz; e lá na cruz, ele não excluiu ninguém do seu sacrifício.

Que história é essa que inventaram de que A, B e C não podem participar? Onde está na Bíblia esse critério? Onde é que diz que a Ceia do Senhor é só para os batizados? Jesus disse simplesmente para “fazer isso em memória de mim, pois quando comerdes este pão e beberdes deste cálice, anunciais a minha morte, até que eu venha”.

Deixemos Jesus cear conosco, abramos a porta de nossa Igreja para o que Ele estabeleceu. Abramos a porta de nossa Igreja para a verdade que é Ele. Abramos a porta, chega de pré-conceitos, de pré-tradições, chega de portas fechadas, de mentes fechadas.

Cristianismo, História, Tempo e Espaço.


Todo historiador profissional deve ter lido a frase que dá título a esse texto. Marc Bloch disse isso em “A apologia da História ou o ofício do historiador.

O francês citado e seu livro que, deixou inacabado, mas que foi publicado postumamente mudaram, no início do século passado, a forma como entendemos a disciplina escolar chamada História.

Todo crente é uma espécie de historiador, já que a Bíblia é um livro histórico e as liturgias cristãs rememoram eventos do passado. Segundo Bloch, as outras religiões, diferentemente do Cristianismo, datam a maioria dos seus eventos sagrados em temporalidades inexistentes. Ademais, a vida cristã é pensada como uma peregrinação na História, no tempo, no século. Um ateu entendeu o Cristianismo melhor do que muitos cristãos contemporâneos. 

Muito crente ainda não percebeu que a fé é coisa de historiador. Isso acontece, primeiro, pelo desprezo pela História da Igreja. Muitos limitam o povo de Deus ao endereço onde eles e seus irmãos mais próximos se reúnem para prestar culto. Não lembram que os cristãos creem na Igreja espalhada no tempo e no espaço (católica, universal, internacional, mundial, global, etc.), creem na comunhão dos santos, tanto faz se é o irmão no banco ao lado ou se é um africano do século V, para citar um mais famoso, Agostinho de Hipona. 

Outra forma de não entender a importância da História no Cristianismo é quando os crentes olham apenas para a Eternidade e esquecem suas responsabilidades para com a Criação (tempo e espaço), responsabilidade que decorre do fato de que somos seres criados para cuidar do Jardim e somos, nós, cristãos, seres redimidos em Cristo, Ele que é primícias da Nova Criação e modelo para nós.

Existe uma terceira forma de não perceber que o Cristianismo é uma religião de historiador: não atentar para a metanarrativa, a grande história, que perpassa as Escrituras. Muito crente, descendente de Abraão por herdar a fé que vem do patriarca, por estar em Cristo (Rm 4.16; Gl 3.29), ainda não entendeu que cremos no Deus que governa a História e que trabalha nela para cumprir sua promessa pactual para com seus eleitos: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Gn 17.7-8).


Segundo Palmer Robertson, a repetição da promessa de que o SENHOR é o nosso Deus e de que somos o seu povo demonstra a unidade da aliança de Deus conosco, o “princípio Emanuel” do Pacto da Redenção, cuja a essência é “Deus está conosco”. Essa promessa da Santa Presença aparece nos pactos abraâmico, mosaico, davídico e na Nova Aliança. Como afirma Clowney, “a Bíblia não distribui cargas de doutrina em contêineres. Em vez disso, o novo surge a partir do velho, como uma flor que se abre em botão”.
“Deus conosco” teve cumprimentos parciais no Tabernáculo e no Templo. Teve seu cumprimento perfeito iniciado em Cristo, pois 
1) Ele, encarnado, era Deus tabernaculando conosco (Jo 1.14); 
2)porque Ele é a pedra angular da Igreja, santuário dedicado ao Senhor, no qual Deus habita no Espírito (Ef 2.22); e 
3) devido ao fato de que Jesus prometeu ser sempre Emanuel, pois garantiu estar conosco todos os dias e todo tempo até que a História acabe (Mt 28.20). 

“Deus está conosco” será consumado na eternidade, quando a metanarrativa, período entre a Queda e a Consumação, acabar. Eis a promessa: “Então, ouvi grande voz vinda do trono, dizendo: Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. [...] O vencedor herdará estas coisas, e eu lhe serei Deus, e ele me será filho” (Ap 21.3,4 e 7). 


Referências bibliográficas:

Rev. Flávio Américo de Carvalho, Igreja Presbiteriana de Natal. (Adaptado)

BLOCH, Marc. A apologia da História ou o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001. p. 42. 

ROBERTSON. O. Palmer. O Cristo dos Pactos. São Paulo: Cultura Cristã, 2011. 

CLOWNEY, Edmund. A Igreja. São Paulo: Cultura Cristã, 2007. p. 27.
LEWIS, C. S. As Crônicas de Nárnia. São Paulo: Martins Fontes, 2005. p.737. 

quinta-feira, 1 de março de 2018

A Queda de Jerusalém

A dispersão dos judeus e a total destruição de sua cidade e templo são os próximos eventos a se considerar no restante do primeiro século, embora, estritamente falando, essa terrível catástrofe não faça parte da história da igreja, e sim da história dos judeus. No entanto, pelo fato de ter sido um cumprimento literal da profecia do Salvador, e que afetou de imediato aqueles judeus que eram cristãos, esse evento merece um lugar em nossa história.

Os discípulos, antes da morte e ressurreição de Cristo, eram fortemente judaicos em todos os seus pensamentos e associações. Eles conectavam o Messias ao templo. Seus pensamentos eram de que Ele deveria libertá-los do poder dos romanos, e que todas as profecias sobre a terra, as tribos, a cidade e o templo seriam cumpridas. Mas os judeus rejeitaram o próprio Messias e, consequentemente, todas as suas próprias esperanças e promessas nEle. As palavras iniciais de Mateus 24 são muito significativas e importantes: "E, quando Jesus ia saindo do templo...". O templo estava agora, de fato, vazio aos olhos de Deus. Tudo o que dava valor a Ele ali agora se foi. "Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta" (Mateus 23:38). Ela agora estava pronta para a destruição.

"Aproximaram-se dele os seus discípulos para lhe mostrarem a estrutura do templo." (Mateus 24:1). Eles ainda se ocupavam com a grandeza e glória externas dessas coisas. "Jesus, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada." (Mateus 24:2). Essas palavras foram literalmente cumpridas pelos romanos cerca de quarenta anos depois de terem sido faladas, e da mesma maneira que o Senhor predisse: "Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todos os lados; e te derrubarão, a ti e aos teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação." (Lucas 19:43,44)

Depois dos romanos terem experimentados muitas decepções e derrotas na tentativa de abrir uma brecha nas muralhas, por causa da desesperada resistência dos judeus insurgentes e, embora houvesse pouca esperança de tomar a cidade, Tito mesmo assim convocou um conselho de guerra. Dois planos foram discutidos: invadir violentamente a cidade imediatamente; consertar os aparatos militares e reconstruir as máquinas; ou sitiar e induzir a fome na cidade para forçar a rendição. A última foi a preferida, e todo o exército foi colocado para "entrincheirar" toda a cidade. Mas o cerco foi longo e difícil. Durou da primavera até setembro. E durante todo o tempo, as mais sem precedentes misérias de todo tipo foram experimentas pelos sitiados. Mas afinal chegou o fim, quando tanto a cidade quanto o templo estavam nas mãos dos romanos. Tito estava ansioso para tomar o magnificente templo e seus tesouros. Mas, contrários a suas ordens, um soldado, montado nos ombros de um de seus camaradas, ateou fogo em uma pequena porta dourada no pátio exterior. As chamas logo se espalharam. Tito, vendo isto, correu ao lugar o mais rápido que pôde. Ele gritou, fez sinais para seus soldados para que extinguissem o fogo; mas sua voz foi abafada, e seus sinais não foram percebidos em meio à terrível confusão. O esplendor do interior do templo o encheu de admiração e, como as chamas ainda não tinham chegado ao lugar santo, ele fez um último esforço para salvá-lo, exortando os soldados a apagar o incêndio; mas era tarde demais. Chamas ardentes se erguiam por todas as direções, e a feroz excitação da batalha, somada à insaciável esperança de pilhagem, tinha atingido seu ápice. Tito mal sabia que Alguém que era maior que ele tinha dito: "Não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada." (Mateus 24:2). A palavra do Senhor, e não os comandos de Tito, devia ser obedecida. O templo foi realmente arrasado até as fundações, de acordo com a palavra do Senhor.

Para quase todos os aspectos particulares desse terrível cerco, estamos em débito com Josefo, que estava no acampamento romano e próximo da pessoa de Tito naquele tempo. Ele agiu como intérprete quando foram tratados os termos entre Tito e os insurgentes. Os muros e baluartes de Sião pareciam inconquistáveis para os romanos, e Josefo ansiava muito por um tratado de paz. No entanto, os judeus rejeitavam cada proposta, até que os romanos finalmente triunfaram. Ao entrar na cidade, Josefo nos conta que Tito se encheu de admiração pela sua força. De fato, ao contemplar a sólida altitude das torres, a magnitude de várias das pedras, e a precisão de suas junções, e ao ver quão grandes eram sua amplitude e quão vasta sua altura, "Claramente", exclamou Tito, "lutamos com Deus do nosso lado; e foi Deus quem derrubou os judeus daqueles baluartes, pois o que as mãos humanas ou maquinas podiam fazer contra aquelas torres?" Tais foram as confissões do general pagão. Certamente deve ter sido o cerco mais terrível de toda história do mundo registrada.

Os relatos dados por Josefo sobre os sofrimentos dos judeus durante o cerco são horríveis demais para serem transferidos para nossas páginas. Os números que pereceram sob Vespasiano no país, e sob Tito na cidade, no período de 67-70 d.C., por fome, facções internas e pela espada romana, chegou à casa de 1.350.460, além de cem mil vendidos como escravos.* Infelizmente, essas foram as horríveis consequências da incredulidade e desdém aos apelos solenes, ternos e a afetuosos de seu próprio Messias. Podemos imaginar as lágrimas do Redentor derramadas sobre a cidade amada? E podemos imaginar as lágrimas dos pregadores de hoje em dia, enquanto apela a amados pecadores, em vista da vinda e dos juízos eternos? Certamente é de se maravilhar o fato de que tantas lágrimas sejam derramadas por causa de pecadores imprudentes, descuidados e perdidos. Ah, que corações sintam como sentiu o Salvador e que olhas chorem como os dEle!

Os cristãos, com quem temos mais especialmente que tratar, lembrando-se do aviso do Senhor, em grupo deixaram Jerusalém antes do cerco ser formado. Eles viajaram para Pella, uma vila além do Jordão, onde permaneceram até que Adriano lhes permitiu retornar às ruínas da antiga cidade. E isso nos leva ao fim do primeiro século.

Durante os curtos reinados de Vespasiano e de seu filho Tito, o número de cristãos deve ter crescido consideravelmente. Isto aprendemos, não de algum relato direto que possamos ter sobre a prosperidades deles, mas das circunstâncias incidentais que provam isso.

A História da Igreja:

http://a-historia-da-igreja.blogspot.com.br/2015/12/a-queda-de-jerusalem-70-dc.html

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

A Volta Iminente de Jesus e o Nosso Estilo de Vida

Se alguém perguntasse se você acredita em tudo o que está escrito na Bíblia, com certeza a sua resposta seria: “Sim, claro!” Você crê que Deus ama você. Você acredita que uma pessoa que não crê em Jesus será condenada? A sua resposta será: “Sim com certeza, pois a Bíblia ensina isso”. Sua resposta, porém, levantará dúvidas se você não estiver envolvido com evangelismo. Em Tiago 2.20 lemos: “Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil?” A mesma declaração nós fazemos a respeito da volta de Jesus.Todos acreditamos que Jesus voltará, mas o nosso estilo de vida não reforça esta declaração. Vivemos a nossa vida como se Jesus nunca voltasse.

Sem dúvida, a volta de Jesus está próxima. Hoje estamos mais perto do que nunca (Rm 13.11). Lemos em Hebreus 10.37: “pois em breve, muito em breve ‘Aquele que vem virá e não demorará’”. Mesmo que não acreditamos firme na promessa de que Jesus voltará em breve, ELE cumprirá a Sua promessa. Ele é fiel com as Suas palavras.

Quando o missionário e pesquisador da África, David Livingstone (1813-1873), atravessou a África pela segunda vez com seus ajudantes da tribo dos Makololo, ficou sem verba. Com o que sobrou de seus pertences, à base de troca, conseguiu convencer um cacique Zambeze para cuidar de sua equipe, até ele voltar da Inglaterra com recursos. Prometeu aos Makololo que voltaria o mais depressa possível para levá-los de volta à sua terra.
Livingstone se foi. Logo os Zambeze começaram a zombar: “Vocês acreditam que esse homem branco vai voltar? Nunca vimos um branco investir tempo e dinheiro em negros”. A resposta dos Makololo foi: “Vocês não conhecem o nosso pai! Ele deixaria a sua vida por nossa causa! Ele volta com certeza e vai levar-nos para casa!”

Passou um ano. Alguns Makololo adoeceram e morreram. Passou o segundo ano. Os Zambeze zombavam cada vez mais. Os Makololo se firmavam mais ainda na promessa: “Ele volta com toda certeza”. – E, de fato: certo dia ouvia-se um barulho estranho. Todos correram para o rio. Um grande barco-a-vapor estava subindo o rio, fungando e fumaçando, o primeiro a percorrer aquele rio. Com grande júbilo, gritando “Nosso pai! Nosso pai!”, os Makololo se atiraram na água, subiram a bordo e abraçaram o homem fiel.

Será que Jesus merece menos confiança do que David Livingstone? Será que Jesus não vai fazer valer Suas palavras: “Vocês verão o Filho do Homem descer em uma nuvem? Os seus lembram de suas palavras: Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão”.

Não precisamos de mais sinais para esperar Jesus a qualquer momento. Estamos vivendo em uma época especial. Todos os acontecimentos aprovam que estamos caminhando para o cumprimento de Apocalipse 13, que prevê um controle total sob a direção do Anticristo. Mas o Arrebatamento acontecerá antes de tudo isso. Por isso, a grande pergunta é: “Como é o nosso estilo de vida, diante destes fatos?” O nosso encontro com Jesus pode ser hoje, através da morte natural, de um acidente ou de um outro acontecimento.

Amar Somente a ELE – Ninguém pode Servir a Dois Senhores
Em Tiago 5.1-6 lemos sobre um estilo de vida que a maioria das pessoas adota e que tem um fim desastroso. O estilo de vida dessas pessoas era um estilo de vida em função do dinheiro. Um ditado diz que “o dinheiro governa o mundo”. Não se pode negar esta verdade. Este estilo de vida também já causou problemas para Asafe. No Salmo 73, ele diz: “Quanto a mim, os meus pés quase tropeçaram; por pouco não escorreguei. Pois tive inveja dos arrogantes quando vi a prosperidade desses ímpios. Eles não passam por sofrimento e têm o corpo saudável e forte. Assim são os ímpios; sempre despreocupados, aumentam suas riquezas” (v. 2-4,12).

Todos nós precisamos de dinheiro, mas a Bíblia alerta em Mateus 6.24 que “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

O dinheiro é considerado um senhor que muitos servem como escravos. A Bíblia é clara: não podemos servir à Deus e viver em função do dinheiro ao mesmo tempo. Em 1Timóteo 6.9-11 lemos: “Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição, pois o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus, fuja de tudo isso...” Em uma versão diferente, lemos no verso 11: “Faz de tudo, para que nada e ninguém se torne mais importante do que Deus, confie Nele e ame ao seu próximo”.

Por isso, o nosso estilo de vida deve ser diferente. Quem ama o dinheiro exclui Deus. No verso 7 lemos sobre um agricultor. Ele prepara a terra e semeia a semente, mas a chuva ninguém pode fazer e sem chuva não há colheita. Precisamos de Deus. Somos chamados para viver em comunhão e em parceria com Deus. Jesus diz em João 15.5: “... sem mim vocês não podem fazer coisa alguma”. Viva com Ele pela fé. Se a chuva vier logo é bom, pela fé digamos “Amém!” Se demorar, “Amém!” Se recebermos cura, ótimo, se não recebermos a cura, amém também. Tenha paciência e não adote um estilo de vida igual aos incrédulos, que procuram resolver as coisas sozinhos com atitudes erradas. Tiago 5.4 e 6 servem como exemplo.

O nosso estilo de vida diante da iminente volta do Senhor deve ser: caminhar com Ele e depender Dele. O apóstolo João também escreve em 1João 2.28: “Filhinhos, agora permaneçam nele para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos envergonhados diante dele na sua vinda”.

Em Hebreus 10.37 lemos que Jesus voltará sem demora. O meu justo viverá pela fé. Isto significa: meu Senhor determina o que acontece e eu aceito isso das mãos Dele. Asafe, que sofreu tentações com o estilo de vida de perversos que não perguntavam o que agradava a Deus, diz no Salmo 73.23: “Contudo, sempre estou contigo”. E, no mesmo salmo: “A quem tenho nos céus senão a ti? E, na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre... para mim, bom é estar perto de Deus” (v. 25-26,28).

Todos nós precisamos de dinheiro, mas a Bíblia alerta em Mateus 6.24 que “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”.

Nós temos este estilo de vida? Estamos juntos a Deus? No verso 6 vemos que os justos dessa época preferiram morrer do que abandonar seu estilo de vida. Eles não se justificaram, mas escolheram o caminho que os manteve em comunhão com o seu Senhor. E com este estilo de vida eles estavam preparados para a volta de Jesus a qualquer momento, sem precisar se envergonhar. Em Mateus 24.48-51 lemos o contrário: “Mas suponham que esse servo seja mau e diga a si mesmo: ‘Meu senhor está demorando’, e então comece a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe. Ele o punirá severamente e lhe dará lugar com os hipócritas, onde haverá choro e ranger de dentes”.

Imagine Jesus nos encontrando como Geazi, ele sabia tudo sobre Deus, era servo de um profeta que era um exemplo também com relação ao dinheiro, mas mesmo assim vemos que Geazi serviu não só a Deus, mas também a um outro senhor. Ele não manteve a parceria só com Deus. Quando olhamos para as circunstâncias, talvez abrimos mão de perseverar neste estilo de vida. Pense em Elias, que orou sete vezes, ele também tinha que perseverar e não parou quando depois da primeira oração não recebeu resposta. Ele ficou em comunhão com o seu Senhor e O honrou. É este estilo de vida que temos que aplicar em nossa vida diante da volta iminente de Jesus, viver pela fé em parceria com ELE.

Não desanimar – não desistir
Sem dúvida estamos diante da reta final na nossa vida de fé. Não sei quanto tempo nos resta, mas quero através dessas linhas nos animar a continuar a nossa corrida e não desanimar. O nosso fortalecimento está relacionado com a vinda do Senhor. Precisamos adotar o estilo de vida do apóstolo Paulo, que diz em Filipenses 3.20: “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo”. E, em Filipenses 1.21-23: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”.

O apóstolo Paulo viveu um estilo de vida que o deixava preparado para partir para o Senhor a qualquer momento. Isso se tornou uma realidade para ele! Isso influenciou a sua vida e o seu dia a dia no meio de problemas e tribulações. Lemos em Romanos 8.17-18: “Se somos filhos, então somos herdeiros; herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo, se de fato participamos dos seus sofrimentos, para que também participemos da sua glória. Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”.

Ele fortaleceu seu coração com estas verdades e esperava a volta de Jesus. E por isso, ele recomenda falarmos e meditarmos sobre o nosso futuro maravilhoso e o nosso encontro com o Senhor Jesus. Paulo diz em 1Tessalonicenses 4.17-18 que esta espera pela volta de Jesus deve ser nossa fonte de consolo: “Depois nós, os que estivermos vivos, seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre. Consolem-se uns aos outros com essas palavras”.

Sigamos o nosso caminho com a cabeça erguida, mesmo tendo que passar por sofrimentos e dificuldades. Estamos a caminho do melhor. E o maior consolo consiste nas palavras de Jesus. É Ele que prometeu tudo isso. Fortaleçamos os nossos corações com a verdade de que Deus não pode mentir. Com toda certeza, tudo que está escrito na Bíblia vai se cumprir. Habacuque 2.3 diz: “Pois a visão aguarda um tempo designado; ela fala do fim e não falhará. Ainda que demore, espere-a; porque ela certamente virá e não se atrasará”.

Também em Hebreus 6.15-18 somos desafiados a não desistir porque temos forte alento em tudo que Deus é: “E foi assim que, depois de esperar pacientemente, Abraão alcançou a promessa. Os homens juram por alguém superior a si mesmos, e o juramento confirma o que foi dito, pondo fim a toda discussão. Querendo mostrar de forma bem clara a natureza imutável do seu propósito para com os herdeiros da promessa, Deus o confirmou com juramento, para que, por meio de duas coisas imutáveis nas quais é impossível que Deus minta, sejamos firmemente encorajados, nós, que nos refugiamos nele para tomar posse da esperança a nós proposta”.

Neemias experimentou diversas tentações antes de fechar o muro. Isto descreve também a situação que nós estamos vivendo na última etapa antes da volta de Jesus. Como Neemias se fortaleceu? Neemias 4.14: “Fiz uma rápida inspeção e imediatamente disse aos nobres, aos oficiais e ao restante do povo: Não tenham medo deles. Lembrem-se de que o Senhor é grande e temível e lutem por seus irmãos, por seus filhos e por suas filhas, por suas mulheres e por suas casas”.

Noé experimentou nada de animador. Ele foi desprezado e considerado louco, mas não desistiu, mesmo recebendo somente uma palavra do Senhor; perseverou e experimentou um final feliz.
De Davi lemos em 1Samuel 30.6b: “Davi, porém, fortaleceu-se no Senhor, o seu Deus”. A situação que ele experimentou não foi fácil, ele perdeu tudo, esposa, filhos, casa, etc., mas ele não desistiu porque acreditava no Senhor, que é maior do que todos os problemas.

Tudo que experimentamos que é negativo e difícil de entender faz parte da preparação da nossa vida para a eternidade. Podemos ter a certeza de que TUDO tem um propósito. Assim lemos em 2Coríntios 4.16-18: “Por isso não desanimamos. Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos sofrimentos leves e momentâneos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles. Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno”.

O nosso estilo de vida, antes da volta de Jesus, deve ser o de não desistir! Imagine como Jesus venceu essa etapa tão difícil antes de Sua crucificação. Hebreus 12.2 diz: “Tendo os olhos fixos em Jesus, autor e consumador da nossa fé. Ele, pela alegria que lhe fora proposta, suportou a cruz, desprezando a vergonha, e assentou-se à direita do trono de Deus”.

A vinda do Senhor está próxima, fortalecei os vossos corações!
Viver Uma Vida em Santificação

Você ainda se lembra da sua infância, quando você brigou com os colegas na escola e neste exato momento entrou o professor? Você arrancou os cabelos do colega e, na presença do professor, uns ficaram com rostos vermelhos de vergonha, e você se defendeu com a justificativa: “foi ele, não eu”. Imagine Jesus voltando e nos encontrando em uma situação semelhante. Este estilo de vida está muito presente em nós. Em Mateus 24.48-50 lemos: “Mas suponham que esse servo seja mau e diga a si mesmo: ‘Meu senhor está demorando’, e então comece a bater em seus conservos e a comer e a beber com os beberrões. O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe”.

Já foi mencionado 1João 2.28, que é muito importante neste contexto. Esse versículo trata justamente disso, sermos encontrados com vergonha. O nosso estilo de vida deveria ser a busca constante de purificação e paz com os outros. 1João 3.3 diz: “Todo aquele que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro”. “Feliz o servo que seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar” (Mt 24.46). Para não corrermos o risco de sermos encontrados por Jesus tendo atitudes vergonhosas, precisamos viver um estilo de vida como lemos em 2Pedro 3.14: “Portanto, amados, enquanto esperam estas coisas, empenhem-se para serem encontrados por ele em paz, imaculados e inculpáveis”. É justamente por isso que experimentamos tribulações e estamos em processo de transformação, que às vezes não é fácil de suportar. Nestes tempos de sofrimento, é animador se lembrar de outros que também passaram pelas mesmas experiências que nós, e muitas vezes bem mais difíceis. Lemos em Tiago 5.10: “Irmãos, tenham os profetas que falaram em nome do Senhor como exemplo de paciência diante do sofrimento”. Eles perseveraram em dificuldades muito maiores e saíram vitoriosos, e assim eles servem hoje como modelo para nós. O estilo de vida de pessoas que vivem uma vida de santificação serve como modelo para a sua vida, e você verá que a pessoa que optou por este estilo de vida é abençoada. Lemos isso no verso seguinte: “... nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança”. Viver em santificação deveria ser o estilo de vida para cada filho de Deus, pois esta é a vontade de Deus (1Ts 4.3).

“Imaginemos Jesus voltando amanhã para buscar a Sua Igreja. Imaginemos ter exatamente 24 horas de prazo à nossa disposição. O que seria importante para nós nesse momento? Como usaríamos o tempo disponível?

No começo haveria uma grande agitação. Mas certamente cada um de nós rapidamente faria planos acerca do que ainda desejaria realizar na Terra nessas últimas 24 horas.

Em primeiro lugar, todo crente se humilharia diante de Deus e confessaria todos os pecados que inquietam seu coração e pesam em sua consciência. Em seguida, iríamos rapidamente falar com todas as pessoas contra quem cometemos injustiças, pedindo-lhes perdão e procurando verdadeira reconciliação. Quando não fosse possível fazê-lo pessoalmente, telefonaríamos, escreveríamos ou mandaríamos uma mensagem de voz.

Para estar ainda mais bem preparado para o Arrebatamento, certamente todo crente ainda haveria de pensar sobre as oportunidades de servir negligenciadas e tentaria recuperar as chances perdidas. Acima de tudo, nos empenharíamos para que nossos parentes, amigos e vizinhos ouvissem um testemunho claro da nossa fé. Não mediríamos esforços e faríamos tudo para ganhar a sua atenção. Eles haveriam de perceber a nossa seriedade. E provavelmente nesse dia cada um de nós ganharia pelo menos uma pessoa para Jesus.

Então pensaríamos no nosso dinheiro, lastimando termos dado tão poucas ofertas para o Reino de Deus. Sacaríamos as nossas cadernetas de poupança, distribuindo o dinheiro de maneira sensata onde houvesse necessidade. Nem em sonho alguém pensaria em desperdiçar tempo com divertimentos e lazer nesse dia.

Imaginemos Jesus voltando amanhã para buscar a Sua Igreja. Imaginemos ter exatamente 24 horas de prazo à nossa disposição. O que seria importante para nós nesse momento? Como usaríamos o tempo disponível?

A seguir, iríamos para a última reunião de estudo bíblico e oração na igreja. O prédio seria pequeno demais para tanta gente. Muitos estariam de pé. Todos orariam sem envergonhar-se no meio da grande multidão ou em grupos menores. E quando chegasse a hora dos testemunhos, as pessoas não iriam parar de falar. Cada um contaria das suas experiências com Deus e relataria o que o Senhor fez por seu intermédio nesse dia. Certamente todos os testemunhos terminariam de maneira semelhante: ‘Eu lamento muito porque por tantos anos não vivi de maneira totalmente consagrada, que ajudei tão pouco na expansão do Reino de Deus, que dei poucas ofertas, que quase não testemunhei a outros e que raramente participei das reuniões de oração, porque pretensamente tinha coisas mais importantes a fazer. Espero que o Senhor ainda demore mais um pouco e só volte daqui a dois ou três anos! Então eu mudaria totalmente a minha vida! Gostaria tanto de produzir frutos para a eternidade, de juntar tesouros no céu’.

Ninguém olharia para o relógio desejando que o culto acabasse logo.

É uma atitude absolutamente realista crer que Jesus poderá voltar amanhã. Todos os sinais do nosso tempo mostram que vivemos nos últimos dias. Mas talvez ainda nos restem exatamente esses dois ou três anos de prazo para trabalhar para o Senhor. Assim, nosso desejo de fato estaria realizado e ainda teríamos tempo para recuperar parte daquilo que negligenciamos. Comecemos hoje mesmo!” (Daniel Siemens – http://www.chamada.com.br)

A noiva que vai encontrar o noivo precisa se preparar e se purificar para poder viver com ELE, que é santo por toda a eternidade. O nosso estilo de vida deve ser conforme Hebreus 12.14 diz: “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém verá o Senhor”. Viver para agradar o Senhor não nos permite viver o estilo de vida dos incrédulos. Eles vivem conforme Efésios 4.17-32.

Perseverar
“Irmãos, não se queixem uns dos outros, para que não sejam julgados. O Juiz já está às portas!” Tanto este versículo como também Tiago 1.12 afirmam que se perseveramos teremos um resultado muito feliz. Nós estamos na reta final e vale a pena perseverar. Pense em Jó, foi muito difícil suportar tantos sofrimentos. Em Jó 19.10 ele fala que a sua esperança foi arrancada como a uma árvore. Mas ele perseverou e lemos de um final feliz onde ele foi recompensado. Vale a pena perseverar. Isso já lemos em Habacuque 2.3. Mesmo que a promessa demore para se cumprir, você tem a palavra de Deus que o cumprimento virá. Imagine um atleta que está a uma volta do final e abandona a corrida porque acha que não vai aguentar. Está escrito em 2Timóteo 2.12: “se perseveramos, com ele também reinaremos. Se o negamos, ele também nos negará”.

Após a Segunda Guerra Mundial, muitas mulheres casaram-se outra vez porque não recebiam mais notícias de seus maridos. Achavam que não voltariam mais. Mas, de repente, o esposo voltava e encontrava sua esposa casada com outro. Imagine Jesus voltando e nos encontrando “casados” com outros senhores e outras coisas que não seja Ele!

Por isso lemos em Hebreus 10.35: “Por isso, não abram mão da confiança que vocês têm; ela será ricamente recompensada”. Quem perseverar, ouvirá as palavras: “... nós consideramos felizes aqueles que mostraram perseverança” (Tg 5.11). Maria ouviu as seguintes palavras em Lucas 1.45: “Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!” Todas as testemunhas em Hebreus 12.1 reforçam este pensamento – vale a pena perseverar: “Portanto, também nós, uma vez que estamos rodeados por tão grande nuvem de testemunhas, livremo-nos de tudo o que nos atrapalha e do pecado que nos envolve e corramos com perseverança a corrida que nos é proposta”. Este tempo de espera e de perseverança nem sempre é algo agradável, mas como 1Pedro 1.6 diz: “Nisso vocês exultam, ainda que agora, por um pouco de tempo, devam ser entristecidos por todo tipo de provação”. Ou Hebreus 12.11: “Nenhuma disciplina parece ser motivo de alegria no momento, mas sim de tristeza. Mais tarde, porém, produz fruto de justiça e paz para aqueles que por ela foram exercitados”. Sem luta não há vitória. Jesus disse em João 16.21-22 que o tempo de perseverança é um tempo difícil, mas tem a sua recompensa.
Perseverar firme não é em vão – vale a pena!

Final Feliz
Veja qual foi a paciência de Jó e o fim que o Senhor lhe deu. O Senhor lhe deu um final feliz porque é muito misericordioso e piedoso. O Senhor preparou um final muito feliz para todos que creem e perseveram até o fim.

Pense em Noé, este homem sofreu durante 120 anos. Ele anunciou a mensagem de Deus e ninguém a aceitou. Ele foi desprezado e a as pessoas zombaram dele, mas ele experimentou um final feliz.

Jó é um exemplo para todos que sofrem no presente. O final dele nos anima a continuar mesmo vivendo com dores. Jó não só foi abençoado materialmente, mas também espiritualmente. “Meus ouvidos já tinham ouvido a teu respeito, mas agora os meus olhos te viram” (Jó 42.5).

Daniel perseverou em um estilo de vida que glorificou o Senhor, e por isso ele sofreu injustiças, mas desfrutou um final feliz.

Asafe, que sofreu de corpo e alma, chegou a uma conclusão no Salmo 73.25-26: “A quem tenho nos céus senão a ti? E, na terra, nada mais desejo além de estar junto a ti. O meu corpo e o meu coração poderão fraquejar, mas Deus é a força do meu coração e a minha herança para sempre”.

Como é que Paulo perseverou na viagem com um navio que naufragou? Em Atos 27.20 lemos: “Não aparecendo nem sol nem estrelas por muitos dias e continuando a abater-se sobre nós grande tempestade, finalmente perdemos toda a esperança de salvamento”. Humanamente sem esperança, mas ele perseverou em fé como lemos em verso 25: “Assim, tenham ânimo, senhores! Creio em Deus que acontecerá conforme me foi dito”. Ele experimentou um final feliz. E quem perseverar vai ouvir as palavras que Maria também ouviu: “Feliz é aquela que creu que se cumprirá aquilo que o Senhor lhe disse!” (Lc 1.45).

Já hoje e agora a pessoa que persevera experimente essa benção, depois da provação vem a exaltação. Como foi na vida de Jô, o “depois” será maravilhoso. Lemos em Jó 42.10 e 12: “Depois que Jó orou por seus amigos, o Senhor o tornou novamente próspero e lhe deu em dobro tudo o que tinha antes. O Senhor abençoou o final da vida de Jó mais do que o início. Ele teve catorze mil ovelhas, seis mil camelos, mil juntas de boi e mil jumentos”.

Não sei descrever quanto maior serão as bênçãos quando chegarmos no nosso final feliz, mas eu tenho a certeza absoluta que será numa proporção que não podemos explicar com palavras. Em 1Coríntios 2.9 lemos: “Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam”.

Ele preparou um final feliz para você que perseverar até ao final. Vale a pena, meu irmão e minha irmã, continuar nas lutas e sofrimentos, pois sabemos o que está escrito em Filipenses 1.23 e Romanos 8.18 são fatos: “Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (incomparavelmente melhor), porque “considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada”. Estamos a caminho do melhor!

Por isso, levanta-te e siga para o alvo para um final feliz sem fim. — Ernesto Kraft


Fonte:http://www.chamada.com.br