segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Não Deixe Penina Matar seus Sonhos...

“... Até a estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu”.1 Samuel 2:5

Havia um homem chamado Elcana, este tinha duas mulheres, uma era Ana e a outra era Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não.
 Ana tinha um sonho impossível ser mãe, mas o Senhor cerrou( Deus a impedia de ter filhos) a madre de Ana.1 samuel 1.5
Sua rival Penina excessivamente a provocava, para a irritar; porque o SENHOR lhe tinha cerrado a madre. 1 Samuel 1:6

Ana vivia atribulada de espírito, seu desejo de ser mãe era muito intenso. Ana todos os anos ia ao templo oferecer sacrifício ao Senhor, orava, clamava, buscava por um milagre; mas os anos se passavam e nada acontecia e sua rival escarnecia dela.

Um dia Ana com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.

E fez um voto, dizendo: “SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”. 1 Samuel 1:10-11

Passado algum tempo Deus realizou o sonho de Ana de ser mãe. Ela havia pedido um filho a Deus e Ele deu-lhe muito mais que um filho deu-lhe um profeta. O milagre foi além do que Ana pensou, ou pediu.
 Mesmo passando humilhações, vergonha e dor Ana não deixou de ir ao templo, adorava ao Senhor mesmo na adversidade, quiseram matar os sonhos de Ana - Penina, a humilhava e escarnecia dela, Elcana disse-lhe: “Não te sou eu melhor do que dez filhos?” 1 Samuel 1:8; e até mesmo o sacerdote Eli E disse-lhe: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. 1 Samuel 1:14; cada um a sua maneira,foi ferramenta para desanimar e frustrar os sonhos daquela mulher, mas ela não desistiu, perseverou até conseguir realizar seu sonho.
Amados nós estamos cercados de “Peninas”, tentando frustar, matar os sonhos de muitas “Anas.” Não importa qual o tamanho do seu sonho, nem tão pouco se ele te parece impossível, Deus é poderoso para realizá-los e te dar muito além do que tens pedido. 

Acredite tua hora chegará, persevere, ore, como fez Ana. Não deixe de ir a igreja, não pare de trabalhar para o Senhor, o adore não importando a situação ou as circunstâncias, Louve, exalte e glorifique ao Deus Todo Poderoso, não saia da presença D’Ele, no tempo apropriado Ele colocará em teus braços teu sonhado “Samuel.” 

Cida Augusto  
http://www.estudosgospel.com.br/

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Contando Nossos Dias

“Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece." (Tg 4:14)

Confesso que não sou a pessoa mais emotiva do mundo. Tenho um pouco de dificuldades em demonstrar minhas emoções e sentimentos.

Chorar é algo um tanto incomum na minha vida, mas esta semana me peguei segurando as lágrimas durante um casamento.

Não que casamentos mexam comigo, mas este foi especial. Tudo estava indo normal, até que a música começou a tocar, as portas se abriram e majestosamente minha filha começou a desfilar pelo tapete vermelho, usando um lindo vestido branco, em direção ao altar. Meio em estado de choque comecei a questionar: Onde está aquela menininha que até ontem carreguei no colo?

Agradeço a Deus por ela só ter nove anos ainda e que tenha entrado no casamento apenas como dama, mas não pude deixar de pensar que em alguns anos ela entrará usando um vestido semelhante, mas desempenhando outro papel na cerimônia. Isto, realmente, me assusta.

Completo trinta e cinco anos (embora alguns amigos achem que já tenha passado dos quarenta) e a cada dia que passa me espanto mais com a brevidade da vida. Os dias vêm e vão e o tempo não dá uma pausa nunca.

O espelho é testemunha das rugas e cabelos brancos que vão se multiplicando. Algumas pessoas já começam a me chamar de senhor. Dores vão surgindo e as vezes sinto-me como um carro precisando de revisão. Mas este desgaste natural não me preocupa.

Aos trinta e três anos Jesus entregava Sua vida por mim. Aos trinta e cinco, ainda questiono o cristianismo que tenho vivido.

Aquele que sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1:3), sofreu uma tripla humilhação por mim: Sendo Deus se fez homem. Sendo homem, se fez servo e por fim foi até a cruz (Fl 2:6-8), mas o tempo vai passando e continuo lutando contra meu orgulho e soberba.

O tempo não pára. Os minutos que estou usando para escrever estas palavras não voltarão nunca mais. Não serei mais um adolescente sonhando em conquistar o mundo. Minha filha nunca mais será um bebê que vou carregar nos braços.

A brevidade da vida e a incerteza do amanhã deveria nos levar a viver a vida, que Deus nos deu, com mais excelência e seriedade. Agarrando cada oportunidade de servir ao Senhor, pois é possível que elas nunca mais voltem.

Agradeço a Deus por mais um ano que Ele me deu, mas também sei que na contagem regressiva dos meus dias aqui na terra, tenho um ano a menos. Quero viver o resto dos meus dias de forma que dignifique o nome de Cristo.

Que este seja nosso desejo e motivação: Viver nossos dias na terra de tal forma que nossos passosdesejospalavras e atitudes dignifiquem o nome do nosso Senhor Jesus Cristo. 
“Senhor, Tu me sondas e me conheces.” (Sl 139:1)  Alex Amorim

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Esperança para 2016

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores. Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo. Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.

Tendo pouca esperança no melhoramento das condições gerais, resta-nos somente uma alternativa: procurar a renovação individual das pessoas. É preciso encontrar um caminho que permita que você seja elevado acima das circunstâncias, de modo que esteja sobre elas e que elas até mesmo sejam controláveis.

Será que isso realmente é possível? Milhões de pessoas experimentaram tal transformação e obtiveram um fundamento inteiramente diferente para suas vidas ao aceitarem Jesus como seu Salvador pessoal pela fé. Seus corações ficaram repletos de paz profunda e permanente, que não pode ser abalada por nenhuma tempestade em suas vidas. Elas descobriram o segredo da alegria e da verdadeira felicidade, que consiste da confiança em Deus e da obediência a Ele, e obtiveram novo valor para suas vidas. Para elas, todas as coisas realmente "se fizeram novas"! O apóstolo Paulo descreve essa maravilhosa transformação da seguinte maneira: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Cor 5.17).

Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranqüilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade. Novas forças estarão à sua disposição! O "novo homem", nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.

Por isso, não hesite mais! Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e deposite sua confiança inteiramente nEle neste novo ano.

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O Fato da Ressurreição

A doutrina da ressurreição tem sua base essencialmente sobre o fato da ressurreição de Cristo. A palavra ressurreição implica em transformação do corpo que morreu e foi sepultado, ou de alguma outra forma ficou retido aqui na terra. Se o corpo ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição. Seria uma nova criação e o termo na Bíblia seria um absurdo. Os crentes ressuscitarão num corpo glorioso em vários sentidos (1ª Co 15), e os ímpios, num corpo ignominioso, em que sofrerão pela eternidade (Mt 10.28). Os não-salvos farão parte da segunda ressurreição, a qual abrange todos os ímpios mortos, e ocorrerá ao findar o Milênio.


                    I.             RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS E A DOS INJUSTOS

A ressurreição dos salvos e a dos ímpios é claramente ensinada nas Escrituras. Ela é prova de que os que agora morrem não deixam de existir. Se os que morrem agora deixassem de existir, para que eles reaparecessem para serem julgados (como João os viu, em Apocalipse 20.11-15), teriam de ser recriados e não ressuscitados. Ressurreição só pode ser de alguém que morreu. Se o caso fosse recriação, esta neutralizaria toda a base de recompensa, porque aqueles que saíssem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles que praticaram as obras neste mundo, em sua vida anterior.

Há na Bíblia, duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos, havendo um intervalo de mil anos entre elas (Dn 12.2; Jo 5.28-29; Ap 20.5). A expressão bíblica “ressurreição dentre os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica numa ressurreição em que somente os justos participarão, continuando sepultados os ímpios. Esta expressão é no original “ek ton nekron ressurreição dentre os mortos. Sempre que a Bíblia trata da ressurreição de Jesus ou dos salvos, emprega estas palavras. A expressão nunca é usada em se tratando de não-salvos.

“Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.5-6).

Há uma idéia entre o povo de Deus que a ressurreição será em um só momento. Mas na realidade não será assim. Segundo a Bíblia, a ressurreição tem três fases distintas. A ordem é a seguinte: A primeira ressurreição é inaugurada por Jesus Cristo, que é as primícias dos que dormem (1ª Co 15.20; Cl 1.18). Seguindo a seqüência os que são de Cristo por ocasião da sua vinda (1ª Co 15.23), e sete anos depois os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Portanto a primeira ressurreição abrange da ressurreição de Cristo até os mártires da Grande Tribulação.

                 II.             A RESSUREIÇÃO DOS JUSTOS


Como já mencionamos, há pelo menos três grupos distintos de ressuscitados integrantes da primeira ressurreição, como indica o termo original “tagma” em 1ª Coríntios 15.23.



1.      As primícias da primeira ressurreição.

O primeiro grupo é a continuação da primeira ressurreição, iniciada por Jesus, pois, em 1ª Co 15.20, 23, o termo “tagma”, no original, indica “ordem, fileira, grupo, turma”, como numa formatura militar ou escolar.

1ª Co 15.20, 23 “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Mas cada um por sua ordem! Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo, na sua vinda”.

Este grupo é formado por Cristo e os santos que ressuscitaram por ocasião de sua morte na cruz. Assim sendo Cristo é o princípio dentre os mortos: “E Ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18).

Porém, na ressurreição de Cristo muitos dos santos ressurgiram com Ele: “E Jesus clamando outra vez com grande voz entregou o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto abaixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiram foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27.50-52).

Só Mateus narra este acontecimento. Foi um pequeno grupo que ressuscitou com Cristo e representa um sinal da vida eterna para os fiéis. Só depois da ressurreição de Cristo foram vistos este santos.

Este grupo representa as primícias: “Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho” (Êxodo 23.16).

A festa das Primícias em Levítico 23.10-12 tipifica isto, quando um molho das primícias era trazido para o sacerdote mover perante o Senhor. Molho implica um grupo, o que de fato aconteceu. Esta festa tipificava Jesus ressuscitando com um pequeno grupo.

Desse modo a ressurreição dos fiéis começou, pois com Cristo, as primícias da ressurreição (At 26.23), isto é, que Cristo devia padecer e sendo o primeiro da ressurreição dos mortos.
2            2. A colheita geral da ressurreição.
      Este grupo é formado pelos santos que ressuscitarão no momento do arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.16). São todos os mortos salvos desde o tempo de Adão.

Este grupo representa a colheita geral de cereais do Velho Testamento: “Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara, começarás a contar as sete semanas. Depois, celebrarás a festa das semanas ao Senhor, teu Deus” (Dt 16.9-10).

A festa das semanas era celebrada no fim da colheita de trigo, ou seja, da colheita geral, e que durava sete semanas. Mais tarde recebeu o nome grego de pentecostes, visto cair cinqüenta dias depois da Páscoa.


A colheita geral do Velho Testamento tipifica o arrebatamento da igreja quando Cristo voltar: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20-6). Esta Bem-aventurança é aplicada a “ressurreição dos justos”. O bem-estar e a felicidade dos justos advêm deste acontecimento.
3.       Os rabiscos da colheita.
Levítico capítulo 23 é a história da Igreja escrita de antemão. Temos aí entre outras coisas a ressurreição prefigurada.

“Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 23.22).

Este último grupo é formado pelos remanescentes de Israel que irão se converter pela pregação das duas testemunhas na grande tribulação, os quais ressuscitarão logo antes do milênio, isto é, onde Cristo reinará nesta terra por mil anos.

              III.         A RESSURREIÇÃO DOS INJUSTOS SÓ TERÁ LUGAR DEPOIS DO MILÊNIO


Os pecadores que morrem hoje estão em tormento no estado intermediário, mas ainda não estão no lugar definitivo do castigo final. Assim, a bondade de Deus faz adiar o dia do acerto final para depois do milênio. A segunda ressurreição acontecerá depois do Milênio e dela só farão parte os ímpios.

Em Apocalipse é ensinado que os não salvos serão ressuscitados, julgados e lançados no lago de fogo (Ap 20.12-13).

“Mas os outros mortos não reviveram...” (Ap 20.5). Os outros mortos (os homens que desde Adão morreram nos seus delitos e pecados) não reviveram. Jesus em João 5.28 e 29 falou destas duas ressurreições. Daniel também foi revelado acerca destes dois eventos (Dn 12.2). Portanto, fica provado que entre a primeira e a segunda ressurreição haverá um espaço de mil anos, e que somente depois da destruição total de Satanás, e para devida prestação de contas perante o Trono Branco, é que haverá a segunda ressurreição, quando todos os demais mortos comparecerão diante de Deus. Sobre este assunto abordaremos posteriormente.  Pr. Elias Ribas

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Celebrando a Salvação

'Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da paz.' Isaias 9.6.

As cidades anoitecem com o resplandecer de suas luzes coloridas. Nos comércios o movimento de pessoas parece superar todas as ocasiões festivas do decorrer do ano. Presentes são comprados, trocados, enviados. Famílias planejam seus encontros numa das mais propagadas festas cristãs de todo o Ocidente: O Natal.

Comemorado com muita alegria o nascimento de Jesus, a festa do Natal ainda divide o mundo protestante. Há os que tratam a data com tanta importância e dedicação, que o preparo de programações alusivas à data se torna obrigatório nas igrejas e motivo para grande evangelização e confraternização. Nesse grupo estão as igrejas Históricas ou mais conhecidas como Tradicionais. Outros, porém, entendem tratar-se de uma festa oriunda do paganismo, não cristã, cuja comemoração não deve ser observada pela igreja. Se destacam nessa ideia uma minoria pentecostal e as seitas pseudo-cristãs. De antemão, quero deixar bem claro que não vou apresentar objeções contrárias aos grupos cristãos que não participam de comemorações natalinas. Respeitamos essa opção, pois entendo aqui que se trata de uma questão secundária.

Mas o que significa então o natal em meio a toda essa inquietação na esfera cristã? A palavra natal vem do latim natale, relativo ao nascimento. O mundo protestante define o natal como a celebração do nascimento de Jesus Cristo.

natal não nasceu com a exploração comercial que invade os muitos lares na semana que o antecede. O natal não nasceu também com as cores e objetos hoje adquiridos e exibidos em todo o mundo. Não nasceu em meio ás mesas fartas de guloseimas e variedades de bebidas. Não! O natal nasceu numa manjedoura, num lugar distante, numa família humilde, mas temente a Deus. Nasceu primeiro no coração de Deus para o homem e depois no coração do Deus-homem.

O primeiro grande momento de reflexão que temos oportunidade de absolver por ocasião de tão especial data é encararmos de fato a realidade do nascimento de Jesus não unicamente por Si próprio, mas para nos oferecer um novo nascimento. Nascemos de fato de novo pelo nascimento de Jesus.

Com o nascimento de Cristo Jesus nasceu também a esperança que faltava ao coração humano. Com o nascimento de Jesus nasceu também a paz que o homem tanto busca. Com o nascimento de Jesus nasceu a oportunidade de resgatar nossos sonhos e mais que tudo, nasceu a salvação de todas as raças e de todos os povos.

natal se torna então não simplesmente a celebração da vida de um menino, que cresceu e se tornou homem, mas a celebração da Salvação pelo sacrifício na cruz. Sim, o nascimento de Jesus é o nascimento da salvação única e verdadeira, que leva o homem ao Caminho, á Verdade e á Vida.

É tempo então de celebração. Não a celebração mística ou de uma espiritualidade sem vida. Mas a celebração da salvação de nossas almas. Acelebração que um dia foi entendida pelos anjos: “Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens” Lc. 2.14. A celebração buscada um dia pelos magos: “Dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. E, vendo eles a estrela, regozijaram-se muito com grande alegria. Mt 2. 2-10.

Que nesse natal o sentido da vida possa girar em torno da figura principal, Jesus Cristo, e seu maior ato de amor pela humanidade: A morte e ressurreição que trouxe a incomparável salvaçãoAlex Belmonte

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Sobre a Festa de Natal


Dia 25 de dezembro está se aproximando, e este articulista deseja deixar alguns conselhos a quem está confuso ou — apegando-se ao fato de que os símbolos do Natal secular (pinheirinho, bolas coloridas, Santa Claus etc.) têm origem pagã — resolveu se posicionar contra a celebração do Natal. Antes, porém, quero enfatizar que o Natal de Cristo, uma celebração genuinamente cristã e bíblica, nada tem que ver com o Natal secular.

No Natal de Cristo se celebra o nascimento do Salvador, a exemplo dos anjos (Lc 2.13,14), dos pastores de Belém (Lc 2.15-20) e dos magos do Oriente (Mt 2.1-12); estes, pelo que se depreende da passagem mencionada, celebraram a chegada do Menino cerca de dois anos após seu nascimento. Já o Natal secular, como o próprio termo sugere, não é cristão, mas nem por isso é vedado a nós. Podemos, sim, com prudência e equilíbrio (cf. 1 Co 6.12; 10.23; 1 Ts 5.22), enfeitar nossa casa, fazer a nossa ceia, trocar presentes com parentes, amigos e colegas de trabalho ou na escola etc., pois fazer isso não é, de modo algum, agir como um idólatra.

Meus sete conselhos a quem se opõe à celebração do Natal são os seguintes:

Primeiro: pressione a tecla [Ironia] antes de continuar a leitura.
Segundo: não saia de casa! Mais que isso, tranque-se em algum lugar ou, de preferência, entre em uma caverna, sem nenhuma roupa, pois ela pode ter origem pagã.
Terceiro: não coma nada! Os alimentos também podem ter origem pagã.
Quarto: isole-se completamente e espere o momento de partir deste mundo pagão! Afinal, tudo o que pudermos imaginar tem algum vínculo histórico com o paganismo: a comemoração do nosso aniversário; o bolo de festa; o vestido de noiva com véu e grinalda etc.
Quinto: nem pense em ir a um shopping, não somente durante o mês dezembro. Em qualquer época do ano há referências pagãs nos centros comerciais, em universidades e até em igrejas. Não saia de casa! Esconda-se!
Sexto: seja extremamente rigoroso com tudo, rígido ao extremo, durante todos os meses do ano, e não somente em dezembro.
Sétimo: ignore essa conversa de que a salvação é pela graça e esforce-se ao máximo — faça o possível e o impossível — para não incorrer no erro mencionado em Mateus 23.24: "Coais um mosquito e engolis um camelo". 

Agora pressione a tecla [Ironia] novamente e volte à realidade. Que tal glorificarmos a Deus, mesmo na data pagã de 25 de dezembro, pela encarnação do Verbo? Afinal, se ela não tivesse acontecido, o Senhor não teria morrido por nossos pecados e ressuscitado para a nossa justificação. Alegre-se com a sua família. Aproveite bem a companhia dos seus familiares e amigos, sem jamais, é claro, se esquecer do Aniversariante.Feliz Natal — o Natal de Cristo — a todos!  Ciro Sanches Zibordi

http://cirozibordi.blogspot.com.br/2015/12/sete-conselhos-sobre-celebracao-do-natal.html

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O que Significa ter um Relacionamento com Deus

Eu sou estudante de filosofia e ex-cristão. Eu perdi a minha fé durante os meus estudos de graduação ao perceber que eu tinha aceitado a minha fé sem reflexão. Como muitos outros da minha idade, eu abandonei a minha visão de mundo e embarquei numa busca por respostas. A busca rapidamente assumiu um caráter intelectual que me levou para a filosofia (que, estou feliz em dizer, escolhi como profissão). E, após ter experimentado o que tem de bom na filosofia e na apologética, as minhas dúvidas sobre o cristianismo foram intelectualmente saciadas.
No entanto, apesar da minha admissão de que Deus existe e de que Cristo ressuscitou, eu não tenho absolutamente nenhuma ideia do que significa ter um relacionamento com Deus; tal conceito é completamente misterioso para mim. O que significa confiar em Deus? E para quê? Por que falar com Deus? O que eu deveria dizer? O que eu deveria esperar ouvir? O que é esperado de mim e o que eu deveria esperar de Deus? Existe uma experiência única que resulta dessas conversas ou é preciso orar a despeito da sensação de que ninguém está ouvindo?
O que é pior, no entanto, é a sensação de que estou motivado não por amor, mas pela expectativa de que eu devo ter tal relacionamento. Isto é, eu fui criado como membro da Igreja e aprendi que essa relação só ocorre no território de crença. Agora eu acredito, por isso eu deveria começar a ter esse relacionamento; mas eu não me sinto impulsionado a cultivar uma relação com Deus.
As coisas que a Bíblia diz sobre o assunto parecem misteriosas ou parecem se basear demais em uma analogia com as relações humanas (por exemplo, certamente a analogia Pai-filho é limitada pelo “silêncio de Deus” e pela permissão de sofrimento). E, em relação à morte de Cristo, devo admitir que eu tenho dificuldade em sentir grato por Seu sacrifício, uma vez que muitas partes da história da justificação estão em tensão com as minhas intuições sobre a justiça (por exemplo, a expiação substitutiva).
Eu entendo que estas não são perguntas muito bem formuladas, mas que simplesmente indicam a minha confusão sobre o assunto. Ficaria bastante grato por qualquer resposta.
Obrigado,
Mark
P.S.: "Filosofia e Cosmovisão Cristã" me levou para a filosofia. Então, obrigado por isso também.
United States
Foi tão gratificante receber a sua carta, Mark, e saber do seu retorno à fé cristã! Espero que você esteja bebendo profundamente da água de Alvin Plantinga, especialmente Waranted Christian Belief, que tem uma boa quantidade de material que é relevante para a sua pergunta, especialmente a sua discussão sobre as afeições religiosas.
Ao ler a sua pergunta, eu não pude deixar de me perguntar se você não estaria na situação de alguém que tenha retornado intelectualmente para a crença em uma cosmovisão cristã, mas que não tenha ainda entrado em uma relação salvadora com Deus. Perdoe-me se eu estiver errado, mas, como eu não sei a sua história, eu posso apenas imaginar o que parece estar errado.
Uma das minhas preocupações com um ministério como o meu – que se concentra na verdade da cosmovisão cristã e em argumentos em sua defesa – é que as pessoas podem não perceber que a fé cristã não significa apenas ter uma mudança de mente e vir a aceitar uma nova visão de mundo. Trata-se de entrar em um novo relacionamento e se tornar uma nova pessoa. Isso é fácil de se perder quando estamos tão enfocados em defender uma verdade proposicional.
A fé cristã diz respeito ao início de um relacionamento de salvação com Deus. Obviamente, estamos todos relacionados a Deus em certos aspectos – como a criatura ao Criador –, mas a fé cristã enfatiza que, num nível pessoal, nós não nos encontramos adequadamente relacionados com Deus de forma natural. Em vez disso, nós nos encontramos espiritualmente separados de Deus devido ao pecado (mal moral) que permeia as nossas vidas. Nós não cumprimos os nossos deveres morais para com Deus, para com os outros, para com nós mesmos: nós temos feito o que não deveríamos fazer, e não fazemos o que deveríamos estar fazendo. Como resultado, nós nos encontramos moralmente culpados diante de um Deus santo e sob o Seu julgamento justo. A nossa relação pessoal com Deus foi assim rompida. Como um pai e um filho que estão afastados um do outro por causa da rebelião do filho, nós nos encontramos afastados de Deus. Deus não nos criou a fim de estar numa relação de condenação para conosco, mas numa de acolhimento e aceitação; nem fomos criados para estar com Deus numa relação de indiferença ou mesmo de hostilidade, mas de amor e de adoração. Assim, eu acho que você pode ver o quão arruinado e distorcido é o nosso relacionamento com Deus. Ao invés de amizade, há alienação e inimizade. Isso é o que significa não ter um relacionamento pessoal com Deus.
Então Deus decidiu pela restauração do relacionamento pessoal com Ele, para o qual Ele nos criou. Uma vez que estamos, de acordo com a Bíblia, espiritualmente mortos em nossa condição pecaminosa, isto é, sem um bom relacionamento com Deus e impotentes para fazer qualquer coisa em relação a isso, Deus deve estimular-nos espiritualmente, a fim de devolver-nos a um relacionamento correto com Ele. A Bíblia chama isso de "regeneração" (na crença popular, conhecido como "nascer de novo", que é exatamente o que "regenerado" significa). Isso ocorre pela ação do Espírito Santo em resposta à colocação de sua fé em Cristo para a sua salvação.
Agora, "fé", como o reformador Martinho Lutero enfatizou, é uma palavra polivalente. No nível mais básico, a fé envolve o que Lutero chamou de notitia, que é simplesmente o conhecimento ou a compreensão de uma proposição. Em seguida, vem o que ele chamou de assensus, que é a aceitação de determinada proposição. Finalmente, há a fiducia, que é a confiança na pessoa ou coisa relevante. Todos os três significados estão envolvidos na fé salvadora. Primeiro, há a compreensão das grandes verdades do Evangelho, como a de que Deus existe, que eu sou moralmente culpado diante de Deus, que Deus enviou o Seu Filho Jesus Cristo para morrer em meu nome, a fim de reconciliar-me Consigo, que o perdão e a limpeza moral estão disponíveis através de Cristo, e assim por diante. Em seguida, eu preciso não apenas compreender, mas acreditar nessas verdades. Finalmente, devo colocar a minha confiança em Cristo como meu Senhor e Salvador pessoal, a fim de ser salvo do pecado e da separação em relação a Deus.
"O que significa confiar em Deus, e para quê?" Significa que você deve colocar a sua vida, o seu bem-estar, totalmente em Suas mãos, confiando n'Ele e só n'Ele para te salvar. É comprometer-se de todo o coração a seguir a Cristo como Seu discípulo, para permitir que Ele te transforme,tornando você o tipo de pessoa que ele quer que você seja. Significa dizer a Deus: "que a Sua vontade, e não a minha, seja feita. Eu já não sou mais o dono de mim mesmo; eu sou Seu, para ser e fazer o que Você quiser."
Quando você assume esse compromisso perante Cristo, você é regenerado espiritualmente e restaurado pelo Espírito Santo para ter o relacionamento apropriado com Deus que você estava destinado a ter. Não só isso, mas, de alguma maneira misteriosa, na verdade você está habitado pelo Espírito de Deus, e, na medida em que nos submetemos diariamente a Ele, Ele transforma o nosso caráter para nos tornar mais semelhantes a Cristo e orientar os nossos caminhos de acordo com o Seu plano providencial.
A forma como essa nova relação se desenrola experiencialmente varia de pessoa para pessoa e ao longo do tempo. Às vezes, pode-se sentir a presença de Deus de uma forma muito real; outras vezes, dificilmente se estará ciente disso, mas se deve caminhar pela fé, não pela visão. No mínimo, você deveria experimentar uma garantia de salvação, uma sensação de estar corretamente relacionado a Deus como Seu filho, perdoado e restaurado. Na medida em que você caminha com o poder do Espírito, você deverá experimentar alegria, paz, amor, e os demais frutos do Espírito na vida de uma pessoa regenerada que se rendeu a Cristo.
"Por que falar com Deus?" Porque você o ama! (Isso é como perguntar, por que falar com a sua esposa!) É claro, você não precisa falar em voz alta, uma vez que Ele lê a sua mente. E, claro, você não precisa fornecer-Lhe qualquer informação, uma vez que Ele sabe tudo. Mas você deve se comunicar com o seu Pai Celestial. "O que dizer?" Diga-Lhe que O ama; Diga-Lhe como você é grato por Ele ter salvo você, ofereça-Lhe louvor por aquilo que Ele fez e está fazendo em sua vida, peça-Lhe para guiar-te, para fortalecer-te, para ajudar-te a resistir à tentação.
"Você deve orar ainda que tenha a sensação de que ninguém está ouvindo?" Você deve falar com Deus, ou orar, independentemente de você sentir a Sua presença ou não. É parte de sua vida de fé. "O que se ouviria?" Algumas pessoas afirmam ouvir Deus de forma quase audível, mas, na maior parte do tempo, Ele "fala" conosco através dos escritos inspirados que formam a Bíblia. Ao ler a Bíblia reflexivamente, algumas vezes você encontrará passagens que terão um impacto muito forte em você, talvez convencendo-te, ou encorajando-te, ou inspirador-te, ou guiando-te. Devemos esperar que Deus fale conosco dessa forma, através da Sua Palavra.
"O que se espera de mim e o que eu deveria esperar de Deus?" A resposta à primeira parte da sua pergunta é: tudo! Veja a parábola dos servos inúteis (Lc 17,7-10). Jesus diz: "então também vós, depois de terem feito tudo o que vos foi ordenado, dizeis: ‘somos servos sem valor, que só fizeram o que era o seu dever.’" Devemos dar a Deus o que é de Seu direito, ou seja, tudo o que temos e somos. Devemos estar totalmente dedicados a Deus e cheios do Espírito Santo.
A resposta para a segunda parte da sua pergunta é que Deus nos concede, na medida em que estamos em Cristo, o perdão dos pecados, a vida eterna, a adoção como filhos, e a disponibilidade de ajuda ilimitada e de poder para a uma vida cristã. Além disso, Ele nos dá, através da experiência, na medida em que estamos cheios do Espírito, o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Quando nosso relacionamento com Deus é saudável, o produto em nossas vidas será a justiça, e o resultado da justiça é a felicidade. A felicidade é um subproduto da santidade, na medida em que a justiça de Deus se realiza em nós.
Se você não se sente levado a cultivar uma relação com Deus, Mark, pode ser porque você ainda não é um cristão regenerado. Você pode ter chegado, em termos de fé, apenas a assensus, mas ainda não ter chegao a fiducia. Você ainda não se apaixonou por Deus, e, então, o seu coração está frio para com Ele. Jesus disse que aquele que foi perdoado muito ama muito. Eu gostaria de encorajar você a meditar sobre a sua própria condição de pecador, sobre o quanto Deus perdoou (ou perdoará) você e o custo que a sua salvação teve para Cristo – ele estava disposto a morrer por você! A apreciação disso não requer que você tenha alguma teoria da expiação em mente. Qualquer que seja a teoria da expiação que você aceite, isso não muda o fato de que Jesus foi para a cruz para você e para a sua redenção, um sacrifício que é difícil de entender, ainda que num nível puramente humano.
Se você ainda não é um cristão regenerado, então eu gostaria de encorajar-te a se dirigir a Deus em solidão e oferecer uma oração de compromisso como a seguinte:
Deus, eu realmente preciso de Você. Reconheço que sou pecador e perverso e necessitado do Seu perdão. Eu creio que Jesus morreu na cruz para me salvar dos meus pecados. E neste exato momento, da melhor maneira que eu consigo, eu abro a porta da minha vida e convido Você a entrar e ser o meu Salvador e Senhor. Perdoe os meus pecados, assuma o trono da minha vida, e faça de mim o tipo de pessoa que Você quer que eu seja. Eu me entrego a Você.
Então, como alguém que renasceu espiritualmente, comece a receber o alimento que é obtido através da Palavra de Deus, da adoração coletiva significativa, da oração, da confissão e da restituição, compartilhando a sua fé com outros, além de outras disciplinas espirituais.
Não é suficiente apenas acreditar nas verdades da cosmovisão cristã. O nosso relacionamento com Deus precisa ser restaurado e curado. Isso virá somente através da obra regeneradora do Espírito Santo em resposta à nossa confiança e compromisso.
William Lane Craig
Originalmente publicado como: “What Does It Mean to Have a Relationship with God”. Texto disponível na íntegra em: http://www.reasonablefaith.org/what-does-it-mean-to-have-relationship-with-god#ixzz29OR01Nng. Traduzido por Felipe Miguel.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

A Dignidade Humana

Os insensatos que não creem na vida futura, estimulam-se com o pensamento da morte a passarem bem a vida. De maneira bem diferente devemos nós proceder, os que sabemos pela fé que a alma sobrevive ao corpo. Nós, lembrando-nos de que em breve temos que morrer, devemos cuidar da nossa eternidade e por meio de oração e santificação. 

I. Para compreendermos em toda a sua extensão o sentido destas palavras, imaginemos ver uma pessoa que acaba de exalar o último suspiro.

Ó Deus, a cada um que vê este corpo, inspira nojo e horror. Não passaram bem nem vinte e quatro horas depois que aquela pessoa morreu, e já o mau cheiro se faz sentir. É preciso abrir as janelas e queimar bastante incenso, afim de que o fedor não infeccione a casa toda. O parentes com pressa mandam levar o defunto para fora da casa e entregar à terra.

Metido que foi o cadáver na sepultura, vai se tornando amarelo e depois preto.
Em seguida, aparece em todos os membros uma lanugem branca e repelente, donde sai um pus infecto que corre pela terra e donde se gera uma multidão de vermes.
Os ratos vêem também procurar o pasto neste cadáver, roendo-o uns por fora, ao passo que outros entram na boca e nas entranhas.

Despegam-se e caem as faces, os lábios, os cabelos; escarnam-se os braços e as pernas apodrecidas, e afinal os vermes, depois de consumidas todas as carnes, consomem-se a si próprios.

E deste corpo só restará um esqueleto fétido, que com o tempo se divide, ficando reduzido a um punhado de pó.

Eis aí o que é o homem, considerado como criatura mortal. Eis aí o estado a que tu também, meu irmão, serás, talvez em breve, reduzido: um punhado de pó fedorento. Nada importa ser alguém moço ou velho, são ou enfermo: “Lembra-te, ó homem, que és pó e em pó te hás de tornar”.

Os insensatos que não creem na vida futura e têm as verdades eternas por fábulas, estimulam-se, com a lembrança da morte, a levar vida folgada e a gozarem. “Comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”.

De maneira bem diferente, porém, deve proceder o cristão, que pela fé sabe que a alma sobrevive ao corpo, e que depois da morte deste, terá de dar contas rigorosíssimas de tudo quanto tiver feito. – O cristão, que se lembra que em breve deverá deixar o mundo, cuidará da sua eternidade e procurará aplacar a justiça divina com santificação e oração.  – “Fazei soar a trombeta em Sião, santificai o jejum”.