quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Contando Nossos Dias

“Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco e depois se desvanece." (Tg 4:14)

Confesso que não sou a pessoa mais emotiva do mundo. Tenho um pouco de dificuldades em demonstrar minhas emoções e sentimentos.

Chorar é algo um tanto incomum na minha vida, mas esta semana me peguei segurando as lágrimas durante um casamento.

Não que casamentos mexam comigo, mas este foi especial. Tudo estava indo normal, até que a música começou a tocar, as portas se abriram e majestosamente minha filha começou a desfilar pelo tapete vermelho, usando um lindo vestido branco, em direção ao altar. Meio em estado de choque comecei a questionar: Onde está aquela menininha que até ontem carreguei no colo?

Agradeço a Deus por ela só ter nove anos ainda e que tenha entrado no casamento apenas como dama, mas não pude deixar de pensar que em alguns anos ela entrará usando um vestido semelhante, mas desempenhando outro papel na cerimônia. Isto, realmente, me assusta.

Completo trinta e cinco anos (embora alguns amigos achem que já tenha passado dos quarenta) e a cada dia que passa me espanto mais com a brevidade da vida. Os dias vêm e vão e o tempo não dá uma pausa nunca.

O espelho é testemunha das rugas e cabelos brancos que vão se multiplicando. Algumas pessoas já começam a me chamar de senhor. Dores vão surgindo e as vezes sinto-me como um carro precisando de revisão. Mas este desgaste natural não me preocupa.

Aos trinta e três anos Jesus entregava Sua vida por mim. Aos trinta e cinco, ainda questiono o cristianismo que tenho vivido.

Aquele que sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder (Hb 1:3), sofreu uma tripla humilhação por mim: Sendo Deus se fez homem. Sendo homem, se fez servo e por fim foi até a cruz (Fl 2:6-8), mas o tempo vai passando e continuo lutando contra meu orgulho e soberba.

O tempo não pára. Os minutos que estou usando para escrever estas palavras não voltarão nunca mais. Não serei mais um adolescente sonhando em conquistar o mundo. Minha filha nunca mais será um bebê que vou carregar nos braços.

A brevidade da vida e a incerteza do amanhã deveria nos levar a viver a vida, que Deus nos deu, com mais excelência e seriedade. Agarrando cada oportunidade de servir ao Senhor, pois é possível que elas nunca mais voltem.

Agradeço a Deus por mais um ano que Ele me deu, mas também sei que na contagem regressiva dos meus dias aqui na terra, tenho um ano a menos. Quero viver o resto dos meus dias de forma que dignifique o nome de Cristo.

Que este seja nosso desejo e motivação: Viver nossos dias na terra de tal forma que nossos passosdesejospalavras e atitudes dignifiquem o nome do nosso Senhor Jesus Cristo. 
“Senhor, Tu me sondas e me conheces.” (Sl 139:1)  Alex Amorim

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