Ezequias
é reconhecido como um bom rei, um rei que confiou em Deus e obedeceu a seus
mandamentos.
Realizou
profundas reformas religiosas em Judá, eliminando a idolatria e resgatando a
adoração e o louvor a Deus. Mas, no apogeu de sua carreira ficou doente de uma
enfermidade grave e mortal. E Deus,
então, utiliza-se do profeta Isaías para recomendar ao rei Ezequias que coloque
em ordem a sua casa, porque a doença que ele havia acometido o levaria à morte.
Ezequias
recebeu uma notícia nada agradável de receber.
“Naqueles
dias, Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal; veio ter com ele o profeta
Isaías, filho de Amos, e lhe disse: Assim diz o Senhor: Põe em ordem a tua
casa, porque morrerás e não viverás”.
O
profeta Isaías recebe de Deus uma incumbência nada fácil de ser cumprida. Ele
teria que ir até o rei para fazer uma visita e anunciar que a doença o levaria
rapidamente à morte e que ele deveria por em ordem sua casa. Este é um tipo de
visita que ninguém gostaria nem de fazer e muito menos de receber,
principalmente um rei no auge de seu reinado.
Mas,
veja também, que para Isaías, também não era nada cômodo fazer esta visita,
pois nunca se sabe a reação de um rei, que poderia não gostar da visita e
mandar prendê-lo e até matá-lo, como fez Acabe prendendo o profeta Micaías.
Uma
vitória não significa o fim da batalha.
Naqueles
dias, ... Quais dias era estes?
Depois
da grande vitória sobre o imenso exército da Assíria, em que um único anjo do
Senhor matou 185.000 soldados assírios. Ou seja, Ezequias venceu a batalha sem
precisar que seu exército empunhasse a espada.
Ele teve uma grande vitória! Mas em seguida a essa vitória, veio a sua
doença, o que nos mostra que uma vitória não significa o fim da batalha. Nem
sempre, por se perder uma batalha, perde-se uma guerra. Mas, o contrário também
é verdade: nem sempre, por se ganhar uma batalha, se ganha uma guerra.
A
verdade é que estamos em guerra contra o império das trevas e esta guerra é
contínua, ganhar, consolidar, discipular e enviar vidas cumprindo uma ordenança
de Jesus. Ou seja, termina uma batalha, seja ela com vitória ou derrota,
podemos ter a certeza de que logo haverá outra batalha a ser combatida, com
outra situação, com outro contexto, porque Deus nos coloca diante de
adversidades diversas para ver nossa reação diante de cada uma delas.
Portanto, devemos, é aprender com nossos
erros, mas o que não devemos fazer é insistir em estratégias que não funcionam.
Às
vezes, nos cansamos de lutar e sentimos vontade de desistir.
Muitas
vezes ficamos fragilizados, diante da intensidade dos ataques malignos, nos
rendemos diante dos desgastes provocados pelas batalhas, mas um cristão, um
líder, um sacerdote mesmo, jamais deixa de lutar, porque somente os corajosos
conquistarão o céu. Os covardes serão lançados fora.
Deus
se alegra com os que desenvolvem a valentia espiritual, que não se acovardam no
meio do caminho e que fazem dos momentos difíceis, uma oportunidade para vencer
o inimigo.
Satanás
é o nosso maior inimigo, e ele sempre estará armando ciladas para nos derrubar,
e, se nós não estivermos preparados, perderemos não só a batalha, mas
perderemos também a guerra! Por isso a Palavra nos adverte a estarmos sempre
alertas:
“Sede
sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão
que ruge procurando alguém para devorar; resisti-lhe firmes na fé, certos de
que sofrimentos iguais aos vossos estão-se cumprindo na vossa irmandade
espalhada pelo mundo” I Pe 5:8-9.
A
melhor notícia que temos em meio à nossa guerra é que lutamos contra um inimigo
derrotado, vencido por Cristo lá na cruz, pois Paulo nos diz que:
“E
a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela
incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos
os nossos delitos; 14 tendo cancelado o
escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos
era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; 15 e, despojando os principados e as potestades,
publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz” Cl 2, 13-15.
Jesus
já conquistou, na Cruz do Calvário, a nossa vitória sobre as trevas, porém,
existe uma insistência crônica por parte do inimigo em tentar nos esfriar em
meio ao processo de conquista.
Nunca
nos esqueçamos de que não existem caminhos fáceis, por isso devemos trilhá-los
passo a passo, sempre abundantes na obra do Senhor, para não sermos apanhados
de surpresa.
Servir
a Deus não significa ser imune contra o mal.
...
Ezequias adoeceu de uma enfermidade mortal...
Neste
mundo, todos sofrem e aqui está um exemplo disso: O rei Ezequias era uma
excelente pessoa e um bom rei.
Ele
fez o que era reto perante o Senhor; removeu os altares, quebrou as colunas e
colocou abaixo o poste-ídolo (combateu a idolatria); confiou no Senhor
(dependência); se apegou ao Senhor, não deixou de segui-Lo (intimidade); feriu
os filisteus (não fez aliança com os inimigos como o fez seu pai).
Mesmo
com um histórico de vida memorável, com tantas virtudes a seu favor, Ezequias
adoeceu de uma enfermidade mortal, jovem, na flor da idade, quando estava
realizando uma obra de restauração espiritual, ou como diríamos hoje, um
reavivamento espiritual de Judá.
A
realidade é que a doença alcança tanto os bons como os maus, tanto gente nova
como em idade avançada, tanto aqueles que estão sendo uma benção para a igreja
como aqueles que não são, tanto as pessoas que ofereceram tudo como ainda as
que têm muito a oferecer para Deus.
Fazer
a vontade de Deus tem o seu galardão, tem a sua bênção, possui suas vantagens,
mas não nos isenta das tribulações.
O
fato de sermos cristãos, não significa que estamos assegurados contra qualquer
tragédia. Somos atingidos também pelas tribulações da vida, na condição
financeira que entra em colapso, impossibilitando honrar os compromissos; o
emprego que não existe; a violência, os assaltos, os filhos problemáticos e
rebeldes; os casamento que não andam bem; as drogas; as seleções sexuais fora
do casamento; inimizades; dentre outros que compõem uma longa lista. Então,
qual a diferença de ser ou não cristão?
A
diferença é que nas provações e lutas da vida não estamos sozinhos. Temos um
Deus conosco. Temos uma esperança que
nos sustenta, a esperança de que a morte não é o fim, porque, Deus nos
ressuscitará e nos dará a vida eterna.
Quem
não teme ao Senhor, sofre e morre sem esperança! Muitos morrem em seu
desespero.
Nós
somos mais do que vencedores por meio de Cristo Jesus, porém não estamos
isentos das batalhas e das guerras que surgirão para forjarem o nosso caráter.
Paulo
fez um convite nada agradável:
“Participa
dos meus sofrimentos, como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum soldado em serviço se envolve em
negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o
arregimentou. Igualmente, o atleta não é
coroado se não lutar segundo as normas.
O lavrador que trabalha deve ser o primeiro a participar dos frutos.
Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as
coisas” II Tm 2:3-7:
Deus
permite que Seus filhos sofram, mas faz com que todas as coisas, tanto as boas
como as ruins, cooperem para o bem daqueles que O amam.
Deus
estava com José e abençoava tudo que ele fazia, mas este homem foi vendido
pelos próprios irmãos a mercadores e, no Egito, na casa de Potifar, José foi
acusado de algo que não fez e lançado na prisão por causa isso. Mas, no tempo de Deus José saiu daquela
prisão para ser governador do Egito. A promessa de Deus é que nenhuma provação
será maior do que possamos suportar:
“Não
vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel e não permitirá
que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a
tentação, vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar” I Cor. 10,13.
Não
sei como você está agora, mas se está atribulado saiba que Deus tem permitido
esta tribulação em tua vida, porque Ele confia em você e sabe que pode
suportá-la.
Sabe
por que algumas vezes perdemos uma batalha? Porque não utilizamos as armas da
maneira correta e nos desviamos das estratégias de Deus.
Quando
andamos pela nossa própria estratégia, fazendo a nossa própria vontade, achando
que já sabemos tudo, ficamos soberbos, caminhamos pelo nosso próprio caminho e
o nosso fim será à queda. Fazemos isso quando achamos que os filhos de Deus não
podem sofrer, não devem ficar doentes, não devem ser pobres, não podem
enfrentar dificuldades financeiras.
Fazemos isso, quando achamos que Deus é rígido demais, que está jogando
pesado conosco, que não nos tem tratado com amor, mas com dureza. Essas são
estratégias erradas! Na realidade, são estratégias malignas!
“Bem-aventurado
o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido
aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam” Tg 1,12.
As promessas de Deus são para o vencedor e ele
deve ser corajoso, guerreiro e preparado para a guerra, para a vida difícil,
árdua, porque não é aqui o nosso lugar de descanso.
É
necessário estarmos preparados para quando nossa hora chegar.
“...
Veio ter com ele o profeta Isaías, filho de Amos, e lhe disse: Assim diz o Senhor:
Põe em ordem a tua casa, porque morrerás e não viverás”.
Portanto,
veja que uma segunda provação, mais terrível que a primeira, aflige agora o
rei: a morte bate a sua porta.
Portanto,
ser filho de Deus não garante perfeita saúde por toda a vida e não afasta a
possibilidade de morte súbita e nem de morte prematura.
Quem
era Ezequias? Um rei bom que preferiu agradar ao Senhor com um reinado justo e
realizou uma reforma religiosa em Judá restaurando a adoração e o louvor a
Deus, mas que de repente a morte bate a sua porta.
A
morte é uma realidade com a qual somos confrontados diariamente através das
notícias nos jornais e na televisão. Mas, a pergunta importante é: estamos
preparados para a morte e para o que vem depois?
Todos
nós, sem nenhuma exceção, justos ou injustos, estamos sujeitos a morte
repentina em decorrência de alguma anomalia no coração ou de outra enfermidade
e, portanto, é necessário que estejamos preparados para a morte, seja ela
demorada, súbita ou prematura.
Colocar
a casa em ordem é estar espiritualmente preparado para morrer a qualquer hora.
Se acharmos que com a morte tudo acaba, estamos enganados:
“E,
assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o
juízo” Hb 9,27.
Portanto,
não é o “nada” que nos espera, não é uma vida em outra forma, como muitas
religiões e filosofias, querem nos fazer acreditar. Não! O que nos espera é o
julgamento de Deus. Isto quer dizer que vamos ter que prestar contas na
presença de Deus de nossos atos e sobre como reagimos em relação ao Seu Filho
nesta vida. Isto decidirá onde passaremos a eternidade: no céu ou no inferno.
E
se não quisermos acreditar que isso seja verdade, seremos surpreendidos na
nossa partida e teremos um arrependimento tardio, como teve o homem rico que,
em agonia no inferno, clamava por misericórdia, mas era tarde demais.
Se
preparar para a morte significa colocar sua vida com Deus em ordem. Para isso
existe somente um caminho: aceitar a salvação que Jesus Cristo oferece através
de Sua morte na cruz:
“Porque
Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo,
não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele” Jo 3:16-17.
“E
não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro
nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” At 4:12.
“Respondeu-lhe
Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim” Jo 14:6.
Não
deixe para mais tarde a sua decisão, sobre onde você gostaria de passar a
eternidade, se com Jesus na Glória ou longe dEle na perdição eterna?
Dê
este passo, se entregando todos os dias a Jesus. Deus lhe receberá com os
braços abertos, lhe perdoará toda culpa e lhe dará vida eterna.
Jesus
espera você tomar esta decisão há tanto tempo! Veja o rei Ezequias, em sua
angústia, mais uma vez se voltou para o Senhor.
Certamente,
com a sua enfermidade, com ela já em adiantado estado, ele já não poderia
entrar no santuário como costumava fazer para orar, mas é sempre possível
encontrar Deus, mesmo em um leito de enfermidade. Ele apenas virou a cabeça e
orou ao Senhor e Deus lhe ouviu a oração. Quantas pessoas acamadas têm tido
essa abençoada experiência todos os dias!
O
rei Ezequias, após uma laboriosa vitória é novamente provado por Deus, agora
através de uma enfermidade mortal.
Não
vivemos em uma estância de férias, não existe trégua em nossa guerra, não
estamos imunes dos ataques e das atrocidades de nossos inimigos, precisamos
estar sempre preparados, fortalecidos na graça daquele que pode nos sustentar.
Tenha
uma atitude correta diante de uma má notícia.
O
que fez o rei Ezequias quando recebeu a má notícia de sua morte? A Bíblia diz
que o rei chorou e abriu seu coração a Deus.
Pelas
suas palavras vemos que estava preparado para morrer, mas ele não se conformou
em deixar este mundo na flor da idade, sem terminar aquilo que havia começado
no seu reinado. Desesperadamente clama ao Senhor.
A
oração sempre deve ser o nosso primeiro recurso.
Note,
que Ezequias virou o rosto para a parede e orou ao Senhor. Muitos, no lugar de
Ezequias, reagiriam de maneira bem diferente.
Certamente,
alguns, tomados pelo desespero, se descontrolariam, enquanto que outros cairiam
em profunda depressão, chorando incessantemente e haveria os que blasfemariam
culpando a Deus pela situação. Outros iriam cobrar as suas obrigações.
Provavelmente, alguns precipitariam ao suicídio, outros se culpariam
acreditando estarem sofrendo algum castigo. Enfim, muitas outras reações, que
certamente seriam diferentes da adotada pelo rei Ezequias.
Só
mesmo alguém tomado por uma profunda convicção poderia agir como ele agiu.
Com
o corpo debilitado e enfraquecido pela enfermidade, mas com o espírito forte,
não conseguindo levantar-se do leito em que se encontrava, ali mesmo virou-se e
com o rosto voltado para a parede e fez seu clamor através de uma oração ao seu
Deus. Veja, que Seu primeiro e único recurso foi a oração.
Deus
sempre tem um propósito a realizar em nossa vida, mas Ele deseja que o homem
esteja disposto a orar, para que se estabeleça a Sua vontade.
Esta
é a função da oração, preparar o caminho para que Deus realize Sua vontade.
Sendo assim o homem deve fazer com que sua vontade seja conforme a vontade de
Deus para que suas orações sejam respondidas.
“E
esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa
segundo a sua vontade, ele nos ouve. E,
se sabemos que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que
obtemos os pedidos que lhe temos feito”
I Jo 5,14-15.
Portanto,
a oração tem como objetivo estabelecer a vontade de Deus em nossa vida, desta
forma, devemos conhecer melhor a vontade de Deus, para que nossas orações sejam
agradáveis a Deus e nossos propósitos sejam cumpridos.
A
oração é o estabelecimento de um diálogo do homem com Deus, sendo que, devemos
estar atentos a resposta de Deus, que vem através de Seu falar em nosso coração
ou através de circunstâncias exteriores.
É através da oração que colocamos nossas
ansiedades nas mãos de Deus, crendo que Ele é poderoso para nos dar paz
interior, e resolver nossos problemas da melhor maneira possível para nosso
crescimento espiritual.
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