Desse o momento em que Deus criou o
mundo e tudo que nele existe com o poder de sua palavra, formando o ser humano
com suas próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida, ocorreram muitos dias
importantes na história da humanidade, porém, desde o pecado há grande
expectativa no coração humano sobre o futuro que o aguarda. As Escrituras
registram a volta do Senhor Jesus a este mundo, este será o mais
significativo evento de todos os tempos.
A Bíblia Sagrada diz que o céu é a habitação de Deus. E esclarece que o caminho
da vida é para cima, a fim de que se desvie do inferno, que está para baixo.
A Bíblia fala em três céus:
1º. Auronos. Este é o nome dado ao
que conhecemos de "primeiro céu". É o "céu atmosférico" que
Jesus descreveu como "extremidades dos céus".
2º Mesoranjos. Este é o nome dado ao
céu intermediário, chamado de "céu estelar"; "céu
planetário" e também "céu astronômico". A Bíblia descreve como
"alturas".
3º. Eporaneos. Este é o nome dado ao
céu superior, que a Bíblia chama de "terceiro céu"; "céu dos
céus" (Números 9.6).
A esperança que sustenta o povo de
Deus hoje
Todas as profecias registradas no
Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, descritas em seus
mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente. A doutrina da volta de Senhor
Jesus, de igual modo, tem fundamentos profundos na palavra profética,
oferecendo certeza e segurança aos que creem no retorno do Senhor a este mundo.
Jesus afirmou que iria ao céu - à habitação de Deus - preparar o lar que será o
destino final dos cristãos e voltaria para nos levar para lá. Ele foi ao céu e,
através de anjos, reafirmou sua promessa que voltará.
O céu não saiu da prancheta de projetistas humanos, a estadia foi pensada de
maneira perfeita para ser o lugar de todos que aceitaram a Cristo como Senhor e
Salvador. Não é uma tenda ou um tabernáculo. Não é uma casa alugada construída
por mãos de seres mortais. É uma permanência perpétua edificada através do
poder do Supremo Criador, erigido com o objetivo de propiciar felicidade
eterna. Considere que receberemos a posse no tempo devido. No céu há muitas
mansões, há espaço distinto para cada um que ali chegar, há muitos filhos para
serem levados à glória. Lá, todos os verdadeiros cristãos são bem-vindos, para
morar permanentemente.
Ao retornar, Jesus levará o seu povo
para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um
cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age como
nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós.
As promessas infalíveis sobre a vinda do Senhor são citadas 1.527 vezes no
Antigo Testamento e 320 vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas,
pessoas comuns, evangelistas e até anjos mencionaram a vinda de Jesus a este
mundo.
Da mesma maneira, cerimônias,
parábolas e ilustrações sinalizam com muita contundência que Jesus virá outra
vez.
A vinda majestosa de Jesus Cristo se
dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos.
Isto é mostrado claramente nas
páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro o que diz as Escrituras
a esse respeito, evitando interpretações equivocas.
As Escrituras mencionam sinais que apontam ao advento da volta:
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos
2.19;
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6; Lucas
21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo
4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum
2.4).
Primeira fase: o Arrebatamento da
Igreja
A palavra "arrebatado" é
traduzida do verbo grego "harpazo", que significa "tirar",
"arrancar com força"; o vocábulo latim "raptare", que em
português é "raptar", também significa "arrebatar".
Este assunto é um mistério que só
será compreendido plenamente quando ocorrer.
Nesta primeira fase, Jesus virá secretamente para a Igreja que o está velando e
esperando. Ele virá até as nuvens, seus pés não tocarão o solo, nos encontrará
nos ares. O Arrebatamento ocorrerá antes da Grande Tribulação.
A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo
apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4. Na primeira etapa da
vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento: o retorno será invisível aos olhos
de quem vive segundo o estilo do mundo, pois este não serve a Deus.
O Arrebatamento acontecerá em data e
hora desconhecidas e as pessoas do mundo só saberão o que houve depois, quando
notar a ausência de milhões de cristãos. O Senhor Jesus voltará secretamente
para levar consigo todos quantos morreram salvos e todos os que estiverem vivos
e preparados, isto é, àqueles que estiverem, em vida, servindo-o fielmente. Os
mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito rápida,
tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos. Repentinamente,
os dois grupos, juntos, irão ao encontro do Senhor e serão transladados por Ele
às mansões celestiais. A maioria dos salvos será composta de gentios e não de
judeus, estes subirão com Cristo nos ares.
Segunda fase: a vinda em forma visível
Este evento apocaliptico acontecerá
sete anos após o Arrebatamento da Igreja, já no final da Grande
Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João
14.3, ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os
seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no
céu, na terra, no inferno e em todos os lugares. Neste evento, Jesus
estará acompanhado da Igreja glorificada composta dos crentes que subiram no
Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo Tribunal
de Cristo. Esta vinda será contemplada por todos os habitantes da terra - isto
será possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida.
A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real,
corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais.
Jesus ascendeu ao céu quando estava rodeado de discípulos no monte das
oliveiras, e neste mesmo ponto geográfico acontecerá a revelação do seu retorno.
A ascensão de Jesus ocorreu no monte das Oliveiras, o solo deste monte foi o
último lugar da terra em que os pés de Cristo pisaram e seu retorno acontecerá
ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o
crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles.
Sobre esta segundo momento do
retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro,
profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está
defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o
primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a vergonha quando julgado
injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz.
No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos
seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador coloca
seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum dano.
Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor a ser
refinado.
O padrão dos crentes de Tessalônica para os últimos dias
Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os
gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica,
advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos
crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma
questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte
politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio,
Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e
greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande
Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.
Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme
desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a
possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo
anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação
da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da
religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o
apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade.
Diante da extraordinária narrativa de
Paulo sobre Jesus, aquela população foi impactada pelo poder da Palavra, e
consequentemente fez com que a fé para a salvação brotasse no coração daqueles
irmãos, houve uma significativa adesão ao convite do Senhor e os
tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus.
Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da
própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a
componentes sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo
de cristão e a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário
receber a Jesus como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados
cometidos e firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou
continuado. Jesus muda o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de
coração.
Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos
greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato
nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz
de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e
passa a ter comunhão com Cristo, todos os embaraços existentes em sua vida são
vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e dinâmica.
E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu.
Conclusão
Segundo as palavras bíblicas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em
qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando arrebatará a Igreja.
Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de Deus. Alguns ousaram afirmar
que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento. Todos os especuladores que
tentaram determinar data e horário foram envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.
Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito. Ele virá
surpreendendo a humanidade, por este motivo todos precisam estar prontos para
sua chegada. Eliseu Antonio Gomes.
Compilações:
1ª Escola Bíblica para Obreiros (EBO): Escatologia, Valdir Nunes
Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia
de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014,
Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus,
páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva
Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor
Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018,
páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.