A diaconisa Cida durante o culto na ministração do louvor começa a chorar, a se quebrantar completamente na presença de Deus, e sente em seu interior de ajoelhar ali onde ela estava. Já a Fernanda durante a pregação da Palavra sentiu uma vontade imensa de profetizar na vida de um irmão da congregação, ficou de pé e começou a falar o que o Senhor tinha dito a ela interrompendo a mensagem do pastor. Alguns irmãos ao término do culto falavam sobre a atitude de Fernanda, uns ficaram entristecidos, pois não puderem ouvir o pastor terminar de pregar, outros a defendiam dizendo apenas que era uma forma a qual ela adorava e se expressava utilizando os dons do Espírito. E o que você acha dessa história? Bem, é isso que vamos abordar na postagem de hoje: a forma que cada um tem de adorar; e se todos os jeitos agradam ao Senhor ou não.
Com certeza você já ouvir alguém justificar uma situação dizendo: “ah, mas cada pessoa tem seu jeito de adorar!”. Em certa parte eu até concordo, pois há estilos diferentes em que alguém pode expressar adoração ao nosso Deus. O problema dessa frase é generalizar, até porque existem várias formas de expressão, porém há uma forma certa como também há uma forma errada de prestar adoração, como está escrito:
“Por isso sejamos agradecidos, pois já recebemos um Reino que não pode ser abalado. Sejamos agradecidos e adoremos a Deus de um modo que o agrade, com respeito e temor.” (Hb. 12.28)
1) Cantar.
Existem pessoas que acham que adoração é apenas entoar hinos ao Senhor, e não é bem assim. Cantar é apenas uma das formas de adoração ao Rei dos reis. Jesus afirmou para a mulher samaritana: “No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura.” (Jo 4.23). Isso significa quem temos de entoar louvores em espírito (que é cantar com consciência, analisando a letra da canção, e não cantando da boca pra fora) e em verdade (que é cantar canções baseadas na verdade das Escrituras). Se você canta, mas não faz isso de coração para Deus, Ele não receberá a sua adoração. E é importante ficar antenada, pois nem toda música gospel agrada ao Senhor.
“Darei graças ao Senhor por sua justiça; Ao nome do Senhor Altíssimo cantarei louvores.” (Salmos 7.17)
2) Tocar instrumentos musicais.
O som que sai dos instrumentos musicais quando você o toca (sabendo tocar) é um louvor agradável a Deus; além de também ajudar a todas as pessoas durante o culto a ficarem no ritmo e terem harmonia.
“Louvem-no ao som de trombeta, louvem-no com a lira e a harpa.” (Salmos 150.3)
3) Ajoelhar-se.
Uma forma de se render ao Pai é ficar de joelhos, seja para entoar cânticos, seja para orar. Ao chegar a igreja a primeira coisa que se faz é ajoelhar no banco e orar ao Senhor, pois essa é uma forma de reverência a Ele. E não fique tímida ao sentir o Espírito Santo lhe tocar para que fique ajoelhada diante dEle no momento da oração ou dos louvores. É importante destacar que a oração não é somente de joelhos (At 20.36), mas pode ser em pé (Lc 18.13), sentado, etc.
“Venham, fiquemos de joelhos e adoremos o Senhor. Vamos nos ajoelhar diante do nosso Criador.” (Salmos 95.6)
4) Prostrar-se.
Ajoelhar e prostrar não são a mesma coisa? NÃO! Quando você se prostra fica literalmente com a boca no pó, curvando-se ao único que é digno de receber adoração. Dessa mesma forma você pode orar a Ele.
“Anunciem a glória de Deus; curvem-se diante do Senhor, o Santo Deus, quando ele aparecer.” (Salmos 29.2)
5) Erguer as mãos.
Não importa se é erguer as mãos completamente, esticar o braço e apontar o dedo para cima, erguer as mãos até certo ponto; tudo isso é erguer as mãos. É um gesto que expressa algo profundo do coração humano, apresentando uma súplica a Deus.
“Seja a minha oração como incenso diante de ti, e o levantar das minhas mãos, como a oferta da tarde.” (Salmos 141.2)
6) Júbilo.
Essa é uma palavrinha difícil de ser compreendida, mas vou tentar explicar... Júbilo é fazer ruídos de alegria, ter grande alegria, dar grito de alegria. Na prática funciona da seguinte maneira: Quando alguém diz “glória a Deus”, “aleluia” e “amém”, ela está expressando sua alegria concordando com algo dito ou cantado; e respectivamente estas palavras querem dizer, dar honra a Deus; louvem a Deus; assim seja. Outra forma de expressar júbilo é falando em línguas estranhas, o que a Bíblia diz serem cânticos espirituais (Ef 5.19), ou seja, vindo do Espírito Santo. Vale lembrar que há uma enorme diferença entre uma mensagem em línguas estranhas e falar línguas estranhas (e quem sabe um dia eu faço uma postagem explicando melhor esse assunto); a mensagem em línguas quando dita dentro do ambiente da congregação deve ser seguida por interpretação (1 Co 14.27,28), já o falar em línguas sendo uma forma de júbilo não precisa de interpretação (1 Co 14.2). Quando você dá gritos de júbilo ao Senhor, até os que não são cristãos reconhecem que Ele fez grandes coisas por você (Sl 126.2). Entretanto, essa coisa de “rir no Espírito” e o povo ficar dando gargalhada, não é júbilo e nem unção, é “invencionice” do ser humano e, portanto, uma desonra a Deus.
“Louvai a Deus com brados de júbilo, todas as terras.” (Salmos 66.1)
7) Bater palmas.
Há algumas igrejas que não batem palmas, mas isso é questão de doutrina da denominação. Porém, não há problema algum em bater palma contanto que façam da maneira correta. Você pode bater palmas no acompanhamento de músicas, sim. E no final de um louvor? É errado aplaudir quando alguém encerra um louvor ou uma pregação, seja lá o que for, na verdade o correto seria você erguer as suas mãos até que ela fique acima de sua cabeça e bater palmas, pois isso indica que a glória é para o Senhor e não para a pessoa. Você também pode bater palmas quando é impulsionado pelo Espírito Santo.
“Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de júbilo.” (Salmos 47.1)
8) Pular.
Não, não é pular quando a música diz “diante de Ti dá vontade de pular”, não tem nada a ver com esse pular. Sabe quando você está tão sintonizado com o Pai que dá aquela vontade de dar uns pulos glorificando a Deus? Esse é o pular bíblico, é saltar da presença do Senhor.
“Em ti me alegrarei e saltarei de prazer; cantarei louvores ao teu nome, ó Altíssimo.” (Salmos 9.2)
9) Dançar.
Às vezes pode sentir um grande mover do Espírito que dá vontade de se expressar dançando, e pode fazer isso contanto que não atrapalhe adoração dos irmãos. Sobre dançar como forma de adorar ao Senhor, aconselho que sempre seja uma exceção, porque como disse acima não se deve atrapalhar adoração alheia. Será que você fazendo isso, as pessoas colocarão os olhos em você? Se sim, então não faça em ambiente de culto na igreja, apenas na sua intimidade com Deus em casa.
“Louvem eles o seu nome com danças; ofereçam-lhe música com tamborim e harpa.” (Salmos 149.3)
10) Chorar.
A presença de Deus é tão intensa que nós nos quebrantarmos completamente e lágrimas rolam em nossa face. O chorar diante dEle não é algo teatral, forçado, nem mesmo carnal, pelo contrário, é algo espontâneo, espiritual. Por que choramos? Choramos por causa do nosso próprio pecado, isto é, em arrependimento ao Senhor (Jl 2.12); assim como choramos pelo pecado dos outros (exemplo: a violência no mundo). O choro de arrependimento produz conforto vindo de Deus. É por esta razão que Jesus disse: “Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.” (Mt 5.4). Existem muitas pessoas que não conseguem chorar na presença dEle por causa da dureza do coração, a conformidade com o pecado e até mesmo a presunção da misericórdia (aquele pensamento: vou pecar, e depois peço perdão a Deus, Ele vai me perdoar mesmo...).
“Aquele que sai chorando enquanto lança a semente, voltará com cantos de alegria, trazendo os seus feixes.” (Salmos 126.6)
Tudo o que foi escrito nesta postagem está relacionada à forma de adoração dentro do culto, com a liberdade de expressões. Entretanto, não é só dentro da igreja que adoramos ao Senhor. Rendemos adoração a Deus com a nossa própria vida, obedecendo aos mandamentos dEle.
Lembra da atitude da Fernanda no começo da postagem? Ela teve uma boa intenção, porém deveria esperar a pregação terminar para profetizar não interrompendo o pastor. O que aprendemos com isso? Não importa se intenção é boa, o que importa é o respeito e temor ao Senhor. Lembra de Uzá? Os soldados de Israel carregaram a arca da aliança num carro de bois, certo momento os bois tropeçaram e Uzá estendeu a mão para não deixar a arca da aliança cair no chão, e no mesmo momento o Senhor o matou pela falta de respeito de Uzá para com Ele (2 Sm 6.1-8). A intenção dele era boa, mas mesmo assim Deus não se agradou.
Para finalizar, deixo um versículo para meditação: “Mas tudo deve ser feito com decência e ordem.” (1 Coríntios 14.40)
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