Já fui jovem e agora sou velho, mas nunca vi o justo desamparado (Sl 37.25).
Chegou o outono! Foi-se o verde das árvores anunciando que o esplendor do clima já declinou no relógio do tempo. Há muitos que vivem o outono da vida. É a estação da coragem, transformação, mudança. São transformações necessárias para nos preparamos para os invernos que vamos viver.
No outono de nossas vidas, muitas vezes vivenciamos mudanças que temos dificuldade em assimilar. É interessante ver o quanto essas transformações podem ser bem-vindas se não ficarmos presos ao medo das folhas que caem. Uma metáfora, claro, sobre as transformações que vão ocorrendo em nosso corpo e a percepção de que não somos mais tão jovens. Mas, tempo nos dá sabedoria para atravessar a vida.
A velhice de quem teme a Deus é compensadora, não um período de angustia, depressão, magoa e separação, mas um período de paz, de sossego, de reflexão, de sonhos, de realizações, de experiências passadas a geração nova que se levanta para continuar a obra.
Salomão, em sua velhice, escreveu um dos mais belos livros da Bíblia: Eclesiastes (o que prova que os velhos podem continuar sendo úteis). E em Eclesiastes 12:1 o velho sábio diz: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais dirás: Não tenho neles prazer”
Salomão está dizendo, em outras palavras: “Lembra-te de Deus enquanto és jovem e forte, enquanto tens saúde e entusiasmo. Lembra-te de Deus antes que venham as dores reumáticas, as enxaquecas, os achaques da velhice. Antes que venham os maus dias e cheguem os anos dos quais dirás: Acabou-se a alegria”
Pois, envelhecer não é caminhar no tempo, mas estacionar nele, pois na verdade "as pessoas não ficam velhas. Quando param de crescer é que envelhecem."
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