Todos dependemos da mútua
intercessão. Quem sou eu para achar que possa triunfar sobre as batalhas
diárias sem que outros intercedam por mim diante de Deus? Seria um arrogante se
pensasse assim. Sei que a oração intercessória de milhares de irmãos por esse
Brasil afora me sustenta. Sou grato a Deus por aqueles que se lembram de mim.
Mas o que me traz ao tema
são as muitas campanhas de oração promovidas em nossas igrejas para mobilizar o
povo a orar. É óbvio que não podemos deixar de ensinar ao povo sobre por que
devemos orar. Apenas para ilustrar de forma bem viva, a oração faz parte do nosso
metabolismo espiritual. Não é opção. É necessidade.
Mas as campanhas em si
mesmas, da forma como muitas vezes são feitas, sem cair no terreno da
generalização, ao invés de revelar uma espiritualidade sadia, mostram que
alguma coisa está errada. Há algo que não vai bem. Existe alguma fragilidade
por trás, diferente da mensagem que querem passar, qual seja a de que a oração
é algo desejado, buscado, ansiado, por isso as campanhas.
Vejo por outro prisma.
Quando campanhas de oração precisam ser promovidas - com as devidas exceções -
é porque ela já entrou no processo de rotinização da igreja, já é algo que se
faz como mero rito, já não é fruto daquela espontaneidade dos que, como terra
sedenta, têm sede de Deus. É mais um ato enfadonho do culto.
Embora compreenda quem
promove campanhas de oração, o que menos precisamos é disso. Precisamos
simplesmente orar, assim como respiramos sem que alguém fique a martelar em
nossos ouvidos: "anda, respira", a não ser que estejamos morrendo!
Orar, se me permitem,
precisa ser permanentemente o nosso estado mental em qualquer lugar, até mesmo
quando estamos dormindo!
Geremias Couto
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