“Portanto, tomai toda a armadura de
Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a
couraça da justiça, e calçados os pés na preparação do evangelho da paz; tomando
sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados
do maligno. Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a
palavra de Deus” (Ef. 6,13-17)
O apóstolo Paulo aconselha os cristãos a se
protegerem das astutas ciladas do inimigo, fazendo uma comparação com a antiga
armadura que os legionários romanos usavam na época: cinturão, couraça, calçados,
escudo, capacete e espada.
Darei ênfase à espada. “Tomai também o capacete da salvação, e a espada do espírito, que é a
palavra de Deus” (Ef. 6,17).
A espada é uma arma tanto ofensiva quanto defensiva
usada para se proteger do mal ou para atacar o inimigo e vencê-lo. Era uma arma
de guerra extremamente importante usada pelos soldados do exército Romano.
A
espada do Império Romano, media entre 0,75 a 1 m. de comprimento, e teve largo
uso na Europa durante o primeiro milênio, no Império Romano. O
gládio era a espada utilizada pelas legiões romanas. Era uma espada curta, de
dois gumes, de mais ou menos 60 cm, mais larga na extremidade. Era muito mais
uma arma de perfuração do que de corte, ou seja, devia ser utilizada como um
punhal, ou uma adaga, no combate corpo-a-corpo. Diz-se que era capaz de
perfurar a maior parte das armaduras. Não há provas de que a espada era usada
exclusivamente para golpear. Substituiu o gládio aparentemente nas linhas
dianteiras, permitindo o avanço da infantaria.
Originalmente
a espada era usada pelos oficiais da cavalaria e auxiliares do exército romano
em sua fase final. Normalmente era uma versão mais longa do gládio, espada em
folhas usada pelos legionários. Apesar de o tamanho variar até 1 metro,
raramente atingiam este comprimento. Ao contrário do gládio, era carregado ao
lado esquerdo, devido seu maior comprimento. A sua origem é completamente
desconhecida, mas os registos remontam ao Império Romano, ainda no século I
Naquele tempo, era uma arma para ser usada pelos
soldados na guerra. Era necessário que o soldado tivesse um treinamento diário
e rígido sobre seu uso correto para obter dela o máximo benefício. Os solados eram
treinados diariamente no uso da espada. Quando recebia uma arma, nunca a
abandonava; aonde ia, a arma estava junto com ele, seja acordado ou dormindo. Estava
do seu lado e em suas mãos, pronta para ser usada. A intimidade de um soldado
com sua arma era tão grande que às vezes parecia que os dois eram um só.
Hoje a espada serve como enfeite, objeto de decoração,
e em alguns casos, como instrumento para realização de esportes, ou na
participação de eventos comemorativos.
Assim é também para alguns cristãos, nos dias de
hoje. Muitos usam a Palavra de Deus somente como um enfeite ou um objeto
decorativo; muitos até brincam com a Palavra. Usam somente em eventos festivos,
congressos e coisas parecidas. São poucos que a usam diariamente, como arma de
guerra, como arma de ataque ou de defesa. Não se pode usá-la de qualquer forma.
Requer treinamento, e requer algo mais, pois esta não é uma espada comum, é a
Espada do Espírito, e isso deixa claro que o Espírito Santo tem sua função
indispensável no ataque aos poderes das trevas. A Espada não tem poder algum se
não estiver sendo usada no Espírito. O Espírito é o Poder da Palavra.
É a maior arma de ataque contra o inimigo: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz,
e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão
da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos
e intenções do coração” (Hb. 4,12).
Quanta intimidade você tem com a Palavra de Deus?
Quando você não está na igreja a Palavra está junto de você em seu coração? Pois,
quanto mais próximo da Palavra você estiver mais intimidade e habilidade você
terá para usá-la como arma espiritual para vencer qualquer inimigo que venha
contra você.
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