quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Evangélicos sem o Evangelho

Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Romanos 1:16.

A igreja atual está buscando uma nova reforma, mas reforma sempre dá formas as que já existem. Esta forma de cristianismo que estamos vivenciando nestes últimos dias, foi inventada há muito tempo pelo imperador Constantino. Aquilo que Constantino fez há 1700 anos foi uma construção humana, então por que iríamos reformar isto? Para que reformar aquilo que nem Jesus Cristo reconhece e nunca teve relação alguma com isso. Irmãos, Jesus Cristo veio fazer algo mais radical, para um processo real de entrega, de conversão e regeneração. De uma transformação de todo conteúdo dentro de cada um de nós. A questão é mais séria do que uma reforma. Portanto, temos que analisar o seguinte: Será que este “Jesus” que os evangélicos usam de maneira babante o dia inteiro e sem significado, tem alguma coisa a ver com o Jesus dos Evangelhos? Nada a ver! Terminologia e “igreja” definem um cassino hoje em dia, e não um ajuntamento da piedade, do amor, da misericórdia, da graça e da bondade. Qual é o motivo? Não reter a Cabeça da igreja que é Cristo.


E não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. Colossenses 2:19

O termo evangélico entre nós; contradiz o que o sentido do termo evangélico define. Evangélico no novo Testamento é uma expressão usada por Paulo no qual revela a qualidade do Evangelho. Portanto, hoje a nossa volta, quando vemos esse termo sendo usado de maneira abusiva, pois tudo é evangélico, todos são evangélicos, agora só tem evangélicos. Eles podem ser tudo, menos evangélicos. Como pode alguém ser evangélico e não carregar nem uma gota do Evangelho em suas mentes, almas, decisões, sentimentos e compreensões? Isto que estão vivendo é outro estelionato. Vejamos a sentença do Senhor: Não há de ficar em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não permanecerá ante os meus olhos. Salmos 101:7.

Vivemos em uma época em que a grande maioria dos evangélicos nem sabem o que é igreja, quanto menos Evangelho. Em nosso país igreja é conhecida como um bazar de ofertas perversas e idolátricas, que se constitui em nossa volta com todas as matizes. Até mesmo muitos grupos históricos também entraram nas ondas das doenças barganhantes, ou seja, estão vivendo um “evangelho” de troca. Irmãos o que temos em nossa volta não é algo que possa ser enfrentado com uma reforma. Re-formar o que? Dar uma outra forma a essa coisa que está ai? Pode-se dar a reforma que se quiser, não adiantará nada. Nós estamos é diante da necessidade da regeneração, da verdadeira conversão. Jesus foi tão claro para aquele mestre de Bíblia: Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo João 3:7

Deus não pediu de nós 95 teses, nem 50, nem 30. Ele pediu de nós que creiamos no Evangelho do Seu Filho Jesus Cristo, o resto é comentário. O que é o Evangelho? O Evangelho é a certeza de que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo e não imputando aos homens as suas transgressões”. Evangelho é aquilo que Cristo é e fez. Ele morreu, mas nos fez participantes de Sua morte e ressurreição, conforme afirma as Escrituras Sagradas em Romanos 6:5 'Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição'.

Evangelho é a certeza de que não há barganhas a fazer com Deus, porque está tudo consumado e pago. Aquele grito definitivo de Jesus na cruz “está consumado”, cancelou todas as coisas e todas as culpas. O que é Evangelho? É a certeza dos escritos de dívidas da lei de Moisés, lei moral, lei cerimonial ou qualquer outra natureza, foi cancelada inteiramente e encrava na cruz. E com esse ato de Jesus, Ele esvaziava os principados e potestades do seu poder, triunfando sobre eles na cruz. Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. Colossenses 2:14-15.

O que é o evangelho? É o fato real de que todo aquele que crê em Jesus Cristo e por meio de Jesus alcança graça em plenitude absoluta e total. Graça que nos justifica, que nos salva, que nos santifica, que nos ungi. Graça que não só nos torna aceitáveis diante de Deus sem barganhas a fazer, mas graça que também nos capacita que nos fortalece e nos condiciona na justiça e nos educando na verdade, para que andemos no Evangelho. Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente Tito 2:11-12.

O Evangelho é a maravilhosa notícia de que está tudo feito. Se Deus não tivesse feito, o que poderíamos fazer em nosso favor no que concerne a nossa salvação? Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8-9.

O Evangelho simplificadamente é morte e ressurreição e a sua convergência total e absoluta dele é para Jesus. Não é nem mesmo para a Escritura e nem para a fé. Porque fé sem Jesus Cristo não produz absolutamente nada. É fé na fé, porque Jesus é o Autor e consumador da fé. As Escrituras sem Jesus Cristo é a mãe de todas as heresias. As Escrituras lidas sem vermos a Jesus Cristo é um balaio de gatos inconciliável. É a receita para a gadarenização psicológica da mente. É querer que as Escrituras se somem a Jesus, e que o pacote seja então a nossa fé. Não é! A partir de Jesus, e nós ficamos sabendo dEle pelos evangelhos, e pelos evangelhos somos informados que Ele é o cumprimento das profecias. Pelos evangelhos e pelo cumprimento das profecias, nós ficamos sabendo que o próprio Jesus expos a Seu respeito o que constava em todas as Escrituras. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Lucas 24:27.

Depois nós vemos Paulo e também o escritor de Hebreus nos dizendo que quem tem a Cristo, tem toda a revelação de Deus. Jesus é o Verbo, Ele é a Palavra, Ele é a totalidade de todas as coisas. Em Jesus está oculto “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”. Cristo é a realidade, e a realidade habita naquele que creu em Jesus de todo o seu coração. Quando cremos na realidade, não devemos mais ficar com as sombras, tipos e simbolizações que caíram em caducidade e obsolescência diante da realização e encarnação da plenitude do Verbo que é Jesus Cristo.  Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.1 Timóteo 3:16

A partir de Jesus nós podemos reler a Bíblia inteira e com absoluta clareza. E aquilo que ficar conforme o Espírito do Cristo glorificado, isto permanece. Aquilo que se antagonizar ou se tornar infantil diante da realidade que é Cristo, deve ser descartado por nós. Jesus é o centro. A reforma dizia: “Só as Escrituras”, “só a graça”, “só a fé”, “só a glória”, “só a Cristo”. Pois tudo isto é muito pilares, mas cristianismo autêntico é uma coisa só; é Cristo. A Pedra de esquina é única, é Cristo. De Jesus procede toda graça, toda fé, toda palavra. Sem Cristo não temos graça, nem fé, nem palavra. Irmãos Jesus é o sustentador de todas as coisas, por isso, as Escrituras têm que ser lida a partir do Verbo encarnado. A partir de então podemos ver quem de fato é o nosso Senhor Jesus Cristo. Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Colossenses 2:9-10.
Claudio Morandi

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