sábado, 14 de janeiro de 2012

O Vale da Decisão

                                                                                                                                                                                   
                                                   
"Se bem fizeres, não haverá aceitação para ti? E, se não fizeres bem, o pecado jaz à porta, e para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás" (G. 4,7).

"Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo" (Ap. 3,20).

O Vale de Josafá, também conhecido como Vale de Cedrom, é o lugar que separa o Monte das Oliveiras e o jardim do Getsêmane, da parte antiga de Jerusalém, da muralha com a Porta Dourada, a porta por onde apenas sacerdotes entravam e saíam do templo. É bem na direção desta Porta que está o local onde se prensavam olivas para a produção do azeite, sendo que o primeiro azeite da prensa era consagrado ao uso do próprio templo.

Jesus transitou por ali. Ele e seus discípulos, quando desceram do Monte das Oliveiras, passando próximos ao Getsêmane e, atravessando o Vale, indo para Jerusalém. Bem no meio do vale está um túmulo bem famoso, a tumba de Absalão, o filho rebelde do rei Davi.

Cemitérios é o que mais tem no Vale de Josafá. Junto da Porta Dourada há um grande cemitério muçulmano. Do lado oposto, a partir do vale e subindo até quase o topo do Monte das Oliveiras, um grande cemitério judeu. Há também neste vale um cemitério cristão. Por que, afinal, as três religiões fizeram por onde de ter seus mortos enterrados ali?

O nome “Josafá” significa, em hebraico, “o juízo de Deus”. A crença dos judeus é que o Messias descerá o Monte das Oliveiras, atravessará o vale e entrará no templo pela Porta Formosa. Será quando os mortos ressuscitarão e serão julgados (e quem está naqueles cemitérios terá, crêem eles, prioridades). Os muçulmanos acham que seu maior profeta é quem passará por ali. Nós, discípulos de Jesus, sabemos que Ele é quem virá, cumprindo todas as Profecias anunciadas nas Escrituras.

Em Atos 1.11, temos as palavras que os anjos deram aos apóstolos que assistiram a ascensão de Jesus: Este mesmo Jesus, que dentre vocês foi elevado aos céus, voltará da mesma forma como o viram subir. Para nós, portanto, o Vale de Josafá é um lembrete. O Messias já atravessou aquele vale para nos oferecer redenção. Quando vier novamente, trará o juízo. Prepare-se.

O homem sobre a face da Terra vive de decisões, resoluções a serem tomadas e, essa capacidade de decidir com firmeza, foi-lhe dada por Deus. É um dom muito especial, chamado de livre- arbítrio. Muitas vezes chamamos de liberdade, determinação, poder para julgar e, porque não, coragem. Na verdade, o homem vive num lugar chamado "Vale da Decisão". Todo o planeta passa ser uma vale, um lugar de decisão e julgamento. O homem encontra-se nesse vale de decisão, por ser essa terra, um lugar transitório, temporário, passageiro. Enquanto vive aqui de passagem, deve cumprir sua missão como peregrino. Ele é um adventício, um forasteiro. Aqui não é seu lugar definitivo. O homem não é deste mundo. Esta não é a sua casa.

Justamente por ser um lugar de passagem, vivendo desterrado, longe da pátria, como se fosse um exílio, deve viver de tal maneira que alcance satisfação, razão e sentido para tal. Diga-se de passagem, uma vida que vale a pena ser vivida: vida eterna, abundante, de qualidade e estilo, que só é concedida quando entrega totalmente sua liberdade ao Filho de Deus, Jesus, porque está escrito: “Quem tem o Filho, tem a vida e, quem não tem o Filho, não tem a vida”. Eis a questão. Eis o ponto a ser decidido. Eis o que ele deve determinar para sua vida. Eis sua escolha. É uma decisão feita com sabedoria e responsabilidade. Esse é o seu vale da decisão.

O homem está diante de um julgamento, uma encruzilhada: ir para cima ou para baixo. Para o céu ou para o inferno. Para a posse da vida eterna ou a morte eterna. Para Deus ou para o Diabo. Eis a questão. Cabe a ele e, tão somente a ele, a decisão que dará definitivamente seu destino eterno.

Então, existem duas portas por onde ele pode e deve passar: ou Jesus, ou o pecado. O homem está entre Gênesis e Apocalipse. O que fará de sua vida? (aproveito a oportunidade e o aconselho, segundo as Escrituras Sagradas, a decidir pela vida, para que tudo corra bem a ele e à sua família). Este é o ponto.

Durante sua peregrinação por esta terra, o pecado jaz à porta, como se fosse uma serpente, pronta a dar o bote e levá-lo para baixo, enquanto na outra porta, Jesus, o Filho de Deus está batendo, à espera de sua sábia rendição e entrega para levá-lo aos céus. Cabe a ele, a decisão.

O homem já está ciente da luta que vive neste lugar de exílio. No mundo, ele passa por aflições, provas, vales e desertos. Contudo, não está só. Deus está com ele, conduzindo-o pelo caminho certo. Mesmo que sua vida seja a de um mercenário, lutando em terras estrangeiras, ele tem a ajuda de Seu Criador, Deus, que o ama infinitamente.

O homem peca, porque usa mal a liberdade que Deus lhe deu. Falta-lhe sabedoria, falta-lhe graça, que é necessariamente a própria presença divina em sua vida. O pecado arrasta-o para baixo com o fardo da transgressão, enquanto não ouve a voz de Seu Criador que lhe Diz: Esse é o caminho, andai por ele.

Que o homem, enquanto viver neste vale de lágrimas possa decidir pela vida junto a Deus. É a melhor decisão que pode tomar. Só Deus basta!
 Pb. Maurício                                                                                                                                                                                 

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