sábado, 19 de dezembro de 2009

Temperança!

A virtude da temperança tem por fim colocar ordem no interior do homem. E se manifesta de várias maneiras: na castidade, ao sermos sóbrios na comida, bebida, curiosidade, imaginação, no controle da língua e dos modos e na dose de virtude e de ação na vida em sociedade.
O principal efeito da virtude da temperança na alma é a paz, uma paz profunda, de quem tem o senhorio de si.
Nem todos os “piropos” ouvidos pela mocinha vão resultar em namoro ou casamento. nem todas as horas são para serem passadas deitados na cama. Nem todas as coisas são para ser feitas “depois” ou amanhã. Nem toda festa se tem que ir só porque se foi convidado, em especial se um bem maior, como nos formarmos melhor, exige que fiquemos em casa estudando para prova. Nem todas as sugestões da moda são para ser seguidas, nem todos os vídeos, fofocas, sites, descansos, filmes devem receber nossa atenção. Ou seja, nem tudo que é experimentado ou proposto ao corpo e à alma há de resolver-se sem controle, à rédea solta. Nem tudo o que se pode fazer se deve fazer.
Às vezes é mais cômodo ou mais “gostoso” deixar-se arrastar pela gula, imaginação, luxúria, curiosidade, preguiça, comodismo, etc. do que fazer o dever, o que custa ou simplesmente controlar-se. Mas o senhorio de si mesmo é a essência de sermos nós mesmos e não o que o condicionamento ou o vício modelaram.
Há quem prefira justificar-se considerando naturais o “deixar-se” levar: ou para não se reprimir, ou porque é mais moderno fazer o que se quer quando se tem vontade, etc. Mas ao final esse caminho da falta de temperança só leva à tristeza, à depressão e à própria redução pessoal.
A temperança também se aplica à vida como um todo. Estamos às vezes amontoados de correrias e perdemos a chance de colocar perspectiva na nossa vida. Encontrar um tempo de silêncio. Nada desintoxica tanto como o silêncio. Descansar em Deus.

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