quinta-feira, 20 de junho de 2019

Gaditas: Crentes Cara de Leão


Todos nós estamos inseridos num contexto de lutas, de guerra, de batalhas. Disso todos nós sabemos. As batalhas do dia a dia se tornam constantes. Essas batalhas se definem em vários momentos situacionais de nossas vidas: vida espiritual, família, finanças, saúde, entre outros.  Todos lutam suas próprias batalhas que se desenvolvem no mano a mano. Cada um deve confrontar seu problema no campo de batalha e combatê-lo.

No entanto, muitos tem tombado no campo de batalha. Não têm resistido às pressões, ao cerco, às situações que desafiam até mesmo a nossa fé. Isso é evidente, principalmente quando encontramos pessoas desesperadas, angustiadas, derrotadas, e totalmente afastadas dos caminhos do Senhor. Ninguém vai lutar a minha batalha. Eu mesmo terei de confrontar meus medos, meus anseios, meus fantasmas, e vencê-los no campo de guerra.

O Texto proposto para nossa meditação trata da história dos soldados Gaditas da tribo de Gade, que se tornaram a tropa de Elite do Rei Davi e se fortaleceram, se tornando agora, um grupo de soldados muito corajosos, que não davam as costas para a batalha.

Esses homens se caracterizaram pela sua coragem, ao ponto de serem chamados de "Cara de Leão", expressão que era vista em seus rostos quando se preparavam para suas empreitadas militares. Não tinham medo de nada, por isso foram bem-sucedidos em suas batalhas.

Deus quer levantar uma geração de Gaditas ainda hoje. Homens que não dão as costas para a luta, homens que não fogem, homens que não se acovardam, homens que encaram seus problemas de frente. Você é um Gadita, ou você tem dado as costas para suas lutas e vivido uma vida medíocre e cheia de derrotas. Quais as características de um crente Gadita?

1) CORAGEM (ROSTO DE LEÃO - SE PARECEM COM O LEÃO) - O Crente verdadeiro que está adestrado para a batalha, não tem medo de desafios. Vêm os problemas ele os encara de frente, e não foge.  Meus amados só nos pareceremos com o leão, se andarmos com o leão. O leão é Jesus. A Palavra Cristão foi usada pela primeira vez em Atos, para caracterizar os seguidores de Jesus, que muito se pareciam com ele. Cristão significa uma cópia reduzida de Cristo, um pequeno Cristo. Leão significa força, coragem, dominação, imponência, poder, força. O Leão da tribo de Judá, pode fazer de você um Gadita, uma pessoa corajosa que não tem medo dos problemas. Tenha cara de Leão, se pareça com ele, ande com ele, e encare seus problemas de frente.

2) RAPIDEZ (LIGEIROS COMO GAZELA SOBRE OS MONTES) - O crente verdadeiro não pode perder tempo. Precisamos estar preparados e agirmos com rapidez diante de alguns perigos eminentes. Isso significa que durante as investidas de satanás, do mundo ou de diversas situações não podemos perder tempo. O crente Gadita não permite que o inimigo se articule, e produza grandes estragos em sua vida, pelo contrário, ele reage rapidamente, sua defesa é o ataque. O Leão da tribo de Judá pode fazer de você um Gadita, uma pessoa rápida na tomada de decisões e nas lutas do dia a dia.

3) VALOROSOS (CADA UM TINHA O SEU VALOR - O MENOR DELES VALIA POR CEM E O MAIOR VALIA POR MIL) - Cada soldado tem o seu valor. Até o mais fraco deles. Cada um recebe de Deus a capacidade exata para guerrear e vencer suas batalhas. Ninguém no exército do Leão da tribo de Judá é desprezado. Todos devem lutar. Talvez você se acha incapaz, fraco, impotente, mas Jesus pode te fazer valer por 100, quem sabe por 1000. Ele pode te capacitar. Deus não reconhece o seu valor, ele coloca em você algum valor. Deus te capacita, Jesus te treina para a Batalha.

Todos nós enfrentamos lutas e sempre será assim, mas a palavra do Leão da Tribo de Judá para você nessa noite é essa: Coragem Gadita, se levante, encare os problemas de frente, seja parecido com o Leão, tenha a cara dele, seja rápido, e saiba que Jesus, o Leão da Tribo de Judá pode mudar sua sorte e passar com você nessa batalha. Seja em Cristo, mais que vencedor, em nome de Jesus. Que Deus te abençoe ricamente. Rev. Adeir Goulart da Cruz

quarta-feira, 19 de junho de 2019

Aprendendo com a Corça

Como o cervo brama pelas correntes das águas, assim suspira a minha alma por ti ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus? (Salmos 42, 1-2).

O cervo é um animal considerado por muitos predadores como um animal de boa carne, ou seja, tem uma carne saborosa. Porém o cervo (ou corça em algumas versões) é um animal indefeso em relação aos outros animais cuja fama se destaca entre os selvagens.

Bem, para deixar a situação ainda mais delicada o cervo produz um cheiro corporal que atrai os predadores, sendo assim, é um animal que vive sendo perseguido no seu habitat.

O cervo pode se esconder entre as árvores, porém não adiantaria tanto, pois ali o encontrariam. O cervo poderia se esconder entre as pedras, porém ali ainda seria achado. Ele poderia também se esconder longe de seu habitat natural, mas encontraria outros tipos de perigo.

Mas o cervo tem uma característica peculiar: Ele sabe mergulhar nas águas e ali acha seu refúgio. Ele tem experiência com as correntes das águas, pois ali o predador não pode atacar.

Louvado seja o nome do Senhor! Assim é o servo de Deus. O salmista usa a figura do animal cervo como uma comparação e alusão ao seu desejo de estar na presença de Deus. O cervo nos fala do servo, do crente que sabe onde é o seu lugar de refúgio e que tem buscado com toda a sua alma estar com Deus para todo o sempre.

Mas a Palavra de Deus nos diz que: “[...] no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (João 16:33).

Nós sabemos que o mundo para o crente em Jesus se faz como um lugar opressivo, pois nele basta cada dia o seu mal e, como ainda diz a Palavra, ele jaz no maligno. Uma das características do servo do Deus vivo é a luta e a provação (constante).

Somos perseguidos, atribulados muitas vezes. O tentador é o predador que almeja a nossa vida, pois o nosso bom cheiro de Cristo (a presença do Espírito Santo) o atrai. O pecador não atrai o inimigo, pois esse já está com ele e,as vezes, se porta também como um predador ao perseguir aqueles que são de Cristo (temos experiências com isso).

Mediante a nossa luta do dia-a-dia ou provação o que fazemos? Onde nos escondemos?

Entre as árvores? Confiando no homem? Em nossos recursos próprios? Na religião? Na tradição? Na nossa razão? Na nossa vaidade ou soberba? Na nossa prepotência?

Não! Mas o Senhor é nosso refúgio e fortaleza, bem presente na hora da angústia, disse certa vez o salmista.

Jesus é o nosso refúgio. O cervo para se esconder entrava nas águas.

O homem que vem para as águas da salvação encontra abrigo seguro.

O cervo procurava com zelo as correntes das águas. Em Jesus as águas são abundantes; ela lava a nossa alma e leva embora toda a sujeira que atrai o predador. A presença do Espírito Santo é real e faz transbordar o nosso ser.

Estando em Jesus, o predador não pode nos atacar jamais. Pois o Senhor é forte, Ele é o Leão da tribo de Judá. O que poderia fazer o inimigo?

Paulo escreveu em sua primeira carta aos coríntios: “Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo”(1 Cor.15:57).

A luta existe e, enquanto estivermos sobre este mundo, sempre vai existir, mas, uma coisa é certa e garantida: Em Jesus somos mais que vencedores (Romanos 8: 37).

Para o cervo, estar nas águas não havia ausência de perseguição. O inimigo sempre estaria ao seu derredor. Porém nas águas estava salvo.

Para nós funciona da mesma forma: a luta não deixará de existir. O Senhor Jesus nos alertou sobre elas, porem nos deu a certeza de que seremos vitoriosos em seu nome.

O inimigo de nossas almas está sempre ao nosso derredor bramando como leão (nos ensina a Bíblia),porém estamos em Cristo Jesus. Lembre-se: Ele venceu a morte!

Estar em Jesus não tem sido para todos. Isso requer intimidade com as águas.

O cervo, no seu instinto praticava o nado e se movimentava entre as correntes das águas.

O Servo do Senhor para permanecer nessa graça, deve buscar sempre a presença do Espírito Santo e, para ser salvo, deve estar coberto pelas águas, não na beira do rio, pois ali ainda existiria o perigo, mas deve estar no centro das águas, no centro da vontade de Deus. Para isso é preciso buscar, vencer correntes fortes, se preparar, saber nadar, se consagrar, vigiar a todo o tempo, etc.

É interessante salientar que: o salmista usa a figura do cervo nas águas para mostrar que assim deve ser a nossa busca pela presença de Deus e assim deve ser o nosso entendimento de servo-dependente perante Ele,pois em Jesus estamos confiando a nossa alma e a preservando do inimigo.

Contudo, nada é tão importante e primordial do que: “ter sede do Deus vivo”.

Muitos estão buscando refúgio na religião, nos movimentos gospels, no tradicionalismo, na “filosofia cristã”, no homem que cura, entre muitos outros enganos, e estão se afogando nas águas do engano.

Nossa alma clama pela presença de Deus, o criador. Ela se enche e se satisfaz quando ouve uma palavra de vida, quando sente o mover do Espírito Santo, quando louva a Deus com um cântico profético e inspirado, ela se enche de paz quando se esvazia da razão e das vaidades dessa vida e se enche da Revelação.

Os que, nesta última hora, estão refugiados em Deus, mergulhados nas águas da salvação e no centro da vontade do Senhor, tem tido um desejo em comum: se apresentar diante de Deus.

Como Jó nós também clamamos: “quem me dera fossem agora escritas as minhas palavras [...] eu sei que meu redentor vive e por fim virá”[...]. Gabriel Felipe M.Rocha

quarta-feira, 12 de junho de 2019

O coração pode ser roubado...


Nosso coração precisa ser acessado somente por pessoas que amamos. Muitas vezes, deixamos que pessoas erradas acessem nosso coração. Nosso coração tem senhas, mas um ‘pendrive’ pode roubar tudo que existe lá dentro. Ai da mulher que entregar o coração ao homem errado! Ai do partido político que entregar o coração a um líder errado! Ai da sociedade que entregar o coração a um mentor errado! Ai do discípulo que entregar seu coração ao discipulador carnal! Ai da Igreja que entregar o coração a um Pastor que não teme ao Senhor! Ai daquele que entregar o coração, sede da vontade, das emoções e das decisões, a uma pessoa que não cuidará do seu coração! Existem pessoas que têm um ‘pendrive’ na mão para pegar tudo o que existe no seu coração. Há pessoas que andam com um ‘pendrive emocional’ na mão para roubar informações de pessoas desprevenidas. Assim como um hacker entra num computador e rouba seus dados, o diabo também age assim. 
O diabo rouba coração. Não pense que você está isento de um engano. Por exemplo, sei que em algum momento da sua vida, você já foi enganado e, certamente, ficou muito bravo, decepcionado. Existem muitas pessoas de má fé que tudo o que elas querem é a chave do seu coração. Tudo que elas querem é roubar a essência, a preciosidade do seu coração. 
É por isso que o Senhor diz: “Filho meu, dá-me o teu coração.” (Provérbios 23:26). Se o seu coração estiver nas mãos de Deus, ninguém poderá arrebatá-lo das mãos dele. A única segurança que eu e você temos é um coração que esteja 100% no domínio do Espírito, no governo de Deus. Há muitas pessoas interessadas na sua vida não para abençoá-lo, mas para destruí-lo. Há muitas pessoas querendo perceber qual sua fraqueza, interessadas na sua vida para destruí-lo. 
A Bíblia diz que os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz, porque filhos da luz não têm maldade (Lucas 16:8). Os filhos das trevas só têm maldade. Os filhos da luz têm coração puro, os filhos das trevas têm coração impuro; os filhos da luz têm coração cheio da verdade; os filhos das trevas têm o coração cheio de mentira. Os filhos das trevas são baseados na mentira, no espírito de engano ou espírito de encantamento. 
Quando um espírito de engano ou um espírito de encantamento entram na nossa alma, rouba tudo o que temos. Marcos 3:27 diz que um dia o Senhor irá nos restituir, pois entraremos na casa do valente e tiraremos de lá tudo que ele nos roubou. 
O diabo quer roubar tudo de nobre que você tem. Você possui três coisas nobres: sua vida, sua família e a fé simples. Essas três coisas estão dentro de você. Você em você mesmo, sua família dentro de você e a fé do Reino, a fé pura, a fé simples, para você ministrar a pessoas e ser ministrado. 
O diabo quer o acesso do seu coração. A Bíblia diz que o diabo quer o coração, porque ele veio para roubar, destruir e matar (João 10:10). Esse é o alvo do diabo. Se o diabo tiver acesso a um coração e não conseguir matá-lo, ele provocará destruição. Se ele não conseguir destruí-lo, ele roubará. Sempre que o diabo tiver acesso a um coração, ele fará uma dessas três coisas. 
Porém, o mesmo texto de João 10:10 nos afirma que Jesus veio para nos dar vida e vida em abundância. Então, a bênção de Deus tem o objetivo de entregar-lhe um coração novo, pois um coração destruído precisa ser renovado. 
Nós podemos matar o coração. Sabemos que o nosso coração é vulnerável e ele pode morrer emocionalmente, afetivamente e espiritualmente. Vigie as portas do seu coração e não permita que o diabo ou pessoas erradas tenham acesso a ele. 

quinta-feira, 6 de junho de 2019

O Mundo de Baruque

“Palavra que falou Jeremias, o profeta, a Baruque, filho de Nerias, escrevendo ele aquelas palavras num livro, ditadas por Jeremias, no ano quarto de Jeoaquim, filho de Josias, rei de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR, Deus de Israel, acerca de ti, ó Baruque: Disseste: Ai de mim agora! Porque me acrescentou o SENHOR tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso. Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei, e isto em toda a terra. E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores.” (Jeremias 45:1-5 RA)

Baruque (Bendito) é o escrevente de Jeremias, que registra as palavras proféticas proferidas pelo profeta a todo o povo de Judá. As palavras falam do juízo de Deus que recairia em breve sobre todos. Baruque tem a difícil e triste missão de escrever as palavras e de se dirigir ao templo para lê-las em alta voz a todos que passassem por lá.

Em meio às leituras e assimilação do que viria sobre todos, Baruque, de repente, percebe que tudo aquilo também lhe diz respeito, e, então, lamenta sua própria sorte dizendo no íntimo:

“…Ai de mim agora! Porque me acrescentou o SENHOR tristeza ao meu sofrimento; estou cansado do meu gemer e não acho descanso.”

A resposta de Deus por meio de Jeremias não tardou:

“Assim lhe dirás: Isto diz o SENHOR: Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei, e isto em toda a terra. E procuras tu grandezas? Não as procures; porque eis que trarei mal sobre toda carne, diz o SENHOR; a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores.”

Podemos perceber claramente que apesar da palavra profética ser tão abrangente envolvendo o mundo inteiro, Baruque estava mais preocupado consigo mesmo do que com os outros. Seu pensamento era mais ou menos assim: “Deus vai abalar o mundo todo, mas, e eu, como vou ficar?” O mundo de Baruque era mais relevante aos seus próprios olhos do que o mundo dos outros.

Outro espaço que estava sendo negligenciado por ele era o mundo de Deus. Sim, o de Deus! Perceba o que o Senhor diz:

“…Eis que estou demolindo o que edifiquei e arrancando o que plantei…”

Imagina o sentimento do Pai em ter que demolir o que havia edificado e arrancar o que havia plantado?! Ele não está falando de prédios ou plantas, e sim, de nações, de vidas, de gente. O que Ele está dizendo é que em vez de Baruque olhar somente para o seu umbigo, deveria olhar mais pra cima. É difícil imaginar que o Deus Onipotente e Soberano também se entristece e se identifica com o sofrimento alheio. Mas essa é a mais pura e doce Verdade.

E o mundo dos outros? Tudo o que estava para acontecer seria no mundo todo:

“…e isto em toda a terra”.

Levantar os olhos e enxergar para além das nossas próprias necessidades, sempre será a melhor receita para a cura do egoísmo.

O final da resposta divina encerra uma verdade tremendamente simples e profunda.

“E procuras tu grandezas? Não as procures…”

Baruque não deveria estar preocupado com as suas terras, bens, patrimônio ou bem-estar. Tudo naquele tempo estava sendo sacudido. Quem vivesse preocupado com isso, certamente se daria muito mal. Mas havia uma promessa:

“…a ti, porém, eu te darei a tua vida como despojo, em todo lugar para onde fores.”

O despojo era aos olhos do inimigo algo precioso. Matavam-se as pessoas, mas recolhiam-se os despojos pelos valores ali representados. A promessa do Senhor era de que a vida de Baruque seria poupada nas mãos dos adversários por ser ela considerada preciosa aos olhos deles. Resumindo, o Senhor queria que Baruque entendesse o que Jesus ensinou nos evangelhos:

“Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?” (Mateus 6:25 RA)

A vida é mais importante do que as coisas. Desprendamo-nos, portanto, do que não é essencial e valorizemos o que é importante aos olhos de Deus. Também, ampliemos nossa visão para conseguirmos enxergar os outros mundos que nos cercam além do nosso. (Igreja Nacional do Senhor Jesus Cristo).

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Até quando, Senhor?


O pequeno livro de Habacuque trata de um dos problemas mais difíceis e fundamentais para qualquer pessoa que deseja manter sua fé em Deus. Como explicar as injustiças neste mundo, se Deus realmente está no controle?

O nome Habacuque significa “abraço”, nome que representa bem a atitude deste profeta para com seu povo de Judá. Ele mostrou seu desejo de abraçar e proteger o povo ameaçado pela violência da expansão babilônica. Habacuque profetizou nos últimos anos antes da invasão de Jerusalém pelas forças da Babilônia, um acontecimento que levou à destruição da cidade e do templo 20 anos depois. Foi exatamente nesta época que começou o período de 70 anos que Judá foi dominada pelo império da Babilônia. Durante este mesmo tempo, boa parte dos sobreviventes de Judá foram mantidos em colônias de cativos na Babilônia, longe da sua própria terra.

O livro de Habacuque se divide em três partes principais:

Capítulo 1 apresenta o questionamento pelo profeta, procurando entender o procedimento de Deus para com os homens injustos e suas vítimas.

Capítulo 2 é a resposta principal de Deus, mostrando que ele seria capaz de castigar os rebeldes de Judá e ainda trazer a justiça contra seu instrumento de castigo, a Babilônia.

Capítulo 3 mostra a aceitação pelo profeta desta resposta, Habacuque reafirmando sua confiança no Soberano Deus.

A mensagem de Habacuque nos lembra do livro de Jó, pois trata de um problema parecido: como explicar o sofrimento dos justos? No caso de Habacuque, o profeta começa com a injustiça e violência dominantes na sua própria nação. Ele clama a Deus pedindo justiça para proteger as vítimas inocentes: 
“Até quando, SENHOR, clamarei eu, e tu não me escutarás? Gritar-te-ei: Violência! E não salvarás? Por que me mostras a iniquidade e me fazes ver a opressão? Pois a destruição e a violência estão diante de mim; há contendas, e o litígio se suscita. Por esta causa, a lei se afrouxa, e a justiça nunca se manifesta, porque o perverso cerca o justo, a justiça é torcida” (Habacuque 1:2-4).

Mas a resposta de Deus assustou o profeta! Deus lhe disse, basicamente, “Você tem razão. Vejo estas injustiças e já estou trazendo os babilônios para castigar este povo rebelde”. Não foi esta a resposta que Habacuque esperava, pois ainda considerava seu povo de Judá menos ruim que a Babilônia! Habacuque fez uma segunda série de perguntas ao Senhor, perguntando como poderia usar uma nação tão má como a Babilônia para julgar seu povo. Disse que Deus estaria se calando e deixando o perverso devorar “aquele que é mais justo do que ele” (Habacuque 1:13).

Na resposta divina, o Senhor frisou dois fatos importantes de contraste entre atitudes de pessoas: (1) “o justo viverá pela sua fé” (Habacuque 2:4), um princípio citado múltiplas vezes no Novo Testamento; e (2) “tampouco permanece o arrogante” (Habacuque 2:5). Nesta resposta, Deus cita a soberba da Babilônia, que confiava nos seus ídolos e no seu poder militar, dizendo que traria a justiça contra aquela nação.

Mais um fato fundamental é frisado no final do capítulo 2: Deus está no controle! “O SENHOR, porém, está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra”(Habacuque 2:20). Habacuque aprendeu esta lição importante, e se calou esperando a justiça divina. Sua inquietação e angústia foram substituídas pela confiança e fé: 

“O SENHOR Deus é a minha fortaleza”(Habacuque 3:19). 

quarta-feira, 22 de maio de 2019

O dia mais importante para a humanidade

2019 é o ano em que se comemoram os cincoenta anos da chegada do homem à lua. Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar em solo lunar, ao fazê-lo, disse uma frase que até hoje ecoa como a mais triunfal conquista humana de todos os tempos: "É um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a Humanidade" (quem nunca ouviu essa frase é porque deveria – ou, deve – estar no "mundo da lua"). Mas, o que mais me chamou a atenção foi o que disse Richard Nixon, o então presidente estadunidense da época. Com uma empáfia singular, talvez fruto do orgulho americano por serem eles os primeiros a conseguir tal façanha, Nixon falou em alto e bom som que "esse é o dia mais importante para a Humanidade – o dia em que o homem pôs os seus pés na lua". Foi aí que um grande evangelista do século vinte, Billy Graham, resolveu reagir à afirmação de Nixon. Disse Billy: "O dia mais importante para a Humanidade não foi o dia em que o homem pôs os seus pés na lua, e sim, o dia em que Deus pôs os seus pés na Terra". A Casa Branca estremeceu!

A declaração de Billy Graham é largamente confirmada pelas Escrituras. Há cerca de novecentos e quarenta anos antes de Cristo nascer, Salomão já questionava: “de fato, habitaria Deus na terra?” (2 Rs 8.27). O evangelista João responde que “sim”, que o “verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade” (Jo 1.14). O “Servo Sofredor” de Isaías 53, finalmente, saiu das páginas do papiro para as páginas da História, ao tabernacular entre nós. As grandes profecias concernentes à vinda do Messias estavam sendo plenamente cumpridas (Gn 3.15; Dt 18.15-19; Is 7.14; 9.6,7; 61.1-3). E, ao contrário do que muitos possam pensar, a data do nascimento de Cristo não foi escolhida aleatoriamente, como se o planejamento de Deus fosse, de alguma forma, impreciso. De acordo como o apóstolo Paulo, Deus escolheu “a plenitude do tempo” para enviar Seu Filho, “nascido de mulher, nascido sob a lei” (Gl 4.4 – Is 49.8). Ao mesmo tempo em que o apóstolo defende o nascimento virginal de Cristo, bem como a sua divindade e humanidade plenas (as “duas naturezas”), ele também faz uma apologia da Sabedoria e Providência de Deus em escolher o tempo preciso para a encarnação do Seu Filho. Ainda assim, tudo isso teve um propósito específico: “resgatar os que estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos” (Gl 4.5). Jesus não veio à Terra simplesmente para tornar-se carne e ponto final. Se assim o fosse não caberia a Ele o título de “Salvador”. O anjo que anunciou a José o nascimento de Cristo disse-lhe que Jesus (nome que significa “O Senhor é a salvação”) viria à Terra para salvar “o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21). Jesus veio fazer o que homem nenhum conseguiu e jamais conseguirá: cumprir a lei de Deus (Mt 5.17). Por este motivo é que “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feito justiça de Deus” (2 Co 5.21). Simeão bem sabia disso, quando louvou a Deus dizendo: “Agora, Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra; porque os meus olhos já viram a tua salvação, a qual preparaste diante de todos os povos: luz para revelação aos gentios, e para a glória do teu povo de Israel” (Lc 1.29-32).Tanto para Simeão quanto para todos os outros santos e profetas aquele tinha sido o dia mais importante para a Humanidade.

Cincoenta anos se passaram e o homem jamais conseguiu voltar à lua. Aliás, esse fato é alvo de muitas controvérsias. Há muitas teorias que buscam provar a farsa da NASA, haja vista o momento político da época, em que os Estados Unidos queriam provar a sua supremacia tecnológica sobre a emergente União Soviética (Capitalismo x Socialismo). Todavia, não é nosso objetivo, aqui, entrar no mérito da questão. O fato é que, se ainda há dúvidas sobre a odisseia lunar empreendida pelos norte-americanos, não nos resta dúvida da “odisseia terráquea” empreendida por Deus, a saber, a de enviar-nos o Seu Filho – Jesus Cristo, a “Luz do mundo” (Jo 8.12). Também não nos resta dúvida de que Cristo voltará à Terra (ao contrário do homem, que jamais conseguiu voltar à lua), desta vez não para derramar novamente seu sangue na cruz (Hb 9.11-28), mas “com poder e grande glória”, para promover a redenção final daqueles que Lhe pertencem (Lc 21.27,28). Maranata!

sábado, 11 de maio de 2019

A Visita Histórica Divina ao Planeta terra

A simples afirmação de que Deus criou os céus e a terra é um dos conceitos mais desafiadores que confrontam a mente moderna. O Sol completa uma órbita na Via Láctea a cada 225 milhões de anos — viajando a mais de 777 mil de km/h. Somando tudo, nós, terráqueos, estamos nos deslocando com o sistema solar pela galáxia a astronômicos 871.781 km/h! E isso que ainda tem a velocidade com a qual a Via Láctea está perambulando pelo universo. 

Alguns cientistas afirmam que o número de estrelas na criação é igual a todos os grãos de areia de todas as praias do mundo. Ainda assim, este complexo mar de estrelas em movimento funciona com notável ordem e eficiência. Dizer que o Universo “surgiu” ou “evoluiu” requer mais fé do que acreditar que Deus está por trás dessas estatísticas surpreendentes. Deus criou um Universo maravilhoso. 

O mundo não é um produto da casualidade e probabilidade; Deus o criou! 

Deus deu o último passo em direção à reconciliação conosco através da sua visita histórica ao planeta na pessoa de Seu Filho, Jesus Cristo. 

Como dizia o grande evangelista do século XX, Billy Graham _ “O maior acontecimento da história não foi o homem subir e pisar na lua, foi Deus descer e pisar na terra”. 

O “Servo Sofredor” de Isaías 53, finalmente, saiu das páginas do papiro para as páginas da História, ao tabernacular entre nós. Podemos conhecer de maneira bem pessoal este Deus que criou o Universo.
(Bíblia de Estudos Aplicação Pessoal).