sábado, 18 de abril de 2015

8 Minutos Para a Eternidade!

O mundo ainda não se recompôs da tragédia que nesta última semana encheu os nossos corações de dor e consternação. Um indivíduo, alegadamente sofrendo de problemas psicológicos graves, decidiu acabar com a sua vida e a de mais 149 pessoas, arremetendo o avião que pilotava contra uma montanha dos Alpes franceses.
As imagens do sofrimento, dor e revolta nas faces e expressões dos familiares, amigos e da população em geral têm corrido o mundo e são marcantes e angustiantes. A incontrolável saudade, os gritos de dor e as recordações tornam-se a tortura diária das centenas de pessoas que perderam algum familiar, amigo ou conhecido naquela indescritível tragédia.

8 minutos para a eternidade

Segundo os dados técnicos disponíveis, a tragédia iniciou-se 8 minutos antes da colisão, quando o infeliz co-piloto decidiu iniciar a queda abrupta e constante do avião até o choque final com a montanha rochosa.
Entretanto, de acordo com as informações que vêm chegando, as suas 149 vítimas só perceberam a realidade trágica que delas se aproximava a escassos momentos da colisão do avião contra a montanha. Segundo registros gravados, só se ouviram os gritos das vítimas, momentos antes do desastre.
Não imagino o que seja ver a morte à frente sem poder fazer nada para escapar. Uma coisa é certa: todos aqueles passageiros, que naquela fatídica manhã entraram naquela aeronave em Barcelona, acreditavam que a mesma os levaria em plena segurança até a cidade de Düsseldorf, na Alemanha. Ninguém ali escolheu a tragédia, muito menos contava com ela.
Quantos risos, alegrias, esperanças e expectativas foram partilhadas durante os minutos de vôo anteriores à tragédia? Certamente muitos.
Mas, a certa altura, alguém colocou o relógio daquelas vidas numa contagem regressiva de 8 minutos. 8 minutos até à colisão fatal. 8 minutos finais de uma existência desejada, mas bruscamente interrompida.

Qual é a maior tragédia?

A questão crucial nesta história não deve ser a das causas que levaram aquele co-piloto a provocar uma tragédia destas – ainda que mereça muita atenção e reflexão – mas saber em que condição espiritual estavam todas aquelas vidas.

É melhor estar sempre preparado

Toda a nossa vida é uma verdadeira viagem para um destino previamente escolhido. Se eu escolho viver com Deus e relacionar-me com Ele através da Pessoa do Seu Filho Jesus Cristo, tenho a vida eterna, estando por isso preparado para, em qualquer momento da viagem, partir para a presença de Deus, em paz e segurança, sabendo que Ele me receberá nos Seus braços de amor e perdão. Mas se escolho viver independentemente de Deus, não dando valor ou sentido aos Seus convites e apelos para que me reconcilie com Ele através do reconhecimento e confissão dos meus pecados, estarei despreparado, arriscando-me a enfrentar a condenação e separação eterna a qualquer momento em que a viagem da vida seja interrompida.
É por isso que Deus nos alerta: “Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias...”. “Prepara-te para te encontrares com Deus”.
Ninguém é o senhor do seu destino. Ninguém consegue adivinhar o dia ou a maneira em que vai partir para a eternidade através da morte física. É melhor estar preparado para quando essa interrupção se der. É melhor entregar a sua vida nas mãos de Deus e depender dEle, confiando na Sua capacidade de nos guardar de todo mal, ou preparar-nos para enfrentá-lo com plena confiança e certeza do destino maravilhoso que Deus tem preparado para todos aqueles que O amam.

Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele fará” – Salmo 37.5

Normando Fontoura

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Pirataria Digital e Roubo

Fazer download é roubar? A ética da pirataria digital
Muitos milhões de pessoas em todo o mundo baixaram a quinta temporada de Game of Thrones, no mesmo dia em que ela foi divulgada pelo canal oficial, HBO. Legalmente falando, o que essas pessoas fazem é uma violação dos direitos de propriedade intelectual, ou que conhecemos por “pirataria”.
Mas essas pessoas estão fazendo alguma coisa moralmente errada?

Pode parecer óbvio que é errado. Afinal de contas, é uma atitude ilegal. Mas há muitas coisas que têm sido ilegais que as pessoas não pensam ser moralmente erradas. Relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e muitas outras práticas que são agora amplamente aceitas como moralmente aceitáveis uma vez foram não só ilegais, como criminalmente punidas.

 Poucas pessoas que protagonizavam essas ações chegaram a pensar que estavam erradas antes que elas de fato fossem legalizadas. Em vez disso, a gente tende a pensar que as leis que regiam esses comportamentos eram injustas. Assim, apelar apenas para a ilegalidade de um inocente download não resolve a questão se ele é uma prática “ok”, moralmente falando.
Dois campos rivais dominam o debate público em torno da ética do download ilegal. Por um lado, há o que poderia ser chamado de “libertários fundamentalistas”. Estes pensam que todas as ideias e criação artística devem ser comuns e livremente acessíveis a todos.
Na opinião desse grupo, a propriedade intelectual, sob a forma de direitos autorais e patentes, injustamente restringe o acesso a ideias e a formas de expressão cultural. Eles consideram o download ilegal um crime sem vítimas, e não acham que isso imponha custos significativos sobre ninguém. Ainda na opinião deles, as graves sanções penais que, por vezes, são aplicadas a pessoas que fazem downloads ilegais, são injustificadas.
Por outro lado…

Há o que poderia ser chamado de “protetores fundamentalistas”. Este acampamento pensa que o download ilegal é equivalente ao roubo comum. O raciocínio é basicamente assim: se você não roubaria um carro, não roubaria uma bolsa e não roubaria uma televisão, você não roubaria um filme. Logo, baixar filmes piratas é roubar.
De acordo com os “protetores fundamentalistas”, detentores de propriedade intelectual merecem tanta proteção e meios de reparação quanto aqueles que tiveram suas bolsas ou televisores roubados, incluindo sanções civis e criminais contra aqueles que violaram qualquer tipo de propriedade intelectual.
Para eles, as penalidades enormes que às vezes são ligadas a downloads ilegais são importantes porque enviam uma mensagem clara de que esta prática não deve ser tolerada.
Este parece ser o ponto de vista de grande parte da indústria do entretenimento, assim como os funcionários públicos e legisladores nos países que produzem e exportam uma grande quantidade de propriedade intelectual.
Em um discurso recente, por exemplo, o presidente dos EUA Barak Obama afirmou que sua política visa proteger “agressivamente” a propriedade intelectual do país. Que, convenhamos, é alguma coisa. Ele defendeu com sábias palavras que o “único patrimônio” estadunidense é a inovação e a criatividade, e preservar esses bens é algo essencial para a prosperidade de seu povo. Mas isso é apenas uma vantagem competitiva se as empresas souberem que outra pessoa não pode simplesmente roubar uma ideia e duplicá-la.

Apesar da dicotomia, ambas as posições são exageradas e parecem em desacordo com o bom senso moral. A posição do “protetor fundamentalista” é problemática, porque há diferenças claras e moralmente relevantes entre roubar a bolsa de alguém e fazer o download ilegal de uma série de televisão.

No roubo comum, o proprietário do bem é totalmente privado de seu uso, bem como a sua capacidade de compartilhá-la como (e com quem) quiser. Roubo comum é de soma zero: ou seja, quando eu roubar sua bolsa, meu ganho é realmente a sua perda.
O mesmo não acontece quando você, por exemplo, baixa um arquivo digital que seja de propriedade com direitos de um determinado autor. Ao baixar seu filme, ninguém provoca a exclusão de sua utilização, ou a sua capacidade de se beneficiar dele. O que acontece é que é contornada a capacidade de excluir alguém de consumir determinado conteúdo. Para fazer uma analogia, este ponto de vista se parece mais com invadir uma terra do que tomar posse dela – e expulsar o dono.
As sanções penais parecem ser necessárias em roubos, onde o ganho de uma pessoa é muito claramente a perda de outra pessoa. Mas as coisas não são tão claras quando a relação entre ganho e perda são mais complexas.
E ainda existem formas que os proprietários de propriedade intelectual podem ganhar, em geral, a partir dos seus direitos. Afinal, quanto mais acessíveis os seus produtos se tornam, mais as pessoas podem querer consumi-los. Isso certamente parece ser o caso com produtos como Game of Thrones, um fato reconhecido por seus produtores. Ou o que aconteceu com o lançamento do filme nacional Tropa de Elite.
Para quem não se lembra, ou não acompanhou a história, o filme protagonizado pelo ator Wagner Moura estava em vias de ser lançado no cinema quando uma cópia vazou e foi fortemente pirateada. A notícia ganhou o país na ocasião, e a pirataria ajudou TANTO a promover o filme que alguns chegaram a questionar se aquela não teria sido uma estratégia minuciosamente planejada para impulsionar a bilheteria do longa.
Proteção de bens públicos

Por outro lado, a posição “libertária fundamentalista” é problemática porque trata todos os bens que sofrem algum tipo de infração intelectual como um crime sem vítimas. Os direitos de propriedade intelectual são um importante meio pelo qual as pessoas obtêm lucro a partir do esforço que colocam para a produção de obras criativas. Além do valor intrínseco da própria atividade, isso é inegavelmente um importante incentivo para que as pessoas continuem a se envolver com atividades culturais que proporcionem um entretenimento socialmente útil.
Isto é evidente em outros campos, como em pesquisas científicas e desenvolvimento de tratamentos médicos: as empresas têm poucas razões para investir tempo e recursos no desenvolvimento de vacinas e outros bens públicos, se elas não podem se beneficiar com sua distribuição.
Assim, não proteger os direitos dos produtores de alguma maneira significativa é ruim para todos.
Violar direitos de propriedade intelectual também pode aumentar o custo para aqueles que pagam para o bem, sob a forma de preços mais altos. Aqueles que pagam pela propriedade intelectual estão efetivamente subsidiando a sua utilização por aqueles que não pagam por isso. Na maioria dos casos, parece injusto.
Um tipo diferente de roubo

A questão da moralidade de um download ilegal é tão difícil de chegar a uma conclusão porque ocorre em um ambiente em que as sanções ligadas a esse comportamento geralmente parecem ser um exagero, mas onde existem custos sociais muito claros para se envolver nela.
O que, então, deve ser feito?

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
Para começar, parece importante parar de tratar violação de propriedade intelectual como roubo comum, e desenvolver diferentes recursos legais para a sua proteção. Vários tipos de propriedade são diferentes, e necessitam de diferentes formas de proteção. Isto não é uma ideia exatamente nova.
Antes do século 20, a lei de roubo consistia em uma espécie de coleção de crimes e tipos específicos de propriedade que eram objetos de roubo. Diferentes regras aplicadas a diferentes delitos e formas intangíveis de propriedade, como a propriedade intelectual, não foram absolutamente incluídos na lei. Sendo assim, podemos precisar voltar a regras que são bem adequadas para proteger as diferentes formas de propriedade.
Entretanto, parece ser uma responsabilidade dos consumidores tentar respeitar a propriedade intelectual a menos que isso imponha custos razoáveis sobre eles.
Não ter acesso a medicamentos essenciais patenteados que são assim inacessíveis devido a seu custo de produção parece indevidamente proibitivo. Mas não assistir a última temporada de Game of Thrones, que também custou algum dinheiro para ser produzida, não.
O que há por trás do problema da pirataria online?
Ao mesmo tempo

Algumas pessoas acham que devemos também resistir fortemente a penas severas aplicadas a “piratas digitais” quando eles são apanhados. Essas pessoas defendem que prática de “faturamento especulativo” – pela qual as pessoas recebem cartas ameaçadoras que oferecem a oportunidade de pagar uma quantia para evitar ação judicial que tem o objetivo de arrecadar uma grana mais preta ainda – é seriamente questionável.
Elas defendem que esse tipo de crime é errado, sim, mas o excesso de punição é muito pior.
O que você acha sobre tudo isso? Gabriela Mateos

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Verdade Sobre o Evolucionismo


         
A teoria da evolução tem servido de base para o ateísmo. Tanto em Universidades como no ensino fundamental e médio, é usada para negar a idéia de um Deus, criador e pessoal. Charles Darwin ao verificar que há variações de animais da mesma espécie, que "a matéria levou formas unicelulares a formas mais complexas", através de sucessivas transformações ocorridas durante milhões de anos. A isto chamou seleção natural.

Os furos do Evolucionismo

        Essa teoria fere conceitos básicos do conhecimento científico, leis que regem todo o funcionamento do Universo. É preciso ter mais fé para crer no Evolucionismo que no Criacionismo. Analise bem:

I - A teoria fere as leis da termodinâmica

         Há duas Leis da Termodinâmica que comprometem a Tória da Evolução: A Lei da Conservação da energia e a Lei da Termo II

A Lei da Conservação de Energia

        Ela nos diz que a energia não poder ser criada nem destruída, mas pode adquirir várias formas, inclusive a massa. Leia II Pe 3:7 e note que a Criação está em conformidade com esta lei.

A Lei da Termo II

        A Segunda Lei (Termo II ou Lei de Transformação de Energia) afirma que a energia se move em níveis mais organizados para níveis menos organizados. A Termo II age ficando com menos do que antes. A energia "perdida" é acumulada na forma de uma energia indisponível, a qual mede o grau de desordem de um certo sistema. Essa energia é chamada de entropia.

II - A teoria fere a Lei da Biogênese

        Essa Lei, do francês Louis Pasteur afirma, de acordo com a Bíblia, que somente vida produz vida, Gn 1:26. Já a Evolução fala que matéria inanimada produz matéria animada (viva)

III - A teoria fere a Lei de Causa e Efeito

       A Lei da Causa e Efeito diz que "nenhum efeito é qualitativamente ou quantitativamente superior à causa". Portanto, uma ameba não pode produzir um homem. Leia Is 55:8 e Jr 32.17.

Os Furos da Teoria da Evolução do Homem

  • 1° Furo - O HOMO ERECTUS
        A descoberta - A descoberta feita Dr. Eugene Dubois, nos anos de 1891 e 1892 consistia de um crânio, um fragmento de fêmur e três dentes molares. Foi rebatizado como Homo Erectus.
        O Furo - Constatou-se que o crânio era de uma mulher pequena, e o fêmur como sendo humano e os dentes molares de macacos.

  • 2 ° Furo - O HOMEM NEANDERTHAL
        A descoberta - Teve como base da descoberta um crânio. Ao ser examinado revelou ser de homem macaco.
        O Furo - Esses esqueletos têm sido reclassificados pelos paleontologistas como idênticos ao homem atual.

  • 3° Furo - O HOMEM DE PEQUIM          
        A descoberta - Este fóssil foi achado na cidade de Pequim
        O Furo - Foi reclassificado com o nome de Homo Erectus, por se ver que os fósseis também são encontrados no homem moderno.

  • 4° Furo - OS AUSTRALOPITHECUS
        A descoberta - Os Australopithrcines foram descobertos na África do Sul, tidos como um exemplo de "homens macacos sul-africanos".
        O Furo - Como possuíam uma cultura humana, ainda muito primitiva, foi reclassificado como sendo pigmeus e aos macacos.

  • 5° Furo - HOMEM DE JAVA E DE NEBRASKA     
        A descoberta - O homem de Java (crânio) foi encontrado em 1926 e o de Nebraska em 1922 (dente), apresentado como prova técnica no "Julgamento da Evolução", em Tenessee, em 1925.
        O Furo - O homem de Java, imagine, o crânio não passava de osso do joelho de um elefante. Dois anos depois, foi encontrado o esqueleto completo do homem de Nebraska, ficando comprovado que o dente pertencia a um tipo extinto de porco: "o homem não passava de um porco - grande descoberta!"

A INCONSISTÊNCIA DO EVOLUCIONISMO

        O registro dos fósseis apresenta inúmeros problemas:
  • Há uma variedade de espécies que tem permanecido absolutamente fixa durante todos os milhões e milhões de anos do tempo geológico.
  • Muitas das espécies modernas são degenerações de espécies anteriores muito melhores adaptadas, e não formas superiores daquelas que se encontram nos fósseis.
  • Todas as grandes filogenias e muitas famílias, ordens e classes, e um grande gênero e espécie, aparecem no registro fóssil sem nenhuma forma intermediária ou pelo menos preliminar.

O ARREPENDIMENTO DE DARWIN

        A Biografia escrita por Orlando Boyer, intitulada "Ancora da Alma", narra o encontro de Lady Hope com Darwin. Ao visitá-lo, encontrou-o com a Bíblia, lendo a carta de Hebreus. Ao falar da evolução, Darwin, parecendo perturbado, declarou:
 
"Eu era moço com idéias não bem formadas. Fizeram sugestões admiradas com as coisas e ficava surpreendido de ver tudo começar a arder como fogo. O povo fez destas idéias uma religião".

         Então, ficou calado e depois de mencionar a santidade de Deus e a grandeza da Bíblia que segura na mão, disse de repente:
 
"Lady Hope, tenho uma casa no jardim, na qual podem se ajuntar trinta pessoas. É aquela lá - indicando pela janela aberta. Quero que fale lá amanhã à tarde para os criados e para os vizinhos... fale sobre Cristo Jesus e a sua salvação. Há alguma coisa melhor? Quero também que cante com eles. Pode marcar a reunião para as três horas, a janela aqui ficará aberta e pode saber que estou acompanhando os hinos..."

          A existência não é casual. "A criação como Deus a fez originalmente ajusta-se ao seu caráter, com absolutos morais", com propósito. "Os homens, criados a Sua imagem, deveriam viver por livre escolha de acordo como Deus é." Darwin aceitou isto, faça o mesmo e viva.  www.estudosgospel.com.br

segunda-feira, 13 de abril de 2015

TRANSPLANTE DE CABEÇA: UMA REFLEXÃO PASTORAL



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Na última semana fui alertado sobre uma matéria do programa “Domingo Espetacular”, da Rede Record de televisão, acerca de Sergio Canavero, um neurologista italiano que pretende realizar o primeiro transplante de cabeça em seres humanos até 2017. O já polêmico procedimento teria como objetivo ajudar pacientes com graves problemas motores, mas que possuam uma cabeça sadia, ao exemplo do famoso físico teórico Stephen Hawking.

O que parece ficção científica ao estilo Frankenstein é um sério projeto que já possui um voluntário russo chamado Valery Spiridonov (que sofre de amiotrofia espinhal do tipo Werdnig-Hoffman), a busca por uma junta de 150 médicos e enfermeiros que participarão do transplante e a promessa de uma nova técnica (a partir do uso do polietileno glicol, que teria a capacidade de fundir as duas extremidades da medula espinhal) que possibilitará sucesso em um procedimento que já falhou no passado em cães e macacos.
As informações preliminares apontam que o corpo viria de um doador que teve morte cerebral, mas tem todos os outros órgãos em bom funcionamento. Resfriando-se, tanto o corpo do doador quanto a cabeça do voluntário, as células não morreriam. Pescoço, veias, nervos seriam unidos. Em coma, o paciente teria suas conexões nervosas estimuladas por correntes. Ao que parece, a cirurgia deve durar 36 horas e custar por volta de 35 milhões de reais. Mas, qual a relação desta matéria com a vida do cristão? Bem, é o que pretendo refletir nesta pastoral.
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Há sérias questões envolvidas entorno de um transplante de cabeça. Há questões médicas: a cabeça rejeitará o novo corpo? Apesar de todos os avanços da medicina moderna, grande parte dos médicos especialistas em transplantes não acredita no sucesso do “Dr. Frankenstein”, como tem sido chamado. Há questões éticas: seria ético alguém viver no corpo de outro? Há questões psicológicas: quem é o indivíduo transplantado? O CPF será da pessoa doadora da cabeça ou da pessoa doadora do corpo? E as possíveis crises de identidade? Há muitas questões que não cabem nesse breve texto. Entretanto, o cristão também pode levantar as questões religiosas. Em caso de sucesso, o que particularmente não acredito como poderiam ser respondidas as seguintes perguntas:
(1) Essencialmente, o homem é formado por uma parte material e outra imaterial. Corpo e alma formam a unidade psicossomática do ser humano. Nesse caso seriam duas almas em dois corpos juntos? Duas almas se tornariam uma só? Ou seria uma prova que não há alma?
(2) A vida é um dom de Deus, é sua criação. Ele é o Autor da vida. Assim, a cabeça de um ser humano no corpo de outro seria uma nova vida? Ou seriam as mesmas duas vidas em um novo corpo vivo? Ou seria apenas uma vida, ainda que se não saiba quem, de fato, está vivo?
(3) Jesus morreu pelos pecados do homem. Tanto a salvação como a confissão dos peca-dos são particulares, dizem respeito à responsabilidade de cada indivíduo por si. A salvação alcança o homem inteiramente. Logo, por exemplo, se o doador do corpo não for um cristão redimido e o voluntário da cabeça o é, como ficará a nova disposição, isto é, qual corpo será glorificado no fim dois tempos? O da cabeça ou o transplantado? Em caso de morte/ressurreição a alma voltará para qual “pessoa”: o da cabeça, do corpo ou do transplantado?
Enfim, as questões religiosas, psicológicas, éticas e médicas levantadas me levam a desacreditar no sucesso deste transplante. Não podemos ser insensíveis com as pessoas que passam por sérias doenças musculares degenerativas ou câncer, mas este procedimento é muito mais complexo do que está sendo anunciado na mídia. Rev. Ângelo Vieira da Silva

Texto retirado do blog Regulae Fidei - Regra de Fé http://revavds.blogspot.com/2015/04/transplante-de-cabeca-uma-reflexao.html#ixzz3XEeIEDJG
Blog do Rev. Ângelo Vieira da Silva, Ministro Presbiteriano 

domingo, 12 de abril de 2015

A Assembleia dos Ratos


Era uma vez uma colônia de ratos, que viviam com medo de um gato, resolveram fazer uma assembleia para encontrar um jeito de acabar com aquele transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados.

No fim um jovem e esperto rato levantou-se e deu uma excelente ideia; a de pendurar uma sineta no pescoço do gato. assim, sempre que o gato tivesse por perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo.

Todos os ratos bateram palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um velho rato que tinha ficado o tempo todo calado levantou-se de seu canto.

O velho rato falou que o plano era muito inteligente e ousado, que com toda a certeza as preocupações deles tinham chegado ao fim. Só faltava uma coisa: Quem ia pendurar a sineta no pescoço do gato?

Moral da história:
Falar é fácil, fazer é que é difícil.

Jesus Cristo falou acerca disto uma vez:

Então falou Jesus à multidão, e aos seus discípulos, Dizendo: Na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Todas as coisas, pois, que vos disserem que observeis, observai-as e fazei-as; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não fazem; Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com seu dedo querem movê-los; – Mateus 23:1-4

O que surpreende no texto é que a hipocrisia (falar, mas não fazer) vinha exatamente dos religiosos da época. Infelizmente, isso tem acontecido com a igreja nos dias de hoje. Quem nunca ouviu alguém dizer assim para quem frequenta a igreja: E depois ainda diz que é crente, 

Que possamos refletir nessa mensagem e com a ajuda do nosso Deus alinharmos nossas atitudes com a vontade Dele.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A Porta Mais Larga do Mundo


Conta-se que um dia um homem parou na frente de um pequeno bar, tirou do bolso um metro, mediu a porta e falou em voz alta:

- Dois metros de altura por oitenta centímetros de largura.

Admirado mediu-a de novo. Como se duvidasse das medidas que obteve, mediu-a pela terceira vez. E assim tornou a medi-la várias vezes.

Curiosas, as pessoas que por ali passavam começaram a parar.

Primeiro um pequeno grupo, depois um grupo maior, por fim uma multidão.

Voltando-se para os curiosos o homem exclamou, visivelmente impressionado:

- Parece mentira! Esta porta mede apenas dois metros de altura e oitenta centímetros de largura, no entanto, por ela passou todo o meu dinheiro, meu carro, o pão dos meus filhos. Passaram os meus móveis, a minha casa com terreno. E não foram só os bens materiais. Por ela também passou a minha saúde, passaram as esperanças da minha esposa, passou toda a felicidade do meu lar.

- Além disso, passou também a minha dignidade, a minha honra, os meus sonhos e meus planos.

- Sim, senhores, todos os meus planos de construir uma família feliz, passaram por esta porta, dia após dia… Gole por gole.

- Hoje eu não tenho mais nada… Nem família, nem saúde, nem esperança.

- Mas quando passo pela frente desta porta, ainda ouço o chamado daquela que é a responsável pela minha desgraça. Ela ainda me chama insistentemente:

“Só mais um trago! Só hoje! Uma dose apenas!”

- Ainda escuto suas sugestões em tom de zombaria:

“Você bebe socialmente, lembra-se?”

- Sim, essa era a senha. Essa era a isca. Esse era o engodo. E mais uma vez eu caía na armadilha dizendo comigo mesmo:

- Quando eu quiser, eu paro.

- Isso é o que muita gente pensa, mas só pensa. Eu comecei com um cálice, mas hoje a bebida me dominou por completo. Hoje eu sou um trapo humano. E a bebida, bem, a bebida continua fazendo as suas vítimas.

- Por isso é que eu lhes digo, senhores:

- Esta porta é a porta mais larga do mundo!

- Ela tem enganado muita gente. Por esta porta, que pode ser chamada de porta do vício, de aparência tão estreita, pode passar tudo o que se tem de mais caro na vida.

- Hoje eu sei dos malefícios do álcool, mas muita gente ainda não sabe. Ou, se sabe, finge que não, para não admitir que está sob o julgo da bebida. E o que é pior, têm esse maldito veneno, destruidor de vidas, dentro do próprio lar, à disposição dos filhos.

- Ah, se os senhores soubessem o inferno que é ter a vida destruída pelo vício, certamente passariam longe dele e protegeriam sua família contra suas ameaças.

Visivelmente amargurado, aquele homem se afastou, a passos lentos, deixando a cada uma das pessoas que o ouviram, motivos de profundas reflexões.

Jesus nos fala de uma porta, Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem. Mateus 7:13-14

Você reparou que o mestre nos diz que poucos são os que encontram essa porta? Acredito que devemos reavaliar nossas vidas como cristãos, você pode bater no peito e dizer que está passando por um caminho estreito?

http://bibliacomentada.com.br/

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Derrubando o Ateísmo

"É possível acreditar em Deus usando a razão", afirma William Lane Craig. O filósofo e teólogo defende o cristianismo, a ressurreição de Jesus e a veracidade da Bíblia a partir de construção lógica e racional, e se destaca em debates com pensadores ateus.

Por que deveríamos acreditar em Deus?

Porque os argumentos e evidências que apontam para a Sua existência são mais plausíveis do que aqueles que apontam para a negação. Vários argumentos dão força à ideia de que Deus existe. Ele é a melhor explicação para a existência de tudo a partir de um momento no passado finito, e também a para o ajuste preciso do universo, levando ao surgimento de vida inteligente. Deus também é a melhor explicação para a existência de deveres e valores morais objetivos no mundo. Com isso, quero dizer valores e deveres que existem independentemente da opinião humana.

Se Deus é bondade e justiça, por que ele não criou um universo perfeito onde todas as pessoas vivem felizes?

Acho que esse é o desejo de Deus. É o que a Bíblia ensina. O fato de que o desejo de Deus não é realizado implica que os seres humanos possuem livre-arbítrio. Não concordo com os teólogos que dizem que Deus determina quem é salvo ou não. Parece-me que os próprios humanos determinam isso. A única razão pela qual algumas pessoas não são salvas é porque elas próprias rejeitam livremente a vontade de Deus de salvá-las.
Alguns cientistas argumentam que o livre-arbítrio não existe.

Se esse for o caso, as pessoas poderiam ser julgadas por Deus?

Não, elas não poderiam. Acredito que esses autores estão errados. É difícil entender como a concepção do determinismo pode ser racional. Se acreditarmos que tudo é determinado, então até a crença no determinismo foi determinada. Nesse contexto, não se chega a essa conclusão por reflexão racional. Ela seria tão natural e inevitável como um dente que nasce ou uma árvore que dá galhos. Penso que o determinismo, racionalmente, não passa de absurdo. Não é possível acreditar racionalmente nele. Portanto, a atitude racional é negá-lo e acreditar que existe o livre-arbítrio.

O senhor defende em seu site uma passagem do Velho Testamento em que Deus ordena a destruição da cidade de Canaã, inclusive autorizando o genocídio, argumentando que os inocentes mortos nesse massacre seriam salvos pela graça divina. Esse não é um argumento perigosamente próximo daqueles usados por terroristas motivados pela religião?

A teoria ética desses terroristas não está errada. Isso, contudo, não quer dizer que eles estão certos. O problema é a crença deles no deus errado. O verdadeiro Deus não ordena atos terroristas e, portanto, eles estariam cometendo uma atrocidade moral. Quero dizer que se Deus decide tirar a vida de uma pessoa inocente, especialmente uma criança, a Sua graça se estende a ela.
Se o terrorista é cristão o ato terrorista motivado pela religião é justificável, por ele acreditar no Deus 'certo'? Não é suficiente acreditar no deus certo. É preciso garantir que os comandos divinos estão sendo corretamente interpretados. Não acho que Deus dê esse tipo de comando hoje em dia. Os casos do Velho Testamento, como a conquista de Canaã, não representam a vontade normal de Deus.

O sr. está querendo dizer que Deus também está sujeito a variações de humor?

Não é plausível esperar que pelo menos Ele seja consistente? Penso que Deus pode fazer exceções aos comandos morais que dá. O principal exemplo no Velho Testamento é a ordem que ele dá a Abraão para sacrificar seu filho Isaque. Se Abraão tivesse feito isso por iniciativa própria, isso seria uma abominação. O deus do Velho Testamento condena o sacrifício infantil. Essa foi uma das razões que o levou a ordenar a destruição das nações pagãs ao redor de Israel. Elas estavam sacrificando crianças aos seus deuses. E, no entanto, Deus dá essa ordem extraordinária a Abraão: sacrificar o próprio filho Isaque. Isso serviu para verificar a obediência e fé dele. Mas isso é a exceção que prova a regra. Não é a forma normal com que Deus conduz os assuntos humanos. Mas porque Deus é Deus, Ele tem a possibilidade de abrir exceções em alguns casos extremos, como esse.

O sr. disse que não é suficiente ter o deus certo, é preciso fazer a interpretação correta dos comandos divinos. Como garantir que a sua interpretação é objetivamente correta?

As coisas que digo são baseadas no que Deus nos deu a conhecer sobre si mesmo e em preceitos registrados na Bíblia, que é a palavra d'Ele. Refiro-me a determinações sobre a vida humana, como "não matarás". Deus condena o sacrifício de crianças, Seu desejo é que amemos uns ao outros. Essa é a Sua moral geral. Seria apenas em casos excepcionalmente extremos, como o de Abraão e Isaque, que Deus mudaria isso. Se eu achar que Deus me comandou a fazer algo que é contra o Seu desejo moral geral, revelado na escritura, o mais provável é que eu tenha entendido errado. Temos a revelação do desejo moral de Deus e é assim que devemos nos comportar.

O sr. deposita grande parte da sua argumentação no conteúdo da Bíblia. Contudo, ela foi escrita por homens em um período restrito, em uma área restrita do mundo, em uma língua restrita, para um grupo específico de pessoas. Que evidência se tem de que a Bíblia é a palavra de um ser sobrenatural?

A razão pela qual acreditamos na Bíblia e sua validade é porque acreditamos em Cristo. Ele considerava as escrituras hebraicas como a palavra de Deus. Seus ensinamentos são extensões do que é ensinado no Velho Testamento. Os ensinamentos de Jesus são direcionados à era da Igreja, que o sucederia. A questão, então, se torna a seguinte: temos boas razões para acreditar em Jesus? Ele é quem ele diz ser, a revelação de Deus? Acredito que sim. A ressurreição dos mortos, por exemplo, mostra que ele era quem afirmava.

Existem provas que confirmem a ressurreição de Jesus?

Temos boas bases históricas. A palavra 'prova' pode ser enganosa porque muitos a associam com matemática. Certamente, não temos prova matemática de qualquer coisa que tenha acontecido na história do homem. Não temos provas, nesse sentido, de que Júlio César foi assassinado no senado romano, por exemplo, mas temos boas bases históricas para isso. Meu argumento é que se você considera os documentos do Novo Testamento como fontes da história antiga, - como os historiadores gregos Tácito, Heródoto ou Tucídides - o evangelho aparece como uma fonte histórica muito confiável para a vida de Jesus de Nazaré. A maioria dos historiadores do Novo Testamento concorda com os fatos fundamentais que balizam a inferência sobre a ressurreição de Cristo. Coisas como a sua execução sob autoridade romana, a descoberta das tumbas vazias por um grupo de mulheres no domingo depois da crucificação e o relato de vários indivíduos e grupos sobre os aparecimentos de Jesus vivo após sua execução. Com isso, nos resta a seguinte pergunta: qual é a melhor explicação para essa sequência de acontecimentos? Penso que a melhor explicação é aquela que os discípulos originais deram - Deus fez Jesus renascer dos mortos. Não podemos falar de uma prova, mas podemos levantar boas bases históricas para dizer que a ressurreição é a melhor explicação para os fatos. E como temos boas razões para acreditar que Cristo era quem dizia ser, portanto temos boas razões para acreditar que seus ensinamentos eram verdade. Sendo assim, podemos ver que a Bíblia não foi criação contingente de um tempo, de um lugar e de certas pessoas, mas é a palavra de Deus para a humanidade.

O textos da Bíblia passaram por diversas revisões ao longo do tempo. Como podemos ter certeza de que as informações às quais temos acesso hoje são as mesmas escritas há 2.000 anos?
Além disso, como lidar com o fato de que informações podem ser perdidas durante a tradução?

Você tem razão quanto a variedade de revisões e traduções. Por isso, é imperativo voltar às línguas originais nas quais esses textos foram escritos. Hoje, os críticos textuais comparam diferentes manuscritos antigos de modo a reconstruir o que os originais diziam. O Novo Testamento é o livro mais atestado da história antiga, seja em termos de manuscritos encontrados ou em termos de quão próximos eles estão da data original de escrita. Os textos já foram reconstruídos com 99% de precisão em relação aos originais. As incertezas que restam são trivialidades. Por exemplo, na Primeira Epístola de João, ele diz: "Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra". Mas alguns manuscritos dizem: "Estas coisas vos escrevemos, para que o nosso gozo se cumpra". Não temos certeza se o texto original diz 'vosso' ou 'nosso'. Isso ilustra como esse 1% de incerteza é trivial. Alguém que realmente queira entender os textos deverá aprender grego, a língua original em que o Novo Testamento foi escrito. Contudo, as pessoas também podem comprar diferentes traduções e compará-las para perceber como o texto se comporta em diferentes versões.

possível explicar a existência de Deus apenas com a razão?

Qual o papel da ciência na explicação das causas do universo? A razão é muito mais ampla do que a ciência. A ciência é uma exploração do mundo físico e natural. A razão, por outro lado, inclui elementos como a lógica, a matemática, a metafísica, a ética, a psicologia e assim por diante. Parte da cegueira de cientistas naturalistas, como Richard Dawkins, é que eles são culpados de algo chamado 'cientismo'. Como se a ciência fosse a única fonte da verdade. Não acho que podemos explicar Deus em sua plenitude, mas a razão é suficiente para justificar a conclusão de que um criador transcendente do universo existe e é a fonte absoluta de bondade moral.

Por que o cristianismo deveria ser mais importante do que outras religiões que ensinam as mesmas questões fundamentais, como o amor e a caridade?

As pessoas não entendem o que é o cristianismo. É por isso que alguns ficam tão ofendidos quando se prega que Jesus é a única forma de salvação. Elas pensam que ser cristão é seguir os ensinamentos éticos de Jesus, como amar ao próximo como a si mesmo. É claro que não é preciso acreditar em Jesus para se fazer isso. Isso não é o cristianismo. O evangelho diz que somos moralmente culpados perante Deus. Espiritualmente, somos separados d'Ele. É por isso que precisamos experimentar Seu perdão e graça. Para isso, é preciso ter um substituto que pague a pena dos nossos pecados. Jesus ofereceu a própria vida como sacrifício por nós. Ao aceitar o que ele fez em nosso nome, podemos ter o perdão de Deus e a limpeza moral. A partir disso, nossa relação com Deus pode ser restaurada. Isso evidencia por que acreditar em Cristo é tão importante. Repudiá-lo é rejeitar a graça de Deus e permanecer espiritualmente separado d'Ele. Se você morre nessa condição você ficará eternamente separado de Deus. Outras religiões não ensinam a mesma coisa.

A crença em Deus é necessária para trazer qualidade de vida e felicidade?

Penso que a crença em Deus ajuda, mas não é necessária. Ela pode lhe dar uma fundação para valores morais, propósito de vida e esperança para o futuro. Contudo, se você quiser viver inconsistentemente, é possível ser um ateu feliz, contanto que não se pense nas implicações do ateísmo. Em última análise, o ateísmo prega que não existem valores morais objetivos, que tudo é uma ilusão, que não há propósito e significado para a vida e que somos um subproduto do acaso.
Por que importa se acreditamos no deus do cristianismo ou na 'mãe natureza' se na prática as pessoas podem seguir, fundamentalmente, os mesmos ensinamentos? Deveríamos acreditar em uma mentira se isso for bom para a sociedade? As pessoas devem acreditar em uma falsa teoria, só por causa dos benefícios sociais? Eu acho que não. Isso seria uma alucinação. Algumas pessoas passam a acreditar na religião por esse motivo. Já que a religião traz benefícios para a sociedade, mesmo que o indivíduo pense que ela não passa de um 'conto de fadas', ele passa a acreditar. Digo que não. Se você acha que a religião é um conto de fadas, não acredite. Mas se o cristianismo é a verdade - como penso que é - temos que acreditar nele independente das consequências. É o que as pessoas racionais fazem, elas acreditam na verdade. A via contrária é o pragmatismo. "Isso Funciona?", perguntam elas. "Não importa se é verdade, quero saber se funciona". Não estou preocupado se na Suécia alguns são felizes sem acreditar em Deus ou se há alguma vantagem em acreditar n'Ele. Como filósofo, estou interessado no que é verdade e me parece que a existência desse ser transcendente que criou e projetou o universo, fonte dos valores morais, é a verdade.  (William Lane Craig - Entrevistado na Revista veja: 25/03/2012)