sexta-feira, 27 de maio de 2016

A Prosperidade da Alma

“Amado, acima de tudo, faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”. (3 João 2)

Este texto reflete, ao meu entender, não apenas o sentimento do apóstolo João por Gaio, seu amigo e irmão em Cristo, mas revela a vontade de Deus para todos os seus filhos. Jesus ensinou que se nós, que somos maus, sabemos dar boas dádivas aos nossos filhos, quanto mais o Pai Celestial não dará coisas boas aos que lhe pedirem? (Mt 7.11). Assim como um pai terreno deseja o melhor para seus filhos, o Pai Celeste também deseja o melhor para os seus. Paulo declarou aos romanos que se Deus “não poupou a seu próprio Filho, mas por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?” (Rm 8.32). É indiscutível o fato de que Deus quer o nosso melhor. O apóstolo estava dizendo aos cristãos de Roma que se o Pai Celeste deu o que tinha de melhor – Jesus – não há nada que Ele não possa nos dar!

Creio que Deus deseja nossa prosperidade, o melhor para cada um de nós. Mas o que é prosperidade? A Concordância de Strong define a palavra grega traduzida como “prosperidade” (euodoo), da seguinte forma: 1) ter uma viagem rápida e bem sucedida, conduzir por um caminho fácil e direto; 2) garantir um bom resultado, fazer prosperar; 3) prosperar, ser bem sucedido. A palavra também era aplicada no sentido material (1 Co 16.2), mas reflete a ideia de ir bem em todas as coisas. Prosperar, portanto, não é só ter necessidades materiais supridas, mas IR BEM na vida espiritual, ministerial, familiar, na saúde e no trabalho.

Deus quer que prosperemos, e nós mesmos desejamos isto. Mas a prosperidade que experimentaremos do lado de fora, nas circunstâncias, está diretamente ligada à prosperidade que provamos do lado de dentro, na alma.

João declarou a Gaio: “Quero que você seja próspero… como é próspera a tua alma”. Ou, em outras palavras: “Quero que você prospere TANTO QUANTO sua alma é próspera”.

Podemos dizer que se a alma de Gaio fosse pouco próspera, João estaria desejando que ele fosse tão pouco próspero quão pouco próspera era sua alma. Mas sendo ele muito próspero, então o apóstolo então estaria dizendo que gostaria que Gaio fosse muito próspero como muito próspera também era a sua alma.

Entender a prosperidade da alma é um passo importante para se prosperar nas circunstãncias, uma vez que o que provamos por dentro pode determinar a dimensão do que provaremos por fora.

A PROSPERIDADE PODE SE TORNAR EM MALDIÇÃO

Tanto na Escritura Sagrada quanto na história, encontramos exemplos de pessoas que prosperaram exteriormente sem prosperarem interiormente, e o resultado é sempre o mesmo: a bênção acaba se tornando em maldição. Um destes exemplos é o rei Uzias:

“Propôs-se buscar a Deus nos dias de Zacarias, que era sábio nas visões de Deus; nos dias em que buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar”. (2 Crônicas 26.5)

Com a bênção de Deus, Uzias alcançou aquilo que, sozinho, não teria alcançado:

“…divulgou-se a sua fama até muito longe, porque foi MARAVILHOSAMENTE AJUDADO, até que se tornou forte”. (2 Crônicas 26.15b).

Entretanto, seu coração mudou quando alcançou prestígio e poder. Suas conquistas o levaram a agir de forma errada:

“Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração para a sua própria ruína, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus”. (2 Crônicas 26.16)

Porque a prosperidade circunstancial não foi acompanhada da prosperidade de alma, aquilo que deveria ser bom, se tornou algo ruim. E a história de Uzias se repete na vida de muitos outros em nossos dias. Nossas Igrejas estão repletas de histórias de gente que buscou ao Senhor, alcançou o sucesso em sua vida profissional, familiar, ministerial, mas não se deixou prosperar na alma na mesma proporção em que prosperou nestas áreas. O resultado é sempre o mesmo: não souberam lidar com sua nova condição. A fama, o prestígio, a promoção, as conquistas e o dinheiro os levaram a ruína. Muitos terminaram longe de Deus e sem estas coisas, exatamente do jeito que Paulo advertiu a Timóteo:

“Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor do dinheiro é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. (1 Timóteo 6.9,10)

Muitos já enriqueceram às custas de perderem outros valores interiores, inclusive sua própria fé. Este não é o desejo de Deus para nós. Por isso devemos prosperar em nossa alma. Uma alma próspera é aquela que não se prende à ganância e avareza. É despojada do egoísmo e do orgulho. Se uma pessoa está prosperando materialmente mas seu coração se prende ao dinheiro, é porque sua alma não vai bem. É este entendimento que percebemos na oração de Agur:

“Duas coisas te peço; não mas negues, antes que eu morra: afasta de mim a falsidade e a mentira; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus”. (Provérbios 30.7-9)

Ele examina sua alma e reconhece dois perigos: o de pela pobreza furtar e quebrar princípios divinos e também o de prosperar e se esquecer de Deus. Se a prosperidade de alguém o privar da comunhão com Deus, então ela se transformou em maldição. A condição de nossa alma pode se tornar um fator limitante para a prosperidade exterior. Assim como um pai não deseja presentear um filho com algo que o prejudique, também o Senhor não deseja nos acrescentar algo que nos afaste de seu propósito.

Mas, se por um lado a oração de Agur reflete o entendimento de que a bênção não pode nos afastar de Deus, por outro não deve gerar em nós o sentimento de que nossa atual condição interior deve servir de limite à prosperidade exterior. Se percebemos um coração que se afastará de Deus com a riqueza, devemos buscar o desprendimento, que é uma das evidências da prosperidade interior.

MUDANDO O CORAÇÃO

prosperidade não deve ser evitada pelo risco de ser transformada em maldição. Se assim fosse, Deus nunca prosperaria alguém como Uzias. O conselho divino é que policiemos nosso coração:

“…se as vossas riquezas prosperam, não ponhais nelas o coração”. (Salmo 62.10)

Devemos manter nosso íntimo alinhado com os princípios e valores do Reino de Deus, de modo que a prosperidade material não nos leve à ganância, avareza e egoísmo. Não precisamos de uma mentalidade franciscana que foge da riqueza como se este fosse o problema. Devemos permitir que nossa alma seja tratada pela Palavra de Deus e pela ação do Espírito Santo. Assim como não fugimos deste mundo nos trancando num convento para tentarmos nos santificar escondendo-nos do pecado, também não fugimos do dinheiro e da prosperidade para não pecar. Devemos tratar com nosso coração, e nos manter conscientes de qual é nosso maior tesouro.

Algumas pessoas se baseiam na oração de Agur para evitarem a prosperidade. Mas não entendem a essência da oração dele, que é não querer prosperar se isto significa afastar-se de Deus. Se percebemos em nosso íntimo uma inclinação a isto, devemos buscar o trato de Deus e a vitória sobre este tipo de inclinação. Não oro como Agur; peço a Deus que me faça prosperar na alma, que me prepare para prosperar do lado de fora sem que isto se torne um problema.

VENCENDO O EGOÍSMO

Um outro texto que tem sido mal entendido por muitos cristãos é o que fala sobre juntar tesouros no céu:

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, onde a traça e a ferrugem corroem e onde ladrões escavam e roubam; mas ajuntai para vós outros tesouros no céu, onde traça nem ferrugem corrói, e onde ladrões não escavam, nem roubam; porque, onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. (Mateus 6.19-21)
Alguém disse que Jesus ensinou que não podemos ter tesouros aqui na terra, mas não foi isto que ele disse. Ele disse: “não ACUMULEIS para vós tesouros sobre a terra”. Esta palavra traduzida do original grego como “acumular” é “thesaurizo”. De acordo com a Concordância de Strong, significa: “ajuntar e armazenar, amontoar, acumular riquezas, manter em estoque, armazenar, reservar”. Há algo sobre a prosperidade da alma que precisamos entender: ela nos leva a viver acima do egoísmo. O propósito de prosperarmos materialmente não é o de REPRESAR os recursos só para nós, mas o de COMPARTILHARMOS o que Deus nos dá. Devemos ser como o leito de um rio, por onde os recursos sempre passam; não param de entrar mas também não param de sair.

Juntar tesouros no céu é algo que se faz não só investindo no galardão que vem através de se ganhar almas, orar e jejuar, etc. Todas as vezes que o Novo Testamento fala sobre juntar tesouros no céu, envolve algo que a pessoa faz com seus recursos terrenos. O Senhor Jesus disse ao jovem rico para vender seus bens e dar aos pobres, e disse que isto significaria ter um tesouro no céu (Mt 19.21). Muita gente acha que ter um tesouro no céu é não ter nenhum tesouro na terra. Mas, em outro texto bíblico, vemos o princípio de entesourar no céu sem deixar de ter posses na terra; Paulo disse a Timóteo:

“Exorta aos ricos do presente século que… pratiquem o bem, sejam ricos de boas obras, generosos em dar e prontos a repartir; que acumulem para si mesmos tesouros, sólido fundamento para o futuro, a fim de se apoderarem da verdadeira vida”. (1 Timóteo 6.17-19)

Ou seja, uma pessoa não precisa ficar sem tesouros na terra para ajuntar nos céus. Ela tem que aprender a não represar para si, mas transbordar para outros. A razão pela qual muitos não alcançam uma maior prosperidade em Deus é justamente pela mentalidade egoísta de querer represar só para si. Precisamos entender que muitas vezes Deus não vai responder algumas orações que são puramente egoístas:

“Pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres”. (Tiago 4.3)

Quando o que a pessoa quer receber de Deus é só para si mesma, isto é visto como desperdício, como esbanjamento. O plano divino é de que transbordemos. O que alcançamos nunca deve ser só para nós mesmos, mas para compartilhar com outros. Foi isto que o apóstolo Paulo ensinou aos efésios:

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as mãos o que é bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade”. (Efésios 4.28)

Não podemos ganhar apenas o suficiente para nossas necessidades, mas para suprir a necessidade de outros também (além de contribuirmos com o Reino de Deus). E vencer o egoísmo, criando uma mentalidade de transbordar recursos, é prosperar na alma.

VENCENDO O ORGULHO

Além do egoísmo, um dos venenos que atingem a nossa alma e nos impedem de ser interiormente prósperos, é o orgulho. Paulo mandou Timóteo advertir acerca deste perigo:

“Exorta aos ricos do presente século que não sejam orgulhosos, nem depositem a sua esperança na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que tudo nos proporciona ricamente para nosso aprazimento”. (1 Timóteo 6.17)

Uma inclinação normal do ser humano é achar que suas conquistas são fruto de seu esforço e habilidade e esquecer da intervenção de Deus. Nabucodonosor foi julgado por isto (Dn 4.29-36). Mas depois de sair de seu estado de loucura, louvou a Deus e falou de como Deus humilha ao que anda na soberba:

“Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do céu, porque todas as suas obras são verdadeiras, e os seus caminhos, justos, e pode humilhar aos que andam na soberba”. (Daniel 4.37)

Quando colocou seu povo na terra de Canaã, o Senhor também os advertiu a não se tornarem orgulhosos de suas conquistas:

“Não digas, pois, no teu coração: A minha força e o poder do meu braço me adquiriram estas riquezas. Antes, te lembrarás do Senhor, teu Deus, porque é ele o que te dá força para adquirires riquezas; para confirmar a sua aliança, que, sob juramento, prometeu a teus pais, como hoje se vê”. (Deuteronômio 8.17,18)

A soberba precede a queda (Pv 16.18). Portanto, só poderemos ter prosperidade permanente do lado de fora se nossa alma prosperar vencendo orgulho e trilhando o caminho da humildade.

VIVENDO A PROSPERIDADE INTERIOR

Passamos a viver a prosperidade interior quando Deus é nosso maior valor, e O colocamos (com seus valores) antes de qualquer outra coisa. Um dos textos bíblicos que melhor reflete este equilíbrio (da prosperidade externa ser proporcional à interna), é a declaração do Senhor Jesus Cristo sobre colocar o reino de Deus em primeiro lugar:

“Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. (Mateus 6.33)

Se prosperamos espiritualmente, prosperaremos física e materialmente. Que o Senhor nos ajude a alcançar isto! Luciano P. Subirá 

quarta-feira, 25 de maio de 2016

Adolf Gunnar Vingren "Pioneiro"

ADOLF GUNNAR VINGREN nasceu em Östra Husby Östergothand, Suécia no dia 8 de Agosto de 1879. Nasceu num lar evangélico, filho de jardineiro, também passou a exercer a profissão na jardinagem até seus 19 anos. No entanto, aos nove anos de idade, recebeu a chamada do mestre, mas esteve afastado dos caminhos do Senhor dos 12 aos 17 anos voltando em um culto de vigília.

Desde muito cedo, ainda com 18 anos de idade, Gunnar Vingren já era dedicado na obra de Deus. Ordenado pastor nos EUA, começou a cuidar de igrejas a partir de 1909. Chegou ao Brasil ainda solteiro, com a idade de 31 anos. Vingren se tornou um mestre na Palavra de Deus se tornando uma das maiores defesa do movimento pentecostal. Implantou com sabedoria as doutrinas bíblicas aqui no Brasil. Como mestre, sabia defender a razão da fé depositada na Palavra.

Ao completar 18 anos em 1897, foi batizado nas águas em Smaland, Suécia. Posteriormente assumiu a superintendência da Escola Dominical da Igreja Batista nesta cidade. Lendo uma nota sobre missões numa revista evangélica, nasceu o desejo de ir para a obra missionária.

Vingren foi participar Em 1898 de uma Escola Bíblica que durou um mês em Götabro, Narke, e foi impactado pelos estudos bíblicos. Dos 55 alunos que participaram do evento, 22 foram enviados como evangelistas. Vingren viajando pelo mundo em 1903, conheceu os EUA, esteve em Liverpool na Inglaterra, chegou a Kansas City e foi parar na casa de seu tio Carl Vingren que ali morava.

Em 1904, Vingren partiu para Chicago a estudar teologia, curso que durou quatro anos. No mesmo ano, assumiu a liderança da Primeira Igreja Batista de Menominee em Michigam. Visitando a Primeira Igreja Batista de Chicago, foi batizado com o Espírito Santo, encontrando em seguida, Daniel Berg. Em South Bend, Indiana em 1910 na Igreja Batista, recebeu a confirmação da chamada divina para o Pará.
família Vingren

Numa de suas viagens à Suécia em 1º de Agosto de 1917, Vingren conheceu Frida Strandberg Vingren. Ela compartilhou de sua chamada também para o Brasil. Ela foi enviada como missionária pela Suécia, e casou-se com Vingren dia 16 de Outubro de 1917 em Belém. A jovem tinha 26 anos de idade, o pastor Samuel Nyströn realizou a cerimonia na igreja. Com curso superior de Enfermagem, poetisa e instrumentista, exerceu grandes funções na igreja do Senhor, na obra missionária.

Os Hinos da Harpa Cristã, 126, 394 e outros, são de sua autoria. Nestes e outros hinos, estão o relato dos muitos sofrimentos pela causa do mestre. O casal de missionário chegaram a comer banana com farinha para amenizar a fome nas ocasiões difíceis. Mas nunca desanimaram, e do relacionamento nasceram Ivar, Ruben, Margit, Astrid, Bertil e Gunvor. A Gunvor ficou sepultada em solo brasileiro. O administrador do Alerta Final conheceu o Ivar, o primogênito da família.

Vingren preocupava-se em instruir os pastores que estavam sobre sua responsabilidade. O “Jornal Voz da Verdade” criado em 1º de novembro de 1917, teve este intuito. Este foi o solavanco da imprensa evangélica. Vingren visitou além do Pará todas as regiões do Brasil.

Mesmo frágil pelas doenças estomacais e outras, orava pelos enfermos e Deus restabelecia a saúde dos irmãos. Sempre incansável na obra de Deus, ia sendo fortalecido e animado pelas palavras proféticas através dos servos de Deus. Vingren voltou à Suécia em 15 de Agosto de 1932. Dia 27 de julho de 1933, aos 53 anos de idade, foi recolhido pelo Senhor ao Paraíso. Mas deixou uma palavra de exortação à igreja que tanto amava, dizendo que buscassem os dons espirituais para continuar a obra, e buscassem a santidade para estarem sempre preparados para o arrebatamento.

Ev. Geziel Silva Costa

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Jonas, o Filho de Amitai, e as três Lições




Jonas foi um profeta missionário, conhecido pela sua conduta contraria à vontade de Deus e a sua associação com o juízo divino, ao ser engolido por um grande peixe prefigurando a morte e a ressurreição de Cristo. Jonas foi um profeta que precisou ser corrigido, sua postura nos ensina preciosas lições espirituais, e se encaixa muitas vezes com o problema que se perpetua no coração endurecido pela velha natureza no homem.

A primeira lição, é que Jonas não queria ouvir tal coisa de Deus: ir a Nínive para proclamar arrependimento. O instinto natural de Jonas falou mais alto do que a voz do Senhor, e venceu esse conflito. Ele desceu, e seu destino foi Tarsis. A grande maioria dos cristãos não querem ouvir o que Deus deseja falar. Eles querem ouvir coisas que o agradam de alguma forma, e não que agradem a Deus. Esse conflito de vontade é um problema muito serio na vida do cristão que precisa ser tratado com muita medida de urgência, pois andar fora da  vontade de Deus e querer coisas que não se ajustam com a vontade de Deus causa transtornos e problemas na nossa vida, e de certa forma, até mesmo irreparáveis em alguns aspectos. Em suma, muitas vezes há um abismo que separa uma mensagem que um homem quer ouvir de uma mensagem que Deus quer falar. O desejo humano nem sempre corresponde a sua grande necessidade.

A Segunda lição, é que muitas vezes o homem, mesmo ouvindo a  voz e sabendo qual direção deve tomar, porque o Senhor assim tem indicado nas escrituras de uma forma geral, ele trama outro projeto, contrario aos planos de Deus. Aqui está outro grande problema que tem que ser resolvido de forma urgente. Tarsis era a contramão da vida de obediência. O que havia de diferente entre o percurso de Nínive e  Tarsis? Nínive era mais longe, e o trajeto era difícil, exigia muito sacrifício, doloroso, e o trajeto para Tarsis era fácil; no fundo de um navio, Jonas poderia viajar, dormindo. Não é esse o grande problema nosso? Queremos seguir a Cristo pelo Caminho fácil, sem dor, sem sofrimento, sem custo, sem dificuldades, sem cruz, sem abstinência, sem santificação, sem obediência. Queremos um porão escuro para dormir. Essa é maneira como a maioria procura servir a Deus: exercendo uma espiritualidade sonolenta.

A Terceira lição, era que Jonas já tinha opiniões formadas; quando foi comissionado para ir para um lugar que não gostava, e fazer uma tarefa que não gostava, que era anunciar arrependimento para um povo que ele não gostava, fugiu, para ir para um lugar que ele gostava, o conforto escuro de um porão! Além disso, podemos ver na postura de Jonas que ele tinha uma teologia falha. Ora, fugir de Deus? Isso é impossível. Esse conceito errado, a respeito de Deus pode ser classificado como uma heresia, e é claro, Jonas foi corrigido pelas próprias circunstâncias! Mas uma teologia errada e uma doutrina errada podem conduzir cristãos a praticarem aquilo que desagrada a Deus e esse é um dos maiores perigos das falsas doutrinas. Jonas depois de passar pelas adversidades, consequência de seus desvios, aprendeu que não se pode fugir de Deus, mesmo escondido na escuridão de um porão, isso é impossível!

Que essas preciosas lições possam servir para a nossa edificação, e assim correr a carreira que nos foi proposta, combater o bom combate e concluir a nossa carreira, ou seja, chegar ao destino que Deus traçou para nós, pois isso nos conduzirá à plenitude de nossa existência.

Pr Clavio J. Jacinto

sábado, 21 de maio de 2016

A Ovelha Shrek

Este é a ovelha Shrek. Tornou-se famosa há alguns anos, quando foi encontrada após seis anos, se escondendo em cavernas. É claro que, durante este tempo sua lã cresceu e não havia ninguém lá para tosá-la. 

Quando foi finalmente encontrada e tosada, sua lã pesava incríveis 30kg. A maioria das ovelhas têm um velo pesando pouco menos de 5kg, com algumas exceções de 7kg, no máximo. Durante seis anos, Shrek tinha o equivalente a seis vezes o peso normal que sua lã deveria ter. Simplesmente porque ele estava longe de seu pastor.

Isso me lembra de João 10, quando Jesus se compara a um pastor, e Seus seguidores são Suas ovelhas. Fazendo uma analogia, Shrek é como uma pessoa que conhece Jesus Cristo, mas se desvia. Agindo assim, não seremos "tosquidaos" pela ação de Cristo e nossa tendência pecaminosa é acumular peso extra neste mundo, um peso que não temos de suportar.

Quando Shrek foi encontrada, a tosquia de ovinos profissional teve o cuidado retirar sua lã em 28 minutos. Os 30kg de lã de Shrek foram finalmente removidos, tão logo esta voltou a casa para de seu pastor.

Cristo pode aliviar os fardos que carregamos se pararmos de se esconder. Ele pode tosquiar nossa 'lã', isto é, os nossos fardos auto-impostos provocados por vagarmos neste mundo, distantes de nosso Bom Pastor.

Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tome meu jugo sobre vós e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve. (Mateus 11: 28-30)

Jennyane Vasconcelos
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Arrependimento Tardio


Muitos cristãos sofrem com a agonia da incerteza, lutando para se manter acima da água. Eles duvidam da presença de Deus, do amor, da existência, e de sua salvação (entre outras coisas). Uma senhora, no ano passado, escreveu-me a cada três dias, lutando com o mesmo problema. Ela acreditava que Deus a odiava e que não poderia ser restaurada. Ela se referiu a muitas passagens em apoio à sua ansiedade. Havia o “pecado para a morte” em 1 João 5.16. E, claro, se referiu à “blasfêmia contra o Espírito” em Mateus 12.31. Mas a que repetidamente serve como ilustração é encontrada em Hebreus 12.17:

Pois sabeis que, posteriormente, querendo herdar a benção, [Esaú] foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado.

Esta é uma passagem verdadeiramente muito difícil, especialmente para aquelesque duvidam de sua fé e segurança no amor de Deus. Deixe-me tentar explicar de uma forma que venha, com esperança, consolar o coração partido espiritualmente.

Esaú foi impedido de se arrepender?

O arrependimento é o outro lado da fé. Quando vamos a Cristo, estamos arrependidos de muitas coisas, incluindo o nosso orgulho, que nos mantem longe de Deus desde o início. Estamos arrependidos de nosso antagonismo em relação a ele. Nosso arrependimento é ilustrado em nossos joelhos curvados. E então, confiamos que Deus nos perdoa. O assustador sobre esta passagem é que parece que Esaú está tentando voltar para Deus em arrependimento, mas ele não pode. Eu não acho que esse é o caso.

A questão é: O que Esaú estava buscando com lágrimas? O que é o “o”, de Hebreus 12:17 (“com lágrimas, o tivesse buscado”)? Muitas pessoas acham que é o arrependimento. A ordem das palavras deixa outras possibilidades obscuras. Pelo valor nominal em muitas traduções, parece que é porarrependimento que Esaú está buscando. Observe as leituras nas seguintes traduções:

Almeida Revisada Imprensa Bíblica: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado; porque não achou lugar dearrependimento, ainda que o buscou diligentemente com lágrimas. 

Almeida Corrigida e Revisada Fiel: Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar dearrependimento, ainda que com lágrimas o buscou. 

Sociedade Bíblica Britânica: Pois sabeis que quando ele ainda depois desejava herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, embora o buscasse diligentemente com lágrimas. 

Cada uma destas traduções dá a impressão de que Esaú buscou basicamente porarrependimento. Se assim for, este é um motivo de grande preocupação, uma vez que ensina que talvez sejamos capazes de voltar para Deus com lágrimas, verdadeiramente procurando o arrependimento, mas não seremos capazes de encontrá-lo. Ela ensinaria que podem haver pessoas que realmente querem transformação a partir de seu pecado, mas não conseguem encontrar a misericórdia de Deus. Pode ensinar que você poderia se aproximar do trono de Deus pedindo o dom do arrependimento e ser desligado. Pode ensinar que há um momento nessa vida em que é tarde demais, não importa o quanto você deseja mudar. Isso é assustador.

Buscando arrependimento ou bênção?

No entanto, há uma outra, e eu acredito, maneira mais fiel de entender esta passagem. O pronome “o” não tem um, mas dois possíveis antecedentes. Quando estruturado na forma das traduções que citei, o jeito mais comum de ler é procurando a possibilidade mais próxima como o referente ao que Esaú procurou. E o mais próximo referente a “o” é realmente “arrependimento”. No entanto, a língua grega segue um conjunto de regras diferentes. A ordem das palavras é secundária à inflexão. A palavra “o” é um pronome feminino, o que significa que o substantivo que modifica será feminino também.

Neste verso há dois substantivos femininos no grego: “arrependimento” e “bênção”. Portanto, há duas opções viáveis aqui para o que Esaú buscou com lágrimas. Ou era arrependimento ou a bênção. Não é necessariamente preferível se basear em gramática e sintaxe, por isso temos de olhar para o contexto da história que o autor de Hebreus faz referência. Então, vamos olhar para a história de Esaú.

A perda da bênção de Esaú. 

Quando nos voltamos para a narrativa em Gênesis 27, vemos Esaú sendo enganado por Jacó e sua mãe, que lhe tiram sua benção. Após Esaú descobrir que tinha sido enganado e que Isaque abençoara a Jacó, ele se desesperou. Observe como a história continua:

Respondeu-lhe o pai: “Veio teu irmão astuciosamente e tomou a tua benção”. Disse Esaú: “Não é com razão que chama ele Jacó? Pois já duas vezes me enganou: tirou-me o direito de primogenitura e agora usurpa a bênção que era minha.” Disse ainda: “Não reservaste, pois, bênção nenhuma para mim?” Então, respondeu Isaque a Esaú: “Eis que o constituí em teu senhor, e todos os seus irmãos lhe dei por servos; de trigo e de mosto o apercebi; que me será dado fazer-te agora, meu filho?” Disse Esaú a seu pai: “Acaso, tens uma única bênção meu pai? Abençoa-me, também a mim, meu pai.” E, levantando Esaú a voz, chorou.

Esaú, de fato, chorou e se arrependeu. Mas o que fez ele chorar? Foi a perda de sua bênção. O contexto em Gênesis é claro. Acredito que devemos ver a passagem de Hebreus pelo contexto do enredo original. O autor de Hebreus está dizendoque Esaú buscou a sua bênção, não arrependimento, com lágrimas.

Graça Radical

A Bíblia ensina que nunca existirá um dia antes da morte em que o arrependimento estará além do nosso alcance. Isso é o que continuei dizendo a senhora que falei anteriormente. Mesmo o ladrão na cruz encontrou humilde arrependimento em suas palavras a Jesus: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”.

Esta é a maravilha do nosso Deus e do evangelho. O amor de Deus torna oarrependimento sempre aceitável, não importa onde você se encontra na vida. Se você buscar por arrependimento, você vai encontrar. A graça de Deus é radical. C. Michael Patton

segunda-feira, 16 de maio de 2016

O Homem de Deus e o Profeta Velho

I Rs. 12, 25-13,1-32. As igrejas evangélicas atuais estão cheias de pessoas que um dia foram cheias do Espírito Santo e que com o passar do tempo, foram acometidas do espírito do comodismo, ou seja, pessoas que não são mais ofertas vivas para Deus e que não fazem mais a obra como no início de sua fé.

É o mesmo que aconteceu com o profeta velho descrito no Livro de 1ª Reis, acima citado, o qual iremos destrinchar a partir de agora.

Iniciando no versículo 25 do capítulo 12, logo veremos a astúcia de um homem, que sem sombras de dúvidas, podemos afirmar, que durante o seu reinado, deixou ser influenciado pelo egoísmo, orgulho, prepotência e pelo poder que possuía, e passou a tomar atitudes contrárias aos mandamentos do Senhor Deus. Esse homem se chamava JEROBOÃO e foi proclamado Rei de Israel, logo após a morte de Salomão.

Com receio que o povo de Israel o deixasse sozinho e fosse até Jerusalém, para adorar ao Senhor Deus e acabasse servindo a ROBOÃO, que também era Rei em Israel, pois nessa época, Israel foi divido e teve dois reinados (Reino do Norte e Reino do Sul). Influenciado pelo próprio satanás, JEROBOÃO, movido pela inveja e pelo orgulho, FEZ DOIS BEZERROS DE OURO e MAIS SANTUÁRIOS para o povo adorar e sacrificar aos respectivos bezerros (do versículo 25 ao 33).

Essas atitudes de JEROBOÃO causaram indignação ao Deus Todo Poderoso, Criador dos Céus e da Terra, pois isso fez com que o povo deixasse de adorá-LO acima de todas as coisas, e passasse a adorar aos bezerros de ouro de Jeroboão. Em vista desse episódio e dos demais que o amigo leitor irá acompanhar daqui a diante, é que podemos chamá-lo de O AGENTE DO DIABO.

Vendo essas aberrações provocadas por Jeroboão, Deus enviou um servo Seu, cheio de Sua Unção e Autoridade, para profetizar e acabar com aquelas práticas malignas do povo, que por sua vez, foram ocasionadas por Jeroboão (capítulo 13, versículo 1).

No dia 15 de agosto daquele ano, todos estavam reunidos diante do bezerro de ouro e dentro do santuário que Jeroboão fez, para oferecer sacrifícios; Deus enviou o Seu servo para ir até lá e profetizar contra aquele altar, para que fosse afirmado que o mesmo iria se fender e ser extinto.

Foi justamente isso que aconteceu. Quando estavam no meio da cerimônia de adoração ao bezerro de ouro, o Homem de Deus profetizou contra o altar e disse (versículo 2): “Clamou o profeta contra o altar, por ordem do SENHOR, e disse: Altar, altar! Assim diz o SENHOR: Eis que um filho nascerá à casa de Davi, cujo nome será Josias, o qual sacrificará sobre ti os sacerdotes dos altos que queimam sobre ti incenso, e ossos humanos se queimarão sobre ti”.

Quando o HOMEM DE DEUS acabou de falar tais palavras, imediatamente JEROBOÃO levantou a mão contra ele e deu ordem para que os soldados o prendessem (versículo 4 - Tendo o rei ouvido as palavras do homem de Deus, que clamara contra o altar de Betel, Jeroboão estendeu a mão de sobre o altar, dizendo: Prendei-o! Mas a mão que estendera contra o homem de Deus secou, e não a podia recolher). Na mesma hora Deus enviou o Seu poder e fez com que a mão de JEROBOÃO ficasse seca e totalmente dura, fazendo com que o mesmo não pudesse mexê-la.

Naquele mesmo dia, Deus provou a Jeroboão e a todo aquele povo, que aquele servo era um Homem de Deus e tinha ido até ali por ordem Dele. De repente, o altar se fendeu de cima abaixo, de acordo com que o Homem de Deus tinha falado (versículo 5).

Vendo todo esse acontecimento feito através do Poder de Deus, e principalmente, percebendo que a sua mão estava totalmente seca e imobilizada, JEROBOÃO implorou ao Homem de Deus para que ele intercedesse a Deus para que a sua mão voltasse a ser normal (versículo 6 - Então, disse o rei ao homem de Deus: Implora o favor do SENHOR, teu Deus, e ora por mim, para que eu possa recolher a mão. Então, o homem de Deus implorou o favor do SENHOR, e a mão do rei se lhe recolheu e ficou como dantes).

Observamos aqui, que o Homem de Deus orou em favor de Jeroboão e a mão dele voltou a ser como antes; Por quê isso aconteceu? Ora meu amigo, foi para provar a todo o povo e principalmente a Jeroboão, que Deus era com aquele homem, ou seja, para que ficasse confirmado, que quando uma pessoa é realmente servo ou serva de Deus, o que ele ou ela fala acontece. Ali foi demonstrado a Grandeza e o Poder de Deus e o Seu nome foi glorificado diante de todo aquele povo.

A prova é tão grande de que Deus era com aquele homem, que o próprio Jeroboão, quando viu a manifestação do Poder de Deus naquele lugar e principalmente na sua vida, quando teve a sua mão curada, logo em seguida, implorou para que o SERVO DE DEUS ficasse ali e jantasse em sua casa, participando de todas as regalias reais, para logo em seguida ser recompensado financeiramente (versículos 7 ao 10 - Disse o rei ao homem de Deus: Vem comigo a casa e fortalece-te; e eu te recompensarei. Porém o homem de Deus disse ao rei: Ainda que me desses metade da tua casa, não iria contigo, nem comeria pão, nem beberia água neste lugar. Porque assim me ordenou o SENHOR pela sua palavra, dizendo: Não comerás pão, nem beberás água; e não voltarás pelo caminho por onde foste. E se foi por outro caminho; e não voltou pelo caminho por onde viera a Betel).

Pois é meu amigo! Pode ter a pura certeza de que essa proposta foi apresentada pelo próprio satanás, pois aquele homem representava o diabo em pessoa, como já citamos acima. Com certeza o homem de Deus não aceitou aquela sugestão satânica, pois ele havia recebido de Deus uma direção e uma ordem de que não poderia parar em nenhuma casa para comer pão e nem tampouco ele poderia voltar pelo mesmo caminho; observe as palavras que ele falou nos versículos 8 e 9 do capítulo 13.

Até aquele momento, o HOMEM DE DEUS ANDAVA NO ESPÍRITO E VIVIA PELA FÉ, ou seja, em comunhão e na obediência aos preceitos do Senhor Deus e por isso era usado por Ele e não aceitou a proposta de Jeroboão e, por conseguinte, foi embora por outro caminho por onde viera (versículo 10).

A partir desse momento, vamos narrar acontecimentos totalmente trágicos e contrários ao que vimos acima. Na primeira parte, observamos a prática da obediência e da fé, manifestada com a resposta dos céus. Mas, a continuação dessa história tem seu final trágico, em consequência da inveja e da desobediência.

Quando o HOMEM DE DEUS ia retornando para a sua casa, depois de ter sido muito usado por Deus, fazendo tais coisas com Jeroboão, com o altar e com o povo, no meio do caminho ele resolveu parar pra descansar um pouco.

A Bíblia diz, que naquela mesma cidade, morava UM PROFETA VELHO, que em outras palavras quer dizer: uma pessoa, que no passado, já foi muito usada por Deus, mas que com o passar do tempo, foi esfriando, deixando a malícia entrar no seu coração, juntamente com o orgulho e cada vez mais foi enfraquecendo na fé e se afastando de Deus. Esse profeta velho é aquela pessoa muito antiga de igreja, e que por ser mais antiga na igreja, se acha mais sábia do que os outros e não aceita mais os ensinamentos e nem tampouco ser repreendida por ninguém – Se acha alguma coisa – Peito de pombo. Deus já não usa mais ela pra nada e ela pensa que sim.

Naquela mesma cidade, morava um profeta velho, com todas essas características citadas acima, que movido pela inveja, quando soube dos acontecimentos e principalmente dos sinais que Deus fizera naquele lugar através daquele homem, imediatamente montou em um jumento e foi ver se ainda alcançava o HOMEM DE DEUS (versículos 11 ao 14 - Morava em Betel um profeta velho; vieram seus filhos e lhe contaram tudo o que o homem de Deus fizera aquele dia em Betel; as palavras que dissera ao rei, contaram-nas a seu pai. Perguntou-lhes o pai: Por que caminho se foi? Mostraram seus filhos o caminho por onde fora o homem de Deus que viera de Judá. Então, disse a seus filhos: Albardai-me um jumento. Albardaram-lhe o jumento, e ele montou. E foi após o homem de Deus e, achando-o sentado debaixo de um carvalho, lhe disse: És tu o homem de Deus que vieste de Judá? Ele respondeu: Eu mesmo).

A partir de então, esse profeta velho passou a persuadir o HOMEM DE DEUS, para que ele desobedecesse ao Próprio Deus; pois Ele havia lhe dado uma ordem de que não podia parar na casa de ninguém para comer pão, nem tampouco voltar pelo mesmo caminho (versículos 15 ao 17 - Então, lhe disse: Vem comigo a casa e come pão. Porém ele disse: Não posso voltar contigo, nem entrarei contigo; não comerei pão, nem beberei água contigo neste lugar. Porque me foi dito pela palavra do SENHOR: Ali, não comerás pão, nem beberás água, nem voltarás pelo caminho por que foste).

Pois é! Sabe aquela pessoa que fica o tempo todo no seu ouvido falando coisas pra tirar a tua fé, a fim de te provar que ela também é uma pessoa de Deus e que não é somente você que está com a razão? Pronto! Assim era esse PROFETA VELHO, ele não aceitou os argumentos do HOMEM DE DEUS e insistiu tanto para que ele desobedecesse a Deus, que passou a contar mentiras para destruir, de uma vez por todas, a vida espiritual e, por conseguinte, material DO HOMEM DE DEUS. Ele chegou a ponto de dizer que ele também era um homem de Deus, e que Deus havia lhe falado para ele voltar até a sua casa, para comer pão e beber água; veja que armadilha satânica (versículo 18: Tornou-lhe ele: Também eu sou profeta como tu, e um anjo me falou por ordem do SENHOR, dizendo: Faze-o voltar contigo a tua casa, para que coma pão e beba água. (Porém mentiu-lhe)).

Observe, que no final do versículo, a Bíblia deixa bem claro que o profeta velho mentiu para o HOMEM DE DEUS. Vamos meditar um pouco até aqui e entender qual era o interesse desse profeta velho em levar o HOMEM DE DEUS para a sua casa para comer pão e beber água? Quantas pessoas necessitadas havia naquela cidade e que almejava um pedaço de pão e esse profeta velho não as alimentou? Veja que isso, com certeza, foi à artimanha que o diabo lançou para derrubar o HOMEM DE DEUS.

A verdade é que: movido pela inveja, porque Deus não mais o usava, o profeta velho queria arrumar um jeito para “derrubar” o HOMEM DE DEUS, pois ele sabia, que somente através da desobediência, que por sua vez leva ao pecado, é que Deus se afasta da pessoa, e não mais a usa, tenha ela o tempo de igreja que tiver; tenha ela o título que for; Deus não leva isso em conta.

Observe, que o profeta velho também morava naquela cidade e Deus não usou o mesmo para fazer as obras que o HOMEM DE DEUS fez ali. Por quê isso? A resposta é porque o profeta velho aceitava aquelas práticas de JEROBOÃO, ou seja, mesmo ele já tendo sido um homem de Deus no passado, ele ficava inerte àqueles acontecimentos, e era conivente com eles, na sua omissão. Ele se achava alguma coisa e não aceitava o fato de Deus enviar uma outra pessoa para fazer tais obras; ele achava, que mesmo estando distante de Deus, o Próprio Deus tinha que usá-lo e nós sabemos que isso não funciona dessa maneira. Deus só pode usar uma pessoa QUE VIVE PELA FÉ, na obediência e que não está acomodada aos acontecimentos desse mundo.

A pessoa, pra ser usada por Deus, tem que estar pronta pra toda obra; pronta pra ir aonde Deus mandar; tem que ter pureza no seu coração e principalmente na fé, sem as malícias deixadas pelo tempo.

Essa palavra teve acesso a vida do HOMEM DE DEUS. Pois é! Deus havia dado uma direção ao seu servo, ele não podia parar para ouvir mais ninguém, pois tinha a convicção de que Deus era com ele. Que provas melhores do que aquelas dadas por Deus quando ele esteve em Betel? Ele não poderia ter caído na conversa de satanás. Tinha que seguir em frente e voltar de sua jornada feliz.

Acredito, que o início de sua desgraça, foi quando ele parou pra descansar. Quando a pessoa pára meu amigo, aí vem às provações da fé; logo aparecem as aves de rapina. Por esse motivo, não é inteligente a pessoa parar na fé, achando que está cansada e que já fez demais. Se ele tivesse ido em frente, sem parar, não teria sido alcançado pelo profeta velho, e por sua vez, não teria ouvido o que ele lhe falou.

Assim acontece hoje em dia. Quando paramos pra ouvir certas pessoas, que ficam o tempo todo criticando a nossa fé, jogando dúvidas e palavras maliciosas, que só servem pra derrubar, com certeza, cedo ou tarde, a queda é certa.

O HOMEM DE DEUS voltou e foi até a casa do profeta velho comer pão e beber água, fazendo tudo, contrariamente ao que Deus lhe havia ordenado (versículo 19 - Então, voltou ele, e comeu pão em sua casa, e bebeu água).

Devido a sua desobediência, Deus, a partir de então, foi “obrigado”, isso mesmo meu amigo, “obrigado” a falar novamente através do profeta velho, que por sua vez, anunciou qual seria o destino trágico que o HOMEM DE DEUS teria na sua vida. Isso mesmo, a morte dele foi anunciada através do profeta velho, provando, com isso, que Deus é Justo e não leva em consideração o que nós fizemos pra Ele no passado, nem tampouco o tempo de igreja que a pessoa tenha ou teve. Ele foi taxativo com o HOMEM DE DEUS e anunciou, devido à desobediência do mesmo, que ele iria morrer (versículos 20 ao 22 - Estando eles à mesa, veio a palavra do SENHOR ao profeta que o tinha feito voltar; e clamou ao homem de Deus, que viera de Judá, dizendo: Assim diz o SENHOR: Porquanto foste rebelde à palavra do SENHOR e não guardaste o mandamento que o SENHOR, teu Deus, te mandara, antes, voltaste, e comeste pão, e bebeste água no lugar de que te dissera: Não comerás pão, nem beberás água, o teu cadáver não entrará no sepulcro de teus pais).

Depois de conseguir o seu objetivo, que era destruir a vida espiritual e material do HOMEM DE DEUS, o profeta velho logo se despediu dele e o fez montar em jumento para seguir o seu destino. Mais adiante, o HOMEM DE DEUS foi assassinado por um leão, fazendo cumprir a Palavra de Deus que fora anunciada pelo profeta velho (versículo 24: Foi-se, pois, e um leão o encontrou no caminho e o matou; o seu cadáver estava atirado no caminho, e o jumento e o leão, parados junto ao cadáver). Veja que fim trágico esse HOMEM DE DEUS teve. Ele foi enviado para resolver um problema e acabou atraindo para si uma enorme desgraça. Ele foi muito usado por Deus, fazendo acontecer todos aqueles milagres e mesmo assim, não parou pra pensar e se deixou levar pelas palavras do profeta velho, ocasionando-lhe a morte, tanto a espiritual, assim como a física.

Veja que assim que o HOMEM DE DEUS foi assassinado pelo leão, logo as pessoas foram ver o seu cadáver, ou seja, a sua destruição. É justamente isso que acontece na vida de uma pessoa. Quando ela vai bem, sempre aparecem pessoas pra querer lhe derrubar. Quando a pessoa vai mal, logo aparece uma multidão para assistir de perto a sua ruína e o seu fracasso. Foi justamente isso que aconteceu com o HOMEM DE DEUS; quando souberam que ele havia sido assassinado pelo leão, logo uma aglomeração foi ao local para conferir a sua desgraça (versículo 25: Eis que os homens passaram e viram o corpo lançado no caminho, como também o leão parado junto ao corpo; e vieram e o disseram na cidade onde o profeta velho habitava).

Ao saber da notícia trágica que acabara de acontecer ao HOMEM DE DEUS, o PROFETA VELHO foi conferir pessoalmente a desgraça advinda na vida daquele homem, mas desta vez, com o tom de arrependimento, pois quando ele chegou no local e viu aquela situação nefasta, logo reconheceu que aquele homem realmente era um servo de Deus, e que teria sido vítima da desobediência, e diga-se de passagem, provocada exclusivamente por ele (versículo 26 ao 28: Ouvindo-o o profeta que o fizera voltar do caminho, disse; é o homem de Deus, que foi rebelde à Palavra do Senhor; por isso, o Senhor o entregou ao leão, que o despedaçou e matou, segundo a palavra que o Senhor lhe tinha dito. Então, disse aos seus filhos: albardai-me um jumento. Eles o albardaram. Ele se foi e achou o cadáver atirado no caminho e o jumento e o leão, parados juntos ao cadáver; o leão não tinha devorado o corpo, nem despedaçado o jumento).

Veja que curiosidade importante: A Bíblia afirma, que naquela ocasião, estavam parados um do lado do outro, o leão, o corpo do Homem de Deus e o jumento, e o que é incrível: o leão não despedaçou nem o corpo daquele homem, nem o jumento. Só pode ter sido obra de Deus mesmo. Um leão e um jumento lado-a-lado sem acontecer nada. Somente o homem foi morto pelo leão, sem ser dilacerado. Lógico que o leão foi enviado para matar o homem de Deus; e ele ficou ali parado sem fazer mais nada. Quando o povo passava e olhava de longe e via aquela cena inexplicável, logo ficavam admirados.

Depois de todo esse acontecimento, o profeta velho caiu em si e percebeu que estava totalmente longe do caminho e da presença de Deus. Logo em seguida ele fez questão de carregar o corpo do Homem de Deus e enterrá-lo em uma sepultura de sua propriedade, para que quando ele morresse também, o seu corpo fosse enterrado na mesma sepultura daquele Homem de Deus. Veja que história interessante não é?

Considerações finais

Nesse estudo, aprendemos, que uma pessoa pode ser muito usada por Deus quando ela mesma permite e obedece aos mandamentos do Senhor.

Posso afirmar, com toda certeza, que a nossa vida está enquadrada dentro de um desses oito temas mencionados acima, ou seja, estamos vivendo hoje, um ou alguns desses oito assuntos citados acima; pode acreditar, medite, faça uma reflexão e veja em qual você está enquadrado (não adianta mentir, nem querer se enganar, Deus sabe de tudo e é a Ele que iremos prestar contas de nossos atos).

Apreendemos também, que só reconhecemos se uma pessoa é realmente um homem ou uma mulher de Deus, quando aquilo que ele fala acontece de verdade, não ficando só da boca pra fora, ou seja, tem que haver testemunho (frutos).

Aprendemos ainda, que quando uma pessoa está realmente servindo a Deus, não importa o mal que se levante contra ela, pois Deus a livra de todos – Veja que quando o rei levantou a mão contra o Homem de Deus, logo em seguida a sua mão secou e ficou paralisada e mal nenhum aconteceu ao Homem de Deus.

Aprendemos mais, que enquanto a pessoa é obediente a Deus, a sua vida fica entregue inteiramente em Suas Mãos e Ele é o responsável direto pela nossa vida, confirmando tudo o que nós falarmos ou fizermos aqui nessa terra.

Vimos ainda, que quando há desobediência, Deus, imediatamente se afasta da pessoa e as consequências provocadas pela rebeldia, faz com que a pessoa morra espiritualmente, assim como fisicamente, independente do tempo que ela tenha de igreja ou de comunhão com Deus.

Estudamos também, que as pessoas que estão ao nosso redor, estão sempre prontas para assistirem de perto o nosso fracasso e a nossa destruição, pois foi justamente isso que aconteceu ao Homem de Deus quando ele caiu na fé e foi assassinado pelo leão, logo uma multidão veio assistir de perto a sua ruína.

Por isso meu amigo, nunca permita que o tempo faça você se tornar um profeta velho, pois se isso vier a acontecer na sua vida, com certeza, você será como uma árvore sem frutos, um corpo sem alma, uma lâmpada queimada, que não serve pra mais nada.

Vá em frente, lute pelos seus objetivos e nunca desista de Deus, e nem olhe para trás, nem tampouco pare para ouvir os supostos conselhos de pessoas contrárias à fé que você professa, pois é dessa maneira que Deus opera na vida daquele que procura fazer a Sua vontade.

Seja sempre um HOMEM OU UMA MULHER DE DEUS e esteja sempre pronto para ser usado por Ele e jamais deixe a malícia entrar no teu coração; diga sempre pra Ele o que Abraão dizia: Eis-me aqui Senhor; conta comigo; pode me usar.

Eudes Borges
http://eudesferreira.blogspot.com.br/

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Jesus - o Filho de Deus, nosso Advogado.


"Não há melhor advogado, não há melhor defensor, não existe outro, ninguém jamais possuiu ou possuirá suas qualidades..."

“Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o justo”. (I João 2,1)

Olhando para a Bíblia Sagrada, em cotejo com a função do operador da justiça chamado profissionalmente de advogado, ponho-me a meditar, e quem sabe possamos fazê-lo juntos.

Somos tendentes ao pecado, herdeiros de uma natureza que procura levar-nos à práticas pecaminosas. E por mais que procuremos evitar, por mais que procuremos manter nossa integridade espiritual, por mais que procuremos evitar o pecado, cometemos deslizes, cometemos falhas, caímos em fraquezas e pecamos.

O que fazermos quando isto acontece? Qual a melhor atitude? Será que Deus pode me perdoar a todo instante? Há alguém que se importe comigo? Há alguém que me represente, que me defenda, que interceda por mim?

O texto da Bíblia Sagrada acima esposado deixa claro que sim. Há sim alguém que intercede por mim. Há sim alguém que me representa diante de Deus. Tenho um advogado. Segundo o texto bíblico registrado na carta do apóstolo Paulo à Timóteo, 2,5, encontramos mais uma vez esta pessoa intercessora, este mediador, este advogado: “Porquanto há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.”

Por mais que em algum momento procuremos encaixar entre nós e Deus outros mediadores, outras formas de termos nossos pecados perdoados, outras formas de obtenção do perdão divinal, a Bíblia é clara, não há outro mediador, não há outro advogado, não há outra forma. É somente por Ele, somente através d’Ele, Jesus Cristo.

Sabendo que não há outro, resta-me ainda saber se posso confiar em meu advogado, preciso saber quais as qualidades que fazem deste meu advogado o único, porquê devo confiar n’Ele?

Um bom advogado deve no mínimo conhecer da Lei. Será que meu advogado junto a Deus conhece da Lei? Regozijo em saber que meu advogado, nosso advogado, não só conhece da Lei, não estudou a Lei, mas sua palavra é a própria Lei, a Lei imutável, como diriam os romanos a lex aeterna scripta in hominis corde.

Ele mesmo confirma que sua palavra é a Lei quando diz que tudo pode passar, tudo pode se modificar, tudo pode se alterar, pode passar céus e terra, mas suas palavras permanecem para sempre (Mateus 24:35). É a verdadeira Lei, a Lei verdadeiramente justa, a Lei eterna, a Lei imutável, inalterável.

Nosso advogado, como filho do próprio Deus, como portador das mesmas características do Pai, é o mesmo que apresenta-se como aquele que nada deixa faltar, a nós seus clientes, que nos provê de alimento, que refrigera nossa alma, que nos guia por caminhos tranqüilos. (Salmo 23)

Nosso advogado, é aquele sob cujos cuidados podemos descansar, é nosso refúgio e fortaleza, nos socorre nos momentos de angústia, nos protege a ponto de mil serem feridos ao nosso lado e dez mil à nossa destra mas nós não somos atingidos, ainda que comamos coisa mortífera mal algum se nos faz, pisamos serpentes e leões e nenhum dano nos ocorre, pois Ele está conosco em todo tempo e nos protege. (Salmo 91)

Nosso advogado, ainda que não tenha nossa culpa, supera quaisquer outros quando toma sobre si as nossas dores e enfermidades, leva sobre si nossos erros e maldições, assume nossas culpas e erros como se seus fossem para que possamos ser livres. (Isaias 53)

Quando buscamos saber a verdade, nosso advogado nos diz: "Eu sou a verdade". Quando buscamos um norte, uma orientação, um caminho, Ele nos diz: "Eu sou o caminho". Quando queremos saber o que será do nosso porvir, o que será do nosso futuro, nosso amanhã, Ele diz: "Eu sou a vida eterna para ti". (João 14:06).

E, por fim, certos de que possuímos o melhor advogado, queremos saber qual o resultado, o que receberemos com nossa causa ganha, surge nosso advogado dizendo: - Ao que vencer... darei de comer do fruto da árvore da vida (Apocalipse 2:7); - não receberá o dano da morte (2:11); dar-lhe-ei de comer do maná escondido e lhe darei uma pedrinha branca escrito um novo nome (2:17); dar-lhe-ei poder sobre as nações (2:26); dar-lhe-ei vestes brancas e escreverei seu nome no livro da vida, ainda falarei da seu nome diante de Deus e dos anjos (3:05) concederei que reine comigo para sempre (3:21).

Não há melhor advogado, não há melhor defensor, não existe outro, ninguém jamais possuiu ou possuirá suas qualidades, mas como tê-lo como meu advogado, como entregar-lhe minha causa ?

Necessário se faz que assinemos a procuração, confessemos nossos pecados e falhas diante de nosso advogado, contemos para Ele nosso problemas, entreguemos para Ele nossa causa, deixemos que Ele nos oriente, nos dirija, nos cuide, nos proteja. Mas como?

O salmista, no Salmo Bíblico de número 37, no verso de número 05 nos ensina e nos mostra como termos este advogado dizendo: Entrega teu caminho ao Senhor, confia n’Ele, e o mais Ele tudo fará.

Ele está pronto a patrocinar nossa causa, está pronto a vencer esta causa por nós, está pronto para nos fazer mais puros que a neve, está pronto para nos fazer santos, basta que entreguemos a Ele nossas vidas.

Entreguemos nossas vidas a Jesus orando, em coração contrito, e pedindo que nos tome em suas mãos, que tome nossas vidas sob sua direção, e confessando que sozinhos não podemos realmente fazer nada. Só com Ele podemos ser vitoriosos, só com Ele podemos ser felizes, só com Ele podemos vencer nossos pecados e imperfeições. Com Ele somos então mais que vencedores.

Pastor Carlos E. N. Lourenço é Advogado, Bacharel em Teologia, e pastor auxiliar na Igreja Sede em Curitiba, capital do Paraná

domingo, 8 de maio de 2016

A Mãe de Tiago e João

“Então se aproximou dEle a mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, adorando-O, e fazendo-Lhe um pedido” (Mateus 20:20).
A mãe de Tiago e João não foi uma mãe diferente de mim e de você. Para ela, Tiago e João eram …
1- os melhores filhos do mundo;
2- aqueles que mais amavam o Senhor;
3- os que agiam com mais fidelidade.

E, por estas e por tantas outras boas características que eles possuíam, ela tinha em seu coração uma reivindicação a ser feita ao Senhor.
Chegando bem pertinho de Jesus, ela não temeu, nem se envergonhou mas disse-Lhe: Senhor, por favor, “dize que estes meus dois filhos se assentem, um à Tua direita e outro à Tua esquerda, no Teu reino” (Mateus 20:21).

Esta sua atitude foi de uma mulher arrogante ou de uma mulher que amava tanto os filhos e conhecia tanto seus corações que não mediu esforços para, corajosamente, fazer tal pedido ao Senhor?

Para as outras mães que, por acaso, se encontravam juntas a Jesus e que também amavam seus filhos, ela era uma mulher arrogante, excessivamente orgulhosa e soberba. Talvez pensaram …
1- “Como ela se atreve a fazer tal proposta?”
2- “Ela pensa que seus filhos são melhores e mais importantes do que os nossos?”
3- “Não acredito no que estou ouvindo!”

A mãe de Tiago e João não se importou com o que os outros iriam pensar. Ela amava muito seus filhos e sabia que eles amavam muito o Senhor. Ela conhecia seus corações e achava que eles mereciam sentar-se um à direita e o outro à esquerda do Senhor quando o reino fosse estabelecido.
Ah, irmã, nós que somos mães jamais deveríamos censurá-la, pois, com certeza, agimos do mesmo jeito quando achamos que nosso filho …
a- é o mais inteligente de sua turma da Universidade;
b- é o melhor jogador do time de basquete do colégio;
c- é o mais bonito de sua turma;
d- é o mais espiritual dentre os tantos jovens da igreja.

Como mãe, olho para meus filhos (e agora para meus netos) com os mesmos olhos da mãe coruja. Para mim, eles são e sempre serão os melhores, os mais bonitos apesar de saber que são pecadores e cheios de defeitos.

Como mãe, que sempre quer o melhor para seus filhos, eu entendo o porquê deste pedido da mulher de Zebedeu e mãe de Tiago e João. Mas por entender o pedido dela, isto não quer dizer que estou certa, nem que ela agiu corretamente, pois, afinal de contas, havia outros que mereciam aquela posição privilegiada.

Sempre queremos o melhor para nossos filhos mas, como mulheres de Deus, devemos sempre almejar o melhor para eles sem passar por cima dos outros. E sabemos que o melhor para nossos filhos é o bem espiritual de cada um e a dedicação deles no serviço do Senhor.
Pela Bíblia, sabemos que a mãe de Tiago e João chegou até Jesus com um espírito de humildade. Ela chegou junto a Ele “adorando-O e fazendo-Lhe um pedido” (Mateus 20:20b). Assim como ela, nós também devemos ser mulheres humildes, pois esta deve ser sempre uma qualidade de uma mulher segundo o coração de Deus.

O que, realmente, significa humildade?
De acordo com o dicionário de Aurélio Buarque, humildade é uma “virtude que nos dá o sentimento de nossa fraqueza. É também “modéstia” e “submissão”. É este tipo de característica que devemos ter em nossa vida a fim de agradar a Deus.

Se como mãe desejo e quero o melhor para meu filho, então, tenho que usar um meio seguro para conseguir este meu objetivo e, o único meio, é a oração. Elevar meu coração e minha alma ao Senhor em favor deles é melhor do que exigir ou insinuar.
Deus está no controle de minha vida e da vida de cada um dos meus filhos. Posso pedir que Ele …
I- cuide deles e os livre das más influências deste mundo;
II- os coloque no lugar perfeito que Ele escolheu;
III- os fortifique em Seus caminhos;
IV- os capacite a usar os dons que Ele lhes deu.

Jesus, que cuida de nós, nos orienta e nos ensina em Sua Palavra, como devemos agir para agradar a Deus. Em Mateus 20:27, Ele nos diz que “qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo; Bem como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.”

Que lição preciosa de humildade!
Se o meu Salvador, o próprio Deus, não se importou de deixar a Sua glória e vir ao mundo para servir, quanto mais eu, uma pecadora!

Por que ser servida em vez de servir?
Por que querer ser exaltada em vez de exaltar?
Como uma mulher de Deus devo ser uma serva fiel, pronta para servi-Lo e servir a qualquer que necessitar de mim. Que o Senhor tenha sempre em Suas mãos o meu coração, transformando-o de acordo com a Sua vontade e plano perfeito para a minha vida.

Além deste episódio, vemos esta mulher junto com outras mulheres fiéis aos pés de Jesus na Sua crucificação e na manhã em que Ele ressuscitou. Ela pôde ver o cumprimento de tudo que Ele havia dito:
“E estavam ali, olhando de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia, para o servir; Entre as quais estavam Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu” (Mateus 27:55-56).
“E, passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-Lo. E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao nascer do sol. E diziam umas às outras: Quem nos revolverá a pedra da porta do sepulcro: E, olhando, viram que já a pedra estava revolvida; e era ela muito grande. E, entrando no sepulcro, viram um jovem assentado à direita, vestido de uma roupa comprida branca; e ficaram espantadas. Ele, porém, disse-lhes: Não vos assusteis; buscais a Jesus Nazareno, que foi crucificado; já ressuscitou, não está aqui; eis aqui o lugar onde o puseram” (Marcos 16:1-6).
A ressurreição de Cristo serviu para fortalecer ainda mais a sua fé e, provavelmente, a fortaleceu naqueles momentos difíceis (se é que estava viva) da morte de Tiago pelas mãos de Herodes Agripa. Ele se tornou o primeiro apóstolo-mártir.
O Senhor também fortalece o nosso espírito com promessas preciosas na Sua Palavra …
“Disse Deus a Abraão: A Sarai tua mulher não chamarás mais pelo nome de Sarai, mas Sara será o seu nome. Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela” (Gênesis 17:15-16).
Deus deu a Sara o filho que ela tanto desejava. Para ela, foi um privilégio ser mãe com a idade de noventa anos.

“Faz com que a mulher estéril habite em casa, e seja alegre mãe de filhos. Louvai ao Senhor” (Salmo 113:9).

Ser estéril e depois ser abençoada com muitos filhos? Somente o nosso Deus é capaz de fazer este tão grande milagre na vida de uma mulher. Amém!

“Levantam-se seus filhos e chamam-na bem-aventurada; seu marido também, e ele a louva. Muitas filhas têm procedido virtuosamente, mas tu és, de todas, a mais excelente! (Provérbios 31:28-29).

Existe alguma coisa que deixa nosso coração de mãe mais feliz do que saber que nossos filhos nos chamam de bem-aventurada?

Que possamos amar nossos filhos com a mesma intensidade que a mãe de Tiago e João os amava e que, assim como ela, cheguemos humildemente aos pés do Senhor e possamos dizer:
“Senhor, obrigada pelas bênçãos das tantas promessas que Tu nos dás na Tua Palavra!
Obrigada, porque Tu nos ensinas que é sendo humilde que se é considerada grande no reino!
Obrigada, porque aprendi que o caminho para ver os meus filhos felizes é entregando-os a Ti!
Obrigada, pelo cuidado que Tu tens com a minha vida e a vida de todos aqueles que amo! Fonte: Blog Mulheres da Biblia

Em nome de Jesus, amém!