domingo, 31 de janeiro de 2021

Jardim de Deus, o Coração do Homem!

O Senhor Deus plantou um jardim na região do Éden, no Leste, e o Rio da Vida fluiu do Éden, e regou aquele jardim; sim, no Éden nascia um rio que regava o jardim. 

Então, do pó da terra, o Senhor formou o ser humano. O Senhor soprou em suas narinas o folego da vida, e assim ele se tornou um ser vivo. E o colocou no jardim, para o guardar e cultivar. E ali pôs o ser humano que Ele havia formado. E eles andavam com Deus; desfrutavam de um relacionamento no jardim, onde estava a Árvore da Vida. O jardim que Deus fez para o homem na terra estava ligado ao Jardim de Deus no céu, junto ao Rio da Vida. Éden é o jardim de Deus, um lugar de encontro, onde o céu e a terra se tocavam e Deus se encontrava com suas criaturas. Naquele tempo, céus e terra estavam sobrepostos, e a terra estava conectada e se relacionava com as dimensões do céu, não estava separada como hoje. O jardim de Deus estava no Éden e era o mesmo Jardim de Deus das regiões celestiais. 

O jardim do Éden não é só o nome do lugar onde Adão e Eva viveram, mas também uma representação metafórica do Jardim de Deus, isto é, o lugar onde Deus habita. 

O querubim caído estava no Éden, jardim de Deus. Por instigação dele, o pecado entrou... Como resultado, aquele jardim e aquela árvore estão agora no céu. 

O homem e sua mulher, quando ouviram a voz de Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença Dele, por entre as árvores do jardim. 

Eles foram expulsos e, a Leste do jardim, Deus colocou querubins com uma espada flamejante. Eles deveriam guardar o caminho para a Árvore da Vida e impedi-los de acessar esse Reino. 

Solidão e deserto. O homem começou a procurar cultivar um relacionamento de intimidade com Deus para que pudesse se tornar um só espírito com Ele. 

Centenas de anos se passaram e houve promessas: 

“Porque o Senhor consolará a Sião, e consolará a todos os seus lugares assolados, e fará o seu deserto como o Éden e a sua solidão, como o jardim do Senhor; gozo e alegria se acharão nela, ações de graças e voz de melodia” (Isaías 51,3). 

“O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortificará os teus ossos; serás como um jardim regado e como um manancial cujas águas jamais faltam.” (Is. 58,11) 

Então, veio Jesus! 

E disse: “A pessoa que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede. Porque a água que Eu lhe der se tornará nela uma fonte de água que dará vida eterna” (Jo. 4,14). 

Hoje, o Reino de Deus, o jardim, está dentro de nós, e Deus veio habitar em nós. Sendo assim podemos encontra-lo a qualquer hora que quisermos; Ele está bem aqui dentro de nós. 

Em nossos corações há um jardim, e nele há um lugar secreto onde podemos entrar, um lugar de relacionamento onde podemos nos encontrar e ter comunhão com Deus. Nós precisamos cultivá-lo. E nesse jardim, há uma fonte e um rio, que fluem para regar para a vida eterna, cumprimento da promessa divina. 

Uma das primeiras coisas que Jesus pregou foi: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. “Convertei-vos”, significa virai-vos no avesso; mudai todas as coisas dentro de vós; é um “virar de pernas para o ar”. 

Agora nossas vidas se tornaram o jardim, conectado ao Jardim de Deus pelo Rio da Vida que está fluindo em nossas vidas, regando o que era um deserto. Nossa conexão com as dimensões celestiais foi restaurada. 

O nosso coração é como um jardim, um jardim onde Jesus habita. Que Ele aumente o perfume das pequenas flores que são as virtudes que estão para desabrochar. Nosso jardim é nosso coração, lugar onde o céu e a terra se encontram e ficam no mesmo lugar. 

O jardineiro, Jesus, plantou nele muitas sementes de flores; e também nós, plantamos nossos amores e cuidamos de nossas flores para receber a primavera. Algumas estão crescendo, outras desabrochando conforme a sua estação, assim como os nossos sentimentos. Então, não podemos abrir à força as pétalas ainda fechadas. Se fizermos isso iremos atrapalhar os planos de Deus para nós. Precisamos guardar o nosso coração até que ele esteja pronto: 

“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem às fontes da vida.” (Pv. 4,23). 

Mas, talvez estejamos sentindo que dentro de nós está como um deserto, onde nada cresce, não há água, não há vida. Se nosso jardim parece um deserto, pode ser que ele só esteja esperando que nós o reguemos. Então gozo e alegria se acharão [em nós], ações de graças e voz de melodia (Is. 51,3). Esta é uma descrição maravilhosa de como deveria ser as nossas vidas: o som de música em união com a sinfonia e harmonia do céu. 

A oração é como as plantas, tem que trabalhar para obter flores e frutos. Igual a um pequeno jardim, a oração é um processo. Para viver perto de Deus é preciso trabalhar, preparar a terra, arrancar as ervas daninhas, buscar terra nova, plantar, cuidar e esperar… Às vezes é preciso um longo período na escuridão para que as sementes geminem, fortaleçam-se e rompam o véu da luz. Nada mais alegre do que perceber os novos brotos que balançam ao vento. 

Plantemos apenas as sementes que podemos cuidar, nada de deixar morrer as promessas. Somos absolutamente responsáveis por tudo o que plantamos e consequentemente, pelo que colhemos. Não há truques, não há sorte, apenas vigilância. Se notarmos a presença de ervas indesejadas, devemos imediatamente retirá-las, da mesma maneira que devemos arrancar as mágoas e dúvidas de nosso coração.

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