Estes versos dizem respeito somente aos cristãos. A Bíblia
diz, em Hb. 9:27: “E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo
depois disso o juízo...” Até mesmo um cristão salvo não poderá escapar do
julgamento. Quem não é salvo vai ser julgado no Trono Branco (fé mais obras,
após a Grande Tribulação, segundo Ap. 20:11-13) e quem é salvo vai ser julgado
no Tribunal de Cristo (fé somente) após o Arrebatamento. Esse julgamento é
descrito na 1 Cor. 3:11-15:
“Mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode
pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se
alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o
dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a
obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o
tal será salvo, todavia como pelo fogo”.
O cristão, filho de Deus, vai comparecer diante de Cristo. O que nos aguarda
no Tribunal de Cristo:
”Mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode
pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se
alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras
preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o
dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a
obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse
receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o
tal será salvo, todavia como pelo fogo” (1 Cor. 3:11-14).
Notem que a pessoa não vai ser queimada. Suas obras é que o
serão.
Notem que o fogo vai provar a obra de cada um, conforme a
qualidade, pois o Senhor, no julgamento, estará interessado na qualidade e não
no autor da obra.
Antes de tudo, quem é um legítimo filho de Deus já depositou
toda a sua confiança em Cristo como Salvador. Somente é salvo aquele que confia
exclusivamente na obra de Cristo na cruz para chegar ao céu.
O termo “cristão” trata-se de um pecador remido, o qual
confia exclusivamente nos méritos de Cristo para alcançar o céu. Não se refere
a um “membro de igreja”, nem a alguém que foi “batizado”, nada disso. “Cristão”
aqui significa aquele que não confia em si mesmo, nem nos santos, nem na obra
de mediadores humanos, mas única e exclusivamente na obra de Cristo no
Calvário. Estamos falando de um pecador salvo, que tudo abandonou para seguir a
Cristo como seu discípulo. Não falo de quem confia no seu caráter reto, em sua
“vida exemplar”, nas suas “boas obras”, nada disso. Refiro-me a quem confia
somente em Cristo, em mais ninguém e em mais nada, para ser salvo do inferno.
A quem é salvo, um filho de Deus, uma coisa que jamais vai
acontecer é “ir queimar no inferno”. Muitas coisas ruins poderão lhe acontecer:
ele pode ser assaltado e morto, pode perder o cônjuge que tanto ama, perder os
filhos, perder sua casa, exatamente como qualquer pecador não salvo.
Uma pessoa que realmente aceitou Jesus Cristo e Nele confia
totalmente para ser salvo, jamais vai cair no fogo do inferno. Vai sofrer
muito, aqui mesmo, sofrerá tentações, mas Deus vai levá-lo para o lar celestial,
se perseverar na prática do amor.
Mas não pense que pode fazer e acontecer, pois o castigo
temporal divino é tenebroso, segundo Hb. 10:31; 12:28; I Jo. 1,9. Então,
ficamos sabendo que as obras do cristão podem se queimar, mas ele escapará
ileso do fogo eterno.
No Velho Testamento lemos sobre o caso de Ló, que perdeu tudo
pelo fogo, na destruição de Sodoma e Gomorra, mas escapou ileso com as duas
filhas. Sua mulher teve saudades da terra do pecado e acabou se transformando
numa estátua de sal. Ló representa um cristão salvo diante do Tribunal de
Cristo.
Nenhum filho de Deus, que confia exclusivamente na obra de
Cristo na cruz, deve alimentar qualquer receio de ir para o inferno ou de
perder bênçãos.
As bênçãos são fruto de uma vida reta, de um bom testemunho
diante dos membros da comunidade. O cristão pode ter medo de perder a vida, a
saúde, a família, os amigos, a estabilidade financeira adquirida com
honestidade, mas nunca deve temer a perda da salvação, se realmente confia na
obra de Cristo na cruz.
Todos os cristãos vão comparecer diante do Tribunal de Cristo
e caso as suas obras não forem de ouro, prata e pedras preciosas, serão
queimadas no fogo. _ E qual seria a obra garantida contra esses “olhos como
chama de fogo”, num “rosto brilhando como o sol na sua força”, o de Cristo,
conforme Ap. 1:14-15? _ Qualquer obra que seja executada exclusivamente por
amor de Cristo.
Em Mt. 22:37 Ele diz: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento”.
Infelizmente isso nunca é claramente ensinado nos seminários,
nem nas Escolas Dominicais, onde se perde um tempo precioso chapinhando no
Velho Testamento, esquecendo os evangelhos e as Cartas de Paulo. Vamos
perguntar: a obra de um bom pregador vale ouro? Respondemos: Se ele pregar de
graça, exclusivamente por amor a Cristo, sem receber salário algum, claro que
sim! Que ele arranje um trabalho secular para sustentar a família e dedique os
dias de folga à pregação do evangelho. Cristo disse aos seus discípulos: “...de
graça recebestes, de graça daí”. Hoje em dia muitos pastores até se autointitulam
“apóstolos”, mas ninguém quer trabalhar de graça! Que os pastores, os oficiais
da igreja e os professores da EBD façam o trabalho por amor a Cristo, a fim de
efetuar obras de ouro!
Muitos cristãos costumam dizer: “Se eu conseguir chegar ao
céu, isso já vai me dar uma enorme alegria.” Ledo engano! Imagine o que alguém
vai sentir quando, ao regressar de uma viagem, encontrar a sua casa
completamente reduzida a cinzas... Vai ficar feliz? Pois o mesmo vai acontecer
diante do Tribunal de Cristo! E ali a sensação de perda será infinitamente
maior! Em Ap. 19:8, lemos:
“E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e
resplandecente; porque o linho fino são as justiças dos santos”.
Em Ap. 16:15, lemos: “Eis que venho como ladrão.
Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas roupas, para que não ande nu,
e não se vejam as suas vergonhas”.
Na 1 Jo. 2:28, lemos: “E agora, filhinhos, permanecei Nele;
para que, quando Ele se manifestar, tenhamos confiança, e não sejamos
confundidos por Ele na sua vinda”.
Isso nos leva a crer que o filho de Deus é quem deve
confeccionar o seu traje para comparecer diante do Senhor. Isso nada tem a ver
com a salvação, pois, “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas
segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da
renovação do Espírito Santo” (Tt. 3:5).
Em Ef. 2:10 lemos: “Porque somos feitura sua, criados
em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos
nelas”.
Então quando somos salvos, devemos praticar boas obras para a
confecção de nossas vestes, a fim de com elas nos apresentarmos diante do
Tribunal de Cristo.
Imagine você desfilando completamente no traje em que veio ao
mundo por uma avenida de sua cidade! Os nudistas fazem isso, mas eles
geralmente correm, e nunca andam devagar. Ou então tiram fotos deitados, a fim
de faturar dinheiro e/ou fama na imprensa.
Nunca será demais repetir a 1 Cor. 3:11:15:
“Mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo. E, se alguém sobre este fundamento formar um edifício de ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, a obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um. Se a obra que alguém edificou nessa parte permanecer, esse receberá galardão. Se a obra de alguém se queimar, sofrerá detrimento; mas o tal será salvo, todavia como pelo fogo” (Dr. Peter Ruckman - http://solascriptura-tt.org).
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