Foi rompida a comunhão com
Deus. O homem deixou de ter vida espiritual; morreu no espírito, não tinha mais
comunhão com o Senhor e não podia mais se comunicar com o Deus santo. Também seu
corpo sofreu as consequências do pecado: ficou sujeito à enfermidade e também à
morte.
Deus não criou a morte. A
morte não estava em Seus desígnios, ao criar o mundo. Foi o pecado do homem que
causou a morte. A morte veio como resultado do pecado. Para o homem pecador, a
morte física é também a morte espiritual e eterna.
O homem foi feito para a
imortalidade e nada na criação pode obstruir a vontade divina; pelo contrário,
a finalidade da criação, ou seja, as criaturas ajudam a salvação do homem. A
árvore da vida presente no paraíso era destinada a conservar indeterminadamente
a vida do homem, era o símbolo da imortalidade.
O homem, desanimado,
declara-se esmagado pelo peso dos seus pecados e incapaz de escapar a essa
situação. O homem se destrói por causa das consequências inevitáveis dos seus
pecados.
Deus é santo e não pode
estar de acordo com o pecado. Ele precisa julgar o pecado. Todos os homens
pecaram e ficaram sob sentença de morte. A justiça de Deus requer que o pecado
seja castigado pela morte. O salário do pecado é a morte. Alguém deveria morrer
para pagar o preço do pecado. Jesus morreu pelos nossos pecados, pagando o preço
em nosso lugar.
Os pecados do homem
determinam uma dívida do homem para com a justiça divina, a pena de morte
exigida pela Lei. O amor é muito mais exigente que a lei!
Poderia um Deus de amor
olhar insensível para o homem em seu estado de morte, indiferente para com o
ser que ele mesmo criou, sem tomar nenhuma providência?
Deus deseja que o homem
viva, e o pecado é perdoável! Existe a possibilidade de uma conversão. Aos que
se arrependem Deus concede o retorno, reconforta os que perderam a esperança.
Deus irrompe na história
para salvar, mas por meio da vida renovada de seus filhos. Urge que se tome uma
decisão; é o momento das escolhas intrépidas e difíceis. Deus convida cada um a
assumir as próprias responsabilidades, a não ter medo de tomar certas
iniciativas, de arriscar. A atitude presente da alma é a única coisa a
determinar o juízo de Deus. Só as disposições atuais do coração entram em linha
de conta diante de Deus.
Devemos pregar o Evangelho,
para provocar uma opção decisiva: para a vida ou para a morte, para o
verdadeiro sentido da vida ou para uma alienação completa.
Por que adiar o propósito?
Levante-se! Comece desde já; agora é o tempo da ação, do combate e da emenda.
Deus guarda com Ele uma
fiança em favor do homem; pois, quem, senão Ele, apertará a mão do homem? Ele
dá ao homem um penhor, é o fiador para com Ele mesmo; quem mais haverá que se
possa comprometer com o homem?
Deus concede a Sua graça a
quem quer. Não depende, portanto, daquele que quer, nem daquele que corre, mas
de Deus que faz misericórdia. A graça de Deus é concedida àqueles que lhe
pedirem. A cada um de nós foi dada a graça, segundo a medida do dom de Cristo,
que é sem medida.
O Filho de Deus tomou sobre
Si o castigo que os homens mereciam.
A cruz não é o instrumento
que matou a Jesus; a cruz é o símbolo da vitória; Jesus morreu livremente na
cruz, Ele matou a morte, morrendo morte de homem e
ressuscitou, vencendo toda condenação da morte.
O Deus invisível e
inatingível se torna visível e acessível em Jesus, o Filho, que se encarnou no
mundo e na história. Jesus é, portanto, o verdadeiro Adão! Existindo ante de
qualquer criatura, Ele se tornou modelo, cabeça e único mediador do universo
criado.
A vida cristã é a passagem
contínua de um modo de viver para o outro. A tarefa do cristão é continuamente
redescobrir Jesus e apresentá-lo como ideal concreto para a própria geração. Para
o crescimento do homem novo, regenerado em Cristo, é necessário determinar o
que favorece ou prejudica esse mesmo crescimento; não o de saber o que é
permitido e o que é proibido.
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