Desde o momento em que Deus criou o
mundo e tudo que nele existe com o poder de sua palavra (Gênesis 1.1-25),
formando o ser humano com suas próprias mãos, soprando nele o fôlego da vida
(Gênesis 2.7), ocorreram muitos dias importantes na história da humanidade,
porém, desde o pecado (Gênesis 3.1-5) há grande expectativa no coração humano
sobre o futuro que o aguarda. As Escrituras registram a volta do Senhor Jesus a
este mundo, este será o mais significativo eventos de todos os tempos.
A Bíblia Sagrada diz que o céu é a habitação de Deus (2 Crônicas 6.18, 21;
Salmos 123.1). E esclarece que o caminho da vida é para cima, a fim de que se
desvie do inferno, que está para baixo (Provérbios 15.24).
A Bíblia fala em três céus:
1º. Auronos. Este é o nome dado ao
que conhecemos de "primeiro céu". É o "céu atmosférico" que
Jesus descreveu como "extremidades dos céus" (Lucas 17.24).
2º Mesoranjos. Este é o nome dado ao
céu intermediário, chamado de "céu estelar"; "céu
planetário" e também "céu astronômico". A Bíblia descreve como
"alturas".
3º. Eporaneos. Este é o nome dado ao
céu superior, que a Bíblia chama de "terceiro céu" (2 Coríntios
12.2); "céu dos céus" (Números 9.6).
A esperança que sustenta o povo de
Deus hoje
Todas as profecias registradas no
Antigo Testamento sobre a primeira vinda do Senhor Jesus, descritas em seus
mínimos detalhes, cumpriram-se literalmente (Salmos 16.10; Atos 2.22-32). A
doutrina da volta de Senhor Jesus, de igual modo, tem fundamentos profundos na
palavra profética, oferecendo certeza e segurança aos que creem no retorno do
Senhor a este mundo. Acredite na promessa de Jesus, registrada em João 14.1-3. Jesus
afirmou que iria ao céu - à habitação de Deus - preparar o lar que será o
destino final dos cristãos e voltaria para nos levar para lá. Ele foi ao céu e,
através de anjos, reafirmou sua promessa que voltará (Atos 1.12).
O céu não saiu da prancheta de projetistas humanos, a estadia foi pensada de
maneira perfeita para ser o lugar de todos que aceitaram a Cristo como Senhor e
Salvador. Não é uma tenda ou um tabernáculo. Não é uma casa alugada construída
por mãos de seres mortais. É uma permanência perpétua edificada através do
poder do Supremo Criador, erigido com o objetivo de propiciar felicidade
eterna. Considere que receberemos a posse no tempo devido. No céu há muitas
mansões, há espaço distinto para cada um que ali chegar, há muitos filhos para serem
levados à glória. Lá, todos os verdadeiros cristãos são bem-vindos, para morar
permanentemente.
Ao retornar, Jesus levará o seu povo
para estar com Ele para sempre no céu. O céu seria um lugar incompleto para um
cristão se Cristo não estivesse lá. Enquanto não volta, Jesus age como
nosso advogado ou defensor, protege nossos direitos e provê por nós.
As promessas infalíveis sobre a vinda do Senhor são citadas 1.527 vezes no
Antigo Testamento e 320 vezes no Novo Testamento. Reis, sacerdotes, profetas,
pessoas comuns, evangelistas e até anjos mencionaram a vinda de Jesus a este
mundo (Daniel 7.13-14; Malaquias 3.1-5); 1 Coríntios 15.23; 1 Tessalonicenses
4.16-17; 3.13). Da mesma maneira, cerimônias, parábolas e ilustrações sinalizam
com muita contundência que Jesus virá outra vez (Gênesis 3.15; Judas 14).
A vinda majestosa de Jesus Cristo se
dará em duas fases distintas, divididas em um período de sete anos. Isto é
mostrado claramente nas páginas sagradas, portanto, precisamos deixar bem claro
o que diz as Escrituras a esse respeito, evitando interpretações equivocas (1
Tessalonicenses 4.13-17; 1 Coríntios 15.51-52).
As Escrituras mencionam sinais que apontam ao advento da volta:
• Em cima, no céu (Joel 2.30, 31; Lucas 21.11; Atos
2.19;
• Em baixo, na terra (Mateus 24.7; Lucas 21.12; Atos 2.19);
• Na vida social (Mateus 24.12; Lucas 17.26-28; 21.12; 2 Timóteo 3.1-4);
• Na vida moral (Lucas 17.28-30);
• Entre o povo judeu (Ezequiel 37.1-4; Lucas 21.24, 29; Romanos 11.25, 26);
• Na vida política (Daniel 2.19, 31-33; 7.23-27; Ezequiel 38.6; Lucas
21.29; Apocalipse 17.7, 12)
• Na vida religiosa (Mateus 24.5; Lucas 21.12; Apocalipse 13.12);
• No meio do povo de Deus (Mateus 24.12; 25.5; Lucas 17.26; 18.8; 2 Timóteo
4.3, 4; 2 Pedro 3.4);
• Na vida científica (Isaías 60.8; Jeremias 51.53; Daniel 12.4; Naum
2.4).
Primeira fase: o Arrebatamento da
Igreja
A palavra "arrebatado" é
traduzida do verbo grego "harpazo", que significa "tirar",
"arrancar com força"; o vocábulo latim "raptare", que em português
é "raptar", também significa "arrebatar".
Este assunto é um mistério que só
será compreendido plenamente quando ocorrer.
Nesta primeira fase, Jesus virá secretamente para a Igreja que o está velando e
esperando (Mateus 25.1-13; 24.39-44; 2 Pedro 3.10). Ele virá até as nuvens,
seus pés não tocarão o solo, nos encontrará nos ares. O Arrebatamento ocorrerá
antes da Grande Tribulação (Mateus 3.7; 1 Tessalonicenses 1.10; Apocalipse
3.10).
A abordagem sobre o Arrebatamento do povo de Deus, feita com mais detalhes pelo
apóstolo Paulo é encontrada em 1 Tessalonicenses 5.2, 4. Na primeira etapa da
vinda de Jesus, acontecerá o Arrebatamento: o retorno será invisível aos olhos
de quem vive segundo o estilo do mundo, pois este não serve a Deus. O Arrebatamento
acontecerá em data e hora desconhecidas e as pessoas do mundo só saberão o que
houve depois, quando notar a ausência de milhões de cristãos (Mateus 24.36). O
Senhor Jesus voltará secretamente para levar consigo todos quantos morreram
salvos e todos os que estiverem vivos e preparados, isto é, àqueles que
estiverem, em vida, servindo-o fielmente (1 Tessalonicenses 4.15-18; Hebreus
9.28). Os mortos ressuscitados e os vivos serão transformados, numa ação muito
rápida, tal qual o movimento de pálpebras, num abrir e fechar de olhos (1
Coríntios 15.52). Repentinamente, os dois grupos, juntos, irão ao encontro do
Senhor e serão transladados por Ele às mansões celestiais. A maioria dos salvos
será composta de gentios e não de judeus, estes subirão com Cristo nos ares (1
Tessalonicenses 4.17, 18).
Segunda fase: a vinda em forma visível
Este evento apocaliptico acontecerá
sete anos após o Arrebatamento da Igreja, já no final da Grande
Tribulação. Cristo voltará em corpo glorioso, revestido de poder (João
14.3, ocasião em que sinais espantosos acontecerão no céu, na terra e entre os
seus habitantes, em especial o povo judeu. O som de trombetas será ouvido no
céu, na terra, no inferno e em todos os lugares (Mateus 24.31). Neste
evento, Jesus estará acompanhado da Igreja glorificada composta dos crentes que
subiram no Arrebatamento, os santos que passaram pelas bodas do Cordeiro e pelo
Tribunal de Cristo (Apocalipse 19.7; 2 Corintios 5.10). Esta vinda será
contemplada por todos os habitantes da terra (Apocalipse 1.7) - isto será
possível devido á tecnologia da comunicação, extremamente desenvolvida (Daniel
12.4).
A volta de Jesus, em sua segunda etapa, será como a sua ascensão: real,
corporal, literal e visível: os homens o verão novamente com os olhos carnais
(Daniel 7.13-14; Zacarias 14.1-5; Mateus 24.29-31; 25.31-46; 2 Tessalonicenses
1.7-10; Apocalipse 1.7; 19.11-21). Jesus ascendeu ao céu quando estava rodeado
de discípulos no monte das oliveiras, e neste mesmo ponto geográfico acontecerá
a revelação do seu retorno (Atos 1.12; Zacarias 14.4).
A ascensão de Jesus ocorreu no monte das Oliveiras, o solo deste monte foi o
último lugar da terra em que os pés de Cristo pisaram e seu retorno acontecerá
ali também, à vista de Jerusalém, cujos cidadãos ingratos o desprezaram e o
crucificaram, não quiseram que reinasse sobre eles. Sobre esta segundo momento
do retorno, o profeta Zacarias, no capítulo 14 e versículo 4 de seu livro,
profetizou que os pés de Cristo estarão sobre o monte das Oliveiras, que está
defronte de Jerusalém, e o monte das Oliveiras será fendido ao meio. Como o
primogênito de Maria, Ele veio e experimentou a vergonha quando julgado
injustamente, mas virá outra vez em glória para julgar como o Justo Juiz (Atos
1.11).
No instante da segunda vinda, Jerusalém estará em guerra, sendo destruída pelos
seus inimigos, e nesta situação Deus inspecionará os judeus como o refinador
coloca seu ouro na fornalha e fica ao lado para ver se não vai sofrer nenhum
dano. Segundo a profecia escatológica de Zacarias, Jerusalém é o ouro do Senhor
a ser refinado.
O padrão dos crentes de Tessalônica para os últimos dias
Paulo se mostrou um missionário atento ao seu tempo. Quando esteve com os
gregos no Areópago, como registra Lucas em Atos, usou de toda a sua retórica,
advinda de sua formação educacional num contexto romano. Ao escrever aos
crentes tessalonicenses, sabe que a temática relativa às últimas coisas é uma
questão a ser abordada de forma complexa em virtude da presença do forte
politeísmo existente em Tessalônica. Naquela cidade, havia o culto a Dionísio,
Asclépio e Deméter. Existia uma forte influência da religiosidade egípcia e
greco-romana, o sincretismo chegou a tal ponto que se construiu o Grande
Sarapeum, templo destinado à adoração simultânea de deuses romanos e egípcios.
Diante do conhecimento desse aspecto histórico, podemos refletir no enorme
desafio que se impôs a Paulo na evangelização daquela cidade, havia a
possibilidade de haver uma rejeição completa de tudo o que estava sendo
anunciado. Se o anúncio do Evangelho não houvesse sido feito sob a orientação
da graça divina, Jesus seria apenas mais um dos deuses a entrar na lista da
religiosidade sincrética no coração dos tessalonicenses. Porém, felizmente, o
apóstolo apresentou Jesus que, literalmente, se entregou pela humanidade.
Diante da extraordinária narrativa de Paulo sobre Jesus, aquela população foi
impactada pelo poder da Palavra, e consequentemente fez com que a fé para a
salvação brotasse no coração daqueles irmãos, houve uma significativa adesão ao
convite do Senhor e os tessalonicenses se converteram dos ídolos a Deus (1
Tessalonicenses 1.9).
Sabemos, a religiosidade transcende os aspectos litúrgicos ou ritualísticos da
própria religião, associa-se, na maioria dos casos e de maneira íntima, a componentes
sociais e culturais de um povo. Ao ser humano, não basta o rótulo de cristão e
a acomodação às reuniões em um templo evangélico, é necessário receber a Jesus
como Senhor e Salvador de sua alma, arrepender-se dos pecados cometidos e
firmar o propósito de não viver em pecado sistemático ou continuado. Jesus muda
o modo de viver das pessoas que o seguem com inteireza de coração (João 3.3;
Apocalipse 22.14, 15).
Assim como a verdade do Evangelho prevaleceu sobre a ficcionalidade dos mitos
greco-romanos na vida dos crentes tessalonicenses, e em consequência deste fato
nasceu a Igreja composta por irmãos tessalonicenses, toda pessoa que ouve a voz
de Jesus a bater na porta de seu coração, e permite que Ele entre em sua vida e
passa a ter comunhão com Cristo, todos os embaraços existentes em sua vida são
vencidos, sua vida é transformada de idólatra à espiritualidade viva e
dinâmica. E assim passa a ser alguém apto a entrar no céu (Salmos 15.1-7;
Apocalipse 3.20).
Conclusão
Segundo as palavras bíblicas, ninguém no céu, na terra, no inferno ou em
qualquer outro lugar, sabe o dia ou a hora quando arrebatará a Igreja (Mateus
24.42-44; Marcos 13.32). Estipular um dia é transgredir contra o sigilo de
Deus. Alguns ousaram afirmar que estamos às 23 horas e 59 minutos do advento.
Todos os especuladores que tentaram determinar data e horário foram
envergonhados ao ficar patente a sua ignorância.
Jesus prometeu voltar para nos buscar e isto acontecerá de súbito. Ele virá
surpreendendo a humanidade, por este motivo todos precisam estar prontos para
sua chegada. (Eliseu Antonio Gomes)
Referências Bibliográficas:
1ª Escola Bíblica para Obreiros
(EBO): Escatologia, Valdir Nunes
Bícego, página 24, data do evento não declarado, Lapa, São Paulo/SP (Assembleia
de Deus setor Lapa
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
Bíblia de Estudo Mattew Henry, páginas 1675 e 1706, 1ª edição 2014, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel)
Escatologia Bíblica. Um tratado sobre o fim do mundo, Erivaldo de Jesus, páginas 46 a 48, e 55; 8ª edição, 2017, São Paulo (ADIB Editora).
Lições da Palavra de Deus - Grandes Temas do Apocalipse - Uma Perspectiva Profética Impressionante dos últimos Tempos. Lição 1: A Volta do Senhor Jesus. Joá Caetano, ano 14, número 53, 1º trimestre de 2018, páginas 6 a 10, Taquara, Rio de Janeiro/RJ (Editora Central Gospel).
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