quinta-feira, 19 de junho de 2014

Verdadeiro Corpus Christi

Existe no decorrer do ano, diversas datas que são definidas como feriado, seja, municipal, estadual ou nacional. Geralmente, um feriado sempre é bem vindo; para muitos sinônimo de folga no trabalho e diversão. Mas, há uma questão muito séria que encontra-se por trás de alguns destes feriados, são "dias santos", por conseqüência consagrado há alguma entidade venerada por multidões; estes feriados é uma forma de devotar louvor ou veneração a personagens declarados como "santos"(1Cor. 10.19,20).
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Corpus Christi é uma festa ao Corpo de Cristo. É uma data adotada na Igreja Católica, para comemorar a presença real de Jesus Cristo no sacramento da Eucaristia, pela mudança da substância do pão e do vinho na de seu corpo e de seu sangue (O Catolicismo declara que a hóstia, torna-se literalmente em Carne e Sangue do Senhor Jesus).

A seguir, veja como iniciou-se esta comemoração:

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo remonta ao século XII. A Igreja sentiu necessidade de realçar a presença real do "Cristo todo" no pão consagrado. Esta necessidade se aliava ao desejo do homem medieval de "contemplar" as coisas. Surgiu nesta época o costume de elevar a hóstia depois da consagração. Disseminava-se uma controvertida piedade eucarística, chegando ao ponto das pessoas irem à igreja mais "verem" a hóstia do que para participarem efetivamente da eucaristia

A Festa de Corpus Christi foi instituída pelo Papa Urbano IV com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. O Papa Urbano IV foi o cônego Tiago Pantaleão de Troyes, arcediago do Cabido Diocesano de Liège na Bélgica, que recebeu o segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Juliana nasceu em Liège em 1192 e participava da paróquia Saint Martin. Com 14 anos, em 1206, entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, na periferia de Liège. Com 17 anos, em 1209, começou a ter ‘visões’, (que retratavam um disco lunar dentro do qual havia uma parte escura. Isto foi interpretado como sendo uma ausência de uma festa eucarística no calendário litúrgico para agradecer o sacramento da Eucaristia). Com 38 anos, em 1230, confidenciou esse segredo ao arcediago de Liège, que 31 anos depois, por três anos, será o Papa Urbano IV (1261-1264), e tornará mundial a Festa de Corpus Christi, pouco antes de morrer.
A ‘Fête Dieu’ começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do arcediago para procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia. Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.

A festa mundial de Corpus Christi foi decretada em 1264, 6 anos após a morte de irmã Juliana em 1258, com 66 anos. Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.
O decreto de Urbano IV teve pouca repercussão, porque o Papa morreu em seguida. Mas se propagou por algumas igrejas, como na diocese de Colônia na Alemanha, onde Corpus Christi é celebrada antes de 1270.
O ofício divino, seus hinos, a seqüência ‘Lauda Sion Salvatorem’ são de Santo Tomás de Aquino (1223-1274), que estudou em Colônia com Santo Alberto Magno. Corpus Christi tomou seu caráter universal definitivo, 50 anos depois de Urbano IV, a partir do século XIV, quando o Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Júris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial. Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Júris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.
O Concílio de Trento (1545-1563), por causa dos protestantes, da Reforma de Lutero, dos que negavam a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

Em 1983, o novo Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar ‘o testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia’ e ‘onde for possível, haja procissão pelas vias públicas’, mas os bispos escolham a melhor maneira de fazer isso, garantindo a participação do povo e a dignidade da manifestação.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos e foi instituído na Última Ceia, quando Jesus disse :‘Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim’. Porque a Eucaristia foi celebrada pela 1ª vez na Quinta-Feira Santa, Corpus Christi se celebra sempre numa quinta-feira após o domingo depois de Pentecostes.

Vejamos o real sentido da expressão "corpo de Cristo" nas Escrituras Sagradas:

1 Coríntios 6:15 Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de Cristo?
1 Coríntios 12:27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.
Romanos 12:5 Assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
Efésios 5:23 Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
Colossenses 1:24 Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;
Gálatas 2:20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim;

A Igreja Verdadeira é o Corpo e a Noiva de Cristo, formada por aqueles que experimentaram o novo nascimento, pelos quais Ele -Jesus- agora faz intercessão no Céu e para os quais Ele voltará outra vez 

Pela leitura dos versículos bíblicos acima conclui-se que somente aquele que provou o novo nascimento em Cristo, através da Palavra e do Espírito Santo, tornou-se membro do corpo de Cristo, que é a sua Igreja Noiva. Fica claro que os católicos estão comemorando, na verdade, a permanência dos cristãos-evangélicos na terra.Sem nossa presença aqui, a dispensão da Igreja teria chegado ao fim. É isso: enquanto estamos no mundo, nós, cristãos-evangélicos, somos o corpo de Cristo atuante, levando Graça, Misericórdia, Redenção, Intercessão e Luz às almas em trevas, através da pregação do Evangelho. Mas, quando - pelo Arrebatamento -  findar nossa permanência na terra,  então o mundo conhecerá sete dos piores anos de sofrimento da história mundial: a Grande Tribulação.

Celebrando o "corpo de Cristo" de modo errado:

Congregai-vos, e vinde; chegai-vos juntos, os que escapastes das nações; nada sabem os que conduzem em procissão as suas imagens de escultura, feitas de madeira, e rogam a um deus que não pode salvar. -Isaías 45:20

Celebrando o Corpo de Cristo de forma bíblica:

O corpo de Cristo, para cristãos-evangélicos, é celebrado na Santa Ceia, quando relembramos sua morte propiciatória na cruz como o Cordeiro de Deus que trouxe a redenção dos nossos pecados dantes cometidos sob a paciência divina e agora nos santifica (separa) de uma vida de transgressões:
Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez. - Hebreus 10:10
Quando somos iluminados pela Palavra de Deus recebemos a capacidade de discernir entre o certo e o errado:
Quando a "luz" da Palavra de Deus entra em nosso coração (mente) entendemos que imagem é só mais um produto vendido em qualquer comércio, que se parte ao cair ao chão e que dá lucro apenas para os que os fabricam e comercializam.

 Enfim, imagens (esculturas, ídolos) para Deus é:
"...obra das mãos dos homens.
Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta".- Salmos 115:4-7

Afinal, Deus é Espírito:
Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. - João 4:23 
Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. - João 4:24 
Mesmo quando imagens representam personagens bíblicos, tal ato continua sendo rebeldia (ato cometido por aquele que sabe mas não obedece) diante de Deus:
Que aproveita a imagem de escultura, depois que a esculpiu o seu artífice? A imagem de fundição que ensina a mentira, para que o artífice confie na sua obra, fazendo ídolos mudos?
Ai daquele que diz ao pau: Acorda! e à pedra muda: Desperta! Pode isso ensinar? Eis que está coberta de ouro e de prata, mas dentro dela não há espírito algum.
Mas o SENHOR está no seu santo templo; cale-se diante dele toda a terra. Habacuque 2:18-20 
Confeccionar, comercializar, ensinar adoração e veneração a elas constitue desobediência aos mandamentos bíblicos,  passível de punição e revelam pessoas em estado de  "ignorância" e "trevas espirituais":
"Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.
E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos." - Êxodo 20:4-7
Humanidade pagã, idólatra e distante do Deus bíblico, único e verdadeiro:
Embruteceu-se todo o homem, e não tem ciência; envergonhou-se todo o ourives de imagem de escultura; porque a sua imagem de fundição é mentira, e não há espírito em nenhuma delas. - Jr. 51:17

Elias R. de Oliveira

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