Vivemos num mundo cada vez mais globalizado, e a cultura pop invadiu nosso inconsciente coletivo, ao ponto de não percebermos mais isso. Já foi absorvida por uma espécie de osmose. Ninguém vai ao Shopping comprar um rato, todos vamos a loja comprar um mouse para o computador.
Pesquisa recente, mostra que as pessoas continuam migrando das áreas rurais para os grandes centros urbanos. Isso implica em nos prepararmos pois a vida na Pós-Modernidade sera cada vez mais urbana.
Desde que os romanos e gregos inventaram e disseminaram a prática da água encanada e do banho com água quente, essa influencia helenista tem mudado significantemente o comportamento social coletivo de todas as raças, culturas e nações ao redor do globo. Sem dúvida alguma, o Príncipe da Pérsia foi derrotado durante os vinte e um dias de jejum e oração do jovem profeta Daniel, os desdobramentos geo-políticos na história com a queba do Império Babilônico evidenciam isso. Mas o Príncipe da Grécia chegou e este opera até os dias de hoje.
A igreja do Senhor Jesus é chamada a ser a Contra-Cultura desse século, mas na verdade ela vem se alienando dentro de si mesma, com medos, supertições e muita falsa espiritualidade... o que infelizmente tem gerado uma SUB-Cultura do Evangelho ao invés do ideal bíblico, de sermos uma Contra-Cultura inserida dentro de um sistema corrupto que geme as dores de parto, anelando pela manifestação dos Filhos de Deus.
Nesses tempos de grande crescimento numérico uma coisa deveria ocupar a nossa mente: como fazer para pastorear efetivamente esse povo que chega? Vindo das mais diversas tribos urbanas, entram em nossas igrejas intensamente apaixonados por Jesus.
Infelizmente alguns líderes, ao longo de seus ministérios nunca compreenderam o conceito bíblico de como gerar discípulos de Jesus. Simplesmente massificam um modelo neurótico de espiritualidade e geram clones. Clones feios e frustrados, semelhantes a eles mesmo.
Podemos correr para formar homens que vão atrás das ovelhas e que cumpram um papel de assistência ao povo, porém nesse processo de formar excelentes procelitistas algumas coisas fundamentais tem sido esquecidas.
Precisamos de homens que nos ajudem a manter as pessoas na igreja, é verdade, mas que tipo de homens estamos formando?
Podemos estar formando servos fiéis sem, contudo ensiná-los a ser pessoas que estejam constantemente diante do Senhor, como filhos amados, como uma noiva dedicada ao noivo, como alguém que simplesmente contempla a face de Deus.
Podemos estar gerando servos e não pessoas de relacionamento, como um filho é com o Pai.
Paulo explica para nós qual é a sua meta no seu trabalho pastoral: "Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." 2CO 11:2
O povo que Paulo preparava não era simplesmente servos, mas pessoas comparadas a noiva, virgem pura para um marido, e isso fala de relacionamento e não de serviço.
O que devemos fazer é formar obreiros cuja prioridade maior seja o "estar diante de Deus" e não o "fazer coisas para o Senhor". No juízo o que vai importar não são as coisas que fizemos, e sim se ele nos conheceu.
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?" e "E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." MT 7:22,23
Precisamos mudar, urgentemente, o foco do nosso trabalho. Ao invés de formar servos de Deus, devemos formar pessoas amigas de Deus, de relacionamento com o Senhor. Essa é Sua ênfase.
"E nomeou doze para que [1] estivessem com Ele e os [2] mandasse a pregar," MC 3:14
Por causa da pressa em formar trabalhadores e por causa da pressão do crescimento não pastoreamos como devemos fazer e isso cria um rebanho adolescente, no sentido de que pode adoecer. Com baixa imunidade espiritual e psicológica, uma fé "almática" e não espiritual.
Depois de um tempo passamos a exercer um ministério de crise. Isto é, pastoreamos no prejuízo. Explicando, o nosso ministério passa a ser o de correr atrás de pessoas que estão se esfriando, se afastando ou que se perderam. Este é o ministério do bombeiro-pastoral, aquele que vive para pagar incêndios.
Existe uma forma de pastoreamento sem ser essa? O livro de Ezequiel, capítulo 34, mostra o Senhor como um pastor preocupado com seu rebanho na mão de pastores que não cuidavam bem. Nesse capítulo ele diz como iria pastorear o rebanho.
Algo que deve ser notado é que o Senhor se refere ao rebanho como seu 14 vezes. Isso deve ser visto não como força de expressão, mas como uma afirmação de Deus de que o rebanho não pertence aos pastores, mas ao Senhor, portanto a forma de cuidar deve ser de acordo com a forma de Deus cuidar.
O capitulo pode ser dividido em três partes básicas:
1 - Versículo 1 até o 10 - Juízo contra os maus pastores
2 - Versículo 11 até o 16 - O pastoreamento do verdadeiro pastor
3 - Versículo 17 até o 31 - Juízo e promessas.
Na primeira parte ele fala contra os pastores que degolavam o cevado, vestiam-se da lã, comiam a gordura, mas não apascentavam as ovelhas.
O JUÍZO
O problema não era o que faziam com o rebanho, mas o que não faziam. O normal é que o trabalhador receba por aquilo que faz. Paulo diz que o que planta espera usufruir dos frutos.
Aqueles pastores não pastoreavam, mas comiam do rebanho.
"Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel; profetiza, e dize aos pastores: Assim diz o Senhor DEUS: Ai dos pastores de Israel que se apascentam a si mesmos! Não devem os pastores apascentar as ovelhas? Comeis a gordura, e vos vestis da lã; matais o cevado; mas não apascentais as ovelhas. As fracas não fortalecestes, e a doente não curastes, e a quebrada não ligastes, e a desgarrada não tornastes a trazer, e a perdida não buscastes; mas dominais sobre elas com rigor e dureza." (EZ 34:2-4)
O texto fala de ovelhas fracas, doentes, quebradas, desgarradas e perdidas. Num primeiro momento entendemos que são situações nas quais estão diversas ovelhas. Mas, poríamos pensar também que pode ser graus, ou estágios possíveis da vida de uma ovelha.
Ou seja, uma ovelha fraca é aquela que está suscetível às doenças. Ela pode, por causa de sua fraqueza, ou debilidade, se tornar doente .
Uma ovelha que está num estado de doença, isto é, um estado continuado ou crônico, pode entrar nua situação de quebra ou trauma psicológico.
A tendência dessa ovelha é se fechar, se recolher em si mesma, tornando-se arredia , mesmo dentro do rebanho, (ou nas reuniões) desgarrando-se do convívio das outras ovelhas, repito, ainda participando de reuniões. É aquele tipo de situação em que percebemos o recolhimento, ou afastamento, da pessoa e quando lhe perguntamos como está, ela responde com monossílabos.
Perdida! Esse é o último estágio, quando a ovelha se afasta fisicamente do rebanho.
Infelizmente, a maior parte do nosso trabalho é correr atrás de ovelhas que se perderam, e isso é o que o Senhor quer também. Ele disse aos seus discípulos que fossem atrás das ovelhas perdidas da casa de Israel.
Mas, não é o caso de mudarmos a nossa abordagem, trabalhando nas ovelhas de tal forma que não fiquem fracas e assim não passem por todo um desencadeamento de problemas?
Precisamos entender que, se fortalecermos a fraca ela não adoecerá, não se quebrará, não se desgarrará e não se perderá.
O pastoreamento do Senhor
"Como o pastor busca o seu rebanho, no dia em que está no meio das suas ovelhas dispersas, assim buscarei as minhas ovelhas; e livrá-las-ei de todos os lugares por onde andam espalhadas, no dia nublado e de escuridão. E tirá-las-ei dos povos, e as congregarei dos países, e as trarei à sua própria terra, e as apascentarei nos montes de Israel, junto aos rios, e em todas as habitações da terra." EZ 34:12,13
Se existe uma palavra de juízo contar os pastores que pastoreiam mal, e se nós queremos pastorear da forma que Deus pastoreia, devemos prestar atenção no trabalho que Ele disse que iria realizar.
Ele disse que iria introduzir o povo na sua própria terra , pastorear nos montes de Israel , junto às correntes das águas e nos lugares habitados .
Sua própria terra
Entendo que a primeira coisa se refere a levar o povo para uma situação de estabilidade quanto a moradia. O povo não mais seria nômade, vagando de um lado para o outro, mas estaria no seu próprio lugar.
Uma situação que causa fadiga é o fato de não estarmos em nosso lugar, não pertencermos ao lugar onde estamos, numa situação de coisa provisória, de momento passageiro, estar no meio de um povo sem pertencer a ele.
O escritor aos Hebreus nos exorta "... a não deixar a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quanto vedes que se vai aproximando aquele dia." Hb 10:25
A palavra congregação não se refere a uma reunião, mas a rebanho. O termo significa "ser da mesma grei". Pertencer a um rebanho.
Um fator que trás tranqüilidade a alguém é estar no meio de seu povo, de sua família. A ovelha precisa se sentir em meio à sua família. O próprio Senhor disse que faria com que o solitário habitasse em família.
Congregar, portanto, não é participar de reuniões e sim pertencer a um rebanho.
O Senhor não nos fez para estarmos em solidão, pois, quem anda em solidão busca seu próprio interesse e insurge contra a verdadeira sabedoria. E ele disse que não é bom que o homem esteja só.
O bom pastoreamento deve visar, entre outras coisas, que as ovelhas tenham o sentimento e a vida de corpo, onde ela sinta que pertence a um povo e sente que tem família.
Montes de Israel
Na história de Israel existem alguns montes que se tornaram símbolos de experiências vividas com Deus e são figura de relacionamento ou acontecimentos.
Quando nos referimos a um desses montes estamos, na realidade, nos referindo à experiência, ou a um fato acontecido ali.
Só para mencionar alguns: Abarim (Nm 27:12); Ararat (Gn 8:4); Basã (Sl 68:15); Betel ( 1Sm13:2); Carmelo (1Rs 18:19); Oliveiras (Mt 21:1); Ebal (Dt 11:29); Efraim (Js 17:15); Gileade (Gn 31:21); Grizim (Dt 11:29); Gilboa (1Sm 28:4); Hermon (Dt 3:8); Hor (Nm 20:22); Horebe (Ex 3:1); Líbano (3:25); Mizar (Sl 42:6); Moriá (Gn 22:2); Nebo (Dt 32:49); Pisga (Nm 21:20); Seir (Gn 14:6); Sinai (Ex 16:1); Sião (2Sm5:7); Tabor (Jz 4:6).
O que podemos aprender com a frase "pastorear nos Montes de Israel" é que o Senhor vai nos levar a ter as experiências parecidas, ou iguais, às que o povo Hebreu teve nesses montes.
Desses montes podemos separar alguns, que considero de importância capital na vida do povo de Deus, sobre os quais o povo vai ser pastoreado:
1 - Moriá - Lugar da prova - Vida de renúncia, e entrega total ao Senhor. Uma vida de discipulado, seguindo a Jesus sem medir as conseqüências.
2 - Horebe - Revelação de Deus - A ovelha precisa conhecer ao Senhor. Jesus chama isso de vida eterna. A revelação da pessoa de Deus é a base para toda a nossa vida cristã. Se não conhecemos a Deus somos meros religiosos. Conhecemos a forma, sem o conteúdo.
3 - Sinai - Revelação da Lei - A palavra de Deus é a espada do Espírito. Isso significa que é a nossa arma na nossa luta contra o pecado, o mundo e Satanás, e é também o instrumento do Espírito de Deus para abrir-nos até as nossas profundezas. Para cortar aquilo que deve ser cortado. A palavra é a lâmpada e luz que nos guia, purifica, exorta, consola, salva, cura, limpa, corrige, educa, edifica, disciplina.
4 - Calvário - Revelação de Cristo e identificação na Sua morte - A nossa vida deve estar unida à de Cristo em sua cruz se quisermos ter vitória sobre a nossa velha natureza. A cruz de Cristo é o lugar onde o cristão encontra a justificação de seus pecados e a libertação de todo jugo.
5 - Sião - Revelação da igreja, do corpo de Cristo - A primeira revelação que Paulo teve foi da pessoas de jesus Cristo ligado à Sua igreja. "Sou Jesus a quem tu persegues", nesta frase Paulo percebeu a indivisibilidade do Senhor e do Seu corpo. João na ilha de Patmos, ao ter a revelação apocaliptica, primeiro vê a igreja, ou o candeeiro nas mão do Senhor, para só depois ver quem estava por trás, Jesus. A igreja é o instrumento de Deus na terra para conduzirnos a uma experiência mais profunda com Deus.
Para congregar, cooperar, estar ligado, a ovelha precisa discernir o corpo de Cristo. A falta de discernimento produz fraquezas e doenças no meio do rebanho. Uma vasta interpretação equivocada da Ceia do Senhor, tem conduzido uma geração de discípulos a apatia e paralizia espiritual.
"Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR. Por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem." 1CO 11:29, 30
Por outro lado, um rebanho saudável, é aquele que, na graça do Espírito Santo, faz fluir os dons e os ministérios do Senhor trazendo cura, libertação e vida para cada membro.
Junto às correntes
Outro lugar no qual o Senhor vai pastorear o seu povo é junto às correntes. O Salmo 46 fala que há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus. No próprio livro de Ezequiel, no capítulo 47 o Senhor fala das águas purificadoras.
Jesus disse que quem cresse nele, rios de água viva fluiriam de seu interior, como dizem as escrituras, João 7.37. Essas águas são figuras de uma vida no poder Espírito Santo. O povo de Deus precisa ser levado a uma vida fluente no Espírito Santo.
Temos dois extremos: ou levamos o povo a um fanatismo místico, onde todas as coisas são espiritualizadas, ou levamos o povo a uma vida intelectualizada, baseada nas Escrituras sem revelação. É preciso coragem para construírmos novos modelos, mais saudáveis que os atuais. É chegada a hora em que Deus esta levantando igrejas comprometidas com o PODER e com a PALAVRA.
Jesus disse que os fariseus erravam por não conhecerem as ESCRITURAS e nem o PODER de Deus. Paulo aconselha a Timóteo a não tomar somente água, mas mistura-la com vinho por causa da sua doença de estômago.
Não podemos abrir mão das escrituras ou da vida mística no Espirito Santo. Precisamos muito mais do que mero ensino bíblico, precisamos do ensino regado com a unção!
Precisamos, hoje, mais do que nunca de vidas dirigidas pelo Espírito de Deus. Ele é quem vai nos capacitar, habilitar, conduzir e instruir. A graça de Jesus é transmitida pela pessoa do Espírito Santo hoje.
Jesus falou que o Espirito Santo iria nos guiar a toda a verdade, iria nos fazer conhecer ao Pai e iria nos guiar em tudo o que necessitássemos.
A Igreja hoje precisa passar, novamente por um despertamento pelo Espírito Santo para voltar à prática das boas obras e ter uma vida santa.
Lugares Habitados
O pastoreamento do Senhor leva a Igreja a uma vida de comunhão e companheirismo.
Uma igreja dirigida pelo Espírito Santo é uma Igreja ajustada, consolidada, que auxiliada por todas as juntas na justa cooperação de cada parte, vai efetuando seu crescimento para edificação de si mesma em amor. Esse tipo de vida, produz bênção, e não apenas solução paleativas para alguns problemas existenciais.
A igreja pastoreada pelo Senhor é uma congregação onde os seus membros vivem em família e a individualidade coopera com o todo, e onde o individualismo é banido.
O povo de Deus, pastoreado pelo Senhor, vive em comunhão e não anda sozinho. Não se insurge contra a verdadeira sabedoria nem busca seu próprio interesse.
Cada um se alegra com aquele que alegra e chora com o que chora.
O Espírito Santo leva as pessoas a se ajudarem comprometidas umas com as outras, pois os corações estam interligados por laços espirituais e compromissos interpessoais.
Esse é o tipo de igreja que sabe demarcar um território e guerrear pelo estabelecimento do Reino de Deus na cidade.
A comunidade que vivia em Jerusalém era um povo cujo coração e alma era um só. Isso é viver em lugares habitados.
A Proposta
Se compreendemos que essa é a forma de Jesus , o Sumo Pastor, pastorear seu povo, devemos aprender com ele para que não entramos no juízo dos próximos versículos.
Precisamos aprender a exercer um pastorado onde não somente corramos atrás daquela que se perdeu, mas que não deixemos enfraquecer nenhuma ovelha.
Para isso precisamos cuidar de poucas ovelhas, levando-as a uma comunhão plena com o Pai, pois somente isso pode fortalecer alguém.
A Palavra nos ensina que a alegria do Senhor é a nossa força, ainda que alguns queiram inverter isso.
"... porque a alegria do SENHOR é a vossa força." (NE 8:10)
A nossa responsabilidade é alegrar o coração de Deus acima de tudo. Quando O amarmos isso se tornará prazeroso. Quando amarmos ao Senhor vamos querer passar o maior tempo possível em Sua presença, conversando e ouvindo a Sua voz. Quando alegramos o coração de Deus ele nos dará a força necessária para executarmos Sua vontade e, mais que isso acontecer, sermos o que Ele deseja que sejamos.
Os que estamos envolvidos com o cuidado do povo precisamos adquirir a mentalidade de amigo do Noivo, para ensinarmos a esse povo a se relacionar com Ele. Isto é tão sério que Jesus chama de VIDA ETERNA: o conhecimento de Deus.
"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste." (JO 17:3)
O conhecimento referido por Jesus não fala de uma mera consciência, mas de uma experiência com o Senhor. Expressando melhor a idéia, Jesus disse àqueles que fizeram algumas coisas em Seu nome que se afastassem pois o Ele não os conhecia.
Será que existe algum ser vivo na face da terra que passa desapercebido dos olhos do Senhor? Então, compreendemos que o conhecimento aqui é mais que uma visão ou um encontro fortuito, mas um relacionamento íntimo de duas pessoas que se amam.
Precisamos, sob pena de sermos julgados por Deus, levar seu povo a conhecer ao Senhor e prosseguir em conhecê-Lo.
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade." Mt 7:22,23
Aqui percebemos a grande diferença em fazer e ser ; em trabalhar para o Senhor e trabalhar com Ele; em estar com Ele e apenas servir .
Não é que seja errado ser servo do Senhor, mas o servo não fica para sempre na casa. O filho permanece para sempre na casa do seu Pai. A serva cuida de tudo na casa, mas o deitar com o Senhor da casa lhe é vedado. Somente a esposa tem esse privilégio.
Deus esta entrando em sua vida com cura e libertação nesse exato momento. Toda frustração com igrejas, pastores e lideranças que trouxeram ligações de almas dolorosas para você e sua família, estão sendo rompidas e destruídas pelo poder do Espírito Santo enquanto você exercita essa leitura devocional.
Oro a Deus para que todo o asédio espiritual e emocional seja arrancado da sua mente e você consiga romper com o manto da feitiçaria religiosa que o manipulou, fazendo-o acreditar que seria amaldiçoado por Deus se mudasse de igreja ou grupo denominacional.
Sabe irmão, igrejas são como roupas ou sapatos. Quando você era criança havia uma medida que supria sua necessidade de calçado, quando você cresceu, só lhe restaram duas alternativas: trocar de sapato ou amputar o seu pé.
Infelizmente milhares de pessoas estão com suas mentes aprisionadas a antigas estruturas religiosas, ritos liturgicos sem vida e não conseguem compreender como é possivel alguém abandonar sua tradição religiosa para "aventurar-se com nos ventos de doutrina espalhados por ai". No dia em que elas crescenrem na graça e no conhecimento de Deus, passarão pela mesma experiência e somente então poderão compreender.
Igrejas precisam crescer, atualizar-se e mergulhar na dinâmica vida do mover sobrenatural do Espírito Santo ou estarão fadadas a perder as ovelhas que realmente esperam da igreja uma experiência espiritual com Deus e não apenas um clube social para reunirem-se aos finais de semanas e brincarem de bonecas.
A nossa atitude diante do Senhor Supremo é de grande humilhação, e ele nos chama para sermos seus amigos, filhos e esposa. Chegamos diante dele como servos e ele nos chama para tomar assento com ele na Sua mesa.
Precisamos ser uma Igreja de amigos de Deus, para isso devemos buscar conhecê-lo intimamente, andar com ele e acima de tudo ama-lo de toda a nossa força, de toda a nossa alma, e de todo nosso entendimento.
Lembre-se sempre: Não importa tudo o que aconteceu no passado, seus erros nem por onde você andou... você é filho, ainda que bastardo, desobediente, distante ou pródigo, nada importa, você sempre será filho e o Pai sempre estará o aguardando de volta!
Pr. Jelson Becker
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