segunda-feira, 2 de abril de 2012

Solidão: sede de amor!


“Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna” (Jo. 4,14).

Hoje, voltando do meu posto de trabalho, resolvi caminhar até à minha casa, que fica fora da zona urbana. No meio do caminho, entrei no armazém a comprar pão, para o lanche da tarde. Do lado direito do prédio, vi muita água jorrando de uma fonte. Fluíam calmas. Águas que pareciam não acabar mais, fresquinha e pura!
Água da montanha! Abeberei-me à fonte, e tomei daquela água cristalina! Água de Campos do Jordão! Não havia torneira para fechar seu fluxo.
Conseguintemente, pus-me a meditar sobre a Água da Vida, que jorra para a vida eterna.
Ora seja no Oriente Médio, palco de tantas guerras, tanto ódio, nunca se viu uma fonte assim, a jorrar ininterruptamente. A água ali é coisa rara! O amor e a paz ali fazem faltos.
Então, louvei ao Senhor e agradeci, por tão grande bem! Aleluia! Obrigado, Senhor, por saciar nossa sede! Obrigado, Senhor, pela paz e pelo amor!

A mulher samaritana, que teve tantos maridos, e se sentia tão só! Tantos amores, e vivia sozinha, sem companheiro! Foi ao poço de Jacob tirar água para saciar sua sede que nunca satisfazia. Sede de amor! Sede de vida! Sede de Deus! Que contraste! Que ironia!
A pior solidão é aquela que se sente na companhia de outros!
Solidão não é o mesmo que estar desacompanhado. A samaritana, que se sentia tão só, é um desses casos. Cinco maridos!
A solidão não requer a falta de outras pessoas e geralmente é sentida mesmo em lugares densamente ocupados. Pode ser descrita como a falta de identificação, compreensão ou compaixão. Para sentir solidão, entretanto, o indivíduo passa por um estado de profunda separação. Isto pode se manifestar em sentimentos de abandono, rejeição, depressão, insegurança, ansiedade, falta de esperança, inutilidade, insignificância e ressentimento. Se tais sentimentos são prolongados eles podem se tornar debilitantes e bloquear a capacidade do indivíduo de ter um estilo de vida e relacionamentos saudáveis. Se o indivíduo está convencido de que não pode ser amado, isto vai aumentar a experiência de sofrimento e o consequente distanciamento do contato social. A baixa autoestima pode dar início à desconexão social que pode levar à solidão.

A mulher samaritana não se amava. Contudo, teve um encontro com Jesus, fonte de água viva, da qual quem dela bebe, não tem mais sede. Jesus saciou sua sede de amor, de vida, de Deus!
É assim! A água que Jesus dá se faz uma fonte de água que jorra para a vida eterna. Adeus vazio, adeus solidão!
Jesus dá um basta à nossa sede de vida! Jesus é o companheiro de Emaús! Jesus é o amor! Jesus lança fora toda solidão! Antes do encontro com o Senhor no último dia da vida; sedento e solitário no grande dia da festa, aceite Jesus! Ele põe-se em pé, e clama dizendo: Se alguém tem sede, venha a mim, e beba. Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre.

“Depois, sabendo Jesus que já todas as coisas estavam terminadas, para que a Escritura se cumprisse, disse: Tenho sede” (Jo. 19,28).

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