sábado, 2 de julho de 2016

A Igreja que se Prostituiu

A palavra prostituição lembra comportamentos que traduziríamos em seduzir e deixar-se seduzir. Cada vez mais vemos igrejas seduzindo os homens para o caminho da idolatria (Mamon) hedonismo e lassidão moral dentre vários outros, e se deixando seduzir por doutrinas espúrias, anticristãs, pelo mundanismo.  Quando a igreja se deixa cooptar pelos atrativos e mentalidade do mundo ela está se prostituindo, pois a Palavra de Deus nos adverte que aquele que quer ganhar a amizade do mundo torna-se inimigo de Deus. Tg. 4:4.

Em primeiro lugar vemos a igreja se prostituir quando abranda seus padrões morais. O pecado grassa a passos largos dentro da igreja. Aumenta o número de jovens grávidas dentro das igrejas e isso não incomoda mais nem aos pais nem à liderança. Neste ponto a disciplina eclesiástica foi banida para o fundo do quintal e um comportamento Laissez-Faire é adotado como padrão em nosso meio. O padrão de santidade bíblico foi abandonado porque se for anunciado dos púlpitos provocará um esvaziamento das igrejas. Talvez, exigirá muito dos membros a busca da santidade assim como Senhor nosso Deus é Santo. Vimos recentemente um fato que ilustra o que foi dito acima.

Um jogador de futebol que conquistou o título estadual com seu clube apareceu em frente às câmeras de televisão comemorando o campeonato de sunga e com uma faixa em sua cabeça que continha os dizeres: 100% Jesus. Logo após a saída do estádio foram comemorar em uma boate onde este mesmo jogador pagou a festa que teve participação de 10 mulheres para homem presente. Este mesmo jogador já é pai de uma criança sem ser casado. Diz-se evangélico e temente a Deus. Poderíamos nos perguntar onde está o pastor deste jovem jogador? Qual tipo de igreja ele frequenta? Creio que a liderança nada fala porque talvez as ofertas que entrem na igreja superem os R$ 300.000,00 por mês. Nesse caso fica difícil apontar o pecado e o mal frente a este volume financeiro. Sim a igreja tem se prostituído e se tornado prostituta quando abranda seus padrões morais, achando assim que conquistará mais almas para Cristo. No entanto, esquece que o Senhor Jesus nunca se coadunaria com tais padrões. Esquece-se que quando mais próxima do mundo ela for menos impacto provoca.

O apóstolo Paulo nos adverte fortemente em  II Tm 3:1-9 “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons,Traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, Tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te. Porque deste número são os que se introduzem pelas casas, e levam cativas mulheres néscias carregadas de pecados, levadas de várias concupiscências; Que aprendem sempre, e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade. E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé. Não irão, porém, avante; porque a todos será manifesto o seu desvario, como também o foi o daqueles”.

Em segundo lugar a igreja se prostitui quando permite que seus líderes permaneçam nos púlpitos mesmo em pecado. Já virou tendência pastores se divorciarem e permanecerem nas igrejas como líderes. (Abordo aqui somente adultério ou escândalos. Alguns divórcios pastorais devem ser ponderados com outra ótica) Pastores que adulteraram e desonraram o chamado de Deus e quebraram a confiança da igreja ainda permanecem como pastores em nosso meio. Quando isso acontece a porta se escancara para o pecado e o padrão de Deus se esvai pelo ralo. Certamente o Senhor já não fala mais em tais lugares e ai outras vozes se apresentam como vozes proféticas em meio ao caos eclesiástico.

Ha pouco tempo vi um chamado pela internet de um congresso de homens da promessa ou homens de valor ou algo parecido em que um pastor que adulterou com uma jovem, de 15 anos era um dos palestrantes. Fiquei a me perguntar que congresso era esse e quais seriam os homens de valor daquele congresso? O que poderiam ofertar diante de uma tal aberração? Mas quando a igreja afrouxa seu padrão de conduta para seus líderes então isso se torna oferecer fogo estranho no altar do Senhor. Acham que Deus é somente amor. Esquecem-se que os salmos nos dizem que a base do trono de Deus é santidade e justiça.
O padrão de Deus é homens santos dando exemplo de santidade. Enquanto as igrejas tolerarem o pecado em seus púlpitos estará se prostituindo e envergonhando Deus e sendo envergonhada. A máxima dos puritanos era: “Pastores santos e cultos”. Vivendo esta máxima eles fundaram uma das maiores ou a maior universidade do mundo a Harvard Business School. Necessário se faz uma assepsia nos quadros de lideranças das igrejas onde estas não admitam nem tolerem o pecado em seus púlpitos. Que as igrejas sejam corajosas para destituírem os adúlteros dos cargos de liderança.

Antes das igrejas verem as qualificações dos seus líderes como capacidade de pregar, expressar em publico etc., devem observar caráter, integridade moral e seus modos de vida.

Em terceiro lugar a igreja se prostitui quando aceita em seus quadros ministeriais pastores sem o menor conhecimento de Bíblia e teologia. A onda avassaladora de falsos ensinos que ganhou várias igrejas é algo assustador. Existe um modo de pensar que diz que o conhecimento não importa e sim a atuação do Espírito Santo. Mas a Palavra nos diz que o Espírito nos conduziria em toda verdade e verdade é apreendida e isso por meio de esforço muitas vezes. Lembro-me que anos atrás, enquanto seminarista, um pastor me disse que quando era tradicional ele tinha uma montanha de livros para estudar ao preparar os sermões, mas que depois de ser revestido com poder pelo Espirito Santo deixou essas coisas para traz. Então eu lhe disse: Depois que experimentei o poder do Espirito Santo ai eu passei a estudar mais e a comprar mais livros.

Na realidade são pastores preguiçosos que acham que basta abrir a Bíblia em qualquer passagem que o sermão aparece do nada em suas mentes. Pastores despreparados levam as igrejas a se prostituírem no altar do sincretismo religioso. Ha pouco tempo vi um vídeo pela internet onde pessoas vestidas de batas longas carregavam um modelo da arca da aliança dentro de uma igreja e o pastor gritava que quem tocasse na arca seria abençoado. Fazer uma replica da Arca da Aliança e destacar isso é uma das maiores demonstrações de idolatria sendo introduzidas em igrejas que já perderam a pureza doutrinária. Sim a igreja se prostitui ao aceitar um padrão inferior de liderança. O exemplo bíblico deveria ser o nosso padrão quando a igreja primitiva ao enviar os primeiros missionários enviou nada menos que o apóstolo Paulo.

Em quarto lugar a igreja se prostitui quando avalia ministério pelo tamanho de uma igreja e não pelo compromisso com a Palavra de Deus. Quando avaliamos uma igreja pelo seu tamanho precisamos nos dobrar diante da igreja (Growing In Grace International Ministry, Inc.) igreja do megalomaníaco José Luís Miranda que se diz ser Jesus Cristo em carne e osso e já conta com mais de 10.000 membros só no Brasil. Se o critério for tamanho precisamos nos dar por vencido diante do Rev. Moon da igreja da unificação que diz que  Moon veio cumprir aquilo que o Senhor Jesus não fez através do casamento e já arrebatou milhares de seguidores. Se o tamanho é o padrão de avaliação então teremos de descartar milhares de pastores e igrejas que crescem lentamente e são pequenas. Teremos de descartar milhares de missionários que nos rincões do Brasil não pastoreiam igrejas com mais de 30 membros e aqueles que no mundo árabe ganham uma alma para Cristo a cada 5 ou 10 anos.

A igreja se prostitui quando abandona o padrão de fidelidade à Palavra e adota métodos mundanos de ativismo cego. Igreja não é empresa que visa somente lucro. Pastor não é executivo que se gaba de altos salários e mordomias outras. Compromisso com a Palavra de Deus deve ser o único padrão na avaliação de uma igreja. Muitas vezes o Senhor dá o crescimento outras vezes o terreno arado é mais duro e exige mais tempo. Mas negociar o compromisso com a Palavra em troca de igrejas cheias a qualquer custo é se deixar avaliar por outros padrões que não os da Palavra.

A grande realidade é que os milhares que enchem várias igrejas nunca souberam o que é ser regenerados e os líderes dos tais também não se preocupam se são ou não, conquanto que ofertem regularmente. Outros pontos poderiam ser destacados, mas ficaremos somente com estes quatros. Talvez alguém se encoraje a estendê-los.

Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste!” Soli Deo Gloria    Pr. Luiz Fernando R. de Souza  

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A Magnitude da Jerusalém Celestial

No livro de Apocalipse, capítulo 21, o Apóstolo João, descreve a Jerusalém Celestial, revelada por Deus. Uma cidade cuja beleza nunca vista antes, e ainda com a Glória de Deus. O apóstolo relata sua grandeza e descreve os materiais empregados em sua construção. Tanto as pedras preciosas, como o ouro, sendo este último material encontrado em abundância na construção da cidade, das praças e pavimentação das casas. Diga-se que por sinal o Arquiteto Celestial, não economizou na construção da Cidade Santa. Essas características são suficientes para demonstrarem a grandeza da cidade construída pelo Todo  Poderoso.

Na antiguidade e nos dias atuais, quando os governantes de uma cidade querem demonstrar o nível de influência que eles têm em uma determinada região ou no globo, fazem através de magníficas construções. As edificações que fazem jus à sua cidade, como as pirâmides do Egito, o Arco do Triunfo da França, o Coliseu de Roma, as Torres Gêmeas dos Estados Unidos da América etc. Imagine como os governantes admiraram ao verem o monumento que representam sua cidade. Agora veja no texto de Apocalipse sobre a descrição da cidade Santa, Capitulo 21. Você verá que o Altíssimo fez o contrário dos governantes que procuravam expressar a influência da sua cidade através de outro elemento.
A própria cidade expressa à grandiosidade de sua posição, seja através dos elementos empregados em sua construção, ou através do nome do Arquiteto que a construiu, “a qual tem a glória de Deus”. Apenas estas descrições já seriam suficientes para colocarem ponto final neste texto, porém quero trazer outra visão desta cidade, talvez nunca antes relatada por outro. O texto está escrito no livro de Apocalipse 21.16, “e mediu a cidade com uma cana até doze mil estádios, e o seu comprimento, largura e altura eram iguais”. O (estádio), antiga medida usada pelos romanos, equivale a 185,00 metros, convertendo os 12.000 estádios para metros, teremos 2.220.000,00 metros ou 2.220,00 km. No gráfico abaixo, Veja a projeção da Cidade Santa sobre o oriente médio, considerando que o centro da Jerusalém Celeste está sobre o centro da Jerusalém terrestre.
Figura 01 – mapa do oriente médio com projeção da Cidade Santa.

A área da projeção da Cidade Santa é de 4.928.400.000.000,00 m2 ou 4.928.400,00 km2, essa projeção corresponde aproximadamente 57,90% da área do Brasil, ou seja, um pouco maior que a metade do país. Considerando que essa área seja um grande condomínio horizontal e levando em considerações as leis urbanas para divisão de áreas em lotes da cidade de Cuiabá, capital do estado de Mato Grosso, e ainda considerando que cada casa possuiria uma área construída de 1.000,00 m2, teríamos aproximadamente umas 2.032.965.000 casas construídas nessa projeção. Essa quantidade de casas aqui estipulada deixaria atormentado qualquer prefeitura do planeta.

Agora veja que em Apocalipse 21.16,
“e mediu a cidade com uma cana até doze mil estádios, e o seu comprimento, largura e altura eram iguais” a altura também é de 220.000.000 metros de altura. Veja que esta altura não se refere ao muro, mas sim a cidade, pois a altura do muro possui 144 côvados, apocalipse 21.17, que equivale a 63,90 metros. Agora imagine entrarmos em uma casa com uma área de 1.000,00m2 e um pé direito de 2.220.000,00 metros de altura. Aqui começa o fundamento de todo o texto escrito, da grandiosidade da Jerusalém Celestial por Deus apresentada, e vista pelas lentes da arquitetura e do urbanismo.

Para melhor compreendermos a Cidade Celestial, faremos uma comparação com uma cidade existente nos dias atuais. Isso implica relacionarmos as leis de urbanismo vigente de uma determinada cidade. Para isso foi escolhida a Legislação de urbanismo da cidade de Cuiabá, citada nos parágrafos anteriores. Acaso um arquiteto experiente projetaria uma casa com pé direito imensamente desproporcional aos seus lados? Claro que não, todos nós sabemos que o pé-direito de uma casa, oscila entre
2,80 e 6,00 metros de altura.
Agora imagine se o Deus Todo Poderoso não há de fazer as coisas com perfeição? Não seria mais razoável admitir que a Cidade Santa possua mais de um pavimento? Ou melhor, dizendo: Muitos outros pavimentos! Definir a quantidade de pavimentos é uma tarefa impossível, precisaríamos saber realmente o que Deus definiu. Mas com toda certeza um dia saberemos quando entrarmos na Cidade Santa. Para tentar estipular a quantidade de pavimentos para a cidade, teremos que pré-definir a altura do pé direito da casa. Fixaremos uma altura, somente para efeito de cálculos, de 3,50 metros. Ao dividirmos a altura da cidade pela altura do pé direito adotado, teremos aproximadamente 634.285 pavimentos.
Nos nossos dias atuais, até o dia em que escrevo este assunto, o maior edifício em altura, possui aproximadamente uns 800 metros com seus 160 andares, ainda está em construção.
Uma construção possuir
2.200.000,00 de altura, implica em ultrapassar as camadas da atmosfera terrestre. Sabe-se que a camada da atmosfera, estende-se até 600 km de altura e que esta divida em camadas com alturas e características próprias. A primeira camada, a troposfera, estende até 14,50 km. Sua temperatura decresce com a altura de 17º a – 52º C. Esta é a camada onde existem vidas na terra.
A segunda camada, é a estratosfera, e estende de 14,50 km até 64,5 km. Esta camada é menos densa que a troposfera, e sua temperatura crescem para – 3º C devido a absorção da radiação ultravioleta, através da camada de ozônio. A terceira camada, é a Mesosfera, e estende de 64,5 km até 80 km, e sua temperatura volta a decrescer até – 93º C. A quarta camada é a termosfera, e estende-se de 80 km até 600 km de altura e sua temperatura cresce de – 93º C até atingir 1.727º C.
Além das camadas que compõem a atmosfera, existe a Exosfera, que estende-se de 600 km a 1.280 km de altura, após essa distância começa o espaço sideral.
Veja que a Cidade Santa possui altura de
2.200 km, sendo que quase a metade de sua construção encontra-se no espaço sideral. Outro dado importante é que não sabemos exatamente de que altura ficará suspensa sobre a terra, durante o milênio. Isso também influenciará em quantos por cento o seu corpo ficará fora da atmosfera terrestre.


Figura 02 – Planeta Terra, as Camadas que o envolvem e a Cidade Santa, proporcionalmente ao tamanho real.


Mas até onde esses dados são importantes para nós? Veja que conforme a camada da atmosfera, a temperatura aumenta ou diminui alcançando temperaturas abaixo de -93º C ou acima de 1.727º C. Isso Torna impossível a habitação de um ser humano normal. Sem levar em consideração a inexistência de oxigênio, à determinada altura da camada troposfera. O oxigênio é necessário para a respiração dos seres vivos. Agora veja
Ap 7.13-17, Ap 21.4 1Co 15.51-55, Fp 3,20-21, esses textos, nos mostram que os habitantes da Jerusalém Celestial, não serão pessoas comuns, mais sim transformadas pelo poder de  Deus.

Essas pessoas não mais sofrerão frio, fome, calor, falta de oxigênio ou qualquer outro meio imaginável que o mundo físico possa afligir. Agora podemos entender com os habitantes da Cidade Celestial poderá suportar baixas e altas temperaturas ou até mesmo a inexistência de oxigênio. Talvez ainda sejam questionados os materiais que fazem parte da construção da cidade Santa, por exemplo, o ouro, como eles suportariam altas temperaturas. Veja que o Senhor Deus transformará o corpo humano para suportar as variações de temperaturas. E o que dizer então da Cidade Santa, em
Ap 21.10-11,que tem a Glória de   Deus?

Para melhor entendermos o tamanho da área da cidade da Jerusalém Celestial, faremos uma comparação com parâmetros de urbanismo citados anteriormente. A lei de parcelamento de uso do solo especifica que para a área total do loteamento seja reservado um total de 35% que será utilizado para construção de praças, ruas e equipamentos urbanos. E ainda que do total da área reservada à construção das edificações 25% seja destinadas a áreas permeáveis, áreas que não poderão ser construídas. Apenas um ponto da Cidade Santa seria impossível ser enquadrada na lei de parcelamento de uso do solo, no que diz sobre o número de pavimentos a serem construídos em  uma determinada  área.

Isso implica diretamente no número de habitantes do condomínio, para que não ocorra um fluxo exagerado de veículos em uma determinada área, e outros problemas ocasionados pela alta densidade demográfica. Porém para a Jerusalém Celestial, isso não será nenhum problema para o urbanismo da cidade, visto que sua população não precisará de veículos ou de outros equipamentos que um cidadão comum necessite. Por esse motivo, iremos desprezar os outros índices e trabalharemos somente com os citados acima.


Veja que o valor reservado para a construção das casas, correspondem a 48,75% da área total da Cidade Santa, menos que a metade da área inicial. Para sabermos o número de casas que poderão serem construídas na Cidade Santa, teremos que estipular outro valor, a da área construída por casa. O tamanho de cada casa, ou seja, sua área construída, estará ligada diretamente ao padrão de vida de seus moradores. Uma população com melhor padrão de vida, construirá casas com maiores áreas, do que uma população com pouco poder aquisitivo. Será adotada para efeito de cálculos uma área que corresponda à grandeza da Cidade Santa,
1.000,00m2 por casa.


Essa quantidade de casas na verdade correspondem aos números calculados para cada pavimento, ou seja: Apenas para o pavimento térreo, para sabermos o total de unidades a serem construídas, teremos que multiplicar pelos outros pavimentos.


Veja se você é capaz de pronunciar esta quantidade de apartamentos a serem construídos. Outro dado surpreendente da Cidade Santa é que ao multiplicarmos, o valor da área livre para a construção e pela quantidade de pavimentos, teremos uma área superior à      área do planeta terra, veja  o quadro  abaixo.


O número encontrado acima, refere-se a quantas vezes a área dos pavimentos da Jerusalém Celestial corresponde ao valor da área da terra. Isso significa que precisaríamos de
2.988 planetas terra para receber a população da Cidade Santa. Outro dado surpreendente é o numero de habitantes da Cidade Santa, considerando que cada pessoa ocupe uma área de 1.000,00 metros teremos um total de 1.523.929.969.575.000 habitantes. Esses números não são suficientes para procurarmos alcançar novos habitantes? Pessoas precisam serem salvas para morar na Cidade de Deus. Como disse o Senhor Jesus em, Jo 14,1-3, na casa de meu pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou prepara-vos lugar. e, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para mim mesmo, para que, onde eu estiver,estejais vos  também.

Qualquer pessoa quando muda para uma casa nova, sente-se feliz, realizada, pois o que ela planejou durante anos tornou-se realidade. Muito mais maravilhoso é saber que uma cidade dessa magnitude, nos aguarda, uma cidade preparada pelo Senhor Deus. Cidade que tem sua Glória, para um dia ser nosso lar por toda a Eternidade.

terça-feira, 28 de junho de 2016

O Passado, o Presente e o Futuro

Não posso mudar o passado, mas o presente está nas minhas mãos
Existem pessoas que se centram no passado e isso as impede de avançar para um futuro melhor. Este passado pode machucar, mas não é possível mudá-lo, por mais que a gente queira. É por isso que a vida consiste em desfrutar o poder do agora e em viver o presente para podermos encontrar o caminho da felicidade.

A consciência está no aqui e agora
Para viver no momento presente, a sua consciência deverá estar centrada no aqui e agora. Você não vai se sentir preocupado com o futuro, e os sentimentos negativos não vão te proibir de avançar por causa do seu passado. Viver no presente implica que você está vivendo no que está acontecendo agora mesmo.

O passado e o futuro são como ilusões, estão na sua mente; no entanto, o passado já não existe e o futuro ainda não chegou. A verdade é que o amanhã nunca chega, visto que é somente um conceito que temos para poder entender a linha do tempo. Um tempo que é sempre agora, neste preciso instante.


“A diferença entre o passado, o presente e o futuro é só uma ilusão persistente.”
-Albert Einstein-
Viver no presente poderá mudar a sua vida
Se você não vive no presente, é porque está vivendo uma ilusão. Quantas vezes você se preocupou e até se sentiu mal por coisas que não sabia se realmente iam acontecer? Quantas vezes você se culpou por erros cometidos, independentemente do tempo que passou? Se você já fez isso muitas vezes, é porque às vezes se sente preso às ilusões passadas e futuras.


Viver no presente vai te ajudar a melhorar o seu bem-estar emocional, mas também poderá melhorar a sua saúde física. Não viver no presente vai afetá-la gravemente. O estresse mental causado por viver nas ilusões e preocupações terá um impacto negativo sobre a sua saúde física e emocional.

Quando você vive no presente, faz as pazes com o seu passado e não tenta controlar o futuro, você estará vivendo na aceitação. Você vai começar a aceitar a vida como ela é agora, não como você gostaria que tivesse sido.

Quando vive na aceitação, você percebe as coisas como elas são. Você vai poder perdoar a si mesmo pelos erros cometidos no passado e também encontrar a paz no seu coração, sabendo que o que tem que acontecer vai acontecer.

Às vezes é difícil viver no presente
Algumas pessoas sentem uma ansiedade profunda porque continuam olhando para trás ou porque não param de tentar prever o futuro. Mas a maior razão pela qual muitas pessoas lutam para viver no presente é porque não nos calamos nem deixamos de pensar. Estamos constantemente falando de nós mesmos; é difícil ouvir outra coisa que não os nossos pensamentos… e nos esquecemos de nos conectar com a realidade.

As pessoas gostam de criar histórias, contá-las e escutá-las dos outros para compará-las com as nossas. Isso não é algo ruim e, de certo modo, a vida é feita de histórias. O problema começa quando sentimos a necessidade de criar histórias sobre tudo e confundimos o mundo. A realidade não é um conceito, a realidade é o agora. Quando nos dermos conta disso, vamos encontrar a paz em nosso interior.

“O futuro nos tortura, o passado nos aprisiona. Eis que nos escapa o presente.”
-Gustave Flaubert-

Liberte-se do passado e comece a viver o agora
A pior coisa de viver no passado ou de pensar constantemente no futuro é que você está renunciando ao seu poder interior. Se você não vive no agora, estará renunciando a sua vida, estará vetando a sua capacidade de criação e esquecendo que você é o único que tem a oportunidade de moldar a sua vida para o seu bem-estar emocional.

Se você precisa fazer mudanças na sua vida para estar melhor, não espere mais e faça isso agora. Você só irá encontrar o seu caminho começando a caminhar. Se você está vivendo no passado, deve saber que você não pode fazer nada para mudá-lo, e se você só se preocupa com o futuro… você não pode fazer nada para melhorá-lo, a não ser que o faça agora, no presente. Se você quer viver em paz com o seu passado e em um futuro melhor, aceite a realidade que tem hoje.


Parece complicado viver no presente, mas você só terá que quebrar as cadeias do passado e deixar de prever o que vai acontecer no futuro. Trabalhe no presente e o passado será composto por boas recordações, e o futuro será o caminho que você está percorrendo.

domingo, 26 de junho de 2016

O Futuro já Aconteceu

Existe um lugar mágico, onde o tempo não passa no mesmo ritmo pra todo mundo. Nenhum relógio marca a mesma hora. E o futebol é um caos. Enquanto um torcedor vê o Ronaldo deles partindo para a grande área com a bola dominada, outro já viu o gol acontecer. Para alguns, o jogo ainda nem começou; para outros, já aconteceu há 50 anos. Um nó.
Num mundo desses, o que ainda é futuro para você já estaria gravado na memória de outro. Seu filho pode nem ter nascido. Mas para o vizinho da direita ele já tem seis anos. Para o da esquerda, 20, e acaba de ser contratado pelo Real Madrid. Quer dizer, você pode ainda nem ter resolvido se vai ou não usar um contraceptivo hoje à noite. Mas não tem o que fazer: em 20 anos vai ser pai de um jogador milionário. Se isso já aconteceu para outra pessoa não tem mais como ser mudado. O que é passado já está escrito, certo? Então o futuro também está. E a liberdade de escolha, a sensação de livre-arbítrio, não passa de ilusão nesse lugar de futuro fixo. As pessoas têm tanto poder para determinar seu amanhã quanto uma pedra tem para escolher o dela.
Esse mundo, por sinal, foi desvendado em 1905 por um funcionário público alemão, e, nos últimos anos, vem inspirando algumas das teorias científicas mais radicais da história. Coisas que deixam qualquer ficção no chinelo.
Ah, mais dois detalhes: o nome do tal descobridor é Albert Einstein. O do lugar mágico, nem precisa dizer: a gente vive nele.
O sonho de Einstein
Vive sim. Só não temos esse problema com jogos de futebol e vizinhos que moram no futuro porque as maluquices do tempo na realidade que a gente enxerga são infinitesimais. Mas todas as propriedades do “mundo mágico” estão aqui mesmo: no fundo, nenhum relógio marca a mesma hora, ninguém vive o mesmo presente.
Ou, como disse o alemão numa carta de 1955: “A distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão, ainda que persistente”. Mas por que ilusão? Poucas coisas são mais concretas que a passagem do tempo. A gente nasce sabendo que as horas passam no mesmo ritmo pra mim e pra você, que corremos para o futuro juntos. Mas Einstein descobriu que não: no mundo de verdade a gente viaja pelo tempo toda hora. Seu próprio corpo é uma máquina do tempo. Bem menos potente que o De Lorean de De Volta para o Futuro, mas é. Einstein explicou que o tempo não é uma coisa etérea, mas um lugar. Uma dimensão por onde a gente caminha sem parar. Tipo: enquanto você está sentado, lendo esta revista, os segundos continuam passando, certo? Então é como se você cruzasse o tempo num trem invisível agora mesmo.
Até aí, nada demais. Agora é que vem a sacada: o alemão estipulou que esse trem anda a uma velocidade que pode ser medida em “quilômetros por hora": exatamente 1,08 bilhão de km/h, a velocidade da luz.
E viu algo mais perturbador ainda: tempo e espaço são basicamente a mesma coisa. O casamento dos dois forma uma paisagem invisível: a do espaço-tempo. Então agora mesmo você pode dizer que está correndo à velocidade da luz através desse espaço-tempo. Claro que todo o 1,08 bilhão de km/h está sendo usado para mover só o tempo mesmo. Mas que você está a essa velocidade agora, está.
Mas tem um problema: para Einstein, nada pode atravessar o espaço-tempo mais rápido que a luz. Então se você já corre a 1,08 bilhão de km/h na “metade tempo” dessa paisagem, não tem de onde tirar velocidade para a “metade espaço".
Mas espera aí. E se você levanta pra pegar um copo d`água? Vai precisar de uns 5 km/h na “metade espaço” para andar até a cozinha, certo? Essa velocidade tem de sair de algum lugar. Mas de onde? Da única fonte disponível: os motores que empurram o tempo.
Então você tira 5 km/h de lá pra andar até a cozinha. E a velocidade com que você atravessa o espaço-tempo fica redistribuída: 10 km/h vão para o espaço e 1,07999... bilhão de km/h para a do tempo. A velocidade do tempo funciona que nem um banco. Ela empresta quilômetros por hora para tudo o que se move. Mas essa agiotagem tem preço: faz seu relógio perder velocidade. O tempo começa a passar mais devagar para você. E é aí que o mundo mágico de Einstein começa a dar as caras.
Olha um exemplo de verdade: sentado na poltrona, você atravessa o tempo a 1,08 bilhão de km/h, já que seu trem está correndo a todo vapor, ok? Isso significa que 30 segundos vão passar em 30 segundos mesmo, sem mistério. Mas aí você arruma um Porsche e resolve sentar o pé na estrada. Chega a 180 km/h, por exemplo. Para Einstein, isso quer dizer que você pegou 180 km/h emprestados lá do banco do tempo.
Então seu relógio fica andando mais lento: um período que durava 30 segundos cravados quando você estava imóvel vai ter passado em exatamente 29,99999999999952 segundos. Enquanto a Porsche acelera você, ela freia o seu relógio. Mas só o seu. Do lado de fora do carro a velocidade do tempo continua igual. E o resultado é insólito: depois de uma hora com o pé embaixo no carro você vai ter envelhecido 0,0000000576 milésimo de segundo a menos do que tudo o que está lá fora. Isso mesmo. Seu relógio “biológico” também andou mais devagar. Tudo envelheceu um pouco mais rápido que você. As pessoas, as pedras, o Sol, a galáxia de Andrômeda... Tudo. E em que “lugar” tudo é mais velho do que hoje? No futuro. Depois de uma hora a 180 km/h, você viaja 0,0000000576 milésimo de segundo para o futuro.
Mas caramba. Tanta falação pra chegar nessa merreca? Pois é. O problema é que as velocidades que a gente vive no dia-a-dia são pequenas demais. Não dá para perceber esse efeito minúsculo delas sobre a passagem do tempo. Nem astronautas que já experimentaram velocidades de 40 000 km/h conseguiram fazer um rombo marcante no relógio deles. O crédito de 1,08 bilhão de km/h é generoso.
Mas quando a velocidade aumenta muito, o empréstimo começa a fazer diferença no caixa. Se esse Porsche andasse a mais ou menos 1 bilhão de km/h, por exemplo, o seu “banco do tempo” entra à beira da falência. Agora o mundo mágico aparece de vez.
Assim: imagine que alguém esteja num bar de beira de estrada. Chega um ladrão. São 12h15 e o bandido está nervoso, com um revólver apontado para o rosto do cara, pronto pra atirar. Então você passa com o Super Porsche pela rodovia, a 1 bilhão de km/h. Nesse momento, seu relógio também marca 12h15. Então o que você enxerga pela janela quando passa em frente ao bar? O homem sendo ameaçado? Não.
Os 1 bilhão de km/h fizeram o tempo passar mais devagar para você, lembra? Quando o seu relógio marcar 12h15 já vão ser 12h30 lá fora! A velocidade maior fez o seu tempo dar uma bela freada. Só o seu, note bem. O do resto do mundo continuou correndo no ritmo de sempre. Você foi ultrapassado pelo tempo. Em outras palavras: viajou para o futuro.
Então o que você enxerga quando passa em frente ao bar? Um cadáver. Ou o bandido preso... Seja o que for vai ver uma coisa que, para o homem que está com um revólver na fuça, ainda não foi decidida.
Esse é o paradoxo: você e o rapaz ameaçado estão vivendo o mesmo instante. Um momento que os dois chamam de “agora”. Mesmo assim, o que para ele é futuro é uma coisa que já está gravada na sua memória. Faz parte do seu passado.
E dá para ir mais longe. Einstein mostrou que distâncias muito grandes também acabam com a idéia de que exista um “agora” igual para todo mundo.
Para alguém em outra galáxia, por exemplo, o momento em que você lê essa página pode ser entendido agora mesmo como um passado distante (veja quadro na próxima página). “A concepção dele sobre o que existe neste momento no Universo pode incluir coisas que parecem completamente abertas para nós, como o vencedor das eleições presidenciais dos EUA de 2100. Os candidatos ainda nem nasceram, mas na idéia dele sobre o que acontece exatamente agora já vai estar o primeiro presidente americano do século 22”, escreveu o físico Brian Greene, da Universidade Columbia, nos EUA, em seu livro The Fabric of the Cosmos (O Tecido do Cosmos), inédito em português. Parece estranho, mas para a ciência o ponto de vista de alguém num carro a 1 bilhão de km/h ou em outra galáxia é tão válido quanto o seu. Se ele é teoricamente possível, não pode ser desprezado.
E aí vem o ponto crucial. Se dá para dizer que o nosso futuro já aconteceu. Que poder a gente tem para escolher como vai ser o dia de amanhã? Onde vai parar nosso livre-arbítrio?
“Desaparece. O universo de Einstein, o da Teoria da Relatividade, não aceita a liberdade de escolha. O jeito como as nossas vidas se desdobram, do nascimento até a morte, está mesmo escrito. As escolhas que ainda vamos fazer já estão impressas no tecido da realidade. Tão impressas quanto as escolhas que a gente fez no passado” diz o filósofo especializado em física Oliver Pooley, do Centro de Filosofia da Ciência da Universidade Oxford, na Inglaterra.
Não podemos fazer nada pra mudar o destino. Ok. Mas se coisas como o rosto dos seus netos e o dia da sua morte estão “impressas” na natureza desde sempre, seria exagero pensar que, algum dia, a ciência poderia usar a matemática e a física para prever isso e tudo o mais? “Não teria como. Mesmo que cada evento do futuro seja baseado numa fórmula matemática já determinada, e é o que eu acredito, não daria para a gente saber quais fórmulas são essas antes que os próprios eventos acontecessem”, considera o físico Gerardus Hooft, da Universidade de Utrecht e vencedor do Nobel de física de 1999.
“Nenhum computador teria como decifrar a natureza, já que nada pode computar mais rápido que o Universo”, completa o holandês.
Sir Roger Penrose, da Universidade de Oxford e considerado o maior especialista em Relatividade do planeta, concorda: “Mesmo que o mundo seja completamente determinado, como diz a teoria, ele certamente não é computável”.
É isso aí: os horoscopistas podem tirar seus cavalos da chuva. Pelo jeito, o futuro vai continuar no breu, por mais que já esteja escrito em algum lugar.
Mundos paralelos
Mas tudo é determinado, então? Não exatamente. Existe mais um mundo mágico, onde o tempo e o espaço não fazem sentido. Um jogo de futebol por lá, aliás, seria ainda mais bizarro que o do mundo de Einstein: quando o Ronaldo de lá parte com a bola dominada, ele se divide em 10, 20, 30 Ronaldos. E cada uma dessas cópias chega ao gol por um caminho diferente.
Mas aí vem o pior: nenhum torcedor consegue ver esse milagre da multiplicação. Cada um enxerga um único jogador, dando uma única arrancada.
E agora, a bomba: nosso mundo também funciona desse jeito. Mas, pra tristeza das aspirantes a Daniela Cicarelli, só na escala das coisas absurdamente pequenas, a das partículas subatômicas. “Sub” mesmo: se um átomo fosse do tamanho da Terra, um elétron não seria maior que uma bola de futebol.
A realidade de partículas que nem o elétron, a da física quântica, segue uma lógica que não faz sentido aqui no mundo das coisas grandes: tudo vive em um monte de lugares ao mesmo tempo. Se você fosse uma partícula subatômica, teria cópias-fantasma suas em Nova York, Paris e Plutão neste momento. Vocês estariam em lugares diferentes mais seriam a mesma pessoa, com a mesma consciência.
Isso só não acontece porque as bizarrices do universo quântico não existem no mundo das coisas maiores – o dos átomos inteiros, moléculas, planetas...
É como se a nuvem de cópias-fantasma das partículas fosse esmagada pelo “peso” das coisas grandes.
Essa nuvem, afinal, é o que há de mais delicado e indeterminado. Os próprios equipamentos usados para detectar partículas acabam com ela. E tudo o que os cientistas conseguem ver quando tentam olhar para a nuvem de cópias-fantasma é uma partícula solitária. Essa sobrevivente aparece em qualquer parte da nuvem, num lugar impossível de prever. E seus clones somem, como se tivessem sido só parte de um sonho.
Ou não. Muitos físicos acham que o nosso mundo é tão onírico quanto o subatômico. Para eles, quando algum pesquisador tenta olhar as infinitas partículas-fantasma da nuvem quântica e só consegue ver uma, não é que as outras evaporaram: é que o cientista se dividiu em cópias infinitas, espalhadas por universos paralelos! Exatamente. É o que diz a teoria dos Mundos Múltiplos, moldada pelo físico norte-americano Hugh Everett em 1957. Ela diz que, se a partícula solitária que surgiu daquela nuvem de clones pode aparecer aqui, lá ou acolá, você também pode. Uma versão de você em um universo vai encontrar a partícula aqui. Outra, em um segundo universo, encontra ela lá. Uma terceira, acolá. Sem limite nenhum.
A idéia é que a gente vive numa infinidade de universos, cada um com a sua realidade particular. E o conjunto desses cosmos pode ser chamado de “Multiverso”: um lugar onde tudo o que pode acontecer vai acontecer. Tudo mesmo. Se você encontrou alguém atraente numa festa, por exemplo, e não teve coragem de puxar conversa, pode ter certeza que, em algum universo paralelo, uma cópia sua chegou nela. E levou um fora. Num terceiro, a cantada deu certo. Num quarto mundo paralelo, vocês se casaram. E por aí vai: com um sem-número de universos, as possibilidades da vida também seriam infinitas.
Viu o que a gente tem aí? Um futuro aberto pra qualquer coisa. Justamente o que a Teoria da Relatividade não aceita. “Nem a Relatividade nem qualquer outra teoria em que uma decisão leva a um só resultado são compatíveis com o livre-arbítrio. Já o Multiverso, com seus inúmeros mundos, não tem esse problema”, diz o físico inglês David Deutsch, da Universidade de Oxford, maior defensor da teoria hoje.
Bom, o que ninguém imagina é como a liberdade de escolha funcionaria nesse cenário sem bater de frente com Einstein. Uma hipótese, levantada por Greene, é que nós “pularíamos” entre um e outro universo paralelo cada vez que uma decisão fosse tomada. Tipo: se você resolve cantar aquela pessoa da festa, vai parar em um universo onde essa é a realidade já escrita. Se ela dá bola, vocês partem para um cosmos onde os dois ficam juntos.
Como esses pulos transcendentais aconteceriam? Ninguém imagina. “O certo é que os conceitos de identidade pessoal e de livre-arbítrio teriam de ser interpretados num contexto mais amplo, já que infinitas cópias de você e de mim estariam espalhadas por universos paralelos", escreveu o físico em seu livro.
Você decide
A teoria está aí, bonitinha. Mas cadê a prática? Bom, o jeito mais viável de tentar provar que os universos paralelos existem mesmo, segundo os apoiadores da teoria, é verificar se outras formas de matéria se comportam de um jeito tão bizarro quanto as partículas subatômicas, pelo menos em laboratório. Ou seja: ver se coisas realmente grandes também podem ficar em vários lugares ao mesmo tempo.
Para alguns, isso seria como fazer as cópias que moram em outros cantos do Multiverso aparecerem por alguns segundos. Mais: deixaria claro que nossa identidade pessoal pode mesmo se repartir por uma infinidade de universos paralelos. Não faltam tentativas de fazer algo assim. O físico austríaco Anton Zeilinger, pioneiro nesse tipo de experiência, e que já colocou moléculas grandes, formadas por dezenas de átomos, em mais de um lugar ao mesmo tempo, estuda fazer isso com um vírus. Cientistas renomados, como Max Tegmark, do MIT, acham que isso pode provar a viabilidade dos universos paralelos. Para eles, se os vírus tiverem alguma forma primitiva de consciência, essa “mente” deles apareceria repartida em vários mundos. Daí para repetir a experiência com um corpo maior, como o meu ou o seu, seria questão de tempo.
Fechou, não? Para vários físicos ouvidos pela Sapiens, não mesmo. O próprio Zeilinger é contra a idéia: “Pra mim, colocar luz, átomos ou até bactérias vivas em vários lugares ao mesmo tempo não prova nada sobre universos paralelos. Essa teoria, aliás, me parece mais uma tentativa desesperada de aplicar nosso conceito de realismo ao mundo quântico. Só isso”. O austríaco está em boa companhia: “Penso que a estrutura dos mundos múltiplos só exista por um tempo infinitesimal. Muitos consideram que o colapso deles é uma ilusão ou algo assim. Eu não: do meu ponto de vista, ela é expulsa da realidade por um processo físico real”, diz Penrose.
Mas a teoria tem partidários de peso, como o alemão Dieter Zeh, que formulou boa parte da física quântica moderna: “É psicologicamente difícil para a maior parte dos cientistas aceitar interpretações como a dos universos paralelos. Mas acho que ainda não existem muitas possibilidades de derrubar essa hipótese”, afirma o cientista, da Universidade de Heidelberg. Só que até David Deutsch está entre os que acham “psicologicamente difícil” lidar com a teoria, pelo menos quanto ao poder que ela tem de abrir portas para o livre-arbítrio: “O Multiverso pode ser compatível com a liberdade de escolha, mas não consegue explicá-la. Não acho que estamos sequer perto de entender o que é, no fim das contas, o livre-arbítrio”.
E você? De que lado fica? Toda a liberdade de escolha do mundo está aí pra você decidir. Ou não.

Tempo x Espaço

É preto no branco: quanto mais rápido você correr, mais lentamente o tempo vai passar. Mas só pra você. Se desse para chegar à velocidade da luz, você pararia o tempo. E toda a história do Universo passaria por você num piscar de olhos! Já quando você está parado é o tempo que corre à velocidade da luz

Bem-vindo à Matrix

Pensar que o futuro ainda não aconteceu é uma ilusão. Uma tão persistente quanto a idéia de que o Sol gira em volta da Terra. Pois é: se desse para espiar o Universo pelo "lado de fora”, a gente veria uma forma que nem a desse bloco. Ele representa o fluxo do espaço através do tempo, numa imagem em quatro dimensões. Mas não existe fluxo aí. Está tudo congelado: passado, presente e futuro acontecem todos juntos. Se a gente pudesse ampliar bem a imagem, apareceria Da Vinci pintando a Monalisa num canto, você lendo esta legenda agora em outro, a final da Copa de 2094, a morte do Sol... Tudo, do Big Bang ao fim do Universo, existe ao mesmo tempo. Este é o mundo de verdade

Faça-se a luz

Einstein não tirou suas idéias do nada. Tudo começou com um problema que atormentava os físicos do século 19: experimentos mostravam que a luz "foge" das coisas. Como? Bom, se dois carros estiverem lado a lado a 100 km/h eles ficam emparelhados, certo? Mas com a luz não é assim. Se você perseguir um raio ele sempre vai escapar a 1,08 bilhão de km/h, mesmo que você também esteja a essa velocidade! É como se ele fugisse. Para desvendar isso, Einstein propôs que a 1,08 bilhão de km/h o tempo deixa de existir (entre outras coisas). Isso deixou o comportamento da luz explicável. E muito mais: mostrou que tudo o que a intuição diz sobre o tempo e o espaço está simplesmente errado.

 

Presente do indicativo
Basta se movimentar para viajar no tempo. Se você andar estará um pouco no futuro em relação a alguém sentado. Sua noção de “agora” vai ser diferente da dele. Só não percebemos porque essas diferenças no tempo são infinitesimais no dia-a-dia
Futuro do pretérito
Já se a distância entre as pessoas aumenta, o lapso entre o que cada um pode considerar como “agora” faz diferença. Para um cidadão a 10 bilhões de anos-luz que se movimente em relação a nós, o mundo pareceria estar no ano de 2 100, por exemplo
Multiverso
Os universos paralelos vistos pelo “lado de fora” teriam uma cara assim. Seriam uma infinidade daqueles “tubos” da página 41, cada um representando um cosmos com sua história já escrita. Mas, como o número de universos seria infinito, todas as possibilidades de futuro seriam viáveis

Vale a pena ler

• O Universo Elegante, Brian Greene, Cia das Letras, 1999
• The Fabric of the Cosmos, Brian Greene, Knopf, 2004
• The Fabric of Reality, David Deutsch, Penguin, 1984
• The End of Time, Julian Barbour, Oxford, 1999
• About Time, Paul Davies, Simon & Schuster, 1995

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sexta-feira, 24 de junho de 2016

O Sabor da Fofoca

Você já deve ter escutado a história do pastor que tinha em sua igreja duas irmãs fofoqueiras. Um dia, elas viram o carro dele estacionado na frente de um bar, e começaram a espalhar pela igreja que o pastor tinha problemas com bebida. Sem que o pastor soubesse, a história se espalhou. Ao descobrir quem estava por trás do boato, o ministro deixou seu carro estacionado durante a noite em frente a casa daquelas irmãs.

Apesar de não concordarmos com a maneira original de o pastor lidar com o problema, sabemos dos males que a fofoca pode causar. Basta somar a uma situação inusitada, uma pessoa conhecida e importante, e pronto: temos um prato cheio para a fofoca.

Na fofoca, procuramos desacreditar de alguém ausente. Espalhamos notícias que fazem com que as pessoas pareçam más. Pode até ser verdade o que estamos dizendo, mas se estamos fazendo isso com a intenção de causar dano e diminuir outra pessoa, estamos incorrendo em erro, fazendo fofoca.

Às vezes, começamos dizendo: “É apenas uma preocupação, mas o que é que você acha de...?” Ou em tom de segredo: “Você soube? Não é mentira. Eu vi. Eu ouvi. Eu estava lá. É verdade mesmo!” E daí recitamos uma suculenta fofoca que vai render durante muito tempo, motivada por inveja, vingança, ou pelo desejo de nos fazer mais importantes do que a outra pessoa.

 A fofoca pode ser altamente destrutiva no ambiente de trabalho. A pessoa alvo da fofoca passa a ser vista como indigna de confiança e fica fora da lista de promoções ou de serviços especiais. Cria-se, assim, um ambiente difícil, gerado pela fofoca. E quando a pessoa está decidida a fofocar mesmo, aumenta sua rede de contatos por meio do telefone e do e-mail.

O tecido das relações humanas deve ser entremeado de lealdade, transparência e franqueza. Se você notar que a conversa está rumando para a fofoca, mude de direção. Com tato, procure fazer com que a conversa volte ao nível da troca de informações e de ideias. Se você acha que durante o dia ultrapassou o limite, confesse a Deus sua falta por ter escutado e dado atenção à fofoca.
 
“Sonda-me ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; Vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno.” (Sl 139:23, 24).

Boatos e “fofocas” são o prato preferido de muita gente. Certas pessoas sempre querem um pouco mais, estão sempre com fome. Provérbios 26:22.

sábado, 18 de junho de 2016

A Vida Que Nasce da Morte

“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo e ser achado nele, não tendo justiça própria, que procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus, baseada na fé; para o conhecer, e o poder da sua ressurreição, e a comunhão dos seus sofrimentos, conformando-me com ele na sua morte;” (Fil 3.7-10)

A chave da verdadeira vida, da saúde, da alegria e da paz não é somente viver na graça de Cristo pela total confiança nEle, mas provar esse viver pela fé e não pela justiça própria, e estando morto para o ego e para o mundo, pela identificação com a morte do Senhor.

Não basta portanto, afirmarmos que não vivemos por justiça própria, mas vivermos efetivamente na justiça do Senhor, a qual se torna eficaz, quando andamos no Espírito, mortificando pelo mesmo Espírito as obras da carne.

Sabendo que é a justiça de Cristo, e não a nossa, a causa de sermos salvos e sarados de todas as nossas enfermidades, quer do corpo, da alma e do espírito.

Quando se afirma a salvação por obras, se nega a justiça de Cristo. Negamos a fé. Negamos o poder da morte e ressurreição de Jesus. Anulamos os méritos de Cristo na nossa salvação.

Desonramos ao Senhor por considerarmos que Ele não seja plenamente poderoso para garantir a nossa salvação, e o pior de tudo: julgamos possuir uma justiça própria que satisfaz a Deus e que os torna agradáveis a Ele.

Deixamos de reconhecer o quanto somos pecadores e necessitados da misericórdia e graça de Deus.

Guardemo-nos portanto deste horrível orgulho espiritual que ofende a Cristo e a justiça divina.

O apóstolo Paulo estava plenamente convicto de que não é possível sermos achados sendo participantes da vida de Cristo a não ser mediante a fé nEle, e pela justiça que procede de Deus e que é baseada somente na fé conforme se revela no Evangelho.

Paulo também sabia que se conhece a Cristo, e o poder da Sua ressurreição e a comunhão dos Seus sofrimentos, somente quando estamos conformados com Ele na Sua morte.

Ou seja, sabendo que aquela morte de cruz foi também a nossa própria morte, para que vivêssemos em novidade de vida no Espírito, para Deus.

E sabemos que esta morte que nos faz alcançar a justificação que é sempre e somente pela fé, se torna eficaz quando mortificamos diária e realmente o nosso velho homem, pelo poder do Espírito Santo, negando-nos a nós mesmos e carregando a nossa cruz.

Então é fazendo morrer o velho homem que se acha a verdadeira vida de Cristo que se manifesta na nova criatura criada em justiça segundo Deus. Pastor Silvio Dutra