sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Jesus Cristo: Mito, um Homem da História, ou Filho de Deus?

   
Nenhum personagem fora tanto escrutinado como o homem de Nazaré; cientistas, arqueólogos, paleontólogos, antropólogos, historiadores, sociólogos, psicólogos, teólogos, ateus, agnóstico... Enfim, todos querem comentar sobre esse personagem chamado Jesus! Uns para abordar sua importância sociológica e o teor de suas mensagens, outros para absorver sua teologia e ensinamentos. Entretanto, os que mais chamam atenção e batem recordes de vendas de livros e revistas, são aqueles que querem desmistificar o homem Jesus ou aqueles que arvoram a não existência do Cristo. A mídia atual sabe que, apesar da morte de Deus ter sido anunciada pelos iluministas, o mundo está cada vez mais voltado à religiosidade e ao espiritualismo, por isso as abordagens sobre o tema se tornam cada vez mais acirradas e controvertidas.
         Um desses autores que tem batido recordes de vendas é a escritora K. Armstrong, ela afirma o seguinte sobre a existência de Jesus:
"Sabemos muito pouco sobre Jesus. O primeiro relato mais abrangente sobre sua vida aparece no evangelho segundo Marcos, que só foi escrito por volta do ano 70, cerca de 40 anos depois de sua morte. Aquela altura, os fatos históricos achavam-se misturados a elementos míticos... É esse significado, basicamente, que o evangelista nos apresenta, e não uma descrição direta e confiável" (08).

         Nesse escopo, no qual procurarei mostrar a historicidade de Cristo, utilizarei fontes não só de autores cristãos, mas principalmente de autores seculares e de credibilidade, além de documentos reconhecidos como provas comprobatórias disponíveis em grandes bibliotecas.

O Que Seria Um Personagem da História?

        No sentido mais simples da palavra, um indivíduo é um personagem da história quando:
  • esse personagem realmente existiu;
  • se sabe sobre ele de uma maneira segura um certo número de informações;
  • eventualmente, que lhe podem ser atribuídos certos escritos ou palavras.

A Problemática da Fonte

        O escritor secular Mário Curtis Giordani comenta o seguinte sobre essa problemática: Sobre as origens do Cristianismo, de modo especial sobre a vida de Cristo e sua doutrina, as fontes, por excelência, são, primeiramente, os livros do Novo Testamento, entre os quais podemos pôr em relevo as epístolas paulinas e os quatro evangelhos. Para um conhecimento mais aprofundado da mentalidade religiosa dominante na Palestina nos tempo de Cristo, constituem fontes de primeira ordem os famosos manuscritos descobertos a partir de 1947 nas plagas inóspitas do Mar Morto. Um terceira classe de fontes referentes às origens cristãs, encontramo-las em escritos de autores pagãos como Plínio - o Jovem, Tácito, Seutonio e na obra do escritor judeu Flávio Josefo... Quanto aos livros do Novo Testamento, em geral, e aos Evangelhos, em particular, ao focalizarmo-los como fontes históricas, surge logo a interrogação: até que ponto tais escritos, impregnados de espírito sobrenatural, contendo não poucos relatos miraculosos, podem ser considerados como fontes fidedignas para uma reconstituição científica do passado? Ante essa interrogação, vêm-nos à mente as palavras do conhecido historiador Francês Joseph Calmette: . O historiador não pode, portanto nutrir ideia preconcebida contra qualquer espécie de fonte, antes que a mesma passe pelo crivo da mais rigorosa crítica científica. Com relação aos livros do Novo Testamento e, muito particularmente, aos quatro evangelhos, devemos observar que jamais documento algum sofreu tão cerrado exame da crítica histórica. Não há uma palavra dos Evangelhos que não tenha sido objeto de cuidadosa consideração. A autenticidade, a veracidade e a integridade substancial desses escritos têm sido sobejamente provadas... Encontramos, é verdade, algumas aparentes divergências em certas narrações contidas nos Evangelhos. Tais divergências, porém, são apenas de detalhe e para as mesmas sobram explicações dos exegetas. Do ponto de vista da crítica histórica, convém frisar que essas divergências não são, nem de longe, suficientes para infirmarem o valor do depoimento dos evangelistas... Se aplicássemos a muitas outras fontes históricas os mesmos rigores de que a crítica racionalista e até mesmo a cristã usaram no estudo dos evangelhos, um bom número de acontecimentos do passado sobre cuja autenticidade não levantamos dúvida passaria para o terreno das lendas. Ainda é W. Durant que observa: ... (1, pg. 308, 309).

Jesus - Um Homem Localizado na História

        A atuação de Jesus deu-se na Palestina, pequena faixa de terra com área de 20 mil quilômetros quadrados, dividida de alto a baixo por uma cadeia de montanhas. A cidade de Jerusalém contava com aproximadamente 50 mil habitantes. Por ocasião das grandes festas religiosas, chegava a receber 180 mil peregrinos. A economia centrava-se na agricultura, pecuária, pesca e artesanato. O poder efetivo sobre a região estava nas mãos dos romanos, que respeitavam a autonomia interna das regiões dominadas. O centro do poder político interno localizava-se no Templo de Jerusalém. Assessorado por 71 membros do Sinédrio (tribunal criminal, político e religioso), o sumo sacerdote exercia grande influência sobre os judeus, mesmo os que viviam fora da Palestina. Para o Templo e as sinagogas convergia a vida dos judeus. E foi nesta realidade que Jesus apareceu na História dessa região. (5)
         Os Evangelhos dizem-nos imensas coisas sobre Jesus. Mesmo se o seu objetivo, propriamente dito, não é contar a história dia a dia e nem fazer a descrição jornalística como gostaríamos hoje de fazer. Contudo, eles são muito mais precisos do que se pensou durante muito tempo. Acontece que estão cheios de pormenores acerca das cidades e aldeias do tempo, das maneiras de viver, de falar, acerca das personagens oficiais. A história e a arqueologia confirmam que todos estes elementos são exatos, verídicos. Aliás, certos pormenores não podiam ter sido inventados ou escritos mais tarde porque certas instituições, certas práticas tinham mudado pouco tempo depois da morte de Jesus, particularmente no ano 70, ano da destruição de Jerusalém. 1900 anos depois dos acontecimentos, descobre-se que os Evangelhos é que tinham razão ao contrário do que, durante muito tempo, os historiadores julgaram que estava errado, precisamente em algumas das suas passagens: por exemplo, no Evangelho segundo S. João, considerado o mais espiritual e, portanto, o menos concreto, menos preciso, mais afastado dos tempos e dos locais, encontramos o nome de mais vinte localidades concretas do que nos outros três evangelistas. Certos números destas localidades desapareceram completamente, mas puderam ser identificadas. Só recentemente os historiadores puderam provar a sua existência... Também em dada altura se perguntou se a localidade de Nazaré não tinha sido inventada pelos Evangelhos. Porquê? Porque o Antigo Testamento e os antigos comentários hebraicos não falam dela. Críticos e jornalistas fizeram disto um romance completo. Mas, na realidade, já em 1962, uma equipa de arqueólogos israelitas, dirigida pelo professor Avi Jonah tinha encontrado nas ruínas de Cesareia Marítima uma placa gravada em hebreu, datando do século III antes de Cristo e com o nome da aldeia de Nazaré... Em 1927, o arqueólogo francês Vincent encontrou o lithostrotos ou Gabbatha esse espaço lajeado do pretório em que Jesus esteve quando compareceu diante de Pilatos (Evangelho segundo S. João, capítulo 19, versículo 13). Quanto ao próprio Pilatos, o prefeito romano que condenou Jesus à morte e do qual não se encontrava rasto concreto ao longo de dezoito séculos (Ainda que Pilatos seja várias vezes citado pelo Historiador épico Flávio Josefo), arqueólogos italianos encontraram em 1961, também nas ruínas de Cesareia Marítima, o seu nome gravado numa pedra com o seu título exacto: praefectus. (2).
          Esta averiguação a partir dos dados arqueológicos, geográficos e políticos podia ser muito mais desenvolvida. Entretanto, a falta de espaço desse escopo não nos permite nos determos mais nessa questão, mas cada um poderá compreender como o argumentado é fidedigno!

Fontes Não-Bíblicas Atestam a Historicidade de Jesus


  • Flávio Josefo (37-100 d.C.)
        O historiador Josefo que viveu ainda no primeiro século (nasceu no ano 37 ou 38 e participou da guerra contra os romanos no ano 70, escreveu em seu livro Antiguidades Judaicas:
         "(O sumo sacerdote) Hanan reúne o Sinedrim em conselho judiciário e faz comparecer perante ele o irmão de Jesus cognominado Cristo (Tiago era o nome dele) com alguns outros" (Flavio Josefo, Antiguidades Judaicas, XX, p.1, apud Suma Católica contra os sem Deus, dirigida por Ivan Kologrivof. Ed José Olympio, Rio de Janeiro 1939, p. 254). E mais adiante, no mesmo livro, escreveu Flávio Josefo: "Foi naquele tempo (por ocasião da sublevação contra Pilatos que queria servir-se do tesouro do Templo para aduzir a Jerusalém a água de um manancial longínquo), que apareceu Jesus, homem sábio, se é que, falando dele, podemos usar este termo -- homem. Pois ele fez coisas maravilhosas, e, para os que aceitam a verdade com prazer, foi um mestre. Atraiu a si muitos judeus, e também muitos gregos. Foi ele o Messias esperado; e quando Pilatos, por denúncia dos notáveis de nossa nação, o condenou a ser crucificado, os que antes o haviam amado durante a vida persistiram nesse amor, pois Ele lhes apareceu vivo de novo no terceiro dia, tal como haviam predito os divinos profetas, que tinham predito também outras coisas maravilhosas a respeito dele; e a espécie de gente que tira dele o nome de cristãos subsiste ainda em nossos dias". (Flávio Josefo, História dos Hebreus, Antiguidades Judaicas, XVIII, III, 3 , ed. cit. p. 254). (1, pg. 311 e 3).


  • Tácito (56-120 d.C.) :
        Tácito, historiador romano, também fala de Jesus. "Para destruir o boato (que o acusava do incêndio de Roma), Nero supôs culpados e infringiu tormentos requintadíssimos àqueles cujas abominações os faziam detestar, e a quem a multidão chamava cristãos. Este nome lhes vem de Cristo, que, sob o principado de Tibério, o procurador Pôncio Pilatos entregara ao suplício. Reprimida incontinenti, essa detestável superstição repontava de novo, não mais somente na Judeia, onde nascera o mal, mas anda em Roma, pra onde tudo quanto há de horroroso e de vergonhoso no mundo aflui e acha numerosa clientela" (Tácito, Anais , XV, 44 trad.) (1 pg. 311; 3)


  • Suetônio (69-122 d.C.) :
        Suetônio, na Vida dos Doze Césares, publicada nos anos 119-122, diz que o imperador Cláudio "expulsou os judeus de Roma, tornados sob o impulso de Chrestos, uma causa de desordem"; e, na vida de Nero, que sucedeu a Cláudio, acrescenta: "Os cristãos, espécie de gente dada a uma superstição nova e perigosa, foram destinados ao suplício" (Suetônio, Vida dos doze Césares, n. 25, apud Suma Católica contra os sem Deus, p. 256-257). (1 pg. 311; 3)


  • Plínio o Moço (61-114 d.C.) :
        Plínio, o moço, em carta ao imperador Trajano (Epist. lib. X, 96), nos anos 111 - 113, pede instrução a respeito dos cristãos, que se reuniam de manhã para cantar louvores a Cristo. (4, pg. 106).


  • Tertuliano (155-220 d.C.) :
      Escritor latino. Seus escritos constituem importantes documentos para a compreensão dos primeiros séculos do cristianismo. (6). Ele escreveu: "Portanto, naqueles dias em que o nome cristão começou a se tornar conhecido no mundo, Tibério, tendo ele mesmo recebido informações sobre a verdade da divindade de Cristo, trouxe a questão perante o Senado, tendo já se decidido a favor de Cristo...".


  • Os Talmudes Judeus :
        A tradição judaica recolhe também notícias acerca de Jesus. Assim, no Talmude de Jerusalém e no da Babilônia incluem-se dados que, evidentemente, contradizem a visão cristã, mas que confirmam a existência histórica de Jesus de Nazaré. (6)

  • Os Pais da Igreja :
        Policarpo, Eusébio, Irineu, Justino, Orígenes, etc...

Considerações Sobre a Existência de Jesus Cristo

        Para o leitor ter uma ideia do quanto à existência de Cristo é rica em suas fontes, analisemos analogamente a biografia de Alexandre (o Grande) e Jesus. As duas biografias mais antigas sobre a vida de Alexandre foram escritas por Adriano e Plutarco depois de mais de 400 anos da morte de Alexandre, ocorrida em 323 a.C. e mesmo assim os historiadores as consideram muito confiáveis. Para a maioria dos historiadores, nos primeiros 500 anos, a história de Alexandre ficou quase intacta. Portanto, comparativamente, é insignificante saber que os evangelhos foram escritos 60 ou 30 anos (isso no máximo) depois da morte de Jesus e esse tempo seria insuficiente para se mitificar um indivíduo.
         Por exemplo, embora os Gathas de Zoroastro, que datam de 1000 a.C., sejam consideradas autênticas, a maior parte das escrituras do zoroastrismo só foram postas por escrito no século III d.C. A biografia pársi mais popular de Zoroastro foi escrita em 1278 d.C. Os escritos de Buda, que viveu no século VI a.C., só foram registrados depois da era cristã. A primeira biografia de Buda foi escrita no século I d.C. Embora as palavras de Maomé (570-632 d.C.) estejam registradas no Alcorão, sua biografia só foi escrita em 767 d.C., mais de um século depois de sua morte. Portanto, o caso de Jesus não tem paralelo, e é impressionante o quanto podemos aprender sobre ele fora do Novo Testamento... Ainda que não tivéssemos nenhum dos escritos do Novo Testamento e nenhum outro livro cristão, poderíamos ter um prisma nítido do homem que viveu na Judeia no século I. Saberíamos, em primeiro lugar, que Jesus era um professor judeu; segundo, muitas pessoas acreditavam que ele curava e fazia exorcismos; terceiro, algumas acreditavam que ele era o Messias; quarto, ele foi rejeitado pelos líderes judeus; quinto, foi crucificado por ordem de Pôncio Pilatos durante o reinado de Tibério; sexto, apesar de sua morte infame, seus seguidores, que ainda acreditavam que ele estivesse vivo, deixaram a Palestina e se espalharam, assim é que havia muitos deles em Roma por volta de 64 d.C.; sétimo, todo tipo de gente, da cidade e do campo, homens e mulheres, escravos e livres, o adoravam como se ele fosse Deus. Sem dúvida a quantidade de provas corroborativas extrabíblicas é muito grande. Com elas, podemos não somente reconstruir a vida de Jesus sem termos de recorrer à Bíblia como também ter acesso à informação sobre Cristo por meio de um material mais antigo do que os próprios evangelhos. (Adaptado de 7 pg. 113 e 114).

Conclusão

        Pelo que argumentamos acima, diante de tão significativa testemunha documental, podemos afirmar que verdadeiramente Jesus Cristo é um homem da História, tanto que ele a dividiu em antes e depois dele. O pesquisador que acurar a questão sem preconceito chegará à conclusão que as provas são substanciais. As provas existem, mas quem quiser escapar a elas, escapa. Como se, afinal de contas, Jesus nos quisesse deixar a decisão de lhe conceder um lugar na história, na nossa história. Recordemos quando Ele devolveu a pergunta aos apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Pense nisso!

Bibliografia

01 - Giordani, Mário Curtis. "História de Roma" Antiguidade Clássica II, Editora Vozes, 1968.
02 - http://www.1000questions.net/pt/
03 - http://www.montfort.org.br/veritas/index.html
04 - Macdowell, J., "Verdades que Exigem Um Veredito" Vol. 1, Ed. Candeia, 1992, São Paulo.
05 - mccgedtb.vilabol.uol.com.br/Ged_Tubarao/Reflexoes/reflexoes01.htm
06 - Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda.
07 - Strobel, Lee, "Em Defesa de Cristo", Editora Vida, 1998, São Paulo.
08 - Armstrong, K., A History of God, New York, Ballantine/Epiphany


Autor : Prof. João Flávio Martinez
É fundador do CACP, graduado em história e professor de religiões.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Quando Deus se cala

Mt 27.45 – E houve trevas sobre a Terra, do meio dia as três horas da tarde. V.46 – Por volta das três horas da tarde, Jesus bradou em alta voz: "Eloí, Eloí, lamá sabactani?", que significa "Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste?"

Quando Deus se cala é porque está trabalhando em nosso favor; Quando Deus se cala Ele tem o objetivo de provar o nosso caráter; Quando Deus se cala é porque não estamos ouvindo a sua voz! E não podemos ser desprovido de humildade, porque, Deus estar agindo em nosso favor ELE TEM O OBJETIVO DE PROVAR O NOSSO CARÁTER – Quando Deus se cala Ele quer provar o nível do nosso caráter e da nossa fidelidade! (2 Cr.17.9). DEUS tem procurado pessoas que querem viver o nível de fidelidade com Ele! – Um legislador de Israel “Sansão” não teve firmeza de fidelidade com Deus! Talvez em algumas circunstâncias da vida você é igual ao povo de Israel lá no deserto! – Diga ao (a) irmão (ã): PARE DE MURMURAR! O SENHOR estar à procura de pessoas fiéis! QUANDO Deus se cala é porque Ele estar provando o nosso caráter, porque na nossa missão é que vai ser revelada a nossa intenção! Os dons chamam atenção dos homens e o caráter chama atenção de Deus!

- Por que Deus fica quieto quando mais chamamos por Ele? Já ouviu alguém fazer esta pergunta? Claro que sim. Você consegue se lembrar de quando fez esta pergunta?

Sentir-se abandonado traz um calafrio na alma, provoca insegurança. O que dizer da mãe aflita, orando, jejuando, clamando pelo filho desviado… e nenhuma resposta vinda do céu?

O que dizer do profeta que matou 850 profetas, que disse: segundo minha palavra, não chove mais… Agora, dentro de uma caverna, esperando um “carinho de Deus”, um “mimo de Deus”, esperando o Deus dos Milagres no barulho do trovão… e, de repente… nada, silêncio. Vem o vento que derruba o furacão… E, de repente… nada, silêncio. Aí vem uma brisa simples quase não balança os cabelos ondulados, caídos sobre os olhos… não move nem poeira mas, lá na brisa vem a resposta O que dizer de Jesus na cruz Seus nervos se contraindo, Seus olhos cobertos pelo sangue que descia pelas pontas dos espinhos na fronte, o tétano correndo-Lhe as veias, a falta de ar devida ao peso do corpo pendurado no madeiro?

Aonde está o Pai? Porventura subiu nas asas de um querubim e voou nas asas do vento, como fez em favor de Davi? Não. Veio pela brisa da caverna? Não.

O que aconteceu mesmo? Ah, Ele virou as costas, não foi? Sim, quem sabe virou as costas e tapou os ouvidos. Porque não amava Jesus? Não amava Seu Filho? Não tinha poder de libertá-Lo?

Sabemos que Ele amava Jesus, e que também tinha poder para livrá-Lo. Porque não o fez?

Na Bíblia encontramos vários exemplos de silêncio. A história de José do Egito, a história de Moisés, a história de Abraão e Sara, e o próprio Jesus veja:

1. Deus se calou diante do sofrimento de Jesus.

O julgamento de Jesus – Jesus é conduzido pelos líderes religiosos de Israel para ser julgado pelo governador Pilatos, o representante máximo do poder romano de ocupação em Jerusalém. Uma farsa? Conforme Mateus, Jesus já está julgado pelos sumos sacerdotes, pois estes já haviam decidido por sua morte. E Pilatos? Será ele como Mateus o apresenta a nós? Outros documentos nos informam que foi um governador sanguinário e sem escrúpulos. A cena toda é como se fosse um jogo de cartas marcadas. E os personagens envolvidos, terão consciência exata do que estão fazendo e decidindo?

Pilatos parece não se convencer das acusações que fazem a Jesus. Sua mulher inclusive o adverte para que não se envolva com “este justo”. Entretanto a pressão dos líderes de Israel e do próprio povo instigado por estes líderes não o deixa em paz. Pilatos aparece como um homem que procura preservar o seu poder e prestígio. Não tem qualquer preocupação com o direito e a justiça. Que lhe importa este Jesus que acusam de ser rei dos judeus?

A Bíblia chega a mencionar esta oração de Jesus por duas vezes sem, contudo obter nenhuma resposta. Quantas vezes você sentiu em sua vida que Deus esteve calado. Sim, meu amado/amada, há momentos em que Deus se cala. Jesus nunca tinha ficado sem resposta em nenhuma de suas orações ao Pai. Mas diante desta petição de seu filho Deus permaneceu imóvel. Nenhuma palavra ecoou do Céu em favor do filho amado.

Seus nervos se contraindo, Seus olhos cobertos pelo sangue que descia pelas pontas dos espinhos na fronte, o tétano correndo-Lhe as veias, a falta de ar devida ao peso do corpo pendurado no madeiro?

Um momento de devaneio, e Ele chama… por Quem mesmo? Por João? Não.

Pelos anjos? Não. Pela mãe? Não. Ele chama pelo Pai. AquEle que junto com Ele transformavam-se em UM. Aonde está o Pai? Porventura subiu nas asas de um querubim e voou nas asas do vento, como fez em favor de Davi? Não. Veio pela brisa da caverna? Não.

O que aconteceu mesmo? Ah, Ele virou as costas, não foi? Sim, quem sabe virou as costas e tapou os ouvidos. Porque não amava Jesus? Não amava Seu Filho? Não tinha poder de libertá-Lo?

Sabemos que Ele amava Jesus, e que também tinha poder para livrá-Lo. Porque não o fez?

Deus não ousou olhar para Jesus naquela hora, pois, se olhasse, Ele destruiria a Terra, destruiria os homens, arrancaria Seu filho da cruz.

E o resultado? Não seríamos salvos, estaríamos eternamente condenados. Deus calou-Se para que o sangue de Cristo falasse mais alto. E agora este sangue ecoa por toda a eternidade…

Deus não ousou olhar para Jesus naquela hora, pois, se olhasse, Ele destruiria a Terra, destruiria os homens, arrancaria Seu filho da cruz. E o resultado? Não seríamos salvos, estaríamos eternamente condenados. Deus calou-Se para que o sangue de Cristo falasse mais alto. E agora este sangue ecoa por toda a eternidade… Deus Se cala, e não responde, para não tirar a nossa bênção. Faz parte do projeto do Senhor, faz parte do sonho. Ele fica em silêncio para que nós falemos, oremos, clamemos. Enquanto isso, Ele está olhando, cuidando, guardando, mesmo um jota e um til. E, no momento certo, Ele vai gritar, vai bradar, o Seu alarido vai soar. No momento dEle. Está na agenda divina: dia tal EU vou falar com Meu filho(a), antes disso, se EU lhe falar, ele vai perder a bênção.

2. Deus se calou após prometer um filho a Abraão mediante a esterilidade de Sara.

Sara, esposa de Abraão, fez isso. Em Genesis 17:19 diz: “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele”. Sendo esta palavra confirmada em Romanos 9:9 “Porque a palavra da promessa é esta: Por este tempo virei, e Sara terá um filho”.

A Palavra de Deus foi dada a Abraão e Sara como uma maravilhosa promessa. Sara era estéril, e Deus havia prometido uma descendência tão numerosa quanto às estrelas do céu, e as areias do mar. E assim passaram-se dias, meses e anos e era a mesma frustração. Por fim, Sara decidi resolver a situação a sua maneira, e do ponto de vista limitado dela, um filho só seria possível através de outra mulher (uma prática comum naquela época). Ao lermos os acontecimentos que se seguiram acredito que Sara deve ter se arrependido por sua falta de fé e atitudes precipitadas (mais tarde o irmão de Isaque, Ismael – filho da escrava Agar, se tornaria o pai do povo árabe, hoje constituída quase que totalmente de muçulmanos (Gn.16).

Quando Deus fala com você através da Bíblia, de uma promessa, na oração, circunstancias, igreja ou de qualquer outra forma, é porque Deus tem um propósito em mente para a sua vida, mesmo que pareça estar calado, Deus cumpre o que fala e o momento em que Ele cumpre é o tempo certo dele. Demorou 25 anos para que Isaque, o filho da promessa, nascesse (Gn.12:4 / 21:5); Sara teve dificuldades em crer na promessa de Deus que era direta e especificamente para ela e seu esposo. Atitudes esta que muitas vezes é parecida com as que praticamos, tentamos fazer com que as promessas de Deus se cumpra através de esforços próprios que não estão alinhados na Palavra de Deus.

3. Deus silenciou diante do espinho na carne do apóstolo Paulo.

O apóstolo Paulo insistiu (três vezes!) para que Deus lhe tirasse o espinho da carne e Deus respondeu “NÃO, A minha graça te basta, pois o Meu poder se aperfeiçoa em sua fraqueza”

Aqui é um ponto decisivo: vamos viver com a graça de Deus ou vamos depender de nossos pedidos atendidos? Por outro lado, se apenas a graça de Deus é suficiente, para quê vamos continuar orando? Porque a oração deve ser contínua!

4. “E o senhor de José o tomou e o lançou no cárcere, no lugar onde os presos do rei estavam encarcerados; ali ficou ele na prisão” Gn. 39.20.

Dentre os personagens bíblicos que aprenderam a arte de esperar, sem dúvida está José. Na sua trajetória da cisterna em Israel ao trono no Egito o encontramos exercitando sua esperança em Deus. Ele deve ter padecido duramente nos anos que esperava o agir de Deus. Talvez a experiência mais difícil para José tenha sido entender a omissão do copeiro quando este foi reintegrado ao posto e não se lembrou dele (Gn 40.23). Muito tempo havia passado, estava na hora de Deus agir a seu favor e tudo parecia estar caminhando bem: o sonho dos amigos da prisão, a interpretação e seu rigoroso cumprimento assinalavam que seu tempo de angústia chegava ao fim. Era só o copeiro se lembrar do seu pedido e ele estaria livre.

Por que não aconteceu? Porque Deus ainda trabalhava nele e nos circunstantes para cumprir seus propósitos. Não havia ainda terminado o tempo de espera para José

Mesmo que Deus não responda, Ele está nos ouvindo! Ele está nos conduzindo para mais perto dEle. Se orarmos, se confiamos se cremos nas promessas de Deus, mas o silêncio dEle permanece, não há mais nada que possamos fazer a não ser obedecer. O primeiro passo da oração é já ter a consciência de que Ele sabe o que faz.

Dentre todas as manifestações humanas, o silêncio continua sendo a que, de maneira muito pura, melhor exprime a estrutura densa e compacta, sem ruído nem palavras, de nosso inconsciente próprio” Ou seja o silencio de alguém pode levar a outras pessoas a uma reflexão.

Mateus 27.12 nos diz que enquanto Jesus era acusado de coisas que não havia feito JESUS NADA RESPONDEU. O silencio de Deus era a forma Dele fazer seu povo refletir sobre sua ingratidão apesar de tudo o que Deus havia feito até então.

1) Segundo a psicologia também, o silencio é a melhor forma de repreender a uma criança mimada.Quando uma criança começa a fazer birras e exigir certos mimos, a melhor maneira de se tratar é ignorá-la.

Deus estava tratando através de seu silencio das birras e mimos de seu povo.

2) O silencio é um sinal de respeito já que geralmente nos calamos em velórios, audiências públicas, cultos religiosos, concertos musicais, vestibulares, ou durante a execução do Hino Nacional, o silêncio é sinal de respeito e sintonia espiritual. Deus respeitava a decisão de seu povo em decidir manter-se longe Dele, porem como Ele não poderia ficar sem fazer nada a respeito.

3) O silencio também pode ser a forma de alguém se preparar para alguma ação extraordinária. Quando nos calamos temos mais tempo para ouvir e analisar o que podemos absorver o que for útil para nós.

4) O silencio revela uma profunda sabedoria : Eclesiastes 9:17. Provérbios 11:12.

5) Mas a maior função do silencio de Deus com o povo judeu, foi sem duvidas gerar nesse povo uma fome intensa por Ele.

Desde Abraão até Malaquias, Deus sempre se manifestou de maneiras visíveis, quer seja com sinais, ou até mesmo falando aos seus profetas. Deus sempre esteve por perto. E ainda assim o povo sempre contrariava ou duvidava da vontade de Deus. O silencio de Deus termina quando envia seu único filho com o propósito de nos aproximar novamente a Ele. Deus se cala por 400 anos gerando em seu povo uma vontade ardente de se aproximar dele. O fato de Deus estar calado não significa que Ele não esta se movendo. É no silencio de Deus que ele prepara seus maiores e melhores feitos.

NÃO CONSEGUIMOS OUVIR A VOZ DE DEUS – Quando Deus se cala é porque não estamos ouvindo a sua voz! – Você tem ouvido a Deus? (Hb.4:7). Diga: Dureza de coração! Pessoas são difíceis de relacionar-se porque não ouvem a Deus! Aprendi que existem pessoas que não querem mudança para sua vida! Você tem certeza se é filho de Deus se você está sujeito às mudanças que Deus quer fazer na sua vida! Quando cheguei aqui perguntei: Você estar preparado para o que Deus quer fazer na sua vida? Uma coisa que nos impede de ouvir a voz de Deus é a desobediência! Nesses dias vocês terão grandes vitórias aqui, mas, o inferno vai se levantar! – internet entra vírus e pode danificar o computador! Não podemos permitir que venhamos ser desprovido de humildade! A igreja vai crescer, porque, é do SENHOR JESUS! Nenhum demônio vai entrar aqui se você não permitir! Quando Deus não responde é porque Ele está preparando “grande vitória para nossa vida!” Deus não te desampara, Deus não te deixa só …, ELE É MAIOR DO QUE TODOS OS TEUS PROBLEMAS! Aleluia! É sempre bom lembrar que o que Deus promete, Ele cumpre, mesmo que para você o tempo esperado seja grande demais, aprenda a enxergar que o tempo certo é de Deus e enquanto espera, o seu caráter está sendo moldado, sua fé sendo aperfeiçoada, só assim você poderá experimentar vitórias notáveis, uma firme fé em Deus não garante uma vida feliz e despreocupada, mas a certeza é que Deus manterá as suas promessas a seu favor, e se você crer verá a Gloria de Deus. Você percebe como as ações de Sara revelaram o que ela realmente cria a respeito de Deus? Ela não teve fé suficiente para acreditar que Deus era capaz de fazer o impossível, esse ato de incredulidade custou muito caro, Ismael trouxe muito sofrimento a Sara e Abraão. O que fazemos em resposta as promessas de Deus revela o que cremos a respeito Dele

Vejamos os três principais motivos porque Deus fica em silêncio.

-Quando o homem está na prova, Deus fica em silêncio para provar sua paciência. (Sobre Jó)
-Quando o homem está em desobediência. (Sobre Jonas)
-Quando o homem está em pecado. (Sobre Acã) Js 7.19-21

Deus está interessado a falar com você, você pode não estar interessado a ouvi-lo, mas se abrires os ouvidos e o coração para receber os seus ensinamentos serão bem-aventurados. Há quanto tempo você não fala com Deus? Nesse sentido não é simplesmente falar, é mais que isso, ter intimidade é imprescindível, pois assim como Deus falava os seus servos no passado, Ele quer falar conosco de forma particular.

Quando não ouvimos a sua voz (Sl 84.11,12) Nem sempre Deus nos atende no momento que entendemos ser o tempo ideal; às vezes Ele está nos observando e provando a nossa fé a exemplo dos discípulos no barco com a presença do próprio Jesus ;mas se Ele se encontra presente não temas! Porque a palavra de ordem será impetrada e tudo voltará ao seu estado normal.  Jânio Santos de OliveiraAlpes da Fé

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A Mãe do Meu Salvador

“Naqueles dias levantou-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou em casa de Zacarias e saudou a Isabel. Ao ouvir Isabel a saudação de Maria, saltou a criancinha no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo, e exclamou em alta voz: Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre! E donde me provém isto, que venha visitar-me a mãe do meu Senhor? Pois logo que me soou aos ouvidos a voz da tua saudação, a criancinha saltou de alegria dentro de mim. Bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas. (Lc 1.41-45)
 
O evangelista Mateus cita cinco mulheres na genealogia de Jesus (Mt 1.1-17). São elas: Tamarmãe de Farés (v. 3); Raabe, de quem nasceu Boaz (v. 5a);Rutemãe de Obede (v. 5b)Bate-Seba, cujo filho foi Salomão (v. 6b), e, por fim, Maria, a mãe do meu Salvador (v. 16).
 
É interessante verificar o significado do seu nome. Até porque, entre os antigos hebreus, a escolha do nome encerra um fato na história pessoal, ou uma promessa. Assim, Moisés não teve seu nome colocado aleatoriamente. Seu nome tem sentido. O maravilhoso da história é que tanto tem sentido para o egípcio quanto para o hebraico. Na língua egípcia, a raiz ms significa “filho” (cf. Ramsés = “filho de Ra”; Tutmoses = “filho de Tut”); no hebraico, é “retirado”, no caso,“tirado das águas” segundo o texto bíblico (Ex 2.10)Jesus, que significa“salvação do Senhor” (Mt. 1.21). Sabiam que Esdras é “socorro, auxílio, ajuda”,Davi é “amado” e Salomão é “pacífico”? Tinha ideia de que os nomes das noras de Noeme (cf. Livro de Rute) são, igualmente, muito significativos? A que voltou para Sodoma, Orfa, era “desleal”Rute quer dizer “companheira”.
 

significado do nome Maria (também grafado Mariam e Miriam) é discutível:

Há quem identifique duas raízes: uma egípcia e outra hebraica. A egípcia é MYR, ou seja, “amada”; a hebraica, YA(M) do nome “Senhor”. Seu nome seria, então,“amada do Senhor”. ? Há quem veja uma raiz descoberta em Ugarite (atual Ras Shamra), na região costeira da Síria: MRYM significa “altura”, ou, ainda,“exaltada, excelsa, sublime”. A propósito, em hebraico existe a palavra marom, que quer dizer, “elevação, importante, alto escalão e excelência”. A partir desta suposição, seu nome seria “A Exaltada”.
 
Outra idéia vem a partir do nome Maryam (Maria) que apresenta duas raízes:mar = “amargo” (cf Rt 1.20: “Não me chameis Noêmi; chamai-me Mara, porque o Todo-Poderoso me encheu de amargura”), e yam = “mar”. Daí que Maryam significaria “mar de amargura”, fazendo alusão ao seu sofrimento como mãe à luz da Paixão, do padecimento de seu Filho.
 
Uma quarta idéia vê a raiz Miry’ com o significado de “gorda”. Que tem“gorda” com Maria? Muita coisa: para os árabes, ainda hoje, a mulher bonita é a gordinha, cheinha de carne, pois passa a idéia de que é bem tratada, bem cuidada pelo marido ou pelo pai. O padrão de beleza não é o da mulher enxuta, esbelta, corpo de modelo a modo ocidental. Como ser gorda para os semitas é ser bela, então, Maria, a que é bela”.
 
Continuamos sem muita certeza do significado do seu nome, mas uma importante coisa sabemos: é que há textos no Antigo Testamento que falam profeticamente desta extraordinária mulher, serva do Deus Vivo, irmã nossa na fé em Jesus Cristo, e mãe do prometido Messias, mãe do meu Salvador. É o caso de Gênesis 3.15, “Porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e a sua descendência; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”; Isaías 7.14, “Portanto o Senhor mesmo vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel” (texto repetido em Mateus 1.23), e Miquéias 5.2,3, “Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. Portanto os entregará até o tempo em que a que esta de parto tiver dado à luz; então o resto de seus irmãos voltará aos filhos de Israel”.
 

Mãe de Jesus – Homem (1TM 2.5; GL 4.4)

Sob a inspiração do Espírito Santo, Isabel deu a Maria uma tríplice bênção. O texto encontra-se em Lucas 1.42,45: “Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre!... Bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor lhe foram ditas.” Por sua destacada, proeminente, saliente posição entre as demais mulheres, ela seria sempre lembrada. E sem dúvida alguma, Maria é a mulher mais lembrada do mundo em todas as épocas. Basta lembrar que na Outra Igreja há toda uma devoção Mariana, ou seja, em torno desta extraordinária mulher, a mãe do meu Salvador (v.42a); por vir a ser a mãe do Messias de Israel, do Salvador (v. 42b) e por sua fé nas promessas de Deus que nela seriam cumpridas(v. 45).
 
No entanto, a Bíblia não referenda, não homologa, não aceita, não dá o seu aval a algumas idéias correntes na teologia oficial da Igreja majoritária, nem da teologia popular (estas observações não visam a atacar a doutrina de outros grupos religiosos, mas servem de referência ao que se diz e o que se cultua no nome deMaria):
 
A expressão de Isabel no verso 43, “...mãe do meu Senhor”, não autoriza a que seja chamada mãe de Deusmãe da Igreja”mãe da vida nova”mãe da América Latina” ou Maria Santíssima”, ou seja, “mais-santa-que-todos-os-demais-santos-de-Deus. São expressões que não encontram guarida na Escritura Sagrada,
É agraciada (“cheia de graça”), no entanto, a graça em Maria não é qualidade particular dela, mas foi-lhe dada pelo Deus da graça.
É “cheia de graça”, mas não “co-redentora”, título, aliás, associado ao tema da“nova Eva”: já que Jesus é o “novo Adão” de uma nova humanidade (cf. Rm 5.14,17; 1Co 15.21,22,45), ela seria a “nova Eva” dessa nova criação, um antítipo de nossa primeira mãe.
Maria é a mãe de Jesus, o Messias, é a mãe de Jesus Cristo, é a mãe do homem Jesus, é a mãe do Filho de Deus, mas não de Jesus-Deus. Pelo contrário, Jesus rechaçou, com rapidez e veemência, o que poderia ser o início do culto prestado a Maria. Como diz a tradução do Pontifício Instituto Bíblico “Enquanto ele assim falava, uma mulher, erguendo a voz do meio da multidão, disse-lhe: ‘Ditoso o seio que te trouxe e os peitos a que foste amamentado!’ Ele, porém, disse: ‘Ditosos antes os que ouvem a palavra de Deus, e a guardam’” (Lc 11.27,28). Não permitiu que essa devoção fosse adiante.
 

Paradigmas

mãe cristã tem padrões pelos quais se pautar: O Deus Vivo e Verdadeiro, o Eterno, que diz, “Sereis santos, porque eu sou santo” (1Pe 1.16; cf. Lv 11.44; 19.2; 20.7). Sim, Ele diz às mães cristãs, “Cultivareis a santidade em vossos lares, porque Eu sou santo”.Diz também “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial” (Mt 5.48; cf. Tg 1.3,4; Ef 5.1).
 
Jesus Cristo. Este é o próximo paradigma, pois “Cristo em vós, a esperança da glória; o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem, e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo” (Cl 1.27b, 28; cf. Rm 8.29).
 
As santas mulheres da Antiga Aliança. Esta é uma expressão rigorosamente bíblica (cf. 1Pe 3.5). Quem são elas? Sara, mãe de Isaque, matriarca do povo de Israel, que esperou sempre e sempre na fidelidade do Deus das promessas (Hb 11.11), e debaixo da mesma missão do seu marido (1Pe 3.6). É possível que a irmã venha lutando durante tantos anos com um filho rebelde, fora do evangelho, com o marido pródigo que abandonou a casa e precisa retornar. Não esmoreça, minha irmã! Olhe para Sara que esperou, e esperou e esperou até que veio o cumprimento da promessa. Joquebede, mãe de Moisés, previdente e providente. Podia ter perdido seu filho na matança dos meninos promovida pelo faraó conforme relata Êxodo 1.15ss. Com um tremendo senso de oportunidade, preservou a vida do seu filho. Escondeu-o, soltou-o no rio, e o viu ser levado ao palácio real, onde foi criado como neto do próprio faraó. Que coisa absurda para o pensamento humano! (Ex 2.1-4). Ana, mãe de Samuel, a qual, tendo o Senhor ouvido sua oração (1Sm 1.9-11), consagrou o filho e o entregou a Deus. (1Sm 1.21ss). Foi considerada uma mulher embriagada, quando estava orando pelo filho que tanto desejava.
 
As santas mulheres do Novo Testamento, como Eunice e Lóidemãe e avó de Timóteo, portadoras de uma “fé não fingida” (2Tm 1.5). Maria, a mãe de Jesus, paradigma da mãe cristã por uma série de razões.
 
Aqui temos Maria, nossa irmã na fé, esposa e mãe. Sim, nossa irmã na fé, pois não afirmou em Lucas 1.47, “o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”? Nosso comum Salvador? Maria, a esposa: por que a insistência em querer ver em José um homem idoso casado com uma jovem de 14 ou 15 anos? Essa a idade aproximada de casamento das jovens no Oriente. Ou, colocando de outro modo, que desonra haveria em, após o nascimento de seu primogênito, Jesus, como diz o Novo Testamento (Lc 2.7) ter assumido suas normalíssimas funções de esposa e de mãe de outros filhos, como também se refere o Novo Testamento (Mt 1.25; 12.47; Jo 7.5). Querem ensinar que os irmãos de Jesus são seus primos. Esquecem-se ou não sabem que há na língua grega três palavras que não podem ser confundidas uma é adelfós (irmão), outras são anepsiós (sobrinho) e xederfos (primo). A palavra utilizada no texto do Evangelho é adelfós, irmão de sangue.Maria como mãe. A Escritura Sagrada faz referência à unção do Espírito Santo sobre homens desde o ventre materno, como Sansão (Jz 13.5), Jeremias (1.5), o Servo Sofredor (Is 49.1), João Batista (Lc 1.15), Paulo (Gl 1.15). Mas Lucas ensina que no caso de Jesus foi além, muito além da unção: foi a Sua própria geração.Jesus não era um homem ungido pelo Espírito Santo como ocorreu com os outros. Foi, porém, a própria geração do Espírito. O Espírito Santo não repousou sobre o ventre de Maria, mas sobre ela mesma, sobre a filha de Sião, a mãe do meu Salvador. Assim, foi ela mesma alvo dessa graça, da sombra do Espírito sobre si:
 
“Canta alegremente, ó filha de Sião; rejubila, ó Israel; regozija-te, e exulta de todo o coração, ó filha de Jerusalém. O Senhor afastou os juízos que havia contra ti, lançou fora o teu inimigo; o Rei de Israel, o Senhor, está no meio de ti; não temerás daqui em diante mal algum. Naquele dia se dirá a Jerusalém: Não temas, ó Sião; não se enfraqueçam as tuas mãos. O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; renovar-te-á no seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo” (Sf 3.14-17).
 
Então, fica a lição: a plenitude da graça não vem dela mesma, mas da presença do Espírito Santo em sua vida.
 

A MÃE DO MEU SALVADOR
Quais as destacadas qualidades de Maria?

 

Mulher de Louvor

Guardo com muito carinho a lembrança de, quando criança, garotinho, ouvir a minha mãe cantando. Ela sempre gostou de cantar: no coro, em duetos ou em casa nas lides domésticas. São memórias que não se apagam. Não é para menos no caso de Maria que fosse uma mulher de louvor: pertencia à tribo de Judá, palavra que quer dizer “louvor” (cf. Lc 2.3-5). Sua sensibilidade poética fê-la cantar o lindíssimo e inspiradíssimo cântico conhecido como o Magnificat, o“Cântico de Maria (Lc 1. 46-55), e que tem sido denominado de “O Evangelho de Maria, por representar um resumo da história da salvação. A propósito, o Magnificat fala mais do que qualquer outra coisa, do caráter da mãe de Jesus, e de sua capacidade espiritual para seu destino de mulher agraciada. É, outrossim, exemplo de como a alguém fundamentado, enraizado nas Sagradas Escrituras são dados olhos e lábios para contar e cantar o que Deus fez, faz, e continuará fazendo na sua vida como indivíduo e na de seu povo. Só porque o Senhor poderoso tem feito coisas poderosas é que há boas novas para serem narradas, e um evangelho a ser proclamado. Foram contadas doze passagens do Antigo Testamento, sendo que, basicamente, é o “Cântico de Ana” o seu modelo. Isso reflete profunda piedade e conhecimento das Escrituras, qualidade adequadíssima à mãe do meu Salvador.
 

Mulher Piedosa

Aceita sem reservas a missão de conceber e dar à luz do Filho do Altíssimo, o Filho de El Elyon (cf. Lc 1.31,32,38). E, ainda, expressou essa alegria messiânica do ponto de vista de quem recebeu um imerecido favor. Aliás, isso é chamado pelos teólogos de graça, o favor que não merecemos mas recebemos da parte de Deus, palavra que se encontra nos lábios do mensageiro de Deus (Lc. 1.28,30). De profundíssima piedade, segue fielmente todos os atos de sua fé: a apresentação e a b’rit milah (circuncisão) de seu filho ao oitavo dia (cf. Lc 2.21-24); a aliah (peregrinação) a Jerusalém todos os anos durante a festa do Pessach (Páscoa) para que Jesus pudesse passar pela cerimônia de ser um bar miztvah, a profissão de fé judaica (Lc 2.41).
 

Mulher de Oração

Atos 1.14 relata que “Todos estes [os apóstolos] perseveravam unanimemente em oração, com as mulheres, e Mariamãe de Jesus, e com os irmãos dele”. Precisava ela de energia espiritual, razão porque perseverava com os irmãos de Jesus, com as outras mulheres (Maria Madalena, Joana, Mariamãe de Tiago e outras) e com os apóstolos em intensa e fervente oração.
 
Que extraordinário ministério das mães (e avós) é o da oração. A propósito, já fez a oração de entrega de seu filho a Deus? Quer um precedente bíblico? 1 Samuel 1.27, 28: “Por este menino orava eu, e o Senhor atendeu a petição que eu lhe fiz. Por isso eu também o entreguei ao Senhor; por todos os dias que viver, ao Senhor está entregue. E adoraram ali ao Senhor.” Tem orado pelo filho rebelde? Veja a promessa de Jó 22.30: “E livrará até o que não é inocente, que será libertado pela pureza de tuas mãos.” Quantos filhos rebeldes, revoltados, têm retornado aos caminhos do Senhor pro causa da pureza das mãos e da oração de suas mães! Por um jovem chamado Franklin, orava a esposa do Pr. Billy Graham. Ele estava entregue aos maus caminhos. A mãe orava e orava. Ocorreu que ele abandonou a vida que levava, voltou para Cristo, para a igreja. Hoje é o Pr. Franklin Graham, que ficou no lugar do seu pai na direção da grande Associação Evangelística Mundial Billy Graham. Mônica, piedosa cristã da Igreja Antiga, orou intensamente pelo filho, que era um filósofo. Era também extremamente entregue à vida mundana. Um dia, Deus colocou diante dele a Carta aos Romanos. Ele a leu e se converteu. Estou falando de Agostinho, teólogo da Igreja Antiga e pastor na cidade de Hipona, no norte da África, conhecido como Santo Agostinho. Escreveu As Confissões, Da Verdadeira Religião, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira. Lendo as suas confissões, é possível entender o que ele experimentou na vida, e como teve uma sede tão intensa de Deus que não pode deixar de mencioná-Lo em praticamente cada página dessa obra.
 
Tem orado por seu filho que anda com fidelidade nas avenidas da fé, o filho consagrado? É preciso olhar para o filho que nunca se afastou do evangelho. Sempre fiel, firme, constante e abundante na obra do Senhor. Se ora pelo filho rebelde, ore e agradeça a Deus pelo filho que nunca lhe deu trabalho. Afinal, “desde o dia em que ouvimos, não cessamos de orar por vós, e de pedir que sejais cheios do pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; para que possais andar de maneira digna do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e crescendo no conhecimento de Deus” (Cl 1.9b, 10).
 
Os quatro Evangelhos, como de resto todo o Novo Testamento, são extremamente lacônicos sobre Maria, a mãe do meu Salvador. Esse fato deixa claro que ressaltado deve ser apenas o Seu Filho, o Senhor Jesus Cristo. Maria foi o canal pelo qual o Filho de Deus veio ao mundo, veio estar entre nós, o Deus-em-nosso-meio o Emanuel. Somente ao Seu Nome deve se dobrar “todo joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai" (Fp 2.10, 11). Pr. Walter Santos Baptista


segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Cristão ou Religioso?



Não devemos confundir a palavra cristão com religião. No evangelho de João 15; 10:
“Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que Eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor”.  João 15.10
        Neste capítulo Jesus se apresenta como a videira verdadeira e recomenda no v.4
“Estai em mim, e Eu em vós: como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim”.  João 15.4
         Estar na videira, é estar dentro do coração de Jesus. No v 5 diz:
“Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e Eu nele esse dá muito fruto: porque sem mim nada podeis fazer”. João 15.5
        Jesus quer que, todo aquele que se diz cristão, esteja dentro do coração Dele. Dizer-se religioso e não ter a certeza da salvação é ser aquela vara ou ramo, que não dá fruto que é cortada.
         Nos versículos de 8 a 11, referindo-se à vinda do Espírito Santo, diz que:
“Quando Ele vier convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo. Do pecado, porque não crêem em mim; da justiça, porque vou para meu Pai, e não me vereis mais. Do juízo, porque o príncipe deste mundo está julgado”.  João 15.8-11
        Pensemos agora no sentido da palavra, “Do pecado, porque não crêem em Jesus”. Não existe pecado maior para Deus, do que o homem descrer na palavra Dele. E quem é que convence o homem de que ele é pecador, se não o Espírito Santo? Muita gente, sendo religiosa não quer libertar-se do pecado; porque gosta dele. Portanto não basta ser religioso, mas é necessário praticar a palavra de Deus. Convencer o homem do juízo, isto é, do que o homem será julgado no dia final. E se o diabo foi julgado, e ele é o príncipe deste mundo, como não será o homem também julgado?
         Convencer do pecado, porque Jesus iria voltar para o Pai, e não seria visto pelos homens. Então o Espírito Santo, doravante Ele estaria convencendo o mundo, e não mais Jesus. Com tais palavras Jesus estava procurando antecipadamente, preparar o coração de seus discípulos, a respeito de tudo o que iria acontecer sem a presença Dele. Portanto, não veriam mais a Jesus, mas sentiriam a presença do Espírito Santo.

“Eis que chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos cada um para a sua parte, e me deixareis só, mas Eu não estou só, porque o Pai está comigo. Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; e no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo”, João 15.vs 32 e 33.
        O simples religioso não entende estas palavras.
         Voltando às palavras de Jesus que diz, que assim como o ramo deve estar interligado à videira, o verdadeiro cristão está ligado intimamente a Jesus. Portanto não basta dizer que ama Jesus, se não produz fruto. E, a respeito de ser mero religioso, não significa de fato estar tendo união com Ele. Em Gálatas 5; 22 diz:
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei”.  Gálatas 5.22
        Muita gente confunde esta palavra, obra ou fruto, com a simples freqüência aos cultos de sua igreja; em quanto que, como vimos acima, o verdadeiro cristão tem a vivencia com a palavra de Deus, e Cristo. Então prezado leitor, você é mero religioso ou está tendo intimidade com Deus? Diz Tiago, “Mostra-me a tua fé sem as obras, e Eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras”. Continue sendo religioso, não negligenciando a comunhão com Deus.

Nota de Falecimento

Faleceu, na igreja dos negligentes e frios na fé, a Sra. "REUNIÃO DE ORAÇÃO" que já estava enferma desde os primeiros séculos da Era Cristã.

Foi a causa de grandes avivamentos Bíblicos, de grande poder e influência no passado.
Os médicos diagnosticaram que sua doença foi causada pela "frieza de coração", devido à falta de circulação do sangue da fé. Constataram ainda: Dureza de joelhos - não dobravam mais -fraqueza de ânimo e muita falta de boa vontade (espírito voluntário).
Foi medicada. Houve erro na sua medicação, pois lhe deram grandes doses de "administração de empresas", mudando-lhe o regime. O xarope de "reuniões sociais" sufocou-a, dando-lhe "injeções de competições esportivas", o que provocou má circulação nas amizades, trazendo os males da carne: rivalidades, ciúmes, diz-que-me-disse, muitos jogos online, muito tempo conectado no lado mau da internet, muitos filmes que desdizem de Deus, muitos acessos a pornografia, principalmente entre os jovens.

Administraram-lhe muitos "acampamentos" e comprimidos de "clube de campo", e até cápsula de "gincana" lhe deram para tomar.

Resultado: Morreu a dona reunião de oração.

A autópsia diagnosticou falta de alimentação do "Pão da vida", carência de "Agua viva", ausência de vida espiritual com Deus, negligencia na meditação na Palavra de Deus.
Em muitas igrejas, no "círculo de oração" foi-se a oração, ficando só o círculo; ainda em outras, virou em "círculo de confusões". Outras, de círculo, virou em "circo".
Em sua memória, a "igreja dos negligentes", situada na rua do mundano nº 666 estará fechada de segunda a sábado. Haverá culto somente aos domingos à noite, e assim mesmo, quando não estiver chovendo ou fazendo frio.


Com pesar, noticiamos o falecimento da Sra. REUNIÃO DE ORAÇÃO.

sábado, 3 de janeiro de 2015

Evangélicos sem o Evangelho

"Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego". Romanos 1:16.

A igreja atual está buscando uma nova reforma, mas reforma sempre dá formas as que já existem. Esta forma de cristianismo que estamos vivenciando nestes últimos dias, foi inventada há muito tempo pelo imperador Constantino. Aquilo que Constantino fez há 1700 anos foi uma construção humana, então por que iríamos reformar isto? Para que reformar aquilo que nem Jesus Cristo reconhece e nunca teve relação alguma com isso. Irmãos, Jesus Cristo veio fazer algo mais radical, para um processo real de entrega, de conversão e regeneração. De uma transformação de todo conteúdo dentro de cada um de nós. A questão é mais séria do que uma reforma. Portanto, temos que analisar o seguinte: Será que este “Jesus” que os evangélicos usam de maneira babante o dia inteiro e sem significado, tem alguma coisa a ver com o Jesus dos Evangelhos? Nada a ver! Terminologia e “igreja” definem um cassino hoje em dia, e não um ajuntamento da piedade, do amor, da misericórdia, da graça e da bondade. Qual é o motivo? Não reter a Cabeça da igreja que é Cristo. 

E não retendo a cabeça, da qual todo o corpo, suprido e bem vinculado por suas juntas e ligamentos, cresce o crescimento que procede de Deus. Colossenses 2:19

O termo evangélico entre nós; contradiz o que o sentido do termo evangélico define. Evangélico no novo Testamento é uma expressão usada por Paulo no qual revela a qualidade do Evangelho. Portanto, hoje a nossa volta, quando vemos esse termo sendo usado de maneira abusiva, pois tudo é evangélico, todos são evangélicos, agora só tem evangélicos. Eles podem ser tudo, menos evangélicos. Como pode alguém ser evangélico e não carregar nem uma gota do Evangelho em suas mentes, almas, decisõessentimentos e compreensões? Isto que estão vivendo é outro estelionato. Vejamos a sentença do Senhor: Não há de ficar em minha casa o que usa de fraude; o que profere mentiras não permanecerá ante os meus olhos. Salmos 101:7.

Vivemos em uma época em que a grande maioria dos evangélicos nem sabem o que é igreja, quanto menos Evangelho. Em nosso país igreja é conhecida como um bazar de ofertas perversas e idolátricas, que se constitui em nossa volta com todas as matizes. Até mesmo muitos grupos históricos também entraram nas ondas das doenças barganhantes, ou seja, estão vivendo um “evangelho” de troca. Irmãos o que temos em nossa volta não é algo que possa ser enfrentado com uma reforma. Re-formar o que? Dar uma outra forma a essa coisa que está ai? Pode-se dar a reforma que se quiser, não adiantará nada. Nós estamos é diante da necessidade da regeneração, da verdadeira conversão. Jesus foi tão claro para aquele mestre de Bíblia: Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo João 3:7

Deus não pediu de nós 95 teses, nem 50, nem 30. Ele pediu de nós que creiamos no Evangelho do Seu Filho Jesus Cristo, o resto é comentário. O que é o Evangelho? O Evangelho é a certeza de que “Deus estava em Cristo reconciliando consigo mesmo o mundo e não imputando aos homens as suas transgressões”. Evangelho é aquilo que Cristo é e fez. Ele morreu, mas nos fez participantes de Sua morte e ressurreição, conforme afirma as Escrituras Sagradas em Romanos 6:5 'Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição'.
Evangelho é a certeza de que não há barganhas a fazer com Deus, porque está tudo consumado e pago. Aquele grito definitivo de Jesus na cruz “está consumado”, cancelou todas as coisas e todas as culpas. O que é Evangelho? É a certeza dos escritos de dívidas da lei de Moisés, lei moral, lei cerimonial ou qualquer outra natureza, foi cancelada inteiramente e encrava na cruz. E com esse ato de Jesus, Ele esvaziava os principados e potestades do seu poder, triunfando sobre eles na cruz. Tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz. Colossenses 2:14-15.

O que é o evangelho? É o fato real de que todo aquele que crê em Jesus Cristo e por meio de Jesus alcança graça em plenitude absoluta e total. Graça que nos justifica, que nos salva, que nos santifica, que nos ungi. Graça que não só nos torna aceitáveis diante de Deus sem barganhas a fazer, mas graça que também nos capacita que nos fortalece e nos condiciona na justiça e nos educando na verdade, para que andemos no Evangelho. Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente Tito 2:11-12.

O Evangelho é a maravilhosa notícia de que está tudo feito. Se Deus não tivesse feito, o que poderíamos fazer em nosso favor no que concerne a nossa salvação? Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Efésios 2:8-9.

O Evangelho simplificadamente é morte e ressurreição e a sua convergência total e absoluta dele é para Jesus. Não é nem mesmo para a Escritura e nem para a fé. Porque fé sem Jesus Cristo não produz absolutamente nada. É fé na fé, porque Jesus é o Autor e consumador da fé. As Escrituras sem Jesus Cristo é a mãe de todas as heresias. As Escrituras lidas sem vermos a Jesus Cristo é um balaio de gatos inconciliável. É a receita para a gadarenização psicológica da mente. É querer que as Escrituras se somem a Jesus, e que o pacote seja então a nossa fé. Não é! A partir de Jesus, e nós ficamos sabendo dEle pelos evangelhos, e pelos evangelhos somos informados que Ele é o cumprimento das profecias. Pelos evangelhos e pelo cumprimento das profecias, nós ficamos sabendo que o próprio Jesus expos a Seu respeito o que constava em todas as Escrituras. E, começando por Moisés, discorrendo por todos os Profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras. Lucas 24:27.

Depois nós vemos Paulo e também o escritor de Hebreus nos dizendo que quem tem a Cristo, tem toda a revelação de Deus. Jesus é o Verbo, Ele é a Palavra, Ele é a totalidade de todas as coisas. Em Jesus está oculto “todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento”. Cristo é a realidade, e a realidade habita naquele que creu em Jesus de todo o seu coração. Quando cremos na realidade, não devemos mais ficar com as sombras, tipos e simbolizações que caíram em caducidade e obsolescência diante da realização e encarnação da plenitude do Verbo que é Jesus Cristo. 1 Timóteo 3:16 Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória.

A partir de Jesus nós podemos reler a Bíblia inteira e com absoluta clareza. E aquilo que ficar conforme o Espírito do Cristo glorificado, isto permanece. Aquilo que se antagonizar ou se tornar infantil diante da realidade que é Cristo, deve ser descartado por nós. Jesus é o centro. A reforma dizia: “Só as Escrituras”, “só a graça”, “só a fé”, “só a glória”, “só a Cristo”. Pois tudo isto é muito pilares, mas cristianismo autêntico é uma coisa só; é Cristo. A Pedra de esquina é única, é Cristo. De Jesus procede toda graça, toda fé, toda palavra. Sem Cristo não temos graça, nem fé, nem palavra. Irmãos Jesus é o sustentador de todas as coisas, por isso, as Escrituras têm que ser lida a partir do Verbo encarnado. A partir de então podemos ver quem de fato é o nosso Senhor Jesus Cristo. Porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade. Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Colossenses 2:9-10. Amém.  Claudio Morandi

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Nova Esperança para 2015!


Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores. Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo. Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.

Tendo pouca esperança no melhoramento das condições gerais, resta-nos somente uma alternativa: procurar a renovação individual das pessoas. É preciso encontrar um caminho que permita que você seja elevado acima das circunstâncias, de modo que esteja sobre elas e que elas até mesmo sejam controláveis.

Será que isso realmente é possível? Milhões de pessoas experimentaram tal transformação e obtiveram um fundamento inteiramente diferente para suas vidas ao aceitarem Jesus como seu Salvador pessoal pela fé. Seus corações ficaram repletos de paz profunda e permanente, que não pode ser abalada por nenhuma tempestade em suas vidas. Elas descobriram o segredo da alegria e da verdadeira felicidade, que consiste da confiança em Deus e da obediência a Ele, e obtiveram novo valor para suas vidas. Para elas, todas as coisas realmente "se fizeram novas"! O apóstolo Paulo descreve essa maravilhosa transformação da seguinte maneira: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17).

Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranqüilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade. Novas forças estarão à sua disposição! O "novo homem", nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.

Por isso, não hesite mais! Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e deposite sua confiança inteiramente nEle neste novo ano. (http://www.chamada.com.br)