sábado, 7 de maio de 2016

Não Falem Mal da Igreja

A igreja é feita de pessoas, e pessoas falham. Isso ninguém discute. Porém a nossa reação com as pessoas que falham sempre foi alvo de atenção especial, pois como cristãos, devemos saber perdoar e ajudar o próximo, ao invés de julgá-lo e expô-lo.

Porém, com o advento das redes sociais, e a irresistível publicidade que nossas palavras adquirem, essa questão parece ter se tornado banalizada. Junte isso a uma pseudo anonimidade (a pessoa pode nunca ficar sabendo do que foi falado contra ela) e o quadro está completo.

Tenho notado isso como uma verdadeira doença entre alguns cristãos: eles se ocupam mais em falar mal dos outros e expor seus erros do que em edificar os seus amigos, e trazê-los para Cristo.

Canais do YouTube que fazem chacota de igrejas e pastores, irmãos que vivem denegrindo atitudes da igreja moderna, e aquele pastor famoso que deu uma declaração absurda em rede nacional.

A questão nunca foi se eles estão certos ou não, se eles estão sendo anti-bíblicos ou não. Sabemos que muitas vezes eles estão. Mas se no seu perfil do Facebook você gasta mais palavras para criticar outros irmãos e a igreja, na verdade há algo muito errado com você.

Na Bíblia há pelo menos 5 motivos que mostram por que isso é errado:

1. Cristo nos perdoou, por isso precisamos perdoar também aos que erram;

Antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo. Efésios 4:32

Um dos maiores ensinamentos de Cristo foi que, da mesma maneira que ele perdoou nossos pecados, também devemos perdoar os do próximo. Essa é a maior prova da regeneração de alguém. Mesmo pessoas nascidas de novo pecam, e por isso são tão necessitadas de graça quanto antes.

Se alguém acusa um irmão, significa que ela não está dando valor àquilo que Deus fez na vida dela mesma, perdoando-a. Como se você mesmo não tivesse suas falhas.

2. O impacto das suas palavras pode esfriar a fé de alguém, ou impedir que alguém chegue à fé

Mas, qualquer que escandalizar um destes pequeninos, que creem em mim, melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma mó de azenha, e se submergisse na profundeza do mar. Mateus 18:6

O que poderia pensar alguém que é novo na fé, ao ver sendo expostas um mundo de barbárie acontecendo dentro da igreja? Isso não é um ambiente saudável para se crescer.

Da mesma forma, o que pensa um não-cristão, ao ver aos problemas e falhas da igreja, características que nem fazem parte da sua identidade? Ele vai achar nisso mais motivos para ficar longe de Cristo.

A palavra usada para isso nesse versículo é “escandalizar”, do grego σκανδαλιζο (skandalizo), que significa literalmente colocar um bloco no caminho de alguém, no qual ela pode tropeçar e cair. Em linguagem figurada, significa ofender, levar ao pecado, ou causar com que alguém caia.

Para aquele que causa isso na vida de um irmão, Jesus usa uma linguagem não-tão-figurada: “melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra, e se submergisse na profundeza do mar”.

3. Você está sendo perseguidor da igreja

E ele disse: — Quem és, Senhor?
E disse o Senhor: — Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhõesAtos 9:5

Em Atos 9:5, Jesus diz uma frase estranha e enigmática para Paulo, perseguidor de cristãos: “Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões”. Isso é um provérbio grego, do qual Paulo entendia muito bem.

Recalcitrar significa chutar, dar coice, ou resistir. A palavra traduzida como aguilhão (ou ferrão) referia-se a uma espécie de vara afiada, ou lança, usado para obrigar o boi a puxar o arado (como a espora para o cavalo). A expressão “recalcitrar contra os aguilhões” significa oferecer uma resistência que vai causar mal a você mesmo, ou tentar lutar contra aquilo que te machuca. Meio como o que temos hoje: “Dar murro em ponta de faca”.

Ao se levantar contra membros da igreja, você está sendo como Paulo, o perseguidor, lutando contra a obra de Deus na terra.

4. Você se levanta contra o próprio Deus

O que oprime o pobre insulta àquele que o criou, mas o que se compadece do necessitado o honra. Provérbios 14:31

Conforme já vimos, se levantar conta um filho de Deus é se levantar contra o próprio Deus, e essa é uma luta que não se pode ganhar.

5. Você está fazendo na terra o papel do Diabo de diante de Deus

E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noiteAp. 12:10

Às vezes olho o perfil de certas pessoas, ou depois de ouvir uma pessoa por algum tempo, percebo justamente isso: acusação de dia e de noite. Ou seja, exatamente o que o Diabo faz diante de Deus. Desnecessário dizer que isso não é exatamente o que se espera de um filho de Deus, certo?

Mesmo havendo mostrado na Bíblia todos esses argumentos, há alguns contra-argumentos comuns, os quais quero abordar aqui: “Os ensinamentos errados deles mostram apenas como não são convertidos.”

Isso pode ser verdade, mas isso não te dá o direito de expor alguém publicamente, especialmente onde não-cristãos e pessoas imaturas na fé possam ver e generalizar. Ao invés disso, procure colocar exemplos de pessoas que são uma bênção para o mundo. “Estou apenas ensinando como essas doutrinas são erradas.”

Você pode muito bem fazer isso sem acusar ninguém diretamente. Se deseja ensinar a seus discípulos o que é certo e errado, procure fazê-lo no privado, e certifique-se também de ensiná-los a raciocinar por si próprios, para que na sua ausência, não sejam levados por doutrinas vãs.

“Então você prefere que o erro deles seja encoberto?”
Não se trata de encobrir o erro, pois o erro pode ser evidenciado sem ofender ninguém. Na maioria das vezes, você não está nem ajudando a pessoa a entender seu próprio erro (pois essa pessoa pode nunca saber do que você escreveu), então não vai adiantar nada você apontar o erro.

Seja sábio, edifique a noiva de Cristo, e não incite a ira de um irmão contra outro, por mais que você não goste dele.

https://augustomen.wordpress.com

O Exército de Deus


Guerra espiritual é hoje uma linguagem universal; todos os cristãos já ouviram pelo menos uma vez este termo; não é modismo de evangelização e missões, absolutamente, é uma luta que travamos constantemente contra satanás.

Nós somos soldados alistados para esta grande batalha espiritual. Um soldado é um combatente, um campeão; portanto, um vencedor (2 Tm 2.3) “Sofre comigo como bom soldado de Cristo Jesus.” Um soldado é parte integrante de um corpo que pode ser chamado de guarnição, destacamento, batalhão ou regimento.

(Jl 2) “Um povo grande e poderoso, qual nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração: ...como um povo poderoso, posto em ordem de batalha.” Encontramos duas características marcantes do exército de Deus. Pois maior é aquele que está em nós (1 Jo 4.4) “Filhinhos, vós sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.” Nunca digas estou só, pois o Senhor Jesus afirma categoricamente: (Mt 28.20) “...e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Nunca mais digas: não posso, pois está escrito (Fl 4.13) “Posso todas as coisas naquele que me fortalece.” 

Vejamos as diversas posições a serem ocupadas no exército de Deus:

1 – INFANTARIA.

São aqueles que estão na linha de frente, basicamente no corpo a corpo com o inimigo: destituindo potestades, expulsando demônios, invadindo pessoalmente o território do inimigo, pisando neste território e tomando posse em nome do grande general – Jeová Shabaot (Senhor dos exércitos). Exemplo: Davi colocou Urias na infantaria. Como também os missionários.

2 – ARTILHARIA.

É composto pelo grupo que utiliza armas de longo alcance, como: Intercessão, combate espiritual em grande escala, Fé sobrenatural e palavras de autoridade. Exemplo: Elizeu (2 Rs 6.18) “Quando os sírios desceram a ele, Eliseu orou ao Senhor, e disse: Fere de cegueira esta gente, peço-te. E o Senhor os feriu de cegueira, conforme o pedido de Eliseu.” Jesus (Mt 8.8b) “...mas somente dize uma palavra, e o meu criado há de sarar.” O objetivo principal da artilharia é enfraquecer as forças inimigas, atingindo alvos selecionados como: Principados, Potestades, Dominadores deste mundo tenebroso. (2 Co 10.4,5; Ef 6.12) “pois as armas da nossa milícia não são carnais, mas poderosas em Deus, para demolição de fortalezas;” Bombardeando as fortalezas inimigas, o trabalho é facilitado para os infantes que estão na linha de frente, os quais, despojarão o inimigo, tomando-lhe as vidas preciosas e transportando-as para o reino da luz. (Is 49.25) “...Certamente os cativos serão tirados ao valente, e a presa do tirano será libertada; porque eu contenderei com os que contendem contigo, e os teus filhos eu salvarei.”

3 – REGIMENTO MOTORIZADO.

São agrupamentos que utilizam os grandes equipamentos de guerra para atingir as grandes massas. Exemplo: O rádio, a televisão, os grandes seminários. Seu objetivo principal é lançar de uma só vez toneladas de sementes da palavra de Deus. (Is 40.9) “Tu, anunciador de boas-novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas-novas a Jerusalém, levanta a tua voz fortemente; levanta-a, não temas, e dize às cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus.”

4 – ENGENHARIA.

É o grupo dotado de uma capacidade especial de engendrar, arquitetar, planejar meios através dos quais é aumentado, facilitando e ampliando o poder de fogo do exército de Deus. São as técnicas e táticas especiais do Espírito Santo, que nos leva a resultados surpreendentes. Deus sempre levantou e treinou os seus engenheiros de guerra, exemplo: Moisés (Ex 17.11) “E acontecia que quando Moisés levantava a mão, prevalecia Israel; mas quando ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque.” , Josué (Js 10.12b) “...e disse na presença de Israel: Sol, detém-se sobre Gibeão, e tu, lua, sobre o vale de Aijalom.” Josafá (2 Cr 20.22ª) “Ora, quando começaram a cantar e a dar louvores, o Senhor pôs emboscadas contra os homens de Amom, de Moabe e do monte Seir,...” e Paulo e Silas (At 16.25,26). Utilizando-se de artifícios, humanamente loucos, estes homens venceram batalhas e situações humanamente impossíveis.

5 – COMUNICAÇÕES.

O elemento deste agrupamento tem como missão promover o apoio de comunicações necessária àqueles que o recorrem ou dele dependem. Existem tanto as comunicações ativas, que dão diretrizes de ataque; quanto a passiva, que visam preservar do perigo eminente. Em ambos os casos, Deus utiliza com freqüência os seus profetas, conforme (Am 3.7) “Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” E não com menos freqüência a sua palavra (Hb 1.1) “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,” exemplo: a estratégia através de Jaaziel (2 Cr 20.14-17); aviso através de Elizeu (2 Rs 6.6).

6 – SUPRIMENTO.

Visa promover o suprimento regular e extraordinário, tanto da necessidade básica de sobrevivência e bem estar do soldado, quanto, dos equipamentos e munições por ele utilizados. Exemplo: Davi, antes de se tornar rei, assistia seus irmãos, na batalha, com mantimentos (1 Sm 17.15,17,18). Mas Deus queria Davi no meio da batalha como um soldado.

7 – DEPARTAMENTO MÉDICO.

Este grupo de forma especial cuida do tratamento e recuperação dos feridos e doentes. Cuida também da saúde preventiva da tropa. Num combate há sempre aqueles que por um ou outro motivo são feridos e necessitam de cuidados especiais. Exemplo: Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.34-37).

CONCLUSÃO:

Esta luta contra as trevas envolve todos os cristãos, seja qual for seu dom ou vocação. Fazer evangelismo é fazer guerra contra as trevas, é tirar da cegueira espiritual os cativos de satanás. (2 Co 4.4).

Vilmar Henrique Martins

segunda-feira, 2 de maio de 2016

Triste Fim de um Bom Comêço

Qualquer semelhança entre Jeroboão e muitos de nós hoje não será mera coincidência. Há aqueles que, por motivos egoístas, materialistas e políticos, acabam se desviando do caminho inicial e experimentam a corrupção e a dureza de coração. São pessoas que não têm uma história com final feliz. Até mesmo na vida espiritual esse cruel quadro pode ser observado.

Jeroboão foi colocado pelo próprio Deus como rei de Israel. O Senhor prometeu abençoar-lhe, mas ele tornou-se um mau exemplo para todo o reino e pagou um preço muito alto por ter se afastado de Deus.


1. O AMBIENTE HISTORICO

Com a morte de Salomão, surgiu a revolta do povo contra os pesados impostos que haviam sido lançados para a manutenção da luxuosa corte real. O povo fez um pedido no sentido de se fazer uma redução nos impostos; porém, Roboão, filho e sucessor de Salomão, recusou-se terminantemente ceder a esse pedido. Com isso, dez tribos se revoltaram e es­tabeleceram um novo reino, aclamando como seu rei, Jeroboão, filho de Nebate. Como afirma H.Fernhout, “Jeroboão foi sensível às reclamações de seus conterrâneos e canalizou a frustração deles como suporte para sua tentativa de tomar o trono.”

A esta divisão de poder deu-se o nome de “reino de Israel”, ou “reino das dez tribos”. A primeira capital foi Siquém e depois Samaria.

Jeroboão, a fim de impedir que seu povo fosse a Jerusalém, no reino do sul, para prestar culto a Deus, fez estabelecer no seu reino o culto idólatra com altares em Betei, no extremo sul, e em Dã, no extremo norte (I Rs 12.25-33). Jeroboão levou o povo à adoração de um ídolo, que simbolizava Deus sob a forma de bezerro.

Ele reinou 22 anos em Israel (I Rs 14.20).

A Bíblia fala de Jeroboão II, filho de Jeoás, rei de Israel, que o sucedeu no trono (II Rs 14.23-29). No entanto, o presente estudo discorre sobre Jeroboão, filho de Nebate.

Observando a trajetória deste rei de Israel, podemos destacar as seguintes lições:


2. AS BÊNÇÃOS DA PROSPERIDADE

A proclamação de Jeroboão como rei das dez tribos foi profetizada por Aías, profeta de Deus, conforme a narrativa de I Reis 11.26-40. Ao anunciar a Jeroboão que este seria rei em Israel, Aias declarou que a fidelidade do rei aDeus seria a garantia de bênçãos sobre Israel. Assim diz o Senhor: “Se ouvires tudo o que eu te ordenar, e andares nos meus caminhos, e fizeres o que é reto perante mim, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos, como fez Davi meu servo, eu serei contigo, e te edificarei uma casa estável, como edifiquei a Davi, e te darei Israel” (v.38). Antes mesmo de se tornar rei, Jeroboão já estava recebendo de Deus as mesmas promessas feitas a Davi e Salomão, com referência ao êxito real. O Senhor assegurou a bênção de sua companhia e a estabilidade do reino.

A fidelidade de Deus no cumprimento de todas as Suas promessas precisa ser o referencial para todo cristão, estimulando-o a manifestar fidelidade a Deus em todas as áreas de sua vida. A fidelidade se manifesta através da obediência a todos os mandamentos de Deus.

Muitos manifestam fidelidade apenas naquilo que lhes convém e com o que eles con­cordam. São cristãos que usam a sua consciência e não a Palavra de Deuscomo regra de fé e conduta, ou seja, são guiados pela consciência e não pela revelação bíblica. Há aqueles que dizem: “A minha consciência não me acusa, logo, eu estou certo e não tenho com que me preocupar”. É oportuno recordar as palavras do apóstolo Tiago, que disse: “Pois, qual­quer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos” (Tg 2.10).

Sobre as bênçãos da fidelidade, as Escrituras Sagradas ensinam: “O homem fiel será cumulado de bênçãos…”(Pv 28.20). Os que são chamados por Deus para o Seu Reino têm diante de si o desafio da fidelidade, pois, “…o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel” (I Co 4.2).

A maior bênção para aquele que é fiel ao Senhor está descrita em Mateus 25.21: “…Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei: entra no gozo do teu Senhor”.

Embora Deus abençoe maravilhosamente aqueles que lhe são fiéis, vale a pena lembrar que ser abençoado não significa ficar livre de dificuldades. É oportuno lembrar o exemplo do íntegro, reto, temente e fiel Jó, entre tantos outros exemplos do passado e do presente, que poderiam ser mencionados.


3. AS RESPONSABILIDADES DOS QUE LIDERAM

Por motivos políticos e de vaidade pessoal, o rei Jeroboão desviou-se do Senhor. Ele, cuja proclamação como rei foi algo dos planos de Deus, agora deixa Deuscompletamente fora de seus planos. Com medo de que o povo fosse a Jerusalém para adorar ao Senhor e com isso voltasse para o reino de Judá, decidiu estabelecer no seu reino o culto idólatra, convidando o povo para adorar diante dos bezerros de ouro (I Rs 12.26-33). O culto idólatra permaneceu até à queda do reino.

Jeroboão designou homens sem qualquer qualificação para serem sacerdotes. A quem desejasse ele dava a investidura para se tornar sacerdote dos lugares altos. Não eram homens da linhagem de Levi, conforme Deus havia determinado (I Rs 12.31; 13.33-34). As­sim, Jeroboão conduziu o povo ao pecado.

Por culpa de Jeroboão, todo o Israel caiu em pecado. Ele, que começou defenden­do os direitos e as causas justas do povo, tornou-se responsável pelos erros religiosos de todos os moradores de Israel.

Aqueles que lideram, presidem, ensinam etc., precisam vigiar a sua conduta e observar os seus caminhos, pois, muitos são os que seguem o seu exemplo e os tomam como referencial para suas vidas. Assim, é preciso tomar todo cuidado para não levar outros ao erro. O escritor de Eclesiastes afirma que o erro dos que governam é um grande mal presente na terra (Ec 10.5).

Um exemplo notável de alguém que estava plenamente convicto de suas responsabili­dades pode ser encontrado no apóstolo Paulo. Ele afirmou: “Sede meus imitadores, como eu sou de Cristo” (I Co 11.1). Quantos de nós podemos fazer tal afirmação?

O apóstolo Pedro adverte quanto ao risco de se cair da firmeza devido à influência errônea dos insubordinados (II Pe 3.17). Judas, o escritor da epístola, declarou que muitos se precipitaram no erro de Balaão (Jd 11).


4. O PREÇO DA INFIDELIDADE

O triste caminho de Jeroboão, seguido por seus sucessores, trouxe calamidade a ele e ao reino de Israel. A sua infidelidade custou-lhe a vida do filho Abias (I Rs 14.1-20). E curioso observar que Jeroboão era alguém bem intencionado, pois deu o nome de Abias ao seu filho, que quer dizer: “Deus é meu pai”. Só que as atitudes de Jeroboão revelam que ele rapida­mente esqueceu-se de Deus como Pai e viveu vida de rebeldia diante do Senhor.

A Bíblia Vida Nova, comentando o versículo 11 do capítulo 14, declara: “A maldição sobre a casa de Jeroboão foi completa, pois considerava-se uma calamidade moral, o não receber, na morte, os devidos funerais (Jr 16.6)”.

Se, por um lado, Deus abençoa àqueles que lhe são fiéis, por outro, Ele traz o castigo e a merecida punição pela desobediência. Foi o que aconteceu com o reino de Israel que, induzido por Jeroboão, afastou-se do Senhor.

Muitos são aqueles que estão pagando um alto preço por sua infidelidade a Deus. Se as conseqüências não são imediatas ou se Não acontecem nesta vida, todos podem estar certos de que um dia a infidelidade será manifestada para vergonha e tristeza do infiel. Eles ouvi­rão de Jesus a sentença: “…servo mau e negligente…lançai-o para fora nas trevas. Ali have­rá choro e ranger de dentes” (Mt 25.29-30).  Pr Josias Moura

terça-feira, 26 de abril de 2016

Você é Importante para Deus!

Deus ama você, de uma forma muito especial.

Você é a obra-prima da criação dEle.

Antes de você ser gerado, Ele te escolheu e te amou. Em meio a milhares de espermatozóides, Ele te deu a primeira vitória. Assim houve a fecundação, e antes mesmo que seus pais soubessem da sua existência, Ele já te sustentava e cuidava. 

Você cresceu, ficou inteligente e bonito (a), mas se esqueceu de Deus, o seu Pai.

Imagine uma mãe que tem dois filhos os quais ama igualmente.

O primeiro, mal a cumprimenta, raramente agradece seus cuidados, some sempre sem dar satisfações e só se lembra dela quando tem sérios problemas e se mete em confusão.

O segundo, é mais dedicado, pede opinião sobre assuntos pessoais, tem maior intimidade, desfruta mais da sua atenção e carinho, é agradecido e reconhece tudo de bom que sua mãe lhe faz,está sempre ao seu lado, é prestativo, sempre pronto a ajudá-la em seus afazeres e não perde a oportunidade de dizer-lhe o quanto a ama.

Essa mãe ama ambos igualmente, mas aquele que se expõe mais, que divide seus problemas, a solicita com freqüência, dá a ela a oportunidade para orientar, ajudar, proteger. O outro, apesar de ter o desejo de fazer o mesmo por ele, ela recua, porque não é invasora e intrometida, no entanto não deixa de amá-lo e de cuidar dele por isso.

O mesmo acontece com Deus e seus filhos. Uns desejam a presença dEle ansiosamente, estão sempre dispostos a ouvir a Sua voz, a trabalhar para ajudá-lo, por amor a Ele, a viver este intenso relacionamento. Outros, vivem como se Ele não existisse, mal o cumprimentam, raramente agradecem, são egocêntricos e apenas lembram-se dEle quando o dinheiro acaba ou quando estão em apuros.

Então, amado (a), pense e reflita:
· Que tipo de filho você é para seu Pai celestial?
· Você tem dado oportunidade para que Ele te ajude e te oriente?
· Você tem se oferecido para ajudá-lo em sua obra?
· Você é grato pelas maravilhas diárias que Ele te dá? Se você é grato, diz isso a Ele com freqüência?
· Você só se lembra dEle quando precisa de algo?

Se você respondeu a maioria das questões como responderia o primeiro filho do nosso exemplo, você precisa repensar toda sua vida. Nosso Deus não é um Deus invasor, mesmo sendo seu criador, seu sustentador, Ele não arrombará a porta do seu coração. Ele te dá o livre arbítrio, a chance de escolha.

Opte por Ele, opte pelo Rei dos Reis, não perca mais tempo!
O Senhor te ama e está de braços abertos esperando sua decisão. Ele está com as mãos cheias de bênçãos, preparadas para derramá-las todas sobre a sua vida.

Corra para os braços do Pai, pois só assim você experimentará o que é o verdadeiro amor e poderá, assim, ter a alegria constante que flui intensamente do coração do Pai. 

Que Deus te abençoe.
|Autor: Cristina M. C. Oliveira  |  Divulgação: estudosgospel.com.br |

quinta-feira, 21 de abril de 2016

POR UM NOVO OLHAR QUE DÊ DIGNIDADE

Há gente que olha para as pessoas diferentes e sente medo da diferença e dos diferentes. Então, procura diminuí-las, depreciá-las, dominá-las, eliminá-las, ridicularizá-las... chamando-as de “baixinho”, “anão”, “gordo”, “gordão”, “baleia”, “burro”, “macaco”, “porco”, “banguela”, “dentuço”, “cabeçudo”, “narigudo”, “pinóquio”, “barrigudo”, “orelhudo”, “magrelo”, “favelado”, “careca”, “idiota”, “mongolóide”, “beócio”, “perneta”, “cambeta”, “cegueta”, “quatro olhos”, etc, etc...

...e muitos outros apelidos que não são:

- tratamentos amorosos

- tratamentos respeitosos

- palavras positivas, de apoio, encorajamento e libertação.


Há gente que certamente tem a intenção de depreciar e expor ao ridículo as pessoas que têm dificuldades em lidar com a própria aparência, as limitações físicas e motoras, a timidez, as consequências da pobreza ou do envelhecimento. Gente que reforça a impiedade deste mundo, cuja cultura é racista, machista, sexista, materialista, idolátrica, fetichista, hedonista, egoísta, intolerante à diferença.

Há gente que vive segundo a “normalidade” de um mundo iníquo que promove injustiças e as desigualdades entre as pessoas.

Entendendo, inclusive, que o escárnio e a ridicularização podem ser algo “carinhoso” e “edificante” “até” entre “amigos”, etc...

Bullying (lê-se “búlim”!) é uma palavra inglesa mundialmente usada para designar atos de violência física ou psicológica com o objetivo de intimidar, agredir, desqualificar, depreciar, ridicularizar. É algo feito repetidamente contra os mais fracos e os diferentes.

Mas quem tem Jesus olha para as pessoas (diferentes ou não) com curiosidade, com respeito, com amor, com tolerância (mesmo quando a gente discorda delas!). Há sempre o que aprender com o outro.

Quem tem o amor e a graça de Deus, trata o outro com dignidade e bondade. Chama o outro pelo nome. E quando há intimidade, chama o outro de amigo, de irmão. Trata o outro com apelidos carinhosos que realcem caráter, qualidades, respeito, companheirismo.

Seja o nosso olhar e falar assim... o resto provém do maligno

Pastor Ronan Boechat de Amorim

terça-feira, 19 de abril de 2016

Refidim, o Segredo da Vitória


                         Êxodo 17:8 a 16
8. Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim. 9. Por isso disse Moisés a Josué: Escolhe-nos homens, e sai, peleja contra Amaleque; amanhã eu estarei sobre o cume do outeiro, e a vara de Deus estará na minha mão. 10. E fez Josué como Moisés lhe dissera, pelejando contra Amaleque; mas Moisés, Arão, e Hur subiram ao cume do outeiro. 11. E acontecia que, quando Moisés levantava a sua mão, Israel prevalecia; mas quando ele abaixava a sua mão, Amaleque prevalecia. 12. Porém as mãos de Moisés eram pesadas, por isso tomaram uma pedra, e a puseram debaixo dele, para assentar-se sobre ela; e Arão e Hur sustentaram as suas mãos, um de um lado e o outro do outro; assim ficaram as suas mãos firmes até que o sol se pôs. 13. E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo, ao fio da espada. 14. Então disse o SENHOR a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus. 15. E Moisés edificou um altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA BANDEIRA. 16. E disse: Porquanto jurou o SENHOR, haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em geração.

INTRODUÇÃO
Certamente mais uma vez estamos aqui para desfrutar de uma boa palavra. Uma palavra vinda do céu, pois a bíblia é realmente a palavra de Deus revelada ao homem, e assim quando dela nos alimentamos certamente nos alimentamos da presença de Deus. Falar sobre Moisés é gratificante, um servo fiel que sempre se mostrou ser um verdadeiro cristão. Mas as coisas para Moisés nunca foram fáceis, pelo contrário, teve que dar duro. Porém se olharmos atentamente para sua vida veremos que a sua rápida passagem pela terra nos deixou grandes ensinamentos. Acredito piamente que muitas mensagens estão sendo levadas por diversos pastores em muitas igrejas pelo Brasil e pelo mundo, e aqui venho eu novamente para compartilhar uma outra mensagem sobre uma outra passagem da vida de Moisés e outros homens. Para tanto peço encarecidamente que abram vossos corações e deixem que a luz da palavra possa lhe causar uma verdadeira mudança de vida e assim cada leitor viva uma vitória diária em todas as áreas de suas humildes vidas. 


UM RESUMO SOBRE A VIDA DE MOISÉS
- DOS O AOS 40 ANOS

Seu nascimento foi meio complicado, pois seus pais eram pobres e escravos em um país cheio de deuses estranhos, quando os Hebreus só adoravam a um sóDeus, a Jeová.

Talvez você não saiba, mas o nome EGITO Também significa TERRA DE CÃO, nome propício para um povo que adora animais. O interessante é que o Egito só foi mesmo uma grande nação durante os 432 anos que os Israelitas ficaram por lá, uma vez que depois da saída deles nunca mais o Egito se levantou.

Aos três meses Moisés teve que ser colocado no rio para que alguém o pegasse e o salvasse da fúria do Faraó Ramisses I, quando Chega ao palácio do faraó volta a ser levado a Joquebede, sua mãe biológica para ser amamentado. Aos cinco anos volta para o palácio onde é criado nos costumes do Egito, mas, uma criança com cinco anos já havia aprendido alguns costumes vivendo no meio dos Hebreus.

Os anos se passam e Moisés está cheio de perguntas, e uma delas é: porque oDeus de Joquebede, de Mirian, de Arão, não fala com ele? Que dilema, ele não sabia direito quem ele era, Egípcio ou Hebreu, estava um tanto confuso. Era porque Moisés não tinha uma identidade espiritual definida que Deus não falava com ele, pois Deus não fala com Zé ninguém. Mas Jeová precisava ter um particular com Moisés. Então Moisés com quarenta anos de idade mata um egípcio e com medo de ser descoberto foge para o deserto, então ali o Senhor vai tratá-lo, pois é no deserto o lugar de tratamento, (Ez 20:35) (Os 2:14), logo vemos que quando o Senhor quer nos tratar Ele permite que passemos por uma luta, para nos aproximarmos Dele.


- DOS 4O AOS 80 ANOS

No deserto Moisés se encontra com Jetro, e para morar em Midiã teria que aprender a ser um pastor de ovelhas. Um homem que viveu no palácio do faraó, tendo como mãe a filha de faraó, acostumado com banhos de perfumes e regalias, agora fede a esterco e urina de ovelha, e de novo ele ouve falar de “um tal” de Jeová, que ele nunca conheceu e nunca falou com ele.

Todo momento creio que Moisés mesmo sem conhecer a Deus o questionava, talvez dizendo: “se tu existes mesmo, porque não se revela a mim e me diz quem eu sou?”, ou “Porque deixou que tudo isso acontecesse comigo?” Ou tantas outras perguntas que uma pessoa em um conflito interior faria.

Mas Moisés conhece Zípora, a filha de Jetro, e casa-se com ela, e um de seus filhos era Gérson, que significa “estrangeiro, peregrino”. Esta era a situação que Moisés se via no deserto, peregrino, sem pátria, sem família. Quando Deus se encontra com Moisés, na presença da sarça ardente, Moisés conta para sua esposa, ela diz que onde ele for ela iria. Agora Moisés já sabe quem é, Deus o chama pelo nome e o envia a buscar um povo cativo, Moisés agora sabe, depois de 40 anos, quem ele é, ele é o MOISÉS, também significa “dar a luz”.


- DOS 80 AOS 120 ANOS

Deus aparece para Moisés em uma sarça ardente, ou seja, queimava, mas não se consumia. A combustão espontânea da sarça não era algo incomum no deserto, pois esta planta quando ressequida debaixo do calor do sol soltava um óleo que inflamava, mas ver uma planta que não se consome pelo fogo é algo que chamou a atenção de Moisés, então Deus começa a falar com ele, e diz, coloque a mão no peito, tira, e ela sai leprosa, novamente coloque a mão no peito, tira, e ela sai limpa. Deus estava mostrando que é Ele quem manda, e homem que bater no peito achando que é alguma coisa fica leproso.

Quando nos encontramos com Deus então realmente descobrimos quem somos, e mais do que isto, e então Deus revela a você os desejos Dele, para com sua vida. Moisés viveu 120 anos, e teve três fases de sua vida que hoje nós passamos (leia a minha mensagem AS TRÊS FAZES DA VIDA DE MOISÉS).

Mas antes de ser Moisés tomado por Deus, em sua vida ocorreu uma passagem memorável, que merece toda nossa atenção. Essa passagem se deu em um vale chamado Refidim. Local onde ocorreu a primeira batalha do povo hebreu tão logo sairam da escravidão do Egito. Essa batalha foi contra um povo rude, violento, truculentos, e sem motivo algum, pois os Amalequitas eram maus por natureza. Então vejamos quem eram os famigerados Amalequitas.


OS AMALEQUITAS

Amaleque é um personagem da Bíblia e também da Torá e que de acordo com estes livros religiosos era o filho de Elifaz e assim neto de Esaú, pois Elifaz era filho primogênito de Esaú com sua concubina Timna (Timna era concubina de Elifaz, filho de Esaú, e teve Elifaz a Amaleque... - Gn 36:12a).

O nome de Amaleque também designava seus descendentes tribais, conforme observamos em Gn,25:17; Jz,7:12; 1Sa,15:2. No hebraico, Amaleque significa: “habitantes do vale”, O significado importante e mais interessante do nome Amaleque é do hebraico-Belico: “próprio da guerra; que tem ânimo aguerrido; guerreiro; que incita à guerra”. O filósofo grego de origem judaica chamado Filon (54 d.c) interpretava os Amalequitas como “povo que lambe”. Os Amalequitas eram um povo que guerreava pelo simples prazer de serem violentos, matavam por prazer e saqueavam outros povos mesmo que isso não Fosse necessário. Eram nômades, viviam a perambular pelo deserto na reigião árida entre Canaã e o Egito Na Bíblia Sagrada, os amalequitas são freqüentemente mencionados, em conjunto, com os moabitas, midianitas e amonitas. Assim, Amaleque tornou-se, na exegese hebraica, o símbolo de todos os inimigos de Israel.


A HISTÓRIA

O povo de Deus acabara de sair do Egito, uma terra que só foi realmente grande enquanto o povo de Deus esteve lá, pois depois da saída dos Hebreus, o Egito nunca mais se levantou.

No capítulo 12, lemos sobre a saída do povo da escravidão no Egito, então Deusgui ao seu povo pelo caminho e logo ao chegarem diante do Mar Vermelho um grandes milagres é feito pelas mãos do Grande Senhor e criador do Universo, a abertura do mar, onde todos passam com os pés secos e os Egípcios morrem, pois caminho que Deus abriu para seu povo ninguém mais pode passar. Do outro lado Moisés canta, Mirian dança e o povo expressa sua grande felicidade para comDeus. Então vem a sede e chegam em Mara, onde as águas eram amargas e quem bebesse dessa água era acometido de terrível diarréia, e uma diarréia no meio do deserto era morte na certa, mas Deus transforma a morte em vida, o que era amargo em doce, e o povo se salva novamente. Agora o povo chega mais adiante e vem a fome, e novamente outro grande milagre, Deus manda MANÁ do céu, que era uma farinha com cheiro de baunilha, e com ela se podia fazer quase tudo. Mas como povo é igual em todo lugar, somente o pão do céu não era o bastante, agora eles começam a reclamar da falta da carne e Deus manda infinitas codornizes e o povo come carne até sair por suas narinas. Na jornada em direção a terra prometida o povo chega ao deserto de Sim e novamente reclamam da falta de água, e então Deus dá água que sai da rocha de Meribá. Mas agora no meio do caminho, em um lugar chamado Refidim, está um povo rude, entre Egito e Canaã aparece um povo mau, conhecido pelo nome de Amalequitas, que na verdade eram parentes dos Hebreus, como vimos anteriormente, e a única saída era a guerra e Moisés sabia que o povo que ali estava não tinha experiência na arte da guerra, pois eles não sabiam como manejar uma espada e sem a presença de um grande milagre da parte de Deus a derrota, a morte, a falência e outras frustrações eram certas. Então aqui começa nossa mensagem. 


OS QUATRO ESCOLHIDOS DE DEUS
- MOISÉS

O cabeça, o líder, o representante de Deus. Ele trazia sobre si a autoridade que lhe foi investida por Deus, e assim sabendo de sua responsabilidade ele chama a Josué e lhe dá a ordem para agir da forma que ele determinou, e ainda compartilha com Josué onde ele, como líder estaria e o que ele estaria fazendo.

O verdadeiro líder não é aquele que somente sabe mandar, mas também fazer.Deus escolheu um líder para sua vida, então trate de obedecê-lo, honrá-lo. Se Josué resolvesse fazer tudo de outra forma, achando que Moisés estava velho e caduco, com certeza ele e todo o exército Israel morreriam. Precisamos aprender a acreditar e a obedecer nossos líderes dentro do local onde nos alimentamos da palavra.


JOSUÉ

O guerreiro corajoso e destemido, que seria o sucessor de Moisés. Ele sabia que a obediência a Moisés era uma condição para que tivesse vitória, pois jamais seremos honrados se deixarmos de honrar nosso líder, jamais teremos vitória de desprezarmos as palavras de nosso pastor, pois o próprio Deus jamais quebra uma regra imposta por Ele mesmo e uma delas é a regra da autoridade e hierarquia.

Para chegarmos ao topo da vitória precisamos aprender a obedecer. Muitos se acham inteligentes o bastante para fazer aquilo que lhes vêm a mente e não colocam em prática a palavra ministrada pelo pastor.


- ARÃO

O Sumo Sacerdote, um homem escolhido para fazer algo que outros jamais fariam. Não vou descrever as funções do Sumo Sacerdote, pois acredito que você já saiba. Mas sem a presença de Arão algo estaria incompleto. Arão representa a parte espiritual da batalha e da vitória, a parte que muitos dão pouco valor, pois estamos preocupados com o inimigo e não com o dono da vitória.

Precisamos levar “Arão” para nossas batalhas, ele é indispensável. Assim como Simão o Sirineu estava lá para ajudar o mestre a carregar a cruz, também precisamos de Arão e Hur para completar o time que estará na intercessão para a vitória


- HUR

A bíblia não nos dá muitas informações sobre este homem, mas acredito que Hur fosse um auxiliar de Arão, como uma espécie de sacerdote que estava sempre a disposição do sumo sacerdote. Assim Hur deveria estar lá no auto do monte para que lá no campo de batalha Josué e os soldados ganhassem a batalha.

Arão não conseguiria segurar ambos os braços de Moisés da forma que deveria ser feito, e por isso Hur foi chamado a subir no monte e estar ao lado de Moisés de forma prevista.


REPRESENTATIVIDADE DOS PERSONAGENS

Precisamos entender que a bíblia deve ser interpretada sob a visão de que também foi escrita em três linguagens diferentes: a linguagem simbólica, a linguagem literária, e a linguagem figurativa. Assim em cada palavra contida dentro da bíblia certamente Deus está nos falando algo, então quero usar da linguagem figurativa para conjecturar e realizar um paralelo nas figuras de Moisés, Josué, Arão e Hur com presença de Deus no meio de seu povo. Então vejamos.

MOISÉS representa a figura de DEUS, já ARÃO e HUR representam a presença do ESPÍRITO SANTO, em dois tempos, no Velho e no Novo testamento, JOSUÉ é a representatividade do SENHOR JESUS, que veio para lutar e vencer nossa batalha.


O TRÊS SEGREDOS PARA VITÓRIA

Para vencer a batalha precisamos aprender alguns detalhes que farão a diferença em nossas vidas. Ninguém sobrevive sozinho, pois o homem é um ser sociável e por isso convive em família, bairro, cidades, isso é sociedade. Temos a necessidade de convivermos com outras pessoas e interagir com elas.

Estamos aqui em uma mensagem para a igreja e igreja é o mesmo que família e como povo de Deus nós tratamos uns ao outros como irmãos. Moisés sabia que o povo deveria ter vitória sobre os in inimigos e assim ele tratou de usar alguns princípios do caráter de Deus e aplicá-los na batalha. Então veremos agora uma estratégia que devemos usar nas batalhas que nos afrontam dia a dia.


O PRICÍPIO DA HIERARQUIA

Esse princípio é indispensável dentro de um convívio humano. A hierarquia aponta para o líder, que por sua vez fez por merecer a ocupação de seu posto. Assim tal princípio vem organizar as estratégias de comando e organização de uma instituição para que haja crescimento e a sobrevivência seja constante. Vemos que no seio de uma família Deus nos instruiu que o homem é a cabeça, e mesmo em certos grupos animais um se destaca como líder, isto pelas suas qualidades.


O PRINCIPIO DA UNIDADE

Se vivemos em grupos, então cada grupo tem seus objetivos, podendo ser diferentes de grupo para grupo, mas cabe ao líder dar prosseguimento aos trabalhos para que o grupo tenha sucesso. O sucesso do grupo vai depender da unidade entre eles, pois imagine em um grupo familiar o pai provendo o sustento da família e a mãe pondo este sustento para fora, com certeza os mais fracos vão sentir primeiro as consequências da falta da unidade do grupo.


O PRINCIPIO DA FÉ

Havendo o respeito da hierarquia, tendo um cabeça, um líder, que dá ao grupo a devida assistência, e o grupo vivendo em harmonia da unidade, buscando todos o mesmo ideal, temos agora dentro do grupo a fé, que é a credibilidade na certeza daquilo que se espera como que já tenha acontecido. Uma criança não pergunta ao pai ou a sua mãe se haverá alimento amanhã. Isso é fé.

Dentro da ideologia dos três princípios apresentados, vemos o grande Moisés preocupado em dar ao grupo de milhares de pessoas sobre seu comando a segurança da vitória, pois um bom líder sabe que a vida de um grupo não é só de brisas. Então meus amados irmãos, tenhamos nós também a consciência de meditarmos na palavra de Deus e colocarmos em prática tudo o que o Senhor tem falado através do líder, ou seja, dos pastores sérios que sobem nos púlpitos com a preocupação de levar ao grupo de irmãos a verdadeira palavra que salva, transforma e cura, e não a palavra que mostra um enriquecimento dos pastores. 


O SEGREDO DE MOISÉS

Eram cerca de 75.000 mil Amalequitas que vinham para tentarem exterminar os Hebreus, uma multidão de homens ferozes e vorazes sedentos de sangue e cheios de ódio no coração, mesmo se motivo algum para isso. Então um sopro no coração de Moisés é percebido, não por outros, mas pelo próprio Moises, que viu naquela batalha o sinal do poder infinito do Eterno Senhor. Mas que sinal, que sopro foi esse?

Quando o aviso de que os Amalequitas vinham contra o povo de Deus Moisés deve ter perguntado onde eles estavam e onde seria o confronto, então alguém diz a Moises que o local da batalha seria o vale de Refidim, e Moisés se alegra com o sinal da vitória, mesmo sabendo que não seria fácil ele tinha a garantia da vitória sobre o povo inimigo. Foi por isso que Moisés subiu no monte com Hur e Arão, para fazer a parte espiritual que cabia a eles, pois o nome Refidim em hebraico significa Sustentáculo. 

Isso nos revela que é o Senhor quem sustenta o universo com uma das mãos, também sustentaria o seu povo, o qual tinha feito promessas, e Ele também sustentaria tudo mais, ou seja, as promessas que Deus fez ninguém pode anular. Isso deu a Moisés a certeza que ali o Eterno estaria com eles. 

O segredo é saber onde você está! Onde será travada a sua luta! Onde o encontro com o inimigo será inevitável! Pois se souberes onde estás com certeza saberá seDeus está com você ou não. Pois com toda a certeza o Deus de Israel não está no mundo; nas baladas; no álcool; no pecado; na desobediência ou infidelidade, mas está dentro da casa que Ele mesmo a denominou de A CASA DE ORAÇÃO.

CONCLUSÃO
Sem dúvida a bíblia está repleta de batalhas e lutas travadas entre homens e povos, e a isso vejo que há uma similaridade com as nossas vidas que também são cheias de batalhas, mas como verdadeiros cristãos não podemos deixar de acreditar que temos um Deus verdadeiro e justo que ama e zela por seus filhos e que nesse momento está no céu com as mãos levantadas segurando a vara da justiça para que eu e você tenhamos vitória, mas precisamos fazer nossa parte e ter fé que Deus fará a dEle. Não pense você que Deus tenha compromisso com quem não tem compromisso com Ele. Deus só pode defender àqueles que se entregarem suas vidas a Ele. Então se você ainda não entregou sua vida a Ele, o faça agora. E se você está vivendo fora do princípio da Unidade, então está remando para o lado errado e isso te levará para longe de Deus. Quero lhe contar uma pequena história.

"Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas."

“Pérolas são produtos da dor; resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou grão de areia. Na parte interna da concha é encontrada uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, ás células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola vai se formando. Uma ostra que não foi ferida, de modo algum produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.” Pr. Alexandre Augusto 

sábado, 16 de abril de 2016

O Céu na Terra

 
Na pessoa de Jesus Cristo, o dom inefável de Deus, o céu veio até a terra. Feliz daquele que aceitou esse presente do Deus Eterno e cultiva íntima comunhão com Ele. A mensagem mais extraordinária que se conhece foi anunciada no Natal:
 
“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite. E um anjo do Senhor desceu aonde eles estavam, e a glória do Senhor brilhou ao redor deles; e ficaram tomados de grande temor. O anjo, porém, lhes disse: Não temais; eis aqui vos trago boa-nova de grande alegria, que o será para todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E, ausentando-se deles os anjos para o céu, diziam os pastores uns aos outros: Vamos até Belém e vejamos os acontecimentos que o Senhor nos deu a conhecer. Foram apressadamente e acharam Maria e José e a criança deitada na manjedoura” (Lc 2.8-11,15-16).

        Quando Jesus nasceu como criança nesta terra, o céu veio até nós. Por quê? Porque naquele momento a glória celestial deixou o céu para vir a este mundo.

A glória do céu – quem é?

         Jesus Cristo e ninguém mais. Jesus é a glória celestial não porque achamos ou pensamos que Ele o seja, mas porque o Pai predestinou o Filho para sê-lO. Lemos na carta aos Hebreus que o Pai instituiu o Filho como herdeiro de todas as coisas e que, por meio dEle, de Jesus Cristo, tudo foi criado. Ele é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu Ser (Hb 1.2-3). Essa passagem bíblica diz ainda que Ele sustenta todas as coisas pela palavra do Seu poder e que se assentou à direita da Majestade, nas alturas, tornando-se mais poderoso que os anjos (vv.3-4). Finalmente, nesse texto de Hebreus também encontramos o testemunho:
 
“Tu és meu Filho, eu hoje te gerei... Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho. E todos os anjos de Deus o adorem” (vv. 5-6).
 
        Todas essas grandes verdades são ditas a respeito de Jesus.
         Realmente, o Filho de DeusJesus Cristo, é a glória do céu, unicamente por decisão divina. Por isso, quando Jesus Cristo nasceu como bebê em Belém, a glória do céu chegou à terra! Esse foi um ato de Deus que jamais compreenderemos por completo. O nascimento de Jesus Cristo é, por um lado, o acontecimento mais conhecido que a Bíblia registra, e, por outro lado, é um fato que nosso raciocínio não conseguirá captar em toda a sua plenitude. Mas neste Natal de 2005 podemos gravar profundamente em nosso coração e nos alegrar de maneira renovada com o grandioso fato de que o céu veio à terra e chegou a nós, à vida pessoal de cada um, chegou à minha e à sua vida.

Quem não deixa seus “campos”...

         Os pastores encontravam-se “nos campos e guardavam o seu rebanho”quando repentinamente ouviram falar do nascimento de Jesus Cristo. Depois de terem recebido essa maravilhosa mensagem – de que o céu chegara à terra – não hesitaram por um momento e “foram apressadamente”, largando seus campos, buscando e encontrando a criança. Que homens eram aqueles, que reagiram dessa forma em uma época tão distante, deixando para trás seus campos e suas ovelhas para se encontrarem com o Salvador? Será que eles não tinham problemas, não passavam por dificuldades, será que viviam despreocupados? Naturalmente que não! Esses pastores eram pessoas como nós, mas estavam dispostos a deixar seus campos para ver o Salvador, e essa disposição os fazia diferentes dos demais. Se naquela ocasião tivessem ficado “nos campos com as ovelhas” não teriam visto o Rei recém-nascido.
estudos bíblicos, GOSPEL         Neste tempo de Natal chega até nós a mesma mensagem que os pastores receberam naquela época. Somos igualmente confrontados com a notícia: Jesus nasceu!” e com a informação de que o céu chegou à terra. Como reagimos? O que fazemos? Ficamos em nossos “campos” ou nos levantamos e vamos ao encontro de Jesus?
         Talvez você ainda se encontra em algum “campo” que deveria abandonar imediatamente para que sua vida possa captar o verdadeiro e mais profundo sentido do Natal? Talvez você deveria deixar muitas coisas para trás para entender que, de fato, o céu chegou à terra. Analisemos alguns campos onde talvez um ou outro de nós se encontre, campos que deveríamos deixar para ir em busca do Senhor.

No campo da “busca sem rumo”

         Num certo dia, Jacó enviou seu filho José para o campo com a incumbência de ver como estavam seus irmãos que apascentavam as ovelhas em algum lugar da campina. José pôs-se a caminho. Lemos que um homem
 
“...encontrou a José, que andava errante pelo campo, e lhe perguntou: Que procuras?” (Gn 37.14-15).
        Aparentemente José havia perdido o rumo e vagueava pelo campo sem saber para onde ir. Um homem que passava por ali viu-o e perguntou: “Que procuras?”
         Há cristãos que igualmente perderam o rumo de suas vidas, que não sabem que direção tomar. Estão perdidos, mas diferentemente de José, isso não acontece por não saberem o rumo que devem tomar mas porque, em algum momento de suas vidas, foram conscientemente na direção errada. Pessoas assim“vagueiam errantes pelo campo” porque olham apenas para as coisas negativas ao seu redor, ao invés de olhar somente para Jesus. Seu coração vive inquieto, sua paz interior sumiu. Vêem apenas a situação mundial miserável, a escuridão espiritual em sua cidade e as circunstâncias difíceis em sua própria vida. Mas, antes de tudo, voltam demais seu olhar para si mesmos e para sua própria incapacidade. Quem assume essa postura de ver apenas o que não vai bem certamente ficará deprimido.
         Quem fica olhando constantemente para a situação extremamente negativa se amedronta. Quem vive falando das trevas espirituais que dominam sua cidade terá seu próprio coração escurecido. Quem se deixa influenciar pelas dificuldades em sua família ou em seu local de trabalho acaba perdendo sua firmeza interior. E o cristão que só olha para si entra em desespero. Não é de admirar que filhos deDeus que desviaram seu foco da pessoa do Senhor perdem o rumo, sentem-se desnorteados e, como José, andam “errantes pelo campo”.
         Não deveria ser assim. Se perdemos o rumo, a situação precisa mudar com urgência. O que fizeram os pastores que estavam nos campos com seus rebanhos? Ao ouvirem a mensagem de que o céu chegara à terra, deixaram seus campos e foram diretamente a Belém para ver a criança, que era o Salvador.
         Você ainda está “vagando pelos campos”? Existe alguém que vê sua situação: o Salvador. Ele lhe pergunta: “Que procuras?” Se você já se tornou filho de Deus pela fé no ressurreto Senhor Jesus Cristo, anime-se e abandone o“campo da desorientação”. Venha até o Senhor outra vez! Busque novamente o Salvador! Dirija seu olhar para Ele, e tudo ficará claro na sua vida. Você terá rumo e direção. No Salmo 34.5 encontramos a maravilhosa promessa:
 
“Contemplai-o e sereis iluminados, e o vosso rosto jamais sofrerá vexame”.   Salmos 34.5

No campo de “amargar a vida com dura servidão”

         Depois que os filhos de Israel haviam se multiplicado no Egito, tornando-se um povo numeroso, suas condições de vida foram ficando cada vez mais difíceis e penosas. A Bíblia diz que
 
“então, os egípcios, com tirania, faziam servir os filhos de Israel e lhes fizeram amargar a vida com dura servidão, em barro, e em tijolos, e com todo o trabalho no campo; com todo o serviço em que na tirania os serviam” (Êx 1.13-14).

        Muitos cristãos, nossos irmãos e irmãs em Cristo, “amargam a vida com dura servidão”. Por causa de doenças, problemas familiares ou financeiros, sua vida é muito trabalhosa. Seja o que for, para esses cristãos sua situação momentânea realmente é como se estivessem “amargando a vida com dura servidão”, como os israelitas na escravidão no Egito. A esses queridos irmãos e irmãs eu gostaria de dizer o seguinte: o céu chegando à terra também significa que nosso Salvador é maior que todo e qualquer problema e maior que toda dor. Certamente você sabe disso, mas hoje eu gostaria que você deixasse o campo de servidão e experimentasse a libertação. Obviamente seus problemas existem, mas você pode aniquilar o poder de destruição deles voltando seu olhar firmemente para Jesus.estudos bíblicos, GOSPEL
         Em que consistiu a força que moveu os pastores naquela época? Foi porque, depois de ouvirem a mensagem de que o céu viera à terra, eles imediatamente deixaram os campos e foram até o Salvador. Eles se puseram a caminho, eles foram firmes e tomaram uma decisão. É provável que alguns dos pastores não se sentiam bem, outros talvez tinham dificuldades físicas, problemas de saúde, estando doentes ou abatidos. Mas depois de ouvirem “...que hoje vos nasceu o Salvador”, assim como estavam deixaram os campos para ver o recém-nascido Messias de Israel.
         Talvez você também esteja enfrentando problemas com seu esposo, sua esposa, seus filhos, seus colegas de trabalho, seu chefe, seus vizinhos, seus parentes, seus amigos ou conhecidos. Mas dou-lhe um conselho: perdoe aqueles que “o pisaram ao pó”, levante-se e abandone o campo da“dura servidão” e vá até Jesus apressadamente, assim como você está, com tudo o que o aflige. Em espírito, faça o mesmo que o salmista, exclamando:
 
“Ainda que a minha carne e o meu coração desfaleçam, Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl 73.26).
        Garanto que, se você tomar essa atitude pela fé, experimentará de maneira nova que o céu de fato veio à terra porque Jesus nasceu como criança em Belém. E você experimentará que o céu na terra significa, pessoalmente em sua vida, que em meio a todas as dores e sofrimentos você pode ver Jesus, o Autor e Consumador da sua fé. Para experimentar essa certeza, porém, você precisa agora, decididamente, olhar para Ele, deixando seu “campo” e fazendo o que diz Hebreus 12.1-2:
 
“...desembaraçando-nos de todo o peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus... (Hebreus 12.1-2)”

O “campo da humilhação”

         Muitos cristãos se encontram nesse “campo” e se rebelam interiormente, o que serve unicamente para prejudicar sua relação com o Salvador. Vejamos um exemplo do Antigo Testamento como ilustração: depois que Rute, a moabita, havia regressado a Belém com sua sogra Noemi, elas não tinham o que comer no início de sua vida na nova pátria. Então aconteceu o seguinte:
 
“Tinha Noemi um parente de seu marido, senhor de muitos bens, da família de Elimeleque, o qual se chamava Boaz. Rute, a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que mo favorecer. Ela lhe disse: Vai, minha filha! Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores” (Rt 2.1-3a).

         Não era honroso o que ela fazia, apanhando as espigas que os segadores deixavam para trás, mas ela e sua sogra precisavam do cereal para se alimentar. Para a moabita Rute, juntar os restos era ainda mais humilhante, uma vez que ela era gentia e fazia parte de um povo que havia travado muitas guerras com Israel. Mas pela Bíblia sabemos que isso não representava problema algum para Rute. Ela o fazia de todo o coração, por amor à sua sogra Noemi. E o Senhor a recompensou ricamente, fazendo com que recebesse como esposo a Boaz, o proprietário dos campos onde ela juntava espigas. Assim, para Rute o “campo da humilhação” tornou-se o “campo da bênção”.
         Deus, o Senhor, muitas vezes também envia os cristãos ao “campo da humilhação”. Por quê? Ele quer nos transformar e santificar. Como Pai, Ele o faz única e exclusivamente por amor a Seus filhos. Muitos de nós, porém, fazem desse “campo de humilhação” um “campo da amargura e do desgosto”. Por quê? Por querermos que o Senhor nos transforme, mas, por favor, não no campo da “humilhação e do dissabor”! De forma alguma desejamos andar atrás dos segadores juntando o que sobrou. Isso seria demais para nosso orgulho!
         Penso que o maior problema para nós cristãos é o nosso próprio eu, que não quer, estudos bíblicos, GOSPELde forma alguma, ser atacado ou exposto. Não admitimos que é assim, mas quantos cristãos “firmes” já“explodiram” interiormente quando um irmão os atacou ou humilhou de alguma forma? O mais doloroso é quando outros cristãos ou familiares tocam em nosso eu tão vulnerável. Muitas palavras amargas já foram ditas quando nos sentimos atingidos, palavras que depois lamentamos ter pronunciado. Ao nos rebelarmos por sermos rebaixados, tornamos nosso “campo da humilhação” em “campo da amargura, do desgosto e do rancor”. Esse comportamento pode prejudicar nosso relacionamento com nosso Senhor e Salvador.
         O Senhor Jesus, o Filho de Deus, que ao nascer foi enrolado em fraldas e deitado em uma manjedoura, que mais tarde foi escarnecido e maltratado por Suas próprias criaturas, teria tido todas as razões para se justificar, mas manteve-se “manso e humilde de coração” (Mt 11.29). Pensando na festa de Natal, nós igualmente deveríamos começar com urgência a arar e trabalhar no “campo da amargura e do rancor” para que nosso coração se transforme outra vez no“campo da humilhação e da disciplina”, que é o alvo do Senhor conosco, pois Ele deseja que nosso coração seja um campo fértil, com terra boa, onde Sua Palavra nasce, cresce e dá muito fruto. Em outras palavras, deixemos imediatamente o “campo da amargura, do desgosto e do rancor”, dirigindo-nos a um lugar onde o Senhor possa trabalhar em nós! Mesmo que precisemos continuar seguindo os segadores, catando espigas no campo, que importa? Se o Senhor o quer, então é para o nosso bem (Rm 8.28). Se essa virada acontecer em sua vida, você verá que, com Jesus, você pode vencer seu orgulhoso eu e experimentará o que está escrito em Romanos 8.37:
 
“Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou.”  Romanos 8.37

O “campo da solidão auto-imposta”

         Mesmo que Davi não tenha buscado a solidão por vontade própria, esse“campo” pode ser detectado em sua vida. Após ter caído em desgraça diante do rei Saul, teve de empreender uma fuga precipitada e se esconder: “Escondeu-se, pois, Davi no campo” (1 Sm 20.24). Será que entre os que lêem esta mensagem há crentes que se esconderam “nos campos da solidão”? Talvez não estejam fugindo, como Davi, mas foram decepcionados por outros cristãos e agora não freqüentam mais sua igreja e não querem mais contato com os crentes. Para os filhos de Deus é bom isolar-se diariamente e buscar a face do Senhor em oração, na solidão, somente em Sua companhia. Essa é a solidão abençoada. Mas existem irmãos queridos que se afastaram dos demais e se recolheram ao campo da “solidão auto-imposta”. Estão passando por uma experiência semelhante a de Davi. Ele fugiu do rei Saul e “escondeu-se... no campo”. Por quê? Por ter se decepcionado ao extremo com Saul, seu companheiro, que lhe era muito chegado e agora o perseguia ferozmente. Davi foi obrigado a se esconder “no campo”.
         Em nossos países ocidentais ainda usufruímos de plena liberdade e podemos nos reunir publicamente para ouvir a Palavra de Deus. Mesmo assim, muitas vezes os crentes que se decepcionam com outros irmãos se isolam e não querem mais contato com ninguém. Quantas vezes já ouvi a queixa: “O irmão fulano me decepcionou tanto que agora não confio mais em crente nenhum”! E quantas vezes, quando aconselhei algum irmão ou irmã a sair de seu isolamento e buscar uma igreja fiel à Bíblia, ouvi a desculpa: “Fiquei tão decepcionado com a minha igreja que agora não quero mais saber de igreja nenhuma!”
         Quem procura cristãos perfeitos ou uma igreja sem erros neste mundo, buscará em vão, pois eles não existem. Onde quer que haja pessoas, haverá erros. Se você passou por alguma decepção com cristãos e se afastou de todos eles, então você está no caminho errado, como alguém que “se esconde no campo”.
         Mas existe ainda outra razão para os crentes ficarem sozinhos. É sua piedade auto-escolhida, por terem adotado uma vida cristã que eles consideram a única certa. Não estamos falando de um discipulado comprometido, dentro dos padrões bíblicos. Estes são inegociáveis. Mas muitos cristãos deixam a comunhão com suas igrejas ou com seus irmãos em Cristo por ninharias, por detalhes secundários. Um motivo, por exemplo, que pode levar um crente a não falar mais com outro é a árvore de Natal. Uns adotam essa decoração natalina, outros são absolutamente contra, e os irmãos se separam. Seja o que for que venha a dividir irmãos, os que buscam a solidão por vontade própria estão se escondendo no campo da “solidão auto-imposta”. Mas uma coisa é certa:
 
“O solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira sabedoria” (Pv 18.1).
        Todos os que se encontram na solidão por vontade própria deveriam deixar essa passagem tocar profundamente seus corações.estudos bíblicos, GOSPEL
         A todos eles digo com muita ênfase: façam como os pastores, que deixaram seus campos em Belém e foram até o Salvador! Depois de terem ouvido que o céu havia chegado à terra na pessoa de Jesus Cristo, nada conseguiu impedi-los, e eles foram até o Senhor. Foram ver Aquele de quem as Escrituras profetizavam há tanto tempo. Deixe seu isolamento! Afaste-se de sua piedade auto-imposta! Acabe com a falsa separação – e venha novamente ao Salvador e para junto daqueles que também foram comprados pelo Seu precioso sangue. Se hoje, em nome de Jesus, você romper todas essas amarras carnais e se livrar dessa pressão que impôs a si mesmo, você ficará livre! E você experimentará de maneira totalmente nova o que significa a glória do céu ter vindo à terra!

O “campo de ser deixado para trás”

         Jesus havia falado exaustivamente sobre as coisas futuras com Seus discípulos em Seu “Sermão Profético”, e então fez a séria declaração:
 
“Então, dois estarão no campo; um será tomado, e deixado o outro” (Mt 24.40).

         Aqui temos diante de nós um dos mais trágicos acontecimentos, pois chegará o dia em que haverá uma cruel separação dentro de famílias inteiras. QuandoJesus voltar para buscar Sua Igreja, por ocasião do Arrebatamento (1 Ts 4.16-17), levará consigo somente aqueles que crêem nEle de verdade – todos os demais ficarão para trás. Essa será uma separação cruel e definitiva! Realmente “dois estarão no campo; um será tomado, e deixado o outro.”
         Qual é a sua situação? Você está no campo correndo o risco de ser deixado para trás? Como seria bom se hoje o Natal acontecesse para você pessoalmente! O que você deve fazer para isso? Deixe imediatamente esse “campo” e venha aJesus Cristo! Faça simplesmente o que os pastores fizeram:
 
“Foram apressadamente e acharam... a criança deitada na manjedoura” (Lc 2.16).
        O bebê, porém, não está mais na manjedoura, e também não é mais um bebê. Ele cresceu, viveu e sofreu, morrendo numa cruz em nosso lugar, e depois ressuscitou. Agora Jesus se encontra à direita da Majestade nas alturas, no trono de Deus! Clame a Ele em oração! Ele ouvirá e salvará você, pois está escrito: 

“Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo” (At 2.21; Rm 10.13).
 
        Que júbilo haverá no céu se você, ainda hoje, se voltar para Jesus com todos os seus pecados, seus problemas e preocupações (veja Lc 15.7,10)!
         Se você rejeitar o dom inefável de Deus, que Ele lhe oferece em JesusCristo, ficará para trás, “no campo”, e isso pode acontecer ainda hoje!

O “campo da mais profunda comunhão com o Filho de Deus

         Quando os pastores deixaram seus rebanhos “nos campos” para ir ao encontro de Jesus, descobriram o melhor e mais verdejante campo de toda a sua vida: o “campo da mais profunda comunhão com o Filho de Deus. A partir desse momento, esse passou a ser o mais frutífero “campo” em suas vidas, pois contaram a outras pessoas a sua maravilhosa experiência:
 
“E, vendo-o, divulgaram o que lhes tinha sido dito a respeito deste menino. Voltaram, então, os pastores, louvando e glorificando aDeus por tudo o que tinham ouvido e visto, como lhes fora anunciado” (Lc 2.17,20).

        Os primeiros cristãos haviam entrado em íntima comunhão com o Filho deDeus. Hoje, quando a volta de Jesus para o Arrebatamento está às portas, devemos buscar essa comunhão e nos aproximar cada vez mais do Senhor. Isso me leva a conclamar as leitoras e os leitores cristãos: entremos no “campo da mais íntima comunhão com o Filho de Deus e não o deixemos jamais! O que devemos fazer para que nossa vida seja realmente frutífera e glorifique aJesus? Buscar íntima comunhão com Ele e com o Pai celestial (1 Jo 1.7). Então nossa vida poderá ser mais pura, e poderemos pisar em um campo ainda mais abençoado:

O “campo da oração”

         O céu na terra – isso existe? Sim, para todos os que cuidam e cultivam uma vida de oração, que plantam e regam o “campo da oração”, o céu vem até a terra. Somente os crentes que vivem uma vida de oração terão profunda comunhão com Cristo, e isso é literalmente o céu na terra!
         Lemos que Isaque saiu “a orar no campo, sobre a tarde” (Gn 24.63, ERC). A tarde vem caindo e a noite vem chegando a este mundo. O relógio deDeus aponta nessa direção. Ninguém terá coragem de contradizer essa afirmação, pois diariamente vemos e ouvimos que a decadência aumenta em todas as áreas da vida humana e que os sinais da Sua volta se cumprem. Justamente por isso os cristãos renascidos deveriam cultivar ainda mais intensamente uma vida de oração, hoje mais do que nunca, entrando mais e mais nesse “campo” abençoado, pois
 
“ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hb 10.37).
 Marcel Malg