domingo, 10 de abril de 2016

O Cristão e a Vida Acadêmica

Vivendo e atuando no ambiente acadêmico a anos como professor universitário, tenho observado o aumento significativo de cristãos nas Universidades e Faculdades, e isso tem trazido algumas consequências tanto para a própria Academia como para a vida destes cristãos. 
Em minha adolescência não me lembro de termos nenhum dos jovens de nossa igreja local na Universidade, tínhamos um contingente de jovens cristãos muito inferior ao que temos hoje no ensino superior. Hoje temos uma grande quantidade de jovens que tem se preparado academicamente e a presença de cristãos protestantes dentro da Academia tem aumentado consideravelmente. A ABUB (Aliança Bíblica Universitária do Brasil) tem trabalhado na evangelização de jovens dentro dos centros universitários desde a década de setenta.
O interesse dos protestantes pela Academia não é novo, um exemplo bem conhecido dos reformados é a Academia de Genebra criada por Calvino e tantos outros centros acadêmicos criados por cristãos como Oxford, Yale e Princeton. No Brasil temos a Universidade Presbiteriana Mackenzie que tem sido uma escola de destaque em solo brasileiro, na verdade desde a chegada dos protestantes no Brasil há interesse pela educação seja ela básica ou superior. 
Entretanto, nas últimas décadas, a chegada de cristãos de uma forma geral (protestantes, evangélicos pentecostais e mesmo os neo pentecostais com seus equívocos teológicos de toda ordem) nas Universidades e Faculdades, tem alterado o ambiente das aulas e sem dúvida, estimulado o surgimento de conflitos e problemas que se não forem tratados adequadamente produzirão malefícios a ambos os lados (Academia e cristãos).
Nesse processo de volta ou de chegada, principalmente dos cristãos protestantes e evangélicos a Academia, algo que sempre foi difícil no Brasil por conta da condição financeira e na defasagem da educação da maioria dos evangélicos, e tendo vivenciado como aluno conflitos que hoje observo em meus alunos, é que entendo relevante e urgente o trabalhar desta questão pelos pais cristãos e pelas igrejas locais de uma forma geral. Alguns fatores positivos e negativos colhemos desta questão quando trabalhada. Vejamos de forma panorâmica, estes fatores:

O primeiro fator que enxergo e de forma positiva, é o fato de a condição econômica ter melhorado nos últimos anos por conta inicialmente da estabilização da moeda e de programas educacionais que foram implantados tivemos a oportunidade de educar jovens cristãos no ensino superior (se bem que nos últimos anos, estes programas tem sido negligenciados pelo Estado devido a queda abrupta da credibilidade na gestão da economia brasileira, abandonando os jovens que aderiram a eles, mas de forma geral, ainda são benéficos e positivos). 

No entanto, temos o segundo fator e lado negativo da questão. É inegável que muitos jovens cristãos quando chegam na Universidade ficam desmotivados e confusos por conta dos confrontos das ideias cientificas  que querem destruir a religião de uma forma geral. Com isso temos alguns efeitos interessantes, primeiro temos aqueles que vivem uma dicotomia, a figura do professor universitário é uma autoridade em sala de aula e ali a ciência está em primeiro plano, ali não é lugar para a fé (essa é uma observação que ouvi muito de professores na graduação), mas, lugar de investigação cientifica, portanto o método cientifico supera as questões religiosas. Com isso muitos jovens tem uma cosmovisão bifurcada, na Academia e na Igreja Local que congregam. Muitos jovens não sabem explicar porque creem na Bíblia, não sabem explicar sobre a pessoa de Cristo ou sobre pecado e salvação. Dentro desse primeiro ponto temos algumas questões a tratar, na maioria das vezes as igrejas não fornecem suporte a esses adolescentes e jovens que tem ido à Universidade, por isso é necessário que a igreja se preocupe com isso, não impedindo que o jovem cristão vá a Universidade, mas o preparando para estar lá. E aqui, sem dúvida, se aplica o ensino teológico de qualidade (mesmo que ainda básico), em Escolas Bíblicas e/ou atividades semelhantes no âmbito da Igreja Local

Questões como teoria da evolução, Criacionismo, a existência de Deus, a questão do mal, a inerrância da Bíblia e muitas outras questões que se levantam na Universidade devem ser trabalhadas em classes de jovens e adolescentes nas Igrejas Locais (congregações). E eles devem ser instruídos desde a pré adolescência. Ao que vemos hoje, posso dizer pela experiência que há um interesse maior dos jovens por questões relacionadas a Apologética Cristã (defesa da fé cristã) por conta do confronto que sofrem não só nas Universidades e Faculdades, mas também em escolas de ensino fundamental e médio. O fato de ainda não termos atentado no Brasil para uma Educação Cristã dificulta muito a formação de nossas crianças. De certa forma, há uma negligencia ao mandato cultural e social, na maioria das vezes defendemos que só a evangelização é a missão da igreja e não a transformação da cultura. Quando fazemos nosso papel na sociedade existe uma alteração cultural, existe uma evangelização integral. E ao tratarmos dessa integralidade não me refiro somente a uma questão de justiça social no que se refere a um recorte e cuidado com os pobres, mas na educação do nosso povo e daqueles que não são cristãos também. 

Abro um parênteses aqui: Devo incluir aqui também a necessidade urgente da criação e implantação de escolas de ensino infantil, fundamental e médio confessionais (raras existem) para que pais cristãos possam ter uma opção diante da escola formal que se apresenta com suas tendências, filosofias e políticas que confrontam os princípios e valores bíblicos. Sem dúvida, a Igreja tem negligenciado esta sua função na sociedade brasileira e abandonado nossas crianças, adolescentes e jovens a mercê do Estado, e isto traz consequências quando estes chegam a Academia sem a bagagem e conhecimento suficientes para fazer frente a investida massiva contra o Cristianismo no ambiente acadêmico.

Depois e em consequência do que já abordei, vem o terceiro fator. 
Temos aqueles que abandonam a fé por não terem “provas” consubstanciais da fé. Por isso, a Apologética Cristã é relevante e devemos ensinar os jovens cristãos a terem uma cosmovisão Bíblica e Cristocêntrica. É necessário que se prepare os jovens para a entrada na Universidade, seja através de palestras na Igreja Local, escolas bíblicas e/ou ensino confessional, trabalhando pontos específicos relacionados ao contexto que eles irão integrar. 

Um livro que recomendo e sugiro a todos os jovens cristãos que tem seguido no campus universitário é sem duvida “De todo o teu entendimento” do teólogo luterano Gene Edward Veith. Esta obra, dentre outras, irá mostrar de forma clara e de fácil compreensão como um cristão deve se portar no ambiente acadêmico tomando como base Daniel e seus amigos na corte de Nabucodonosor. Aqueles jovens estavam em Babilônia, exilados, e foram escolhidos para estudarem, note que eles já eram jovens de grande evidencia por seu intelecto e dedicação (Cap. 1 de Daniel).

Veith nos diz algo precioso:

"Em muitos aspectos, a experiência de Daniel é notavelmente parecida com a dos cristãos de hoje. Os estudantes cristãos numa universidade secular, ou os cristãos que confrontam a cultura contemporânea e o mundo intelectual atual se sentirão frequentemente como exilados numa terra estranha e hostil, assim como Daniel se sentiu. No entanto, o primeiro capitulo de Daniel sugere que é possível que alguém que crê no Deus verdadeiro se beneficie da instrução vigente. Ele mostra as provações, tentações e pressões com as quais ele pode deparar, mas também sugere como lidar com elas. Daniel conseguiu aprender a ciência Babilônica sem fazer a mínima concessão quanto a qualquer ponto doutrinal ou moral. Na verdade, Daniel, Sadraque, Mesaque, e Abede-Nego conseguiram prosperar na Universidade da Babiônia, mas a fé que eles tinham permitiu-lhes verdadeiramente superar seus contrapartes pagãos em seus próprios termos."

  É bom notarmos também que eles não comeram dos manjares do rei, porque eram oferecidos aos ídolos, exemplo precioso ais jovens crentes, lembre-se que você está em uma Babilônia e que muitas coisas oferecidas ali, até certos conteúdos curriculares não ídolos.

Um quarto fator que não podemos deixar de abordar é o deslumbre de muitos cristãos ao chegarem ao ambiente acadêmico que, além do pecado que tenazmente os assedia neste ambiente novo e multifacetado, muitos acabam tornando tudo aquilo a fonte de conhecimento absoluto e desprezam a Palavra de Deus, se não formalmente, mas ideologicamente.  Qual o fim disso? O fim se dará no final da vida quando se notará que o conhecimento sem Deus é fútil como Salomão dizia:

Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento. E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito. Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.Eclesiastes 1:16-18

Eu apliquei o meu coração para saber, e inquirir, e buscar a sabedoria e a razão das coisas, e para conhecer que a impiedade é insensatez e que a estultícia é loucura. Eclesiastes 7:25

De fato devemos encorajar os nossos jovens a estarem em ambiente acadêmico, na Reforma Protestante uma das questões trabalhadas na Teologia dos Reformadores foi a questão vocacional, isso deve ser enfatizado aqui, Deus chama homens e mulheres para serem médicos, engenheiros, advogados, políticos, economistas, artistas, cientistas. Quando esse chamado tem consciência de sua vocação e de que forma ou por que lente deve ser tratada determinada ciência chegaremos a um conceito chave mais profunda e numa cosmovisão cristã. 

Para concluirmos, não poderíamos deixar de citar esse trecho das Escrituras que encorajador a jovens estudantes cristãos:

Quanto a estes quatro jovens, Deus lhes deu o conhecimento e a inteligência em todas as letras, e sabedoria; mas a Daniel deu entendimento em toda a visão e sonhos. E ao fim dos dias, em que o rei tinha falado que os trouxessem, o chefe dos eunucos os trouxe diante de Nabucodonosor. E o rei falou com eles; entre todos eles não foram achados outros tais como Daniel, Hananias, Misael e Azarias; portanto ficaram assistindo diante do rei. E em toda a matéria de sabedoria e de discernimento, sobre o que o rei lhes perguntou, os achou dez vezes mais doutos do que todos os magos astrólogos que havia em todo o seu reino. Daniel 1:17-21


Portanto e finalmente chego a um chamado e advertência a todos que amam a Deus, Sua Palavra e Sua Igreja (onde cada um de nós é um membro) e que, por conta disso, tem responsabilidade com as atuais e novas gerações de cristãos. Precisamos como Igreja, preparar melhor nossos jovens para a entrada na Academia, e para o convívio num ambiente e campus universitário, onde, sem dúvida, encontrarão obstáculos, filosofias, crenças e direcionamentos ideológicos, religiosos, culturais, etc, de toda ordem e tipo.
Consideremos esta necessidade e reconheçamos nossa negligencia.
Mudemos nossa postura diante deste fato e amemos nossos jovens a tal ponto de nos preocuparmos com seus conflitos, dilemas e anseios.
Deus nos capacite para tal missão.


Leitura Recomendada a Cristãos Universitários:

A Morte da Razão – Francis Schaeffer, Ed. Ultimato.
O Deus que se revela - Francis Schaeffer, Ed. Cultura Cristã.
O Deus que intervém - Francis Schaeffer, Ed. Cultura Cristã.
Discípulo Radical – John Stott, Ed. Ultimato.
De Todo o teu entendimento – Gene Edward Veith Jr. Ed, Cultura Cristã.
Tempos Pós- Modernos - Gene Edward Veith Jr. Ed, Cultura Cristã.
No Crepúsculo do Pensamento – Herman Doeeyweerd, Ed. Hagnos.
Os cristãos e os Desafios contemporâneos – John Stott, Ed. Ultimato.
Pense Biblicamente – John MacArthur, Ed. Hagnos.
Filosofia e Fé Cristã - Colin Brown - Ed, Vida Nova.

http://pranselmoteologia.blogspot.com.br/

Prof. Magdiel Anselmo 

sábado, 9 de abril de 2016

A Unção de Manassés

E nasceram a José dois filhos (antes que viesse um ano de fome), que lhe deu Azenate, filha de Potífera, sacerdote de Om. E chamou José ao primogênito Manassés, porque disse: Deus me fez esquecer de todo o meu trabalho, e de toda a casa de meu pai. E ao segundo chamou Efraim; porque disse: Deus me fez crescer na terra da minha aflição. Gênesis 41.50-52 

Um grande sábio falou que “O tempero da vida é a expectativa”. E é bem verdade, pois uma vida sem expectativa é uma vida sem sabor, sem graça, sem objetivo. Assim creio que a expectativa é aquilo que serve como um combustível para alçar alguém na estrada da vida.
Se você encontrar um mendigo e conversar com ele verá que este não tem expectativa de vida. Então quando medito na palavra de Deus, logo uma nova expectativa nasce no meu coração, me direcionando a mais uma mensagem de Deus para a sua igreja. Então assim sendo nossos cultos deve haver uma expectativa, da nossa parte para com Deus e da parte de Deus para conosco, ou seja, nossas expectativas somente serão sanadas se primeiro atendermos as expectativas de Deus. Mas precisamos saber o que é um culto a Deus de verdade. Então tudo pode mudar de um momento para o outro em nossas igrejas e em nossas vidas.

A FAMÍLIA DE JACÓ

Após ter que fugir da ira de seu irmão Echav, ele parte para uma viagem solitária. Em obediência a sua mãe, aquela que não mais veria viva, pois quando ele volta sua amada mãe já havia sido sepultada. Então chegando ao final de sua jornada, Yaacov, chega a casa de seu tio Lavan, ou Labão em Harã em Paddan-aram. Depois de uma história conturbada ele venceu.

Após ter trabalhado para seu tio Labão por muitos anos, Jacó decide ir embora levando suas esposas e seus filhos. Os tempos se passam e agora Jacó e sua família estavam em Hebrom nas terras de Canaã, porém anida se não havia tomado posse de sua herança, sendo ainda moradores estrangeiros em Canaã, e já se fazia onze anos desde que Jacó ali chegara.

Jacó chegou em Hebrom levando consigo suas quatro mulheres e seus doze filhos, tendo uma familia constituida da seguin te forma:

LEIA OU LIA – A primeira esposa

Esta era filha mais velha de Labão, irmão de Rebeca, mãe de Jacó. Seu nomepode significar “Olhar tenro”. Lia foi dada a Jacó como esposa depois de uma trama articulosa de seu pai, a fim de que ela não ficasse solteira e não desse a Labão netos. Lia deu a Jacó sete filhos, sendo seis homens e uma mulher. Assim sendo ela foi mãe de seis das doze tribos de Israel. Os filhos homens eram Rúben, Simeão, Levi, Judá, Issacar e Zebulom, e uma filha chamada Diná.

ZILPA – Uma concubina

Esta era serva de Lia, que a seguia e como serva deveria obedecer todas as suas ordens seja elas qual fossem, então lia dá Zilpa como espasa a Jacó para que dela viessem filhos que pertenceriam a senhora e assim pensava Lia que teria o coração e o amor de seu esposo, e seguindo a ordem de sua senhora, Zilpa dá a Jacó dois filhos homens chamados Gade e Aser.

BILA – Uma concubina

Bila era serva de Raquel, e também como serva em obediência a sua senhora Raquel, é dada como esposa a Jacó e entrando a ela, Bila dá a Raquel dois filhos homens chamados Dã e Nafitali.

RAQUEL – A mais amada

Esta também era filha de Labão, assim sendo era irmã de Lia, ambas primas de Jacó. Raquel era o amor da vida de Jacó, e foi por ela que trabalhou quatorze anos de graça na fazenda de Labão. Raquel era estéril mas já em sua velhice ela concebe e dá a Jacó quem também já estava em boa velhice dois filhos, que os chamou de José o primeiro e seu irmão Benjamim que nasceu em Betel. Infelizmente Raquel morre no parto de Benjamim.

Em ordem cronológica, eram estes os filhos de Jacó, também chamados de as doze tribos de Israel as seguintes: Rúben, Simeão, Levi, Judá, Dã, Naftali, Gade, Aser, Issacar, Zebulom, José e Benjamim. (José morreu antes da entrada em Canaã e sua tribo se dividiu em Manassés e Efraim)

JOSÉ O FILHO MAIS AMADO

Em uma casa onde há filhos uma verdade é que uns adquirem mais afinidade com o pai e outros com a mãe, ou seja, não que Rebeca amasse mais a Jacó do que a Esaú, assim também não que Jacó amasse mais José do que seus outros filhos, mas a verdade é que os filhos se unem mais a um de seus pais, pois em minha casa tenho dois filhos homens, o mais velho é mais apegado a mãe e o mais novo a mim. Isso não faz como que haja uma preferência, mas demonstra a afinidade. Então era José aquele que mais amava o pai, aquele que mais agradava o velho Jacó, por isso Jacó tinha mais afinidade parecendo ser um amor diferenciado, oque não era.

Era costume nos dias de Jacó, o pai colocar o nome nos filhos, mas vemos queno texto do capítulo 29 de Gênesis, as mães davam os nomes, claro que tinham autorização do Jacó, e aprouve a Deus que a José fosse lhe dado uma nome diferente de seus irmãos, ou seja, Yossef, nome que em hebraico significa “Descobridor de coisas ocultas”.

Ora! Percebendo Jacó que José era o que mais lhe agradava e lhe buscava o bem, Jacó dá a José uma túnica, que na verdade não foi feita por Jacó, mas segundo os sábios judeus, era uma túnica que foi dada a Isaque por seu Abraão como um símbolo da marca da promessa. Então seria sensato pensar que aquela túnica fosse dada a Rúben como herança, ou a Judá como profecia de promessa, mas aprouve a Deus escolher aquele que era desde sua infância um verdadeiro sonhador.

Segundo a bíblia José era aquele que trazia noticias a seu pai, era ele que contava a verdade de tudo que acontecia na casa de seu pai, pois vemos que quando José tem um segundo sonho e conta a sua família, seu pai o repreende na frente de todos para não tirar a autoridade de seus irmãos e das esposas da casa, mas o versículo diz assim: “Seus irmãos, pois, o invejavam; seu pai, porém, guardava este negócio no seu coração.” (Gn,37:11). Verdadeiramente José era diferente dentre seus irmãos e Jacó já havia percebido essa diferença sobrenatural.

A bíblia cita somente dois sonhos tidos por José ainda no seio de sua família, mas bem sabemos que somente dois sonhos não deixariam seus irmãos irados e com muita inveja do menino que tinha apenas dezessete anos e com essa idade se sonha muito, pois quando os sonhos começaram penso que todos riam da cara de José, mas certamente acredito que alguns desses sonhos vieram a se concretizar, isso sim colocaria inveja no coração de seus irmãos.

A HISTÓRIA DE JOSÉ

Uma pessoa que se destaca por seus sonhos, logo é chamada de sonhador e ainda mais quando seus sonhos passam a ser profecias ministradas por Deus. Assim José passa a sofrer uma inveja dentro de casa, entre aqueles que deveriam ser osque o amavam ele sofre o contrário. Isso me mostra que são as pessoas mais próximas que acabam por nos jogar pedras, mas para estes eu tenho um recadopara dar: “Fruto podre cai sozinho!”.

Os irmãos de José não entendiam que as palavras do menino eram boas, mas por outro lado José era imaturo para saber falar uma linguagem que seus irmãos mais velhos pudessem entender, pois acreditamos que o jovem José tinha apenas cerca de dezessete anos quando foi vendido por seus irmãos. Assim sendo com o passar dos dias foi crescendo nos corações dos irmãos de José um sentimento que eles deveriam combater, e uma raiz deu origem a uma árvore, a árvore da inveja, que tem como frutos a ira, a cólera, o ódio, a intriga, a fofoca.

Bom, na primeira oportunidade seus irmãos armam uma emboscada para o sonhador. Eles arquitetam um plano para lhe tomarem a túnica que também era objeto de inveja e darem de vez um sumiço no rapaz. Então pegam José e lhe arrancam a túnica, jogam o menino em uma cisterna com cerca de sete metros de profundidade que estava seca, com certeza ao chegar o fundo ele estavamachucado, com medo, chorando. Mas seus irmãos queriam mesmo era matá-lo, mas temeram fazer isso e ao verem uma caravana de parentes, pois a bíblia relata que eram Ismaelitas, venderam o menino como escravo. José vai para uma terra longínqua e diferente da sua casa, e é comprado por um homem chamado Potifar, que era rico e tinha uma esposa depravada. Mas José sabia que Deus estava com ele.

Um dia a mulher de Potifar vendo a beleza de José tentou agarrá-lo para que ele se deitasse com ela, mas ele era fiel a palavra de Deus e fugiu, ela começa a gritar e diz que foi José quem tentou agarrá-la e José vai parar na prisão, um lugar onde ninguém quer estar. Ali na prisão José fica esquecido por longos doze anos. Na prisão José conhece dois homens, o mordomo e o confeiteiro de Faraó, que por desagradarem a Faraó foram parar naquele lugar triste. Ambos tem um sonho e José os interpreta e o mordomo volta ao palácio, mas antes José pede que interceda por ele junto a Faraó. O confeiteiro é enforcado em uma árvore como disse José.

Já se faziam longos dez anos que José ali estava, quando interpretou os sonhos dos homens, e agora depois de mais dois anos Faraó tem um sonho que o deixa perturbado e o mordomo se lembra que na prisão havia um homem que poderia interpretar este sonho terrível. Faraó manda então que trouxessem o homem chamado José para que lhe contasse os sonhos e ao ouvir os sonhos logo Deus lhe dá a interpretação. Faraó fica estupefato ao ouvir as palavras sábias vindas da boca de José, e coloca o servo de Deus como o governador do Egito.

A partir daí começa o trabalhar de Deus para trazer os filhos de Jacó diante de José para se curvarem e confirmarem que os sonhos de José também eram os sonhos de Deus e sonho de Deus ninguém pode frustrar.

Eu contei em breve linhas a história de José para lhe frisar uma coisa. Imagine que ser jogado em uma cisterna, vendido como escrevo, sendo filho de Deus ter que trabalhar em um lugar promiscuo, ir parar em uma prisão esquecido por doze anos. Com certeza isso deixaria uma mágoa terrível no coração de um jovem que foi privado de viver ao lado do pai que tanto amava. Ter ficado longe de casa sem poder voltar, isso deixaria uma ferida aberta na vida de José e de qualquer um.

Mas não foi assim com José, ele superou, e colocou em sua vida uma unção que nós precisamos para as nossas vidas nos dias de hoje.

OS FILHOS DE JOSÉ

Após ter sofrido terríveis aflições no Egito (Egito quer dizer “Terra de Cão”) José conhece uma bela moça que a seus olhos era mulher honesta e bela, merecedora de seu amor sincero, seu nome era Asenate (nome Egípcio que significa “Presente do deus Sol”), filha de Potífera, sacerdote egípcio do deus Om. Com ela José teve dois filhos, o primogênito chamou de Manassés, e o caçula de Efraim. Estes foram os filhos que Deus deu a José o Justo.

A UNÇÃO DE MANASSÉS

Bem sabemos que filhos são herança de Deus, diz a bíblia. Então com a chegada do primogênito José logo viu que algo bom tinha acontecido em sua vida e colocou no menino um nome para que todos se lembrassem que Deus o Eterno sempre esteve com ele e nunca o desamparou. Ao colocar o nome do menino de Manassés, José estava profeticamente proferindo que há uma unção para aqueles que foram esquecidos, para aqueles que foram humilhados, ofendidos, traídos, agredidos e desprezados. José estava nos dizendo que há um Deus verdadeiro e poderoso que pode não só apagar nossos pecados, mas também pode apagar tudo que nos faz mal. José não estava colocando um nome por colocar, mas ele estava declarando que tudo de mau que aconteceu em sua vida tinha sido apagado de sua mente, e nunca mais viria a sua mente.

CONCLUSÃO

Se não fosse a bíblia, o que seria de nós, pobres mortais?
Nós te louvamos e te adoramos Senhor Deus Eterno, por nos deixar a tua boa e agradável palavra. Pr. Alexandre Augusto

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Ministério de Música


                                              Pastores e Líderes

Não separe um músico para o ministério sem que ele receba a devida preparação e contínua orientação. Por outro lado, cuidado para não colocar pessoas que não possuem qualificações mínimas para atuar no ministério. 


Ex: uma pessoa que não possui musicalidade ficará exposta diante das pessoas. É importante conferir se este é o ministério dela. Lembre-se que "é fácil colocar pessoas no ministério, mas é difícil tirá-las". Portanto, cuidado para não criar nas pessoas falsas expectativas, pois isso acarretará problemas para você.

Ensine a Palavra de Deus constantemente; não somente sobre temas que envolvem "louvor e adoração", mas detenha-se em assuntos que forme o caráter do músico; principalmente no início da formação de um ministério de música. É importante fazer reuniões de estudo da Palavra.

O pastor não precisa ser músico, mas precisa ter a visão a respeito do ministério de música, senão pode acabar atrapalhando o crescimento dos músicos e da Igreja.

Invista tempo e dinheiro na formação dos músicos, pelo menos nos que exercem alguma função de liderança e acreditem neles, pois surgirão frutos.

Aprimore continuamente os equipamentos de som e instrumentos. Eles possuem uma vida útil, não são eternos.
Além da reunião de estudo da Palavra, estabeleça reuniões de oração com alvos bem definidos.

De tempo em tempo realize reuniões de comunhão (passeios, churrascos, jantares, café-da-manhã, entre outros). Pastores, andem com seus músicos, pois eles também são suas ovelhas.
Cobre, mas dentro de um equilíbrio, não exija mais do que eles podem oferecer. Em um outro aspecto de cobrança, seja cuidadoso e prudente, pois não se pode exigir de uma criança um comportamento de um adulto. Seja paciente!

Seja um exemplo vivo. Não mande só fazer, faça na frente, mostre como se faz. Não estou dizendo sobre a técnica musical, mas falo sobre vida, conduta, postura, compromisso, responsabilidade, amor e respeito.

Dirigente de Louvor

Conheça bem os arranjos e os cânticos ensaiados.
Estabeleça alguns sinais para mostrar a parte do cântico que você quer cantar, subida de tom, entre outras coisas.

Dirija a igreja, mas também os músicos. Muitos grupos musicais ficam perdidos com a falta de direção de alguns dirigentes; não sabem se voltam à 1ª estrofe, se entram no coro, etc.
Procurem falar somente o necessário. Não se esqueça que, de repente, já foi escalado um pregador para a reunião. O ministério é de música e a linguagem principal é a cantada e não a falada. Alguns dirigentes falam demais e se esquecem de ministrar cantando.

Estude música, principalmente o canto. Muitas vezes a congregação"suporta" em amor a falta de técnica e afinação mínima de alguns dirigentes de louvor.
Seja livre e não formal. Quando errar, encare com naturalidade, porque apesar de estar na frente da congregação, você está ministrando diante de Deus e para Ele. Ele sabe como e quem somos.

Estude e viva a Palavra continuamente, para que Ela esteja sempre nos seus lábios. A boca fala do que está cheio o coração.
Permita que os músicos instrumentistas profetizem também. Dê espaço para que isso ocorra, seja sensível ao Espírito Santo.
Antes de exigir que a congregação tenha uma postura de adoração no louvor, veja se sua vida é referencial nessa adoração, queira ou não, você como dirigente é um referencial. A adoração é contagiada e não somente ensinada.

O fluir deve começar primeiramente quando você estiver a sós com Deus(no seu quarto), não espere fluir só no púlpito. Você fluirá lá em cima(púlpito) a medida que fluir em baixo (no quarto).

Músicos em Geral

O músico precisa aprender a se "mixar" no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.
Todo músico deve treinar prática de conjunto se quiser amadurecer mais rapidamente.

A teoria musical é fundamentalmente necessária, mas entre a teoria e a prática há uma distância que poucos querem percorrer.
"Um bom médico não é aquele que receita um remédio sem saber o que está fazendo. Um bom músico não é aquele que toca sem saber o que faz".

Autodidata - Há um engano no uso deste termo, pois há muitos analfabetos musicais dizendo-se autodidatas (uma desculpa para a preguiça), autodidata é aquele que estuda sem um professor, mas estuda.
Uns falam antes de tocar algo, outros tocam antes de falar algo. Eis a diferença entre "músicos" e músicos.
O músico deve aprender a conduzir uma música como ela é e não como ele acha que deve ser. Isto é maturidade.

Há músicas em que o metrônomo só serve para o primeiro compasso, porque necessitam de uma interpretação flexível.
A pulsação rítmica bem como o andamento são para serem sentidos e não ouvidos. Este princípio é para todos, mas fundamental para bateristas e percursionistas.

Acompanhar um cântico é antes de tudo uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os músicos querem mostrar toda a sua técnica em hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Ou seja, economize informações musicais!

Há uma tendência atual de supervalorizar a velocidade do músico, quantas notas ele executa por tempo. Velocidade não é sinônimo de bom músico. O bom músico é aquele que tem a sensibilidade de fazer a coisa certa na hora certa. A velocidade é uma consequência.
A técnica deve ser estudada e sempre aprimorada, mas lembre-se de que é um meio de facilitar a execução da música e não um meio de exibicionismo.

Uma boa maneira de aprimorar a interpretação é aprender primeiro a se ouvir, depois executar. Tem gente que canta e toca e não sabe o que está fazendo; acostume então a gravar o que é executado e seja autocrítico, estude, grave e ouça o que estudou; com o tempo você encontrará a forma ideal para a sua execução.

Lembre-se: pausa também é música, portanto, "não sole na pausa".
A música possui três elementos básicos: harmonia, melodia e ritmo. Procure distribuir os instrumentos musicais no arranjo conforme estes elementos. Há instrumentos harmônicos e melódicos, há somente melódicos, há rítmicos e instrumentos que fazem os três, mas defina no ensaio ou arranjo, quais serão os devidos "papéis" para cada instrumento.

A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Outra observação é que o tom pode influenciar na soronidade da música vocal com acompanhamento. O problema é que muitos confundem. Na música instrumental, a técnica e a expressão são mais exigidos porque as notas devem transmitir algo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.

Versatilidade - Procure ser o mais possível. Saiba ouvir vários estilos, do erudito ao moderno, ouça com ouvido crítico e analítico. Saiba ouvir. Extraia coisas boas de cada estilo. Outro detalhe, é o músico não ficar"preso" somente ao seu instrumento, saiba apreciar a forma de execução como sonoridade e fraseado de outros instrumentos.

Tecladista

Geralmente os instrumentos harmônicos, numa banda, como os teclados, violões e guitarras, entram em choque. Procure definir no arranjo e no ensaio o papel de cada um ritmo-harmônico.
Para os tecladistas, seria bom que estudassem técnica em um piano, isto melhora a "pegada".

O tecladista tem duas mãos, seria bom saber usá-las! Na maioria dos casos a mão esquerda limita-se a dobrar o baixo, atrapalhando, por vezes, o contrabaixista. Por isso, a técnica pianística é insubstituível!
Apesar de ser um instrumento versátil, não toque o teclado sempre da mesma forma e com os mesmos sons. Ouça! Cada estilo tem uma maneira de tocar e timbres mais coerentes a serem usados.
Estude bem o uso dos pedais. Não estrague com o pé o que você faz com as mãos.

Durante a execução de uma música não é necessário tocar muitas notas. Esteja sensível ao ritmo e ao tipo de música.

Quando estiver fazendo um fundo musical, fique atento a dinâmica do dirigente para que haja harmonia (ligação) ao que está sendo falado. Ex: ênfase na alegria - usar acordes maiores, etc.

Baterista

Procure estudar a técnica com o auxílio de um metrônomo. Lembre-se que estudar a técnica, não é a mesma coisa que estudar ritmos.

Ao executar uma música, lembre-se que você não está sozinho, aplique as viradas no tempo e momentos certos. Não é necessário uma virada de quatro em quatro compassos. É importante seguir um "groove" junto com o baixista, pois são eles que dão sustentação à música. Seja um músico maduro e disciplinado!
Esteja atento ao dirigente de louvor, pois é ele quem conduz as voltas da música.

Os pratos não possuem o mesmo som. Utilize-os corretamente, para não atrapalhar o desenvolvimento da harmonia.

Baixista

Um instrumento não toca sozinho, depende de você; logo, não tenha medo de tocá-lo.
Durante as ministrações, lembre-se que você não está tocando no seu CD solo, deixe os outros tocarem também. Não seja cansativo! Mantenha a disciplina musical e procure trabalhar o "groove" junto com o baterista.

Tenha uma boa variedade ritmica, baixista sem "swing" é pior que gringo tocando música brasileira.
Não use "slap" em música de "adoração" - é o mesmo que bateria de escola de samba no meio de uma valsa.
O que você aprendeu hoje, não é necessário aplicar na primeira música que tocar.

Guitarrista

Procure se coordenar com o tecladista para que não haja "excesso" de harmonia.
Procure ouvir todos os instrumentos quando estiver ministrando e lembre-se que você não está tocando um CD solo. Não seja cansativo, pois existe o momento certo para se fazer solos. Esteja sensível! Seja maduro!

Procure com diligência a sonorização ideal e os efeitos a serem utilizados de acordo com as canções que estão sendo ministradas.
Não é necessário tocar todo tempo, explore as pausas criando assim, expectativa.

Procure ser um guitarrista versátil, estudando vários estilos e ritmos.

Backing Vocal

O "back vocal" apesar de ser um grupo de pessoas, é um instrumento só, e como tal, é necessário estar no contexto do arranjo geral. Não pode ser um instrumento solto.
Procure atingir nos ensaios, o equilíbrio de voz entre todos. É necessário timbrar as vozes e estar atento à afinação.
Procure cantar dentro da sua tessitura (extensão vocal). Faça divisão de vozes, pois isso enriquecerá a música.

Fique atento aos sinais do dirigente de louvor para não cantar outra parte da música atrapalhando assim, o fluir do cântico.
Desenvolva expressão quando estiver cantando.

Cuidado com os improvisos, pois em excesso podem se tornar cansativo e ao mesmo tempo atrapalhar o dirigente.

Técnico de Som

É importante estudar e conhecer os equipamentos para poder utilizá-los da melhor maneira, evitando também danos nos equipamentos por causa do seu uso inadequado. Existem muitos "curiosos" atuando nesta área.

Cuidado com o volume dos instrumentos para não saturar o ambiente e provocar incômodo aos ouvintes.
Lembre-se que o volume das vozes deve ser maior em relação aos instrumentos para que as pessoas entendam o que está sendo falado ou cantado.

Sua participação no culto é fundamental. Fique atento! Não fique"viajando". Concentração total! Quando você estiver escalado para atuar no som, não se distraia e nem se ocupe com outras atividades: servir a ceia, fazer o ofertório, cuidar dos carros estacionados, etc. Saiba que já existem pessoas escaladas para estas atividades. Isso parece um absurdo mencionar, mas acontece, e muito...

Seja amável e educado quando as pessoas vierem te falar ou orientar algo relacionado ao som.
Não atrapalhe a ministração! Quando surgir algum problema seja discreto para poder solucioná-lo.

Depois de mixado os volumes, não há mais necessidade de ficar mexendo na mesa de som. Portanto, não mexa mais no som, pois isso atrapalha o bom andamento da ministração. Participe da ministração!

Cuide dos equipamentos como se fosse seu! Devemos zelar pelas coisas de Deus.

A postura do Músico

Aprenda a honrar e respeitar seus líderes. Seja submisso!
Cumpra com seus compromissos (horários, ensaios, reuniões, etc). Seja uma pessoa de palavra! Aprenda a servir com alegria (Rm 14:17-18).

Esteja concentrado quando vier para o culto. Se você chegar mais cedo dedique um tempo à oração. Quando os teus companheiros chegarem, não fique tocando "instrumental", mas procure ensaiar as músicas que irão ser ministradas naquele culto. Depois, dedique um momento de oração junto com os teus companheiros.
Cuidado com a sua aparência (vestuário) para que não haja comentários negativos entre as pessoas. Seja prudente!

Cuidado com as brincadeiras e piadas fora de hora (Sl 37:30).
Não fique "voando"! Participe de todos os momentos da ministração.

Profetize através da música! (I Cron. 25:1). Não seja um músico medíocre! Leia, estude e medite a Palavra de Deus, pois Ela é quem nos traz inspiração e unção. Profecia = Inspiração: vem da Palavra de Deus -Unção (Jo 6:63) - definição: Atos 10:38 - é poder! É a presença de Deus manifesta na pessoa do Espírito Santo. Lembre-se: "A base do seu ministério deve ser a meditação e oração".

http://www.estudosgospel.com.br/estudo-biblico-louvor-e-
adoracao/ministerio-de-musica.html
Ronaldo Bezerra

quinta-feira, 31 de março de 2016

Tratamento de Beleza para Mulheres Cristãs

A narrativa bíblica da Arca de Noé nós traz um vasto aprendizado. conheça 10 lições aprendidas com a Arca de Noé:

1) Não perca o barco;
2) Lembre-se de que estamos todos no mesmo barco;
3) Planeje para o futuro. Não estava chovendo quando Noé construiu a Arca;
4) Mantenha-se em forma. Quando você tiver 60 anos, alguém pode lhe pedir para fazer algo realmente grande;
5) Não dê ouvido aos críticos; apenas continue a fazer o trabalho que precisa ser feito;
6) Construa seu futuro em terreno alto;
7) Por segurança, viaje em pares;
8) A velocidade nem sempre é uma vantagem. Os caramujos estavam a bordo com os leopardos;
9) Lembre-se, a Arca foi construída por amadores o Titanic por profissionais;
10) Não importa a tempestade, pois quando você está com Deus há sempre um arco-íris te esperando.

domingo, 27 de março de 2016

O Fato da Ressurreição


A doutrina da ressurreição tem sua base essencialmente sobre o fato da ressurreição de Cristo. A palavra ressurreição implica em transformação do corpo que morreu e foi sepultado, ou de alguma outra forma ficou retido aqui na terra. Se o corpo ressurreto não fosse o mesmo, isto não seria ressurreição. Seria uma nova criação e o termo na Bíblia seria um absurdo. Os crentes ressuscitarão num corpo glorioso em vários sentidos (1ª Co 15), e os ímpios, num corpo ignominioso, em que sofrerão pela eternidade (Mt 10.28). Os não-salvos farão parte da segunda ressurreição, a qual abrange todos os ímpios mortos, e ocorrerá ao findar o Milênio.


                    I.             RESSURREIÇÃO DOS JUSTOS E A DOS INJUSTOS

A ressurreição dos salvos e a dos ímpios é claramente ensinada nas Escrituras. Ela é prova de que os que agora morrem não deixam de existir. Se os que morrem agora deixassem de existir, para que eles reaparecessem para serem julgados (como João os viu, em Apocalipse 20.11-15), teriam de ser recriados e não ressuscitados. Ressurreição só pode ser de alguém que morreu. Se o caso fosse recriação, esta neutralizaria toda a base de recompensa, porque aqueles que saíssem da sepultura seriam indivíduos diferentes daqueles que praticaram as obras neste mundo, em sua vida anterior.

Há na Bíblia, duas ressurreições: a dos justos e a dos injustos, havendo um intervalo de mil anos entre elas (Dn 12.2; Jo 5.28-29; Ap 20.5). A expressão bíblica “ressurreição dentre os mortos”, como em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica numa ressurreição em que somente os justos participarão, continuando sepultados os ímpios. Esta expressão é no original “ek ton nekron ressurreição dentre os mortos. Sempre que a Bíblia trata da ressurreição de Jesus ou dos salvos, emprega estas palavras. A expressão nunca é usada em se tratando de não-salvos.

“Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20.5-6).

Há uma idéia entre o povo de Deus que a ressurreição será em um só momento. Mas na realidade não será assim. Segundo a Bíblia, a ressurreição tem três fases distintas. A ordem é a seguinte: A primeira ressurreição é inaugurada por Jesus Cristo, que é as primícias dos que dormem (1ª Co 15.20; Cl 1.18). Seguindo a seqüência os que são de Cristo por ocasião da sua vinda (1ª Co 15.23), e sete anos depois os mártires da Grande Tribulação (Ap 6.9-11; 20.4). Portanto a primeira ressurreição abrange da ressurreição de Cristo até os mártires da Grande Tribulação.

                 II.             A RESSUREIÇÃO DOS JUSTOS


Como já mencionamos, há pelo menos três grupos distintos de ressuscitados integrantes da primeira ressurreição, como indica o termo original “tagma” em 1ª Coríntios 15.23.



1.      As primícias da primeira ressurreição.

O primeiro grupo é a continuação da primeira ressurreição, iniciada por Jesus, pois, em 1ª Co 15.20, 23, o termo “tagma”, no original, indica “ordem, fileira, grupo, turma”, como numa formatura militar ou escolar.

1ª Co 15.20, 23 “Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem. Mas cada um por sua ordem! Cristo, as primícias; depois os que são de Cristo, na sua vinda”.

Este grupo é formado por Cristo e os santos que ressuscitaram por ocasião de sua morte na cruz. Assim sendo Cristo é o princípio dentre os mortos: “E Ele é a cabeça do corpo da igreja: é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que tudo tenha a preeminência” (Cl 1.18).

Porém, na ressurreição de Cristo muitos dos santos ressurgiram com Ele: “E Jesus clamando outra vez com grande voz entregou o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto abaixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras. E abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiram foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27.50-52).

Só Mateus narra este acontecimento. Foi um pequeno grupo que ressuscitou com Cristo e representa um sinal da vida eterna para os fiéis. Só depois da ressurreição de Cristo foram vistos este santos.

Este grupo representa as primícias: “Guardarás a Festa da Sega, dos primeiros frutos do teu trabalho, que houveres semeado no campo, e a Festa da Colheita, à saída do ano, quando recolheres do campo o fruto do teu trabalho” (Êxodo 23.16).

A festa das Primícias em Levítico 23.10-12 tipifica isto, quando um molho das primícias era trazido para o sacerdote mover perante o Senhor. Molho implica um grupo, o que de fato aconteceu. Esta festa tipificava Jesus ressuscitando com um pequeno grupo.

Desse modo a ressurreição dos fiéis começou, pois com Cristo, as primícias da ressurreição (At 26.23), isto é, que Cristo devia padecer e sendo o primeiro da ressurreição dos mortos.
2            2. A colheita geral da ressurreição.
      Este grupo é formado pelos santos que ressuscitarão no momento do arrebatamento da Igreja (1ª Ts 4.16). São todos os mortos salvos desde o tempo de Adão.

Este grupo representa a colheita geral de cereais do Velho Testamento: “Sete semanas contarás; desde que a foice começar na seara, começarás a contar as sete semanas. Depois, celebrarás a festa das semanas ao Senhor, teu Deus” (Dt 16.9-10).

A festa das semanas era celebrada no fim da colheita de trigo, ou seja, da colheita geral, e que durava sete semanas. Mais tarde recebeu o nome grego de pentecostes, visto cair cinqüenta dias depois da Páscoa.


A colheita geral do Velho Testamento tipifica o arrebatamento da igreja quando Cristo voltar: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20-6). Esta Bem-aventurança é aplicada a “ressurreição dos justos”. O bem-estar e a felicidade dos justos advêm deste acontecimento.
3.       Os rabiscos da colheita.
Levítico capítulo 23 é a história da Igreja escrita de antemão. Temos aí entre outras coisas a ressurreição prefigurada.

“Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus” (Lv 23.22).

Este último grupo é formado pelos remanescentes de Israel que irão se converter pela pregação das duas testemunhas na grande tribulação, os quais ressuscitarão logo antes do milênio, isto é, onde Cristo reinará nesta terra por mil anos.

              III.         A RESSURREIÇÃO DOS INJUSTOS SÓ TERÁ LUGAR DEPOIS DO MILÊNIO


Os pecadores que morrem hoje estão em tormento no estado intermediário, mas ainda não estão no lugar definitivo do castigo final. Assim, a bondade de Deus faz adiar o dia do acerto final para depois do milênio. A segunda ressurreição acontecerá depois do Milênio e dela só farão parte os ímpios.

Em Apocalipse é ensinado que os não salvos serão ressuscitados, julgados e lançados no lago de fogo (Ap 20.12-13).

“Mas os outros mortos não reviveram...” (Ap 20.5). Os outros mortos (os homens que desde Adão morreram nos seus delitos e pecados) não reviveram. Jesus em João 5.28 e 29 falou destas duas ressurreições. Daniel também foi revelado acerca destes dois eventos (Dn 12.2). Portanto, fica provado que entre a primeira e a segunda ressurreição haverá um espaço de mil anos, e que somente depois da destruição total de Satanás, e para devida prestação de contas perante o Trono Branco, é que haverá a segunda ressurreição, quando todos os demais mortos comparecerão diante de Deus. Sobre este assunto abordaremos posteriormente.  Pr. Elias Ribas

quinta-feira, 24 de março de 2016

A Semana Santa

Este é o dia que fez o Senhor; regozijemo-nos e alegremo-nos nele. (Sl. 118,24) 

Hoje quero falar sobre a semana santa. Aliás, quero deixar de falar sobre a semana santa. Ora seja, porque apenas essa semana seria santa, e as outras não? Qual a diferença de um dia santo e outro não? Quem santifica a semana e todos os dias? Quem fez a semana e o dia serem santos? Quem os instituiu? Não foi Deus?

As Escrituras Sagradas promovem os dias santos, declarando: "_ Este é o dia que o Senhor fez; regozijemo-nos e alegremo-nos nele" (Sl. 118,24). Qual é o dia que o Senhor fez? Todos os dias! Portanto, todos os dias são santos diante do Senhor e de todos aqueles que o aceitam; o ano inteiro, e não somente sexta-feira santa!

Certamente, quem instituiu apenas esse dia foi o homem, esquecendo-se de todos os outros que também saíram das mãos do criador. Coisas de homem.

Senão, vejamos: Segunda-feira é santa; terça- feira é santa; quarta-feira é santa; quinta-feira é santa; sexta-feira é santa; sábado é santo e domingo é santo. Todos os dias são santos, a semana toda é santa; o mês inteiro é santo; o ano inteiro é santo; ou existe algum dia que não é santo?

Sobre a sexta-feira da paixão, devo salientar que não apenas esse dia é de paixão, como também todos os dias. Por exemplo, sem sombra de dúvidas, segunda-feira é da paixão! Como assim? Bem, segunda-feira também é um dia cheio de paixão e de amor de Deus por todos nós. E assim, sucessivamente, temos a terça-feira da paixão; a quarta-feira da paixão; a quinta-feira da paixão; a sexta-feira da paixão; o sábado da paixão e o domingo da paixão e do amor de Deus. Em suma, toda a semana, mês, ano é de paixão e de amor de Deus por cada um de nós. 

Toda semana é semana santa e de amor de Deus. Aleluia! Deus tem amor e paixão pelo homem apenas na sexta-feira? Se alguns, por desconhecerem as Escrituras guardam o sábado, que dizer daqueles que querem guardar a sexta-feira? Elas nos lembram que guardando dias, e meses, e tempos, e anos e dias de festas, ou da lua nova, ou dos sábados, não passam de rudimentos fracos e pobres que os homens querem servir.

Nunca devemos criticar aqueles cujas tradições e cerimônias diferem das nossas. Não estou julgando, porque Deus proíbe esse tal julgamento. Estou me referindo àquelas leis relacionadas aos dias, às cerimônias, festas e alimentos da semana santa. As festas que por ora estamos vivenciando, são os dias santos daquelas leis, celebrados anual, mensal e semanalmente que distinguem cristãos de não cristãos. Não devemos nos deixar ser julgados pelas opiniões deles, porque Cristo nos libertou. Aleluia! Não nos amarremos nisto. Não deixe ninguém o julgar.

Você é responsável perante Cristo. Nessa semana santa, enfoque apenas a fé em Jesus Cristo. Mais importante do que a maneira como adoramos é que adoremos a Cristo. Nossa adoração pode ajudar a nos aproximarmos de Deus