terça-feira, 13 de outubro de 2015

As Cores da Vida!

Vamos colorir nossa vida! Chegou a hora de agir, fazer, mudar, restaurar, dar brilho, pintar! Dar cor! As misturas precisam acontecer... e é no coração - a aquarela da vida - onde começa as mudanças. Chegou a hora de brilhar no meio de seu viver! Viva a vida! 
Você já ouviu falar que a vida tem a cor que a gente pinta? O nosso dia-a-dia de dedicação ao trabalho, à família e demais compromissos nos reserva sempre uma surpresa.

Como estão as cores da sua vida? Frias? Quentes? Desbotadas? Sem cor? Está cansado dos tons acinzentados? Não aguenta mais os tons atuais ou se cansou das cores primárias? Qual é a cor da sua vida? A sua vida é um mundo a cores ou continua em preto e branco? Vamos mudar?  Colorir? Vamos fazer alguma coisa?  Viver a vida em todas as cores, com suas matizes, entretons, nuances e tonalidades?

Para que haja essa mudança, a primeira pincelada só você pode dar, colorindo-a com a PALAVRA DE DEUS! Vamos fazer isso? Quando a praticamos, a vida se destaca, ganhando novas cores. Então, destaque-se! 

Na vida, muitas vezes nós temos momentos que tudo parece cinza, aí talvez pinte uma sombra de dúvidas em nossa consciência em virtude das nossas próprias ações praticadas nesse dia. Cabe a nós, refletirmos com tranquilidade sobre todos os acontecimentos ocorridos durante esse período e avaliá-los com todo amor e carinho.
Em outros momentos, a nossa vida parece preta, mas a cor é tão preta que temos a sensação de que o mundo desabará em nossa cabeça em questão de segundos. Muitas dúvidas insistem fortemente em nossa alma, o nosso mundo das ideias fica extremamente confuso, o nosso coração fica apertado, aí perdemos o rumo da nossa vida, o brilho dos olhos, a nossa motivação, enfim a alegria de viver com paixão.

E o que fazer para colorir nossas vidas de uma vez por todas? 
Fique sabendo que é uma grande bênção descansarmos a nossa alma com uma meditação diária, uma plena e silenciosa meditação conectada com o Senhor Jesus, a Luz do mundo - o Divino -, e avaliar tudo o que está acontecendo nesse período de nossa vida e talvez apontar ou criar outros rumos para nosso crescimento pessoal, profissional e espiritual.

Mas diante de tantos atropelos diários, saiba que a vida tem a cor que a gente pinta. É isso mesmo! Recebemos de Deus os mais belos pincéis e as tintas necessárias para a criação da nossa obra de arte que nada mais é que a nossa própria existência.

Vale lembrar que você tem o poder de pintar a sua existência com mais entusiasmo, motivação, alegria, determinação, coragem para realizar os seus objetivos e conquistar a sua prosperidade em todos os sentidos de sua vida.  

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Dia das Crianças

O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.

Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.

A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.

Em outros países

Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança

Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.
Um mundo com bonecas, patins, bola de gude, brigadeiro, bicicleta, desenho animado. O universo da criança é um lugar único, com regrinhas bem especiais:

* ficar alegre, dia sim e dia sim, com coisas simples;
* não guardar nada, porque perdoar é facinho, facinho;
* fazer amigos do peito sem nem saber o nome deles;
* acreditar que tudo vai dar certo, sempre.


Pequenos seres sorridentes, que amam correr atrás de uma bola, comer doce, sorrir, eles mudam qualquer ambiente do planeta, pelo mero fato de estarem ali.

Mas é exatamente a condição fugidia desses “pitocos” - tão puros e confiantes - que justifica a consagração de uma data: 12 de outubro.

Afinal, os anos passarão, e todos mudarão, de um jeito ou de outro. Uns mais fortes, outros mais firmes, outros mais machucados. Alguns perderão a maciez da pétala de rosa e passarão a ser galhos fortes de uma roseira.

Quantas vezes paramos e pensamos: "Como seria bom poder voltar, e viver os dias de meninice..." E sendo isso impossível, nos consolamos com a presença de filhos, netos ou sobrinhos.

Porém, nada impede que um adulto, calejado pelo lado de fora, moldado pelos ventos da praia da vida, tente ainda ser uma criança em seu coração.

De fato, Jesus - o Mestre - declarou que isso não deveria ser meramente uma aspiração, mas uma meta, pois dela dependeria a vida eterna:

Em verdade vos digo que, qualquer que não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele. (Lc 18:17).

Ame sempre as crianças, deixe que sua realidade seja envolvida pela delas, e poderá festejar este fato todos os dias da sua vida.

Feliz Dia das Crianças a todos!

domingo, 11 de outubro de 2015

Cristianismo e Luta de Classes

Se a luta de classes é o motor da história, então o cristianismo é o freio. E quando me refiro ao cristianismo falo do cristianismo bíblico, que emerge como padrão dos escritos dos evangelistas e apóstolos, o cristianismo do Novo Testamento.
É fácil perceber nestes documentos antigos o quanto sua doutrina e sua prática levaram reconciliação às classes sociais, ao invés de instigar uma revolução social como queriam os zelotes, esquerdistas da época. Tão importante quanto a reconciliação do homem com Deus era a reconciliação do homem com o homem, independente de sua classe social. Eis o cristianismo apostólico.
Nascido em meio ao sistema escravista, suas páginas ordenam aos escravos que sejam bons escravos. Sim. Absurdo dos absurdos! É de chocar o homem moderno.
Vós, servos, obedecei a vosso senhor segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus; servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens, sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre. (Carta do apóstolo Paulo aos Efésios cap. 6. Vers. 5-8)
Não termina aqui. Agora é a vez do patrão, do dono de escravos, do amo. Ele também precisa entender seu lugar neste universo de Deus.
E vós, senhores, fazei o mesmo para com eles, deixando as ameaças, sabendo também que o Senhor deles e vosso está no céu e que para com ele não há acepção de pessoas. (Carta do apóstolo Paulo aos Efésios cap. 6. Vers. 9)
Revolução das revoluções! O senhor e o escravo podem ser diferentes na ordem social, mas não na ordem cósmica e universal. Perante ela ambos são iguais e darão contas de acordo com seus atos.
Luta de classes? Nenhum vestígio. A palavra de ordem é reconciliação.
Todavia, isso não significa conformismo e aceitação de injustiça. O cristianismo histórico colaborou com os poderosos na opressão dos pobres, tanto quanto lutou contra esses mesmos poderosos em muitos momentos. Adequou-se ou desviou-se do padrão bíblico. O cristianismo bíblico, entretanto, clama contra a injustiça:
Eis que o salário que fraudulentamente retivestes aos trabalhadores que ceifaram os vossos campos clama, e os clamores dos ceifeiros têm chegado aos ouvidos do Senhor dos exércitos. (Tiago 1.1-4)
Igualmente os escravos eram exortados a conquistar sua liberdade se assim pudessem. “Foste chamado sendo escravo? Não te preocupes com isso. Mas se ainda podes conseguir toda liberdade, aproveita a oportunidade” (1ª epístola do apóstolo Paulo aos coríntios 7.21).
Vale a pena considerar os estudos recentes do sociólogo americano Rodney Stark sobre o crescimento do cristianismo. Esses estudos rejeitam a identificação do cristianismo com a classe proletária. Na verdade, diferentes segmentos e classes sociais abraçaram a nova fé.
Depois que Judge [E. A. Judge – historiador do Novo Testamento] questionou a visão proletária da Igreja Primitiva, desenvolveu-se entre os historiadores do Novo Testamento um consenso de que o cristianismo baseava-se na classe média e na alta (Scroggs: 1980)
Não poucos estudiosos atribuem ao movimento metodista a responsabilidade por livrar a Inglaterra de uma revolução sanguinária como a Revolução Francesa.
Novos estudos têm gerado novas compreensões. A estabilidade social produz progresso e foi isso que o cristianismo levou as nações. Mais uma vez temos de citar Rodney Stark:
Um novo e admirável estudo da autoria de Robert D. Woodberry demonstrou, sem sombra de dúvidas, que se pode atribuir aos missionários protestantes a maior parte dos louros pela ascensão e divulgação de democracias estáveis no mundo não ocidental. Quer isto dizer que, quanto mais elevado era o número de missionários protestantes por cada dez mil habitantes da população local em 1923, maior é a probabilidade de um determinado país ter hoje conseguido chegar a uma democracia estável. O efeito do trabalho missionário é muito maior que o de outras 50 variáveis de controle fundamentais, incluindo o produto interno bruto e o fato de um determinado país ser ou não uma colônia inglesa.
O cristianismo jamais jogou uma classe contra a outra. Reconciliou-as sem, contudo, dogmatizar sua estratificação. “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo” (Epístola do apóstolo Paulo aos Gálatas cap. 3 verso 28)
Não há dúvidas de que há luta de classes por toda a história. A questão é o que fazer com ela. Instigá-la ou freá-la. Acirrar os conflitos de classes ou procurar reconciliá-los. Os marxistas conceberam a infeliz e irracional ideia de que, se a luta de classes não acontece, eles têm de provocá-la, para construir no futuro sua sociedade sem classes.
Marilena Chauí, ao afirmar sob aplausos odiar à classe média, queria inflamar com seu discurso de ódio o conflito entre os grupos como convém a todo bom marxista. Neste caso, provavelmente, entre a classe média e a sua própria classe, isto é, a classe alta. Porque proletária tenho certeza que ela não é. Mas o que esperar dela? Como escreveu Alain Besançon, “não se pode permanecer inteligente sob a ideologia”. Eguinaldo Hélio Souza

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

A Igreja em Estado Terminal

Todos sabemos que Paulo de Tarso, antes de ser convertido era um homem de pavio curto, de temperamento colérico, explosivo. Mas depois daquele fatídico dia no caminho de Damasco, o implacável perseguidor da seita do Caminho tornou-se no seu maior defensor, e teve seu perfil temperamental transformado pelo Espírito. Não era fácil tirá-lo do sério. Paulo buscou viver e encarnar o Evangelho às últimas conseqüências. Porém, houve um episódio em particular que nos faz cogitar se não sobrou qualquer resquício do velho homem que insistia em vir à tona de quando em vez. Não creio que ele fosse um homem rancoroso e a prova disso é que o mesmo Marcos que o abandonou no início de sua jornada, foi requisitado por ele na reta final de seu ministério.

Mas houve outros que parecem tê-lo tirado do sério, entre eles Himeneu, Alexandre e Fileto.

Em sua primeira carta a Timóteo, Paulo denuncia alguns que "vieram a naufragar na fé". "Entre esses", prossegue o apóstolo, "encontram-se Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás para que aprendam a não blasfemar" (1 Tm.1:20).

Será que Paulo teve uma recaída? Como alguém que pregava a Graça com tanto afinco poderia chegar ao ponto de entregar outros a Satanás? O que tais homens fizeram de tão sério para merecer um tratamento desses?

Vamos investigar um pouco mais.

Em sua segunda epístola a Timóteo, Paulo recomenda que seu pupilo evite "os falatórios inúteis, porque produzirão maior impiedade. E a palavra desses corrói como câncer; entre os quais estão Himeneu e Fileto. Estes se desviaram da verdade, dizendo que a ressurreição é já passada, e perverteram a fé que tinham alguns" (2 Tm.2:16-18).

Portanto, o naufragar na fé e o blasfemar apontados na primeira epístola são explicados aqui como falatórios inúteis, que produzem maior impiedade. Esses falatórios agiam como câncer, identificado aqui como desvio da verdade e perversão da fé.

A palavra grega traduzida aqui como "câncer" é γάγγραινα (gaggraina), de onde se origina o vocábulo gangrena. As traduções mais antigas trazem grangrena em vez de câncer. A diferença básica entre essas moléstias é que a gangrena ataca os membros do corpo, consumindo seu tecido, enquanto o câncer, geralmente, ataca os órgãos vitais. A gangrena é, por assim dizer, uma moléstia externa, enquanto que o câncer geralmente é interno. Porém ambos têm em comum o fato de devorarem parte do corpo de suas vítimas.

Em casos de gangrena, a solução é a amputação. Embora seja uma decisão difícil de se tomar, o médico sabe que é melhor poupar a vida do paciente do que preservar um membro necrosado.

Em casos de câncer, a situação é similar. Tem-se que eliminar as células cancerígenas antes que façam a mestástase e se espalhem por outras regiões do organismo, infectando novos órgãos. O câncer se dispersa quando células tumorais caem nas correntes sanguínea ou linfática e viajam até outro órgão, onde um segundo tumor se forma.

Uma proteína produzida pelo câncer cola em outras células, as da medula óssea progenitoras das células sanguíneas. Elas são promovidas a «soldados do câncer», migrando até uma região em particular. Lá, os emissários se instalam e começam a produzir uma proteína chamada fibronectina, que age como uma cola para atrair e prender mais células da medula, formando um ninho de proteção e fonte de alimento para as células tumorais - que seguem como generais para um campo de batalha já preparado para recebê-los. Esses ninhos têm ligação com as células cancerígenas para implantá-las. Com isso elas não apenas mudam como se proliferam. Depois disso, tem-se um local completamente formatado para um tumor secundário.

A metástase é o processo mais mortal envolvido no câncer. Não é raro pacientes com tumores sólidos serem operados e tratados inicialmente, para morrer algum tempo depois de um câncer secundário.

É claro que Paulo não tinha idéia de como funcionava o processo de mestástase. Mas inspirado pelo Espírito Santo, deixou-nos relatado esse episódio em que a melhor opção foi “amputar” um membro do corpo, para preservar os demais.

É o corpo que tem que ser preservado. Agora, imagine se um médico dissesse à sua paciente: - Há um nódulo em seu seio esquerdo. Vou remover o direito antes que seja infectado. Isso faria sentido? Nenhuma cirurgia é mais traumática a uma mulher do que a Mastectomia. Mas se não resta alternativa, que se remova o seio canceroso, e não o saudável. É a vida da mulher que deve ser preservada. Ela viveria sem um dos seios, mas um seio saudável não sobreviveria à parte do resto do corpo.

Há células cancerígenas na igreja cristã de nossos dias. Mas a saída não é remover os membros ou órgãos saudáveis para outro corpo. A saída é denunciar onde está a ‘doença’ e então atacá-la.

Não vou sair por aí dizendo que não sou mais cristão porque as coisas que se fazem em nome do Cristianismo são deploráveis. Prefiro denunciar os tais que usurparam o nome de “cristãos”, e desmascarar os impostores.

Não podemos simplesmente jogar fora dois mil anos de história. Seria insensatez de minha parte acreditar que somente agora no raiar do vigésimo primeiro século, alguns cristãos conscientes resolveram redescobrir o sentido original da mensagem de Jesus. Não! Sempre houve e sempre haverá um remanescente em cada geração. Jesus garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra a Sua igreja. Duvido muito que Ele tenha Se enganado.

Assim como sempre houve remanescentes, também sempre houve e haverá células cancerígenas ou membros gangrenados. Constatamos isso nos escritos apostólicos ainda do primeiro século da era cristã. Mas como os apóstolos lidaram com isso?

Paulo os entregou a Satanás. Acredito que esta “entrega” seja o equivalente à amputação de um membro gangrenado. É claro que esta deve ser a última opção a ser considerada. Assim como o médico só decide remover o seio canceroso depois que a quimioterapia comprovou-se ineficaz. Mas quem disse que Paulo não lançou mão de outras?

No finalzinho de sua segunda epístola, Paulo diz a Timóteo:

"Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segunda as suas obras. Tu também guarda-te dele; poque resistiu muito às nossas palavras" (2 Tim.4:14-15).

Se a palavra já não tem qualquer efeito sobre a pessoa, o que resta senão “considerá-la como um gentio”?

Gosto da maneira como Paulo “dava nome aos bois”. Muitos nos criticam quando fazemos o mesmo. Não basta falar por alto, deixar subentendido nas entrelinhas. É necessário que o espírito do erro seja nominado. Aqueles cujas palavras estão corroendo o corpo de Cristo têm que ser expostos para que não continuem a se alastrar.

De uma coisa estou certo: a igreja de Jesus jamais será um paciente terminal. Os membros de Cristo jamais terão que ser doados a outro corpo por causa da irreversibilidade de seu estado.

Se Cristo nunca desistiu de Sua igreja, por que desistiríamos nós? Não estou saindo em defesa da igreja enquanto “instituição”, e sim da igreja como organismo vivo. As denominações são para a igreja o que as roupas são para o corpo. Hoje são novas, amanhã envelhecem, hoje estão na moda, amanhã serão consideradas antiquadas. Como tais, devem estar sempre bem apresentáveis, lavadas, passadas, e cheirosas. Porém, não são insubstituíveis. Como bem sinalizaJesus, o corpo é muito mais do que as vestes. Ainda que as vestes resplandeçam com a glória do Corpo, como aconteceu na Transfiguração, não deixarão de ser apenas roupas. Mas o Corpo tem glória permanente. É por isso que creio na igreja de Cristo, pois deixar de crer nela é o mesmo que desacreditar nas palavras de seu fundador.  Hermes C. Fernandes

sábado, 3 de outubro de 2015

Deus bíblico: fusão de vários deuses pagãos?

A afirmação pode soar desrespeitosa para judeus ou cristãos, mas não está muito longe da verdade: Javé, o Deus do Antigo Testamento, parece ter múltiplas personalidades. Para ser mais exato, especialistas que estudam os textos bíblicos, leem antigas inscrições encontradas nos arredores de Israel ou escavam sítios arqueológicos estão reconhecendo a influência conjunta de diversos deuses pagãos antigos no retrato de Javé traçado pela Bíblia. 


A ideia não é demonstrar que o Deus bíblico não passa de mais um personagem da mitologia. Os pesquisadores querem apenas entender como elementos comuns à cultura do antigo Oriente Próximo, e principalmente da região onde hoje ficam o estado de Israel, os territórios palestinos, o Líbano e a Síria, contribuíram para as idéias que os antigos israelitas tinham sobre os seres divinos. As conclusões ainda são preliminares, mas há bons indícios de que Javé é uma fusão entre um deus idoso e paternal e um jovem deus guerreiro, com pitadas de outras divindades – uma delas do sexo feminino.


Foto: Reprodução
O deus cananeu El, retratado como um pai sábio e idoso, foi muito importante nos primórdios da religião israelita (Foto: Reprodução)

O ponto de partida dessas análises é o fundo cultural comum entre o antigo povo de Israel e seus vizinhos e adversários, os cananeus (moradores da terra de Canaã, como era chamada a região entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo em tempos antigos). A Bíblia retrata os israelitas como um povo quase totalmente distinto dos cananeus, mas os dados arquelógicos revelam profundas semelhanças de língua, costumes e cultura material – a língua de Canaã, por exemplo, era só um dialeto um pouco diferente do hebraico bíblico. 




 
Memórias de Ugarit

Os cananeus não deixaram para trás uma herança literária tão rica quanto a Bíblia. No entanto, poucos quilômetros ao norte de Canaã, na atual Síria, ficava a cidade-Estado de Ugarit, cuja língua e cultura eram praticamente idênticas às de seus primos do sul. Ugarit foi destruída por invasores bárbaros em 1200 a.C., mas os arqueólogos recuperaram numerosas inscrições da cidade, nas quais dá para entrever uma mitologia que apresenta semelhanças (e diferenças) impressionantes com as narrativas da Bíblia. “Por isso, Ugarit é uma parte importante do fundo cultural que, mais tarde, daria origem às tribos de Israel”, resume Christine Hayes, professora de estudos clássicos judaicos da Universidade Yale (EUA). 

Uma das figuras mais proeminentes nesses textos é El – nome que quer dizer simplesmente “deus” nas antigas línguas da região, mas que também se refere a uma divindade específica, o patriarca, ou chefe de família, dos deuses. “Patriarca” é a palavra-chave: o El de Ugarit tem paralelos muito específicos com a figura de Deus durante o período patriarcal, retratado no livro do Gênesis e personificado pelos ancestrais dos israelitas: Abraão, Isaac e Jacó. 

Nesses textos da Bíblia há, por exemplo, referências a El Shadday (literalmente “El da Montanha”, embora a expressão normalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”), El Elyon (“Deus Altíssimo”) e El Olam (“Deus Eterno”). O curioso é que, na mitologia ugarítica, El também é imaginado vivendo no alto de uma montanha e visto como um ancião sábio, de vida eterna. 

Tal como os patriarcas bíblicos, El é uma espécie de nômade, vivendo numa versão divina da tenda dos beduínos; e, mais importante ainda, El tem uma relação especial com os chefes dos clãs, tal como Abraão, Isaac e Jacó: eles os protege e lhes promete uma descendência numerosa. Ora, a maior parte do livro do Gênesis é o relato da amizade de Deus com os patriarcas israelitas, guiando suas migrações e fazendo a promessa solene de transformar a descendência deles num povo “mais numeroso que as estrelas do céu”. 




 
Israel ou “Israías”?

Outros dados, mais circunstanciais, traçam outros elos entre o Deus do Gênesis e El: num dos trechos aparentemente mais antigos do livro bíblico, Deus é chamado pelo epíteto poético de “Touro de Jacó” (frase às vezes traduzida como “Poderoso de Jacó”), enquanto a mitologia ugarítica compara El freqüentemente a um touro. Finalmente, o próprio nome do povo escolhido – Israel, originalmente dado como alcunha ao patriarca Jacó – carrega o elemento “-el”, lembra Airton José da Silva, professor de Antigo Testamento do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto (SP). 

“É o nome do deus cananeu, mais um indício de que Israel surge dentro de Canaã, por um processo gradual”, diz Silva. Ele argumenta que, se Javé fosse desde sempre a divindade dos israelitas, o nome desse povo seria “Israías”. Isso porque o elemento adaptado como “-ías” em português (algo como -yahu) era, em hebraico, uma forma contrata do nome “Javé”. Curiosamente, o elemento se torna dominante nos chamados nomes teofóricos (ligados a uma divindade) dados a israelitas no período da monarquia, a partir dos séculos 10 a.C. e 9 a.C. 

E esse nome (provavelmente Yahweh em hebraico; a sonoridade original foi obscurecida pelo costume de não pronunciar a palavra por respeito) é um enigma e tanto. As tradições bíblicas são um tanto contraditórias, mas pelo menos uma fonte das Escrituras afirma que Javé só deu a conhecer seu verdadeiro nome aos israelitas quando convocou Moisés para ser seu profeta e arrancar os descendentes de Jacó da escravidão no Egito. (A Moisés, Deus diz que apareceu a Abraão, Isaac e Jacó como “El Shadday”.) O problema é que ninguém sabe qual a origem de Javé, o qual nunca parece ter sido uma divindade cananéia, exatamente como diz o autor bíblico. 




 
Senhor do deserto

A esmagadora maioria dos arqueólogos e historiadores modernos não coloca suas fichas no Êxodo maciço de 600 mil israelitas (sem contar mulheres e crianças) do Egito, por dois motivos: a semelhança entre Israel e os cananeus e a falta de qualquer indício direto da fuga. Mas muitos supõem que um pequeno componente dos grupos que se juntaram para formar a nação israelita tenha sido formado por adoradores de Javé, que acabaram popularizando o culto. Quem seriam esses primeiros javistas? Uma pista pode vir de alguns documentos egípcios, que os chamam de Shasu – algo como “nômades” ou “beduínos”. 

“Duas ou três inscrições egípcias mencionam um lugar chamado 'Yhwh dos Shasu', o que, para alguns especialistas, parece ser 'Javé dos Shasu'. Talvez sim, talvez não. Não temos como saber ao certo”, diz Mark S. Smith, pesquisador da Universidade de Nova York e autor do livro “The Early History of God” (“A História Antiga de Deus”, ainda sem tradução para o português). 

“É menos provável que o culto a Javé venha de dentro da Palestina e da Síria, e um pouco mais plausível que ele tenha se originado em certas regiões da Arábia”, diz Airton da Silva. Mark Smith lembra que algumas das passagens poéticas consideradas as mais antigas da Bíblia – nos livros dos Juízes e nos Salmos, por exemplo – referem-se ao “lar” de Javé em locais denominados “Teiman” ou “Paran”. Aparentemente, são áreas desérticas, apropriadas para a vida de nomadismo. “Muitos especialistas localizam essa região no que seria o noroeste da atual Arábia Saudita, ao sul da antiga Judá [parte mais meridional dos territórios israelitas]”, diz Smith. 


Foto: Reprodução
Baal, retratado como guerreiro (provavelmente a estatueta tinha uma lança na mão), lembra Javé por causa de sua luta contra monstros marinhos (Foto: Reprodução )

 
Guerreiro divino

Seja como for, quando Javé entra em cena com seu “nome oficial” durante o Êxodo bíblico, a impressão que se tem é que ele já absorveu boa parte das características de um outro deus cananeu: Baal (literalmente “senhor”, “mestre” e, em certos contextos, até “marido”), um guerreiro jovem e impetuoso que acabou assumindo, na mitologia de Ugarit e da Fenícia (atual Líbano), o papel de comando que era de El. 

Indícios dessa nova “personalidade” de Deus surgem no fato de que, pela primeira vez na narrativa bíblica, Javé é visto como um guerreiro, destruindo os “carros de guerra e cavaleiros” do Faraó e, mais tarde, guiando as tribos de Israel à vitória durante a conquista da terra de Canaã. Tal como Baal, Javé é descrita como “cavalgando as nuvens” e “trovejando”. E, mais importante ainda, uma série de textos bíblicos falam de Deus impondo sua vontade contra os mares impetuosos (como no caso do Mar Vermelho, em que as águas engolem o exército egípcio por ordem divina) ou derrotando monstros marinhos. 

Há aí uma série de semelhanças com a mitologia cananéia sobre Baal, o qual derrotou em combate o deus-monstro marinho Yamm (o nome quer dizer simplesmente “mar” em hebraico) ou “o Rio” personificado. Na mitologia do Oriente Próximo, as águas marinhas eram vistas como símbolos do caos primitivo, e por isso tinham de ser derrotadas e domadas pelos deuses. 

Javé também é associado à chuva e à fertilidade da terra pelos antigos autores bíblicos – atributos que aparecem entre as funções de Baal. Há, porém, uma diferença importante entre os dois deuses: outra narrativa de Ugarit fala do assassinato de Baal pelas mãos de Mot, o deus da morte, e da ressurreição do jovem guerreiro – provavelmente uma representação mítica do ciclo das estações do ano, essencial para a agricultura, já que Baal era um deus que abençoava a lavoura. 

O lado guerreiro de Javé é talvez o mais difícil de aceitar para a sensibilidade moderna: quando os israelitas realizam a conquista da terra de Canaã, a ordem dada por Deus é de simplesmente exterminar todos os habitantes, e às vezes até os animais (embora, em alguns casos, os homens de Israel recebam permissão para transformar as mulheres do inimigo em concubinas). 


Foto: Reprodução
Inscrição feita por ordem de Mesa, rei de Moab (país vizinho do antigo Israel): texto fala de genocídio por ordem divina, tal como se vê nos textos bíblicos (Foto: Reprodução )
Textos de outra nação da área, os moabitas (habitantes de Moab, a leste do Jordão) ajudam a lançar luz sobre esse costume aparentemente bárbaro. Um monumento de pedra conhecido como a estela de Mesa (nome de um rei de Moab em meados do século 9 a.C.) fala, ironicamente, de uma guerra de Mesa com Israel na qual o rei moabita, por ordem de seu deus, Chemosh, decreta o herem, ou “interdito”. E o herem nada mais é que a execução de todos os prisioneiros inimigos como um ato sagrado. Tratava-se, portanto, de um elemento cultural de toda a região. 

Lado feminino

Se a “múltipla personalidade” de Javé pode ser basicamente descrita como uma combinação de El e Baal, há uma influência mais sutil, mas também perceptível, de um elemento feminino: a deusa da fertilidade Asherah, originalmente a esposa de Baal na mitologia cananeia. Normalmente, Deus se comporta de forma masculina na Bíblia, e a linguagem utilizada para falar de sua relação com os israelitas é, muitas vezes, a de um marido (Deus) e a esposa (o povo de Israel). Mas o livro bíblico dos Provérbios, bem como alguns outras fontes israelitas, apresenta a figura da Sabedoria personificada, uma espécie de “auxiliar” ou “primeira criatura” de Deus que o teria auxiliado na obra da criação do mundo. 

Segundo o texto dos Provérbios, Deus “se deleita” com a Sabedoria e a usa para inspirar atos sábios nos seres humanos. Para muitos pesquisadores, a figura da Sabedoria incorpora aspectos da antiga Asherah na maneira como os antigos israelitas viam Deus, criando uma espécie de tensão: embora o próprio Deus não seja descrito como feminino, haveria uma complementaridade entre ele e sua principal auxiliar. 

Reinaldo José Lopes
Do G1, em São Paulo

Chamados para Frutificar

"Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; afim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda." João 15,16.


A igreja exerce um papel profético. Embora enfrente crises e obstáculos, tem a grandiosa promessa de Jesus: “Eis que estou convosco”. Seu grande desafio é permanecer firmada em Jesus, a fim de dar fruto, Jo 15,5.

Para que os planos e estratégias da Igreja sejam bem-sucedidos, cada crente precisa entender que não foi chamado para viver dentro das quatro paredes do templo. Ele precisa ser o sal da terra e a luz do mundo, pregar contra o pecado e ter uma vida frutífera, Mt 5,13 e 14. Este é nosso tema de hoje.

CHAMADOS PARA FRUTIFICAR

Na alegoria de João 15,1-27, Jesus se apresenta como sendo a “videira verdadeira”. Seus discípulos são os ramos e só frutificam se estiverem ligados a Ele, fonte verdadeira de vida. Nesse processo divino, todo ramo que não dá fruto é cortado e lançado fora; e todo aquele que dá fruto requer um cuidado especial,para que frutifique ainda mais.

A vida de frutificação pregada por Jesus precisa ser vista como base de crescimento e maturidade da Igreja. Deus não está interessado em salvar o pecador simplesmente para usufruir de suas bênçãos. Ele requer de cada cristão uma vida frutífera.

a) O chamado é para todos. Não são apenas alguns que precisam santificar suas vidas, orar, pregar a Palavra, etc. Todos os salvos têm os mesmos compromissos diante de Deus. Quando o Senhor voltar para buscar sua Igreja, pedirá contas a todos, 2 Cor 5,10.

b) O compromisso é pessoal, Jo.15, 4. Jesus atribui a cada cristão a missão de trabalhar pelo crescimento da igreja. Essa individualidade implica compromisso pessoal e envolvimento diário por parte de cada um de nós, como um corpo bem ajustado, 1 Cor 12, 12.

TRABALHANDO OS TALENTOS

Deus jamais exigiria de um cristão uma vida de frutificação sem antes prover os recursos necessários para o trabalho. Se não fosse assim, poderíamos nos escusar quando o Senhor viesse para ajustar as contas com sua igreja. A parábola dos talentos, narrada em Mt 25,14-30, ilustra esta verdade. A história diz que certo homem ausentou-se de sua terra e entregou seus bens a seus servos, para serem trabalhados com disposição, seriedade e coragem. O que nos ensina esta passagem?

a) Talento gera talento. O homem que recebera cinco talentos ganhou com eles outros cinco; o que tinha dois granjeou outros dois. A diligência levou à multiplicação. Então, se talento gera talento, poe-se dizer que ovelha gera ovelha. Para tanto, cada crente precisa colocar suas aptidões cristãs a serviço do Reino de Deus. É maravilhoso saber que quando usamos nossos talentos e dons na obra de Deus, a Igreja é favorecida e abençoada.

b) Frutificar requer esforço e trabalho. Os servos se esforçaram para que os talentos se multiplicassem. Trabalharam com seriedade, porque sabiam que seu senhor haveria de voltar a qualquer momento e pediria contas dos bens. Aquele que recebeu um talento nada fez para que o valor recebido fosse multiplicado; sequer o entregou aos banqueiros.

Na vida espiritual também é assim. Nada acontece sem que haja esforço, empenho, disposição e amor. O Senhor disse a Josué: "Esforça-te, e tem bom ânimo…" Js 1,9.

O PERIGO DE UMA VIDA INFRUTÍFERA

Para ilustrar este ponto, vamos à parábola da figueira estéril, Lc 13, 6-9. Aprendemos as seguintes lições:

a) Fidelidade e privilégios. O Judaísmo foi comparado por Jesus a uma figueira infrutífera. Esperava-se que entre o povo escolhido houvesse fé, devoção, contrição e santidade. No entanto, havia apenas formalismo religioso e pecados ocultos. Deus não queria folhas, mas frutos. Deus exige fidelidade proporcional às aptidões espirituais que Ele nos concede.

b) Uma igreja infrutífera. Qual não foi a decepção do senhor da vinha que, durante três anos, não pôde encontrar um fruto sequer em sua plantação. O povo escolhido não estava correspondendo ao chamado de Deus. Por isso, estava sendo infrutífero em suas realizações, como uma planta que ocupa a terra inutilmente. Muitas igrejas hoje assemelham-se ao Israel daquela época. A cada ano Deus tem procurado frutos, mas nada tem encontrado.


Assim como a figueira, o cristão infrutífero na vida espiritual corre o risco de ser cortado. O que contribuiu para que a figueira infrutífera não fosse cortada foi a pronta e amorosa atitude do vinhateiro, Lc 13,8-9. No entanto, nada se sabe sobre o seu o seu fim. Mas, uma coisa é certa, ela teve a oportunidade de continuar plantada, para apresentar os frutos ao seu senhor.

Deus tem dado a cada crente muitas oportunidades de se envolver com o crescimento da igreja. Vamos aproveitá-las e, com muita dedicação, fazer a obra do Senhor. Pastor Josias Moura

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

A vinda de Jesus e o fenômeno da "lua de sangue"

Passou-se o fenômeno da "lua de sangue" e as profecias alarmantes não se concretizaram. Previu-se que o mundo acabaria em setembro, mas pelo menos até agora a roda continua a girar. Aguardemos até meia-noite. Ainda faltam algumas horas. A verdade é que a falta de conhecimento bíblico, aliada à ausência de bom senso, produz tais mensagens alarmistas e catastróficas que nada têm a ver com o verdadeiro ensino bíblico sobre a vinda de Jesus. Mas parece que o povo gosta de viver debaixo dessa opressão.

Em primeiro lugar, temos de entender que os sinais previstos na Bíblia - antes que venha o terrível dia do Senhor - são de natureza cataclísmica, catastrófica, que ocorrem sem qualquer previsibilidade, diferente dos fenômenos naturais, como a "lua de sangue", que só voltará a ocorrer em 2033, quando eu, se ainda estiver por aqui, completarei 79 anos. Ou seja, desde o início da existência do Universo esses fenômenos se repetem e, hoje, são previstos com precisão pelos cientistas. Os sinais bíblicos são de outra natureza. Eles ocorrem de forma abrupta, imprevista, como aconteceu em Teresópolis, em janeiro de 2011, ocasião em que, sem exagero, experimentamos um fenômeno diluviano.

Em segundo lugar, na esteira de tais alarmismos surgem as especulações escatológicas e as teorias conspiratórias, como as que antecederam o ano 2000. Houve até quem ensinasse que Lula seria o Anticristo. O disseminador da teoria baseou-se na visão dos quatro animais dada por Deus a Daniel, representando a sequência dos quatro impérios mundiais - babilônico, medo-persa, grego e romano, simbolizados, nessa ordem, pelo Leão, Urso, Leopardo e Animal Grande e Terrível. Que fez o professor? Construiu um acróstico, em português, com a primeira letra do nome de cada animal, que deu o seguinte resultado: Lula! Experimente você mesmo e veja. Ora, se fosse para ser dessa forma, o acróstico tinha de ser construído com as primeiras letras dos nomes em hebraico! Em inglês, por exemplo, o segundo nome já não permitiria tal conclusão: urso é bear!

Em terceiro lugar, embora haja sinais na Escritura acerca do fim dos tempos, a vinda de Jesus será surpreendente, numa hora em que não pensamos, sem que possa haver a "espera" de um tempo predeterminado. Isto implica numa santa expectativa, que nos impõe estar preparados em todo tempo. As malas precisam estar sempre prontas. Muitas datas foram já marcadas - algumas de repercussão mundial - e só trouxeram frustração, desânimo e perda da esperança. Aqui mesmo no Brasil houve vários casos pontuais que resultaram em consequências amargas!

Em quarto e último lugar, para os que têm esperança a vinda de Jesus não é instrumento de opressão, medo, angústia e pavor. Em suas semanas finais antes da cruz, Jesus diz aos discípulos que não fiquem turbados, tristes, frustrados para então introduzir a solene declaração: "Virei outra vez e vos levarei para mim mesmo". Que alegria! À igreja de Tessalônica em que os crentes pareciam estar preocupados se voltariam a ver os entes queridos que tinham partido, Paulo os instrui sobre a bem-aventurada esperança como motivo de regozijo e conforto. Segundo o apóstolo, fomos destinados para a plena salvação em Cristo Jesus.

Portanto, não espere a próxima "lua de sangue" em 2033 para preparar-se. Esteja pronto hoje, com as malas arrumadas, esperando Jesus. Esse é o verdadeiro proceder do crente!

Pastor Geremias Couto

sábado, 26 de setembro de 2015

Não Deixe Penina Matar Seus Sonhos

“... até a estéril deu à luz sete filhos, e a que tinha muitos filhos enfraqueceu”.1 Samuel 2:5

Havia um homem chamado Elcana, este tinha duas mulheres, uma era Ana e a outra era Penina. E Penina tinha filhos, porém Ana não.
 Ana tinha um sonho impossível ser mãe, mas o Senhor cerrou( Deus a impedia de ter filhos) a madre de Ana.1 samuel 1.5

Sua rival Penina excessivamente a provocava, para a irritar; porque o SENHOR lhe tinha cerrado a madre. 1 Samuel 1:6

Ana vivia atribulada de espírito, seu desejo de ser mãe era muito intenso. Ana todos os anos ia ao templo oferecer sacrifício ao Senhor, orava, clamava, buscava por um milagre; mas os anos se passavam e nada acontecia e sua rival escarnecia dela.
 Um dia Ana com amargura de alma, orou ao SENHOR, e chorou abundantemente.
E fez um voto, dizendo: “SENHOR dos Exércitos! Se benignamente atentares para a aflição da tua serva, e de mim te lembrares, e da tua serva não te esqueceres, mas à tua serva deres um filho homem, ao SENHOR o darei todos os dias da sua vida, e sobre a sua cabeça não passará navalha”. 1 Samuel 1:10-11

Passado algum tempo Deus realizou o sonho de Ana de ser mãe. Ela havia pedido um filho a Deus e Ele deu-lhe muito mais que um filho deu-lhe um profeta. O milagre foi além do que Ana pensou, ou pediu.
 Mesmo passando humilhações, vergonha e dor Ana não deixou de ir ao templo, adorava ao Senhor mesmo na adversidade, quiseram matar os sonhos de Ana - Penina, a humilhava e escarnecia dela, Elcana disse-lhe: “Não te sou eu melhor do que dez filhos?” 1 Samuel 1:8; e até mesmo o sacerdote Eli E disse-lhe: Até quando estarás tu embriagada? Aparta de ti o teu vinho. 1 Samuel 1:14; cada um a sua maneira,foi ferramenta para desanimar e frustrar os sonhos daquela mulher, mas ela não desistiu, perseverou até conseguir realizar seu sonho.
Amados nós estamos cercados de “Peninas”, tentando frustar, matar os sonhos de muitas “Anas.” Não importa qual o tamanho do seu sonho, nem tão pouco se ele te parece impossivel, Deus é poderoso para realizá-los e te dar muito além do que tens pedido.

Acredite tua hora chegará, persevere, ore, como fez Ana. Não deixe de ir a igreja,não pare de trabalhar para o Senhor, o adore não importando a situação ou as circunstâncias, Louve, exalte e glorifique ao Deus Todo Poderoso, não saia da presença D’Ele, no tempo apropriado Ele colocará em teus braços teu sonhado “Samuel.” Cida Augusto 

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

O Saudoso e o Saudosista

O ser humano já nasce com saudade. Pois se afasta do ninho cálido onde esteve durante nove meses, o lugar seguro e protetor, no qual foi cuidado e amado. Cadê a união que lhe parecia eterna com a cuidadora? Cadê o mundo somente seu, o útero materno? Basta sair e a saudade o acompanhará. Para sempre. Outros dizem ser, a saudade do homem, a memória ancestral do Paraíso Perdido. Que tolice foi a de perder o Éden, a troco de quê? Por isso, toda a saudade traz ressaibos de um amargor agridoce. Só se tem saudade daquilo ou daqueles que foram bons, do bem, de momentos ou tempos ou lugares agradáveis, prazerosos. Por isso, a definição — atribuída a Ruy Barbosa — de que “saudade é a vontade de outra vez”. De, pelo menos, mais uma vez. De rever alguém, de reviver algo, de recuperar talvez um elo perdido. Ou de, até mesmo, tentar descobrir se aquele encantamento foi um belo sonho ou se realmente existiu.

Já se nasce, pois, com saudade. E o homem se constrói, ao longo da vida, como um ser saudoso. As crianças são saudosas e nos emocionam quando elas próprias o confessam. De uma amiga muito querida, recebi o relato de um episódio comovente, ela e o neto. Lá se pôs a avó — embevecida com o garoto de oito anos que a visitava — a acarinhá-lo, a lhe fazer agrados. E lhe propôs cantarem juntos algumas musiquinhas de anos anteriores. E cantarolou: “Boi, boi, boi/ boi da cara preta/ pega o G... que tem medo de careta”.

O netinho, porém, a interrompeu, com olhar distante: “Vó, essa não. Essa música me deixa triste.” Minha amiga, a avó, estranhou e lhe perguntou o porquê da tristeza se, antes, ele tanto gostava da cantiga. E o menino respondeu: “É porque você cantava para mim quando eu era pequenino. Me dá saudade. Eu cresci, né, vovó?” Lá estava, pois, outro pequenino ser humano já sendo construído pelos fios invisíveis da saudade.

Infelizmente, confunde-se saudade com saudosismo, e o saudoso com o saudosista. Saudosismo e saudosistas estão fixos no passado e em realidades que não mais são aceitas. Querem presentificar o passado, torná-lo real. E isso nasce de uma filosofia de origem portuguesa — com esse mesmo nome, Saudosismo — que pretendia reconstruir Portugal a partir do passado, a que deram o nome de “saudade revelada”. O movimento elevava essa saudade à altura de uma religião, de uma filosofia, de uma política. E, com isso, buscava criar uma alma nacional portuguesa. Seria um “Sebastianismo Esclarecido”, relevado e cantado por poetas e filósofos. Até o imortal Fernando Pessoa chegou a fazer parte desse movimento. Mas o Saudosismo morreu exatamente por ser saudosista. E lá me pergunto eu: a melancólica alma portuguesa — que forma também a nossa — é saudosa ou saudosista?

Não acredito em pessoas que dizem não ter saudade de algo ou de alguém. Não creio nos que negam ser saudosos nem que seja daquilo que não conseguem explicar. Ou mentem se o afirmam, ou mentem para si mesmos. A saudade, parece-me, é um universo espiritual concentrando o bom e o belo da vida que trazemos conosco. A saudade é nossa própria história, nas páginas mais belas, generosas e cândidas. E, estranhamente, é feita de uma tristeza suave que — muitas vezes, doendo — faz reviver. É como chorar sorrindo. Ou derramar lágrimas para bebê-las como se fossem gotas de mel. Saudade são lembranças guardadas no coração, mesmo que esquecidas pela mente.

O saudosismo, no entanto, está apenas na razão. Algo pétreo, paralisante, como se o homem fosse senhor do tempo e pudesse detê-lo ou avançá-lo. Ou mantê-lo inalterável. O saudosista tem alma fechada, como se o medo ou a covardia o impedissem de viver a grande aventura de viajar através do tempo. O saudosista permanece, fica. O saudoso, por sua vez, voa, vai e volta, traz e devolve, revive como se estivesse vivendo pela primeira vez. O saudoso tem o poder de, ao se lembrar e recordar, inventar tudo de novo. E fazer com que o agora se torne vivo como o passado. Ao passo que o saudosista quer dar vida ao passado recusando o agora.

De minha parte, assumo, com alegria, minha condição humana de saudoso. Sou feito de toda a saudade que me acompanha. E é essa saudade que me ajuda a enxergar a beleza do agora e a ter esperança no amanhã. Tenho saudade imensa de quando, num banco de jardim, toquei nas mãos da primeira namorada. E essa saudade me permite, ainda agora, tocar com emoção as mãos de minha mulher. Ela não é a primeira. Mas sei que será a última. Posso viver o encantamento disso por tê-lo vivido anteriormente. A beleza do antes ressurge agora. Saudade, pois, é como primavera que, a cada retorno, é sempre original em seu esplendor.

O saudosista quer viver do passado. O saudoso faz, do passado, fonte de vida.

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sábado, 19 de setembro de 2015

A Escola dos Profetas

ensino sempre teve papel primordial na cultura judaico-cristã, a palavra de Deus sempre ocupou lugar primordial na instrução, desde a infância. Por isso, na aula de hoje, trataremos a respeito desse importante ministério eclesiástico. Mostraremos, a princípio, a relevância da Escola dos Profetas nos tempos de Eliseu. Em seguida, apontaremos os fundamentos bíblicos para o ensino da igreja. Ao final, destacaremos a necessidade do ensino sistematizado da Bíblia na Igreja local.

1. A ESCOLA DOS PROFETAS
A escola dos profetas, ao que tudo indica, teria sido o primeiro seminário teológico dos tempos bíblicos. Essa escola teria sido organizada por Samuel, que acumulou o ministério de profeta, sacerdote e Juiz (I Sm. 10.5; 19.20). Elias e Eliseu foram os responsáveis pela consolidação da escola dos profetas, a contribuição deles fez com que essa escola funcionasse como resistência à apostasia que havia se estabelecido no reino do norte (II Rs. 2.3; 4.38; 6.1). A escola dos profetas estava fundamentada no ensinamento bíblico, por isso, as instruções eram tanto morais quanto espirituais. Não era uma escola apenas para dotar os alunos com conhecimento, mas, sobretudo, para que esses tivessem uma profunda experiência com Deus. Os profetas não aprendiam apenas conteúdo bíblico, eles também eram inseridos no sobrenatural, nos milagres de Deus. A escola dos profetas foi estabelecida em Ramá, e provavelmente, em Gibeá (I Sm. 19.20; 10.5,10). Centros de estudos também estavam espalhados em Gilgal, Betel e Jericó (II Rs. 4.38; 2.3,5,7,15; 4.1; 9.1). Cerca de cem estudantes faziam parte da escola dos profetas comandada por Eliseu em Gilgal (II Rs. 4.38,42,43). Quando Elias e Eliseu foram ao rio Jordão encontrava-se com eles cinquenta estudantes da escola dos profetas (II Rs. 2.7,16,17). O estilo de vida deles era em comunidade, em uma casa comum, na companhia dos profetas (II Rs. 6.1). Alguns deles eram casados e tinham filhos (II Rs. 4.1) e acompanhavam os homens de Deus, por isso eram chamados de filhos dos profetas. A escola dos profetas dava também aos estudantes uma formação musical, a fim de que pudessem oferecer ao Senhor música de qualidade para a adoração a Deus (I Sm. 10.5).

2. FUNDAMENTOS CRISTÃOS PARA O ENSINO NA IGREJA
O ensino bíblico-teológico sempre teve relevância na igreja cristã, não podemos esquecer que a Grande Comissão destacava a necessidade de fazer discípulos, e de ensiná-los a Palavra de Deus (Mt. 28.20). Os próprios mestres, aqueles que ensinam na igreja, são dádivas de Deus, e portanto, devem ser considerados como ministros do Senhor (Ef. 4.11). A ausência de ensinamentos bíblicos bem fundamentados é danosa para a igreja, já que possibilita a entrada de falsos mestres, e a manifestação da apostasia (Hb. 6.1). Por isso Paulo orienta o jovem pastor Timóteo para que esse invista no ensino, que escolha mestres para ensinaram e repassarem a mensagem às novas gerações (II Tm. 2.2). Tais pessoas devem se esmerar no ministério do ensino, ou seja, a ele se dedicarem (Rm. 12.7). Elas devem ensinar não apenas com palavras, mas também com o exemplo (At. 12.25). Paulo é um modelo de mestre na Palavra, um homem que não se esquivou de ensinar os decretos de Deus (At. 20.20). Não por ocaso conclamava seus ouvintes e leitores a serem seus imitadores (I Co. 4.15; 11.1; Fp. 3.17). Mas o maior Ensinador foi o próprio Jesus, reconhecido como Mestre da parte de Deus (Jo. 3.2). Aqueles que O ouviam ficavam pasmos diante dos seus ensinamentos, com a autoridade com a qual falava (Mt. 7.28,29). As pessoas se dirigiam a Ele com o título de Rabi, mestre (Mt. 26.15,49; Mc. 9.5; 11.21; Jo. 1.38,49; 4.31; 9.2; 11.8). Jesus mesmo se reconhecia como tal (Mt. 23.8; Jo. 13.13). Seu ensino era eficaz, por isso muitos se maravilhavam (Jo. 7.46), também dos seus feitos, associados ao ensino (At. 1.1,2). Seus ensinamentos partiam de temas simples do cotidiano, recorria com frequências às parábolas (Mt. 22.1); indagações (Mt. 22.46), discursos (Mt. 5-7), citações (Mt. 5.18; 22.41-45; Lc. 24.27) e símbolos (Jo. 13.4-7; Mc. 6.11). Os temas tratados por Jesus em seus ensinamentos eram: Deus (Mt. 22.34-40); Ele mesmo (Jo. 8.42; 8.58; 16.28); o Espírito Santo (Jo. 3.5; 7.38,39; Mt. 12.27,28; 14.16,17); as Escrituras (Mt. 5.18; Mc. 2.1,2; Mt. 7.13; Jo. 17.17); a vida cristã (Jo. 5.24; 6.35; 8.12; 14.6; 11.25; 17.17; Mc. 12.30,31); o Reino de Deus (Lc. 17.17; Mt. 6.10; 4.23); a igreja (Mt. 16.18); e a escatologia (Mt. 12.30,31; Jo. 10.28).

3. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO SISTEMÁTICO DA BÍBLIA
A igreja cristã não pode fugar da responsabilidade do ensinamento sistemático da Bíblia. Ciente da importância desse ministério, muitas igrejas fundaram universidades e investiram maciçamente na educação. Nesses últimos anos a igreja se distanciou dessa tarefa, e o secularismo ganhou espaço. O ideal seria que as igrejas evangélicas tivessem suas escolas confessionais, a fim de instruírem as crianças, desde cedo, na palavra de Deus, sem desconsiderar a formação enciclopédica, com vistas à formação profissional. Por menor que seja uma igreja local, ela é a principal responsável pela instrução dos seus fiéis na palavra de Deus. Os cultos de instrução (ou doutrina) devem ser valorizados, os pastores precisam separar tempo necessário para a exposição da Palavra de Deus. As escolas dominicais merecem maior atenção, atentado inclusive para seus espaços físicos. O estudo teológico, outrora tratado com preconceito, deve ser estimulado, pois sem uma formação ortodoxa as pessoas tenderão ao liberalismo. A esse respeito, é preciso reconhecer que não existe apenas um liberalismo racionalista – que nega a revelação em prol da razão, mas também o sentimentalista - que nega a revelação em favor da emoção. O movimento pentecostal, desde o princípio, orientou sua liderança para que obtivesse formação bíblica. Os cursos teológicos eram poucos, tendo em vista o contexto distinto, mas havia escolas bíblicas para obreiros e escolas dominicais. Esperava-se pelo menos que os obreiros tivessem o conhecimento das principais doutrinas da Bíblia. Nesses últimos anos, em virtude da descaracterização do movimento evangélico no Brasil, percebemos a necessidade premente de obreiros com fundamentação bíblica. As escolas bíblicas dominicais, os cultos de instrução e estudos bíblicos precisam ser revitalizados nas igrejas locais. Caso contrário, estaremos fadando as gerações futuras à mediocridade, a falta de fundamentos sólidos, a heterodoxia bíblica, que cedo ou tarde os distanciaram do evangelho.

CONCLUSÃO
A criação da escola dos profetas por Samuel, e o estabelecimento dela através de Elias e Eliseu, deve servir de motivação para investimos no ensinamento bíblico-teológico em nossas igrejas. Para tanto, devemos não apenas repassar conteúdos, mas, sobretudo, oportunizar momentos espirituais, nos quais os nossos alunos possam ter uma experiência profunda com o Senhor. Uma igreja que não investe no ensino não está cumprindo a Grande Comissão, que a de fazer discípulos, e instruí-los na Verdade, que é o próprio Cristo.

BIBLIOGRAFIA
DILLARD, R. B. Faith in the face of apostasy: the gospel according to Elijah and Elisha. New Jersey: PR, 1999.
RUSSEL, D. Men of courage: a study of Elijah and Elisha. Oxford: Christian Focus, 2011. 

Prof. José Roberto A. Barbosa