domingo, 16 de outubro de 2016

Horário de Verão e o Reino dos Céus


O Horário de Verão foi instituído pela primeira vez no Brasil no verão de 1931/1932. Desde 1985 esse horário especial ocorre todos os anos. O principal objetivo da implantação do Horário de Verão é o melhor aproveitamento da luz natural ao entardecer, o que proporciona substancial redução na geração da energia elétrica que se destina à iluminação artificial. 

Durante quase o ano inteiro a diferença de horário entre os Estados Unidos e o Brasil é de apenas uma hora. Mas quando chega o horário de verão... a diferença passa a ser de três horas. E isso porque, enquanto os relógios no Brasil avançam uma hora, os daqui recuam uma hora. Por conta disso, temos que acordar muito mais cedo para participar do culto de Santa Ceia. Lá são 8h. da manhã, e aqui são 5h. Lá está claro, e aqui ainda escuro.

Não haveria também uma espécie de fuso horário distinto entre o Reino de Deus e o resto do mundo?

Ora, sabemos pelas Escrituras, que quando abraçamos a fé em Jesus, fomos “arrebatados do império das trevas, e transportados para o Reino” (Cl.1:13). Portanto, fomos introduzidos em uma nova realidade, em um novo território (ainda que espiritual!). Nada mais coerente do que supor que essa nova realidade tenha seu próprio fuso horário.

Dada a rotação da Terra, o Sol aparece primeiro no Oriente. Por isso, a Austrália comemora a chegada do Ano Novo algumas horas antes de nós.

Como Igreja de Cristo, somos a Nação Santa, a Nova Jerusalém, lugar onde se vê primeiro o raiar do Novo Dia. É para nós, que tememos o nome do Senhor, que nasce “o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” (Ml.4:2).

Ainda que o Mundo esteja mergulhado nas densas trevas de uma noite que pareça eterna, para nós o dia já raiou:

“Levanta-te, resplandece, pois já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. As trevas cobrem a terra, e a escuridão os povos; mas sobre ti o Senhor vem surgindo, e a sua glória se vê sobre ti. As nações caminharão à tua luz, e os reis ao resplendor que te nasceu” (Is.60:1-3).

E mais: somos informados que este Sol que acaba de nascer, jamais se porá. Portanto, o novo dia que raiou vai durar para sempre.

“Nunca mais se porá o teu sol (...) O Senhor será a tua luz perpétua” (Is.60:20).

Porém a Terra não pára de girar. O novo dia que surgiu para nós, há de raiar para todas as nações do Globo.

Para nós, que vivemos no fuso horário do Reino de Deus, Paulo escreve:
“A noite é passada, e o dia é chegado. Rejeitemos, pois, as obras das trevas e vistamo-nos das armas da luz” (Rm.13:12).

É hora de aposentarmos nossos pijamas, e despertarmos para vivermos o novo dia, o hoje eterno.

E esse novo dia começou quando Cristo rendeu Seu espírito na Cruz, dizendo: Está consumado. O velho aión (era) teve seu fatídico fim.

As trevas encontraram o seu apogeu. No relógio profético, a Cruz se deu à meia-noite. Por isso Jesus afirmou ao ser preso: “Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas” (Lc.22:53).

A partir da Cruz, começa o novo dia, o Dia do Senhor.
Portanto, a tendência é que as coisas clareiem, em vez de escurecerem. Em outras palavras, o mundo caminha para a restauração, e não para a destruição, como insistem alguns.

Quando começa um novo dia? Não é no primeiro segundo após a meia -noite? Entretanto, a noite continua tão escura quanto antes. Porém, a partir daí, gradativamente, as trevas vão cedendo à luz. Ainda que os olhos não percebam, dado o caráter paulatino com que o dia vai clareando. As horas que se seguem testemunham o embate entre as trevas e a luz. Invariavelmente, as trevas são vencidas.

“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram sobre ela” (Jo.1:5).

Horas depois, surge no horizonte a estrela da manhã, anunciando que a qualquer momento, os primeiros raios solares serão vistos.

Não é debalde que Jesus Se apresenta nas páginas de Apocalipse como a Estrela da Manhã (Ap.22:16).

Sempre que o Evangelho chega a novos rincões, Jesus Se apresenta ali como a estrela matutina.

A Igreja dos dias de João presenciou a alvorada do novo dia. Por isso João, o mesmo autor de Apocalipse, escreveu em sua epístola:

“...as trevas vão passando, e já brilha a verdadeira luz” (1 Jo.2:8b).

Em breve, a luz do Evangelho terá alcançado todos os povos, e o novo dia alcançará o seu apogeu. Todas as nações se renderão à Cristo, Luz do Novo Dia. “Todos os confins da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; todas as famílias das nações adorarão perante ele” (Sl.22:27).

Ser reinista é crer piamente que a História terá um desfecho glorioso, e que a Igreja de Cristo cumprirá a sua missão de discipular as nações.

Cumprir-se-á o que diz o sábio Salomão:
"A vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito" (Pv.4:18).

Em outras palavras, o bem triunfará. As trevas serão totalmente dissipadas. A verdade e o amor prevalecerão. E aí... será dia perfeito!

Apesar de já vivermos a alvorada deste novo dia, há muitos que ainda dormem, sob o efeito de um Jet lag espiritual.

Para estes, vale a advertência apostólica, que diz: "Todos vós sois filhos da luz, e filhos do dia. Nós não somos da noite, nem das trevas. Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos, e sejamos sóbrios. Pois os que dormem, dormem de noite, e os que se embriagam, embriagam-se de noite. Nós, porém, que somos do dia, sejamos sóbrios..." (1 Ts.5:5-8a).

Lembre-se: Fomos arrebatados das trevas para luz. Pertencemos a uma outra ordem. Não podemos cede a este Jet lag, vivendo como se ainda estivéssemos no mundo. Estamos assentados nas regiões celestiais em Cristo Jesus, e portanto, reinando com Ele. E para aqueles que insistem em dormir, Paulo vocifera:

"Desperta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará" (Ef.5:14). 

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