segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Evangelista

E V A N G E L I S T A


O substantivo é derivado do grego, que significa aquele que traz Boas Novas ou anunciador de Boas Novas. Seu vocábulo veterotestamentário provem do hebraico, como está escrito: “Tu, anunciador de boas novas a Sião, sobe a um monte alto. Tu, anunciador de boas novas a Jerusalém, levanta a voz fortemente; levanta-a, não temas e dize as cidades de Judá: Eis aqui está o vosso Deus” (Is 40.9). Em outras palavras, evangelista é aquele que anuncia, proclama e prega o evangelho de Boas Novas do Senhor Jesus Cristo, com ousadia e veemência (At 2.14-41). Todos os crentes, salvos e remidos pelo sangue de Jesus, foram e são imperativamente convocados para anunciar as virtudes do Senhor que os salvou das trevas para a sua maravilhosa luz (2 Tm 1.9; 1 Pe 2.9). Quando o Senhor Jesus comissionou os seus discípulos a pregar, ensinar e a batizar, ele mesmo disse: “Ide” (Mt 28.19; Mc 16.15). O elemento preponderante e vital para realizar esta obra é o Espírito Santo de Deus (Lc 24.49; Mc 16.17; Mt 28.18). A unção e poder do Espírito Santo é que fazem a diferença na dinâmica da igreja pelo evangelho que ela vive e prega (At 1.8). “E eles, tendo partido, pregaram por todas as partes, cooperando com eles o Senhor, e confirmando a palavra com os sinais que se seguiram” (Mc 16.20). Evangelista é um dos cinco ministérios que Jesus deu a sua igreja (Ef 4.11). O ministério é dado a varões pela autoridade espiritual, bíblica e hierárquica do Senhor à sua igreja (At 20.24; 1 Tm 3.2; 4.6-16). Sendo chamado para a obra do santo ministério, o evangelista tem a nobre missão de ser um representante dos céus na propagação das Boas Novas de Cristo Jesus. Enquanto o apóstolo, chamado por Deus representa a igreja que o enviou abrindo obras; o profeta prediz o futuro pela inspiração do Espírito Santo, como porta voz de Deus; o pastor apascenta o rebanho de Deus que o Senhor o deu responsabilidade; os doutores cuidam da doutrina do Senhor em seu estudo minucioso; e o evangelista anuncia o evangelho de Jesus do calvário à glorificação e eternidade com Cristo (Ef 4.11-13). O Senhor Jesus, que os chamou, é o modelo a seguir, e ele disse: “O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, a apregoar liberdade aos cativos e a dar vista aos cegos; a por em liberdade os oprimidos; e anunciar o ano aceitável do Senhor” (Is 60.1-2; Lc 4.18-19). Cada crente é uma testemunha da obra do evangelho em sua própria vida (Rm 10.13-15). Em contrapartida, o evangelista além do seu testemunho pessoal, recebe um chamado ministerial, como de um arauto de justiça e juízo de Deus às almas perdidas (Ez 3.18-19; Jo 16.8-11; 2 Pe 2.5). Embora o termo evangelista apareça apenas três vezes no Novo Testamento, seus ministros e obras estão patentes. Os evangelhos retratam o exemplo de Jesus, a comissão dos doze e dos setenta (Mt 10.1-19; Lc 10.1-20). Dentre vários exemplos no livro dos Atos dos Apóstolos, o doutor Lucas faz menção de Filipe, o evangelista (At 21.8). Este Filipe é um dos sete irmãos eleitos para o ministério diaconal (At 6.1-7). Filipe com poder e autoridade pregava a Cristo, e milagres aconteciam (At 8.5-13). Ele, compungido pelo Espírito, evangelizou ao etíope, eunuco de Candace, o qual creu no evangelho e foi batizado. Filipe, o evangelista, é o único discípulo que foi transladado de uma cidade para outra, em função da propagação do reino de Deus na terra, ele prossegue pregando o evangelho de Cristo (At 8.26-40). Mesmo não sendo apóstolo, ele foi um evangelista de marcas indeléveis e um exemplo de anunciador de Boas Novas (At 8.40; 21.8-9). O evangelista é o verdadeiro legado de Deus para as almas perdidas. Os maiores sofrimentos no ministério de Paulo foram por ocasião pela pregação do evangelho e pelo cuidado da igreja do Senhor (2 Co 6.4-10; 11.22-33; Gl 2.20). Pelo seu exemplo ministerial de fé e dependência de Deus, Paulo admoesta, com súplicas, a seu filho na fé, Timóteo, a pregar, a redarguir, a repreender, e a exortar com longanimidade e doutrina; e, antecipando apostasia, ele o conjura dizendo: “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra dum evangelista, cumpre o teu ministério” (2 Tm 3.14 – 4.5). “Quão suaves são sobre os montes os pés do que anuncia as boas novas, que faz ouvir a paz, que anuncia o bem, que faz ouvir a salvação...” “... ó vós, os que fazeis menção do Senhor, não haja silêncio em ti“ (Is 52.7; 62.6).

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