De acordo com William Irwin cerca de 300 pessoas levam 8 meses, com o
custo de 1,5 milhões de dólares, para fazer um único episódio da série Os
Simpsons. Este é, sem dúvida, um programa para adultos, e seria superficial
desprezá-lo por ser simplesmente um desenho animado popular."
Você sabia?
Os Simpsons se iniciaram como personagens de uma vinheta da FOX em
meados dos anos 80. Em 1987 passaram a ser um quadro fixo dentro de um talk
show americano muito famoso, apresentado por Tracey UlIman, com um roteiro que
beirava à esquizofrenia e um traço bastante tosco. Todos os personagens têm
nomes em homenagem à família do criador e produtor Matt Groening: seu pai
chamava-se Homer, que também era cartunista, sua mãe, Margaret (Marge) e suas duas
irmãs eram Lisa e Maggie. Mas Matt insiste que Bart não é um retrato de si
próprio, somente quanto à sufocação de sua criatividade na escola.
Homer e Barth
Tire suas conslusões sobre a análise feita em Os Símpsons e a Filosofia,
organizado por William Irwin:
Homer - É um mentiroso contumaz; falta-lhe honestidade, egoísta, guloso,
ganancioso. Ele come, bebe, arrota. Num dos episódios, quando Lisa lhe disse
que roubar sinal da TV a cabo era errado, ele discutiu com ela, dizendo que a
menina também era ladra, pois não pagava pelas refeições em casa e nem pelas
roupas que lhe davam.
Bart - Ele não é o tipo pestinha que vive se metendo em encrenca,
comenta Mark T. Conard. Ele descreve Bart Simpson como um delinqüente esperto,
um bad boy em calças azuis, um destruidor, um servo de Satanás.Toda identidade
dele é criada em tomo da rebeldia, do desafio a autoridade. Conseqüentemente,
quando a autoridade desaparece, Bart perde a identidade. Não sabe mais quem ou
o que é. Ele não tem virtudes (ou tem muito poucas).
O Status de Os Simpsons como desenho de televisão afeta o modo como seus
significantes operam. Nossas reações são condicionadas porque sabemos que é
"apenas" um desenho. Aqui está o perigo!
Os Símpsons e a Formação de Opinião
Williem lrwin e J. R. Lombardo dizem que a alfabetização pressuposta em
Os Simpsons nem sempre (quase nunca) é intelectual, recorrendo ao conhecimento
que o público tem de programas "clássicos" da televisão. Os Simpsons
inclui, mas não se limita aos seguintes:
Os 101 Dálmatas; 2001, Uma Odisséia no Espaço; Aliem o 8° Passageiro;
Horror em Amytiville; Apocalypse Now; Mar de Chamas; Instinto Selvagem; Ben
Hur; Quero Ser Grande; Os Pássaros; O Guarda-Costas; Cabo do Medo; Carruagem de
Fogo; Cidadão Kane; Contatos Imediatos do 3° Grau; Laranja Mecânica; Cocktail;
O Franco Atirador; Deliverance; Dr. Strangelove; Drácula; E.T.; O Exorcista; Medo
e Delírio; A Mosca; Forrest Gump; Frankensteln; Nascido para Matar; O Poderoso
Chejão; Godzila; E o Vento Levou .. ; Os Bons Companheiros; A Primeira Noite de
um Homem; It's a Wonderful Life; Tubarão; The Jazz Singer; Jumanji; Parqaue dos
Dinossauros; King Kong; Lawrence da Arâbia; Mary Poppins; O Expresso da
Meia-noite; A Hora do Pesadelo; Intriga Internacional; A Força do Destino;
Estranho no Ninho; Patton; Pink Flamingoes; Planeta dos Macacos; Amante e
Herói; Psicose; Pulp Fiction; Tempo de Violência; Os Caçadores da Arca Perdida;
Rain Man; Janela Indiscreta; Os Eleitos; Negócio Arriscado; Rocky; Rocky Horror
Picture Show; Rudy; O Iluminado; O Silêncio dos Inocentes; Soylen Green;
Velocidade Máxima; Guerra nas Estrelas; Steamboat Wi/le; O Exterminador;
Titanic; O Tesouro de Sierra Madre; Um Campo que Cai; A Cidllde dos
Amaldiçoados; Waterworld e O Mágico de 0z.
A Armadilha Inocente
Os Simpsons não limitam suas alusões ao gênero animado. Há amplas
alusões ao cinema e à literatura. Ele pode criar um tipo aleatório de
associação, explicado por Rland Barthes:
Essa rápida citação, esse modo sub-repticio de declarar temas, essa
mudança de fluxo e explosão criam juntos o fascínio da conotação; as cenas
parecem flutuar livremente, quanto maior for a distância sintagmâtica entre
dois dados, mais habilidosa é a narrativa; a realização consiste em manipular
um certo grau de impressionismo: o toque deve ser leve, como se não valesse a
pena ser lembrado, e quando aparecer posteriormente em outro disfarce, ele já
deve ser uma memória; a meta (ideológica) dessa técnica é neutralizar o
significado e assim dar crédito à realidade da história, isto é, pegar você.
O Perigo Oculto no Desenho Os Simpsons
Esse desenho, assim como a maioria dos programas de TV atuais, nos
confronta com uma rápida série de mensagens, e por meio da decomposição dessas
mensagens em uma seqüência simples e repetitiva de códigos, podemos começar a
ver como o programa faz sentido. O desenho animado encoraja o jogo criativo e
interpretativo. Carl Matheson analisa que os 30 segundos de aparente redenção
em cada episódio de Os Simpsons está lá para nos trazer algum alivio dos vinte
e um minutos e meio de crueldade maníaca no começo de cada episódio. Os
Simpsons, segundo ele, é sombrio porque seu humor é negativo, como um humor de
crueldade e condescendência. Leia 1 Co 5.6,12.2.
Cuidado, você pode estar sendo filmado
Devido ao fato de que os telespectadores, correta ou incorretamente,
associam os desenhos a uma diversão intelectualmente vazia, infantil e
inofensiva, o meio está bem situado para libertar aquilo que Douglas Rushkoff
chama de "vírus da mídia", uma mensagem subversiva ou revolucionária
transmitida em um pacote aparentemente inocente. Enfim, por ser um desenho, a
gente baixa a guarda e acaba assimilando um conteúdo que pode corroer os
valores cristãos que tanto defendemos. O filme se torna você. A Bíblia nos
alerta para termos sabedoria em relação ao mal (Jr 2.22; 6.15-16; 7.19; Os
14.9; Pv 4.19).
Não deixe o canal mudar você, mude você
o canal Os Simpsons tira proveito dessa percepção errada, voando sob o radar de
nossas mentes cristãs. Passa-se a idéia de que desenhos são: seguros, infantis,
partes do mundo de brincadeiras, oposto ao mundo mais sério da televisão
encontrado nas novelas e noticias. Como um vírus, a série nos envolve com ar de
inocência e depois nos infecta com idéias satíricas e subversivas, malignas. Os
Simpsons usa humor para promover conceitos morais? Carl Matheson comenta que Os
Simpsons não promove coisa alguma, porque seu humor opera apresentando
oposições para, logo em seguida, ironizá-las. Além disso, esse processo de
ironizar é tão profundo que não podemos considerar a série como uma coisa
meramente cínica; ela consegue ironizar seu próprio cinismo. Esse processo de
ironizar é o que chama de "hiperironismo" (Mt 10.16; 2 Co 11.3).
Epísódio de “Os Simpsons” gera polêmica
no Reino Unido
A popular série de desenhos animados "Os Simpsons" gerou
polêmica no Reino Unido depois que Homer acusou seus vizinhos muçulmanos de
serem terroristas.
Na nova temporada da série, o pai da popular família norte-americana
convence seus amigos de que seus vizinhos vindos do Oriente Médio planejam
explodir um centro comercial de Springfield.
Homer descobre mais tarde que Amid, o chefe da família muçulmana em
questão, trabalha para uma companhia de demolição.
Quando Homer convida a família vizinha para um jantar, demonstra sua
ignorância em relação ao Islã, chamando Alá de "Oliver" e Alcorão de
"A Coroa".
Um porta-voz do Centro Cultural Islâmico e da Mesquita Central de
Londres acusou o programa de incentivar o preconceito contra o islã e
recomendou que os muçulmanos não assistissem à série.
Já o criador de "Os Simpsons", Matt Groening, defendeu o novo
episódio ao dizer que os desenhos "trabalham com estereótipos" e
"nós tratamos de ser sensíveis a respeito".
Fonte: Folha Online
Os visinhos Flanders
Os Flanders são uma família Protestante, visinha da casa dos Simpsons.
Eles são um exemplo de devoção a Deus e a sua religião. Eles transmitem a fé e
os valores cristãos. Há uma grande richa com a família Flanders e os Simpsons a
respeito dos seus modos de levar a vida. Todos moram em Springfield, uma cidade
dos Estados Unidos, dominada por grande capitalista o Sr. Burns, o qual
controla grande parte das indústrias da cidade. Springfield tem um espaço
delimitado no desenho e a população é sempre a mesma, ao menos que venha alguma
celebridade visitá-la. A corrupção existente nesta cidade é grande, e nos
episódios é demonstrado com clareza.
O desenho "Os Simpsons" aborda variados temas, por exemplo:
Religião, felicidade, lazer, consumismo, política, ética, corrupção,
homossexualismo, família e outros. Temas considerados polêmicos são tratados
com ironia, e gozação, e a problemática abordada, de início, são incluídas a
outras postas de forma irregular no decorrer dos episódios, sem dizer que
algumas questões nem chegam a serem resolvidas.
O desenho emite em sua estrutura de ficção elementos diferenciados,
como: Os quatro dedos nas mãos de todos os personagens, seus cabelos inacreditáveis,
a pele amarelo emborrachada, a desproporcionalidade da cabeça do Sr. Burns, os
olhos esbugalhados dos personagens, dentre outros, que associados ao diversos
temas que o desenho aborda, criam um caráter utópico ao desenho, sendo que as
situações ocorridas no programa são em sua maioria possíveis na prática.
Muitas vezes o desenho não soluciona os problemas levantados e
ridiculariza as ações realizadas, dizer se o seu conteúdo é crítico ou não,
depende da forma como o telespectador fez o raciocínio. Pois se levarmos em
conta que ao escrachar de forma irônica uma atitude de outra pessoa, e esta se
sentindo envergonhada, acaba por mudar sua ação, o sarcasmo realizado contra
esta tomou um caracter crítico, pois alterou a atitude da pessoa recriminada.
No entanto se interpretarmos um deboche, simplesmente como uma piada,
não havendo nenhuma mudança de caracter na ação recriminada, que não sugeriu
possíveis mudanças, este deboche na forma como foi exposto não pode ser
considerada uma crítica, pois não alcançou propostas contradizentes a ação
anteriormente ocorrida. A personagem Lisa é um exemplo claro dessas situações,
ela é autodidata, intelectual, crítica, propõe manifestações ambientalistas,
tenta mudar a mentalidade de seu irmão Bart, de seu pai Homer, porém o
tratamento que se faz destas ações são em sua maioria inúteis, pois fora da
presença intelectual de Lisa as atitudes por ela recriminadas são realizadas, o
que a torna uma garotinha triste e solitária, com um histórico frustrante de
idéias fracassadas.
Lisa tente se libertar da ideologia de Springfield, que é em sua linha
mestra o consumismo exacerbado de seu pai, a maldade de seu irmão, a corrupção
e a exploração praticada pelo Sr. Burns com a população e as fraudes da Escola
de Springfield. Essa garotinha é vitima por ser uma telespectadora assídua do
desenho Comichão e Coçadinha, que nada mais é que uma alusão ao desenho animado
Ton e Jery, só que de uma forma bem mais agressiva e sangrenta. O desenho
Comichão e Coçadinha parecem influenciar suas brigas com Bart, seu irmão mais
velho. “No caso de Lisa, vemos que ela tem muitas das mesmas manias das outras
crianças: ao lado do irmão, ela assiste ao violento desenho animado Comichão e
Coçadinha, venera o ídolo adolescente Corey, brinca com a boneca que será a
Barbie de Springfield, Malibu Stacy. Temos, portanto, ampla oportunidade de ver
lisa como alguém que “não é melhor” que os os outros em muitos sentidos, o que
nos permite não levar muito a sério sua esperteza.” (Skoble, 2004. p.39.)
A forma como Bart é tratado por seu pai "Homer", é muito
Violenta, a tentativa de estrangulamento são na maioria sem motivos, e quando
questionado sobre o motivo da punição, Homer se esquece da causa, e ao invés de
parar de espancar seu filho, ele intensifica a agressão.
A grande relevância de Matt Groening ao inventar este desenho é a de
deixar em aberto uma incrível gama de informações em um conteúdo sintético que
agrade crianças e adultos. Para isso esboça conteúdos de percepção simples, não
precisando de intensas reflexões para entendimento, e informações mais
elaborados, as quais necessitam de um raciocínio mais atento as informações
transmitidas.
Cuidado com os seus filhos e as crianças que estão sobre sua
responsabilidade, pois Deus vai pedir conta delas a você.
Autor: Jonas Neto
Fonte: www.centraldepregadores.com.br/jonas-neto/
Fonte: www.centraldepregadores.com.br/jonas-neto/
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deixe aqui seu comentário.