quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Sobre os Diáconos

O termo Diácono (do grego antigo “διάκονος” significa: ministro, servo, ajudante ou até auxiliar. A forma feminina chama-se Diaconisa. A origem do diaconato no capítulo 6 de Atos dos Apóstolos vale ressaltar que a palavra “Servir” no grego “Diakoneo” em (Atos 6:2) é exatamente a mesma palavra que se usa para designar o ofício isto é o serviço de um diácono na Igreja como em (1 Timoteo 3:10) que diz a palavra “sirvam” e em (Timoteo 3:13) que diz a palavra “servirem” que é o verbo correspondente para a palavra diáconos em (Filipenses 1:1) e também em (1 Timoteo 3:8) e (1 Timoteo 3:12).
A primeira menção na Bíblia de diáconos ocorre no livro de Atos dos Apóstolos onde são eleitos os Sete Diáconos (Atos 6:3) dentre eles: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Parmenas e Nicolau (Atos 6:5) para servir as mesas, isto é fazer o trabalho social, servir todo o povo mais em especial os mais carentes como por exemplo as viúvas (Atos 6:1) naquela Igreja e naquela região onde eles estavam, isto pelo fato de o número de discípulos terem aumentado bastante (Atos 6:1), Então estes 7 homens foram escolhidos para este tão grande ministério para ajudar os Apóstolos, isto é para aliviar o peso de seus ombros, porque os Apóstolos não poderiam abandonar o ministério da palavra para servir o povo (Atos 6:2) e o interessante é que não poderia ser qualquer um porque para ser um Diácono existe alguns requerimentos de suma importância, requerimentos indispensáveis, requerimentos essenciais para ser um Diácono segundo a vontade de Deus.
1º – Requerimentos para ser um Diácono de Exelência:
(Atos 6:3) Escolhei, pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.
A Bíblia é clara em nos dizer que são homens de Boa Reputação, que significa ter um bom conceito ou uma boa fama emitida pelo público ou pela sociedade em que ela vive. Existe uma frase na boca do povo que diz: “Minha reputação sempre chega antes de mim.” Ter uma boa reputação significa ser uma pessoa de renome ou prestígio, podemos entender isso por exemplo quando as pessoas dizem que você sempre foi um homem ou uma mulher de caráter. Ter uma boa reputação é o mesmo que ter um bom testemunho, isto quer dizer que as pessoas sempre quando ouvirem ou falarem do seu nome sempre irão mencionar coisas boas, que você disse e fez naquela região. Ter uma boa reputação significa ter um nome a se zelar, e isto consequentemente gera um consideração das pessoas quando o assunto é você.
A Bíblia diz que tem que ser Cheios do Espirito Santo, para ter uma definição correta para isto precisamos entender que para construir bons relacionamentos, é preciso dedicar tempo e atenção. Quanto mais me dedico, mais o relacionamento se fortalece. Por outro lado, quando não dedicamos tempo e atenção, este relacionamento enfraquece, podendo trazer consequências. Assim é o relacionamento com o Espírito Santo. O Apóstolo Paulo em sua carta a Igreja de Éfeso ele nos aconselha no final do versículo (Efésios 5.18) “Enchei-vos do Espirito Santo”. É algo recíproco. Se dedicarmos tempo e atenção ao Espírito Santo, ele vai enchê-lo. Ele não irá forçar um relacionamento. O Espírito Santo não entrará em nossas vidas sem ser convidado. Mas estará disposto a retribuir tempo e atenção quando nos dedicarmos a ter um relacionamento intenso com Ele. Ser cheio do Espirito Santo significa ter intimidade, ter um relacionamento, ter um compromisso, ter uma amizade com ele. É o mesmo de ser cheio das coisas de Deus e vazio das coisas do mundo. É ter interresse naquilo que é de Deus, buscar essas coisas, é abraçar a fé de verdade.
A Bíblia diz que tem que ser Cheio de Sabedoria, Que é a uma Inteligência extraordinária da parte de Deus, também pode se dizer que é a Capacidade de entender as coisas sobrenaturalmente fazer o certo na hora certa, simplesmente porque viu alguém fazer. É ter qualidade ao falar, ao instruir, ao expor algo. Em fim é uma habilidade para agir de maneira certeira, ser cheio de Sabedoria é ter o conhecimento profundo das coisas. Muitas vezes mesmo sem ter vivido a experiência na pele, saber como fazer e oque fazer. Ser cheio da Sabedoria é ter a compreensão e a transmissão das coisas profundas de Deus. Ser Cheio de Sabedoria não significa que você é perfeito, mais sim que você é uma pessoa que a cada dia mais busca Sabedoria que vem de Deus, e que na maioria das vezes está cheio dela em sua vida. Cheio de Sabedoria no falar, no agir, no articular, no olhar, no andar, no vestir e etc.
(1 Timóteo 3:8) Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância;
Honestos: Uma pessoa que não há nada para ser repreendido, um homem que sabe em que caminho pisa e o que faz, não se contenta com a desonestidade, um homem que faz o que é certo aos olhos de todos, uma pessoa Justa, que faz o bem.
Não de Língua Dobre: Uma pessoa que não tem 2 palavras, mais que sabe oque fala, uma pessoa que não faz fofoca, uma pessoa que tem uma palavra correta e direcionada, que tem uma palavra certeira em seus lábios. Uma pessoa que honra a sua palavra.
Não Dados ao Vinho:  isto é, não deve ser junto, unido, próximo, inseparável, do vinho. Ou seja, o Camarada não pode ter vicio pelo vinho, não pode beber vinho desenfreado, Não pode embriagar-se com vinho.
Não Cobiçosos da Ganância: Não almeja, não quer somente lucros, não pensa em sempre ganhar alguma coisa depois de servir. Que não tem desejo de estar sempre a frente, se mostrando. Que não deseja a ganhar nada com o que faz porque faz por amor.
(1 Timóteo 3:9) Guardando o mistério da fé numa consciência pura.
Ministério da Fé: Uma pessoa que acredita em Deus, que não se curva diante de qualquer situação ruim ou de dificuldade, uma pessoa que acredita em uma solução mesmo diante de uma grande problema, uma pessoa que acredita que tudo pode se resolver e se encaixar em seu devido lugar. Uma Pessoa que Crê em um Deus que realiza o impossível. Enquanto todos já desistiram você ainda acredita e espera uma resposta de Deus.
Consciência Pura: Uma pessoa com a mente limpa, que não a acusa, uma pessoa com uma mente pura e limpa e não impura e suja. Uma mente sem malicia que em tudo vê pureza, vê solução, vê resultado, vê a mão de Deus operando. Uma Mente renovada, transformada, restaurada, edificada e sarada por Deus.
(1 Timóteo 3:10) E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis.
Primeiro Provados: Isto significa que para ser diácono tem que ser antes observado, tem que ser provado para ver se merece tal cargo, tem que ser tentado para provar que não irá se submeter a tentação, antes de assumirem o cargo tem que ser testados, vigiados, observados para que se resistirem as tentações possam servir na Igreja.
Irrepreensiveis: isto é, um homem que não há nada para ser repreendido, um homem que sabe em que caminho pisa, um homem que faz o que é certo aos olhos de todos, e é fiel a palavra de Deus. Merecedor de Respeito, que Impõe Respeito, Formidável, extraordinário, temeroso, descente, estimável, temível.
(1 Timóteo 3:11) Da mesma sorte as esposas sejam honestas, não maldizentes, sóbrias e fiéis em tudo.
Esposas Honestas: Uma mulher que não há nada para ser repreendida, uma mulher que sabe em que caminho pisa e o que faz, não se contenta com a desonestidade, uma mulher que faz o que é certo aos olhos de todos, uma mulher Justa, que faz o bem.
Não Maldizentes: Que não murmura, que não fala mal dos outros, que não tem o habito ou a mania de falar mal de alguém ou de alguma coisa, que não critica mais pelo contrario, que fala bem, que sabe extrair coisas boas de alguém. Uma pessoa positiva com palavras positivas.
Sobrias:  isto é, aquela mulher que não está bêbada, aquela que não tem distúrbio físico ou mental por ingerir bebida com álcool ou até drogas. Moderada no comer e no beber. Uma pessoa Sã. Uma pessoa que está sempre bem, e de bem com a vida.
Fieis em Tudo: Fiel a Deus, a sua Palavra, ao Esposo, a Igreja, ao Pastor, aos amigos e etc.
(1 Timóteo 3:12) Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas.
Marido de uma só mulher: isto é, ele deve ser um homem casado com uma mulher, não duas, muito menos três, apenas uma mulher. Tem que ter um casamento Monogâmico e não Polígamo.
Governe bem seus filhos e sua casa: isto é, Cuidar da sua esposa e dos seu filhos de modo agradável diante de Deus, ele tem que ter sua família submissa a Deus, ele tem que ter autoridade diante da esposa e dos filhos como o Cabeça da sua casa, ele tem que ter filhos obedientes. E tem que ensinar o caminho certo a sua família.
(1 Timóteo 3:13) Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus.
As recompensas para quem for um diácono que serve com maestria na Igreja, a palavra de Deus garante que eles terão uma boa posição isto é uma posição de destaque, uma posição considerável para todo o povo de Deus, eles serão pessoas de confiança quando se tratar da Fé em Deus, quando se tratar de um homem ou uma mulher de Deus. Os diáconos que servirem com dignidade, com amor, com fé, com coragem, com vontade eles serão exaltados por Deus. A Bíblia diz que aquele que quer ser o primeiro será o ultimo e servo de todos (Marcos 9:35), se os Diáconos forem servos eles serão os Primeiros para Deus.
2º – Paulo menciona os Diáconos em sua carta aos Filipenses:
(Filipenses 1:1) Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus, que estão em Filipos, com os bispos e diáconos:
Paulo neste versículo enfatiza que essa carta para a Igreja que está na cidade de Filipos além de ser dedicada a todos os crentes é especialmente para os bispos e os diáconos, por isso é muito importante que o Diácono leia atentamente a Carta do Apostolo Paulo aos crentes Filipenses.
Lembrando que a “Epístola aos Filipenses” assim é conhecida a carta que o apóstolo Paulo redigiu ou escreveu aos habitantes de Filipos que foi uma cidade importante no Império Romano por causa de sua localização geográfica na região montanhosa entre a Ásia e a Europa. Foi uma Cidade da Macedônia fundada por Felipe II, pai de Alexandre, o Grande, no ano 358 a.C. Vale ressaltar que Filipos foi a primeira cidade da Europa que ouviu a pregação de um Missionário Cristão (Atos 16:6-40).
Os 6 Principais temas, fatos e acontecimentos dessa carta são:
1º Paulo ora pelos Filipenses. (Filipenses 1:1-11)
2º As cadeias de Paulo fazem com que o evangelho avance. (Filipenses 1:12-26)
3° Cristo é modelo de humildade. (Filipenses 1:27 à Filipenses 2:18)
4º Paulo louva a Timóteo e Epafrodito. (Filipenses 2:19-30)
5º Exortação ao conhecimento e à paz de Cristo Jesus. (Filipenses 3:1-4,20)
6° Saudações finais. (Filipenses 4:21-23)
(Filipenses 1:2)Graça a vós, e paz da parte de Deus nosso Pai e da do Senhor Jesus Cristo.
Paulo como de custume em suas cartas sempre comprimenta o povo com a Graça e a Paz de Deus Pai e do Senhor Jesus Cristo, declarando a Graça de Deus sobre nossos vidas que é o favor imerecido de Deus para o homem, e profetizando a Paz de Deus que excede todo entendimento e guarda nossos corações e pensamentos em Jesus Cristo (Filipenses 4:7).
(Filipenses 1:3)Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós,
Sempre que vinha a memoria de Paulo a Igreja de Filipos ele se alegrava e dava graças a Deus, porque a Igreja estava indo bem, todo mundo até então estava fazendo suas obrigações, os irmãos comparecendo aos cultos, os Bispos supervisionando toda a Igreja e o os Diaconos servindo com grande alegria e sempre fazendo sua parte.
(Filipenses 1:4)Fazendo sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas,
Ao escrever esses versiculos a alegria de Paulo era notavel, ele declara que suas orações e suplicas a Deus pela Igreja de Filipos eram sempre orações e suplicas com alegria, com felicidade, quando ele diz a palavra “sempre”, isso indica a persitencia, e a continuidade nas orações e súplicas por aquela Igreja. Vale a pena entender a diferença entre Oração: Uma conversa, um agradecimento. E Súplica: Uma oração feita com insistência e submissão.
(Filipenses 1:5)Pela vossa cooperação no evangelho desde o primeiro dia até agora.
Paulo orava e suplicava a Deus agradecendo com alegria pelo trabalho, pelo proceder, pela obra que todos estavam fazendo naquela cidade em especial os Bispos e os Diaconos. Quando ele diz “cooperação no evangelho” ele está dizendo sobre o trabalho na obra do Senhor, indica o trabalho do obreiro, neste caso o Diácono. Quando ele diz “desde o primeiro dia até agora”, Paulo esta indicando que a obra de Deus não parou, pelo contrario, ela permaneceu naquele lugar. Entendemos que aqueles membros, aqueles Bispos e Diáconos tinham uma cobertura espiritual de oração.
(Filipenses 1:6)Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo;
Aqui Paulo fala de algo muito intimo, ele diz que “aquele”, isto é Deus Pai que começou uma “boa obra”, isto é a transformação do homem através do Evangelho na vida deles, “aperfeiçoará”, isto é ajustará ou terminará até o “Dia de Jesus Cristo”, isto é até a volta de Cristo quando ele nos transformar (1 Coríntios 15:51), e nos dar a estatura de varão perfeito (Efésios 4:13) com um corpo glorioso (Filipenses 3:21). Quando Paulo diz “Aperfeiçoará” ele está indicando o ministério dos Obreiros na casa do Senhor, por que os obreiros são instrumentos do Pai para aperfeiçoar a Igreja para o dia de Jesus Cristo conforme está escrito em (Efésios 4:11-13), quando diz que “Ele mesmo” isto é o Pai deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, Querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; Até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.
3º – A Escolha dos Diáconos, e o reconhecimento do diaconato como ministério:
Lembrando que Ministério é um trabalho, no caso da Igreja uma função eclesiástica exercida por aqueles que são biblicamente ordenados. Em (Atos 6:6) concluímos que os diáconos também são ministros. Eis algumas razões que nos darão base para afirmar que os diáconos são integrantes obreiros do ministério cristão:
  1. a) A instituição do diaconato foi uma resposta a necessidade da Igreja
A Igreja cresceu e novos membros apareceram, e como toda igreja problemas eram inevitaveis, e os crentes gregos começaram a reclamar porque estavam percebendo que suas viuvas estavam sendo esquecidas (Atos 6:1), mais os 12 Apostolos não poderiam abandonar a pregação da palavra, nem a propagação do evangelho, nem o ensino da palavra para fazer o trabalho de servir as mesas que seria o trabalho social, de estar cuidando e dando atenção as pessoas carentes em especial as viuvas, por isso eles convocaram todo o povo da Igreja e explicara a situação (Atos 6:2).
  1. b) A instituição do diaconato foi sugestão dos Apóstolos
Assim como os apóstolos haviam sidos chamados para auxiliar a Jesus, da mesma maneira foram os diáconos separados para ajudar os apóstolos e os pastores. Lembrando que os diáconos foram chamados justamente para ajudar o anjo da igreja no serviço ministerial independente de qual seja. E naquela mesma ocasião os Apóstolos ordenaram para que a Igreja escolha 7 homens com certas qualidades e gabaritos exemplares (Atos 6:3), para que eles pudessem perseverar na oração e no ministério geral da palavra de Deus (Atos 6:4).
  1. c) Os Diaconos foram escolhidos pela Igreja
Essa escolha contou com o apoio de toda a Igreja. Não foram os sete homens separados em segredo ou em secreto pelos apostolos, mas escolhidos pela Igreja e consagrados perante toda a congregação pelos Apostolos. Isto significa que foram escolhidos para o ministério com a concordancia da Igreja e da Liderança da Igreja. Interessante que a Igreja examinou um por um e os separou para esse grande ministério (Atos 6:5-6).
  1. d) Os diáconos receberam a imposição de mãos dos Apostolos
Ai está a prova cabal do diaconato como um ministério na classe dos obreiros, porque depois de escolhidos pela Igreja apresentados aos apostolos eles receberam uma oração de posse e a imposição de mãos dos proprios Apostolos (Atos 6:6). A imposição de mãos é uma forma de abençoar, uma forma de enviar, uma forma de consagrar para o ministério. Da mesma forma com imposição de mãos foram enviados Barnabé e Saulo como Missionários pelos Apostolos por ordem do Espirito Santo (Atos 13:2-5).
4º – A Função de um Diácono na Igreja:
A função do Diácono é servir, é ser servo. Quando Paulo escreve aos Diáconos ele diz: Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus (1 Timóteo 3:13), quando ele diz “Porque os que servirem bem”, ele está falando daqueles diáconos que fizerem o seu serviço com maestria, com destreza, com audácia, com coragem, com força, com foco. Eles irão adquirir com seu próprio suor uma Boa posição na Igreja e um Cargo de muita Confiança com seu Pastor e com todos os membros.
Servir é algo que todo cristão deve fazer vejamos alguns exemplos:
a Biblia diz para servirmos uns aos outros (Gálatas 5:13)
a Biblia diz para honrarmos uns aos outros (Romanos 12:10)
a Biblia diz para amarmos uns aos outros (João 15:17)
a Biblia diz para recebermos uns aos outros (Romanos 15:7)
a Biblia diz para sujeitarmos uns aos outros (Efésios 5:21)
a Biblia diz para admoestarmos uns aos outros (Romanos 15:14)
a Biblia diz para saudarmos uns aos outros (2 Coríntios 13:12)
a Biblia diz para consolarmos uns aos outros (1 Tessalonicenses 4:18)
a Biblia diz para confesarmos uns aos outros (Tiago 5:16)
a Biblia diz para levarmos as cargas uns dos outros (Gálatas 6:2)
a Biblia diz que somos membros uns dos outros (Romanos 12:5)
a Biblia diz que o Maior será o servo (Mateus 23:11)
A Biblia em todo o seu contexto sempre vai nos ensinar e nos dar uma infinidade de exemplos para servirmos uns aos outros idependente da situação ou circunstancia. A Biblia diz para recebermos os fracos na fé (Romanos 14:1) e diz também que nós que somos fortes devemos suportas os fracos (Romanos 15:1) e tudo isso é servir um ao outro. Concluimos que servir é para todos que são crentes em Jesus Cristo e tem a Biblia como Manual de Conduta e Regra de Fé. Mais o Ministério do Diácono em sí tem como foco servir, de dar exemplo de como servir, de ser servo. Lembrando que o próprio Senhor Jesus foi o nosso maior exemplo de ser um servo, ele mesmo disse que se ele sendo Senhor e Mestre lavou os pés dos discípulos assim também façam isso uns com os outros (João 13:14), outra passagem nos mostra o maior exemplo de humildade e servidão quando diz para fazermos o mesmo que Jesus Cristo fez, que ele mesmo sendo Deus não teve por usurpação ser igual a Deus mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens, e achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz. Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome (Filipenses 2:5-9).
Se você for servo Deus irá te exaltar. Vale ressaltar a parte que diz: “Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;” (Filipenses 2:7). Ele tomou forma de servo, e é isso que devemos fazer, mais principalmente os Diáconos eles tem que dar exemplo de como servir com maestria.
Uma Função que não é fácil mais que é muito gratificante, ser Diácono consiste em aliviar a carga que está sobre os ombros do seu Pastor, vejamos aqui alguns exemplos, levando em conta que nem todos esses exemplos serão uma necessidade em sua Igreja, e também não significa que você terá que fazer tudo isso todos os dias, por exemplo: Abrir a Igreja mais cedo, Limpar a Igreja, Tirar a poeira dos bancos, Afinar Instrumentos, Regular o Som, Recepcionar as Pessoas, Sempre estar com um Sorriso nos Lábios, Anotar o Nome e Telefone dos Visitantes, Chamar atenção das crianças que estão atrapalhando o culto ou chamar a atenção dos pais delas sempre com carinho e respeito, Iniciar o Culto com uma rápida Oração ou uma pequena Palavra, Levar água para o Pregador, Fiscalizar como estão sendo gastados os Copos Descartáveis, Fechar a Igreja e Etc… Ufa!!!
Você está dizendo neste momento “Com esse tanto de coisa Eu desisto de ser um Diácono”, Calma!!! Você não é o primeiro e nem será o ultimo! Você não é o unico! O Diaconato não está baseado em uma unica pessoa mais sim em um grupo de pessoas, uma equipe! Na Biblia quando se instituiu os diaconos foram logo 7 pra começar, porque sabiam que não seria facil. É por isso que vale lembrar aquele grande versiculo da Biblia “Quem quer ser o primeiro será o ultimo e servo de todos” (Marcos 9:35), lembrando que esse versiculo nos dá dois entendimento e o segundo entendimento é que “Se você for o ultimo e servo de todos será o Primeiro”.
5º – Um exemplo claro de um Diácono de Exelência chamado Estevão:
Estevão é um nome grego e que significa o que tem uma coroa, ou coroado isso simboliza alguém que venceu um concurso, venceu uma batalha, alguém que é vitorioso e é premiado com uma coroa. Estevão ficou conhecido pela história como o homem que fez a melhor e a maior pregação do novo testamento relatada na Bíblia e também como o Primeiro Mártir, isto é o primeiro a morrer por amor a Jesus na história da humanidade. Só lembrando que ele era um Diácono. Agora aperte os cintos e vamos viajar na história de um dos homens mais fantásticos da Bíblia Sagrada.
(Atos 6:5) E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia;
Estevão foi um dos escolhidos para preencher uma vaga dentre os sete diáconos que a Igreja precisava (Atos 6:3), e o mais interessante é que ele foi o primeiro a ser escolhido por toda a Igreja isso pelo fato de ele ser “Cheio de Fé” e “Cheio do Espirito Santo” (Atos 6:5), Lembrando que para ser Diácono teria que ser “Cheio do Espirito Santo” e “Cheio de Sabedoria” (Atos 6:3).
Estevão além de ser “Cheio de Fé” e “Cheio do Espirito Santo” (Atos 6:5) era “Cheio de Sabedoria” (Atos 6:10). Até aqui o Diácono Estevão já tem um ponto a mais que os outros.
(Atos 6:8) E Estêvão, cheio de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo.
Estevão mais uma vez surpreende e a Biblia diz que ele além de ser “Cheio de Fé” ele é “Cheio de Poder” e fazia “Prodigios” e “Grandes Sinais” no meio do povo. Aqui entendemos que Estevão tinha coisas a mais que os outros Diáconos, Estevão ultrapassou todos os requerimentos, Ele era mais dedicado, Ele era mais estudioso, Ele buscava mais do que os outros, Ele tinha mais intimidade com Deus. E isso causou inveja nos outros porque ele se destacava, não porque queria se destacar ou estar em evidencia, mais sim porque ele era tão intimo de Deus e conhecia tanto a sua palavra que era inevitavel não notar isso nele.
(Atos 6:9) E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Asia, e disputavam com Estêvão.
Os Libertinos são homens devassos, dissolutos, depravados, que atua com libertinagem. Aqueles que é desregrado em sua conduta, pessoas livre da disciplina. Eles não aceitavam uma palavra dura, ou que impunha regras ou limites.
Os Cireneus eles eram os problematicos pois não podiam ouvir uma mensagem falando de renovação, mudança de vida, transformação de conduta ou coisas do tipo, isso seria um grande motivo para eles ficarem indignados e afetados. Apezar de um Cirineu chamado Simão ter ajudado Jesus a carregar a Cruz não significa que todos os cirineus nascidos na cidade de Cirene na Etiópia-Africa, seriam da mesma maneira.
Os Alexandrinos se sentiam os melhores, os politicamente corretos eles se achavam os privilegiados, eles se sentiam acima dos outros e se ofendiam com todo tipo de mensagem contraria aos seus próprios conceitos. Eles são daqueles que reclamam do barulho, eles eram daqueles que inventavam qualquer desculpa para se mostrarem indignados.
Os da Cilicia são os escandalosos, os barraqueiros que gritam, resmungam, desafiam, ameaçam, desrespeitam as pessoas idependente de quem seja, para eles não existe meio termo, são os ignorantes, são os famosos oito ou oitenta. Mesmo com uma opnião formada errada, não está disposto a ouvir o contraditório, ou a segunda opnião. Se possivel morrem errados sabendo do erro mais não assume.
Os da Asia são aqueles que te deixam na mão, que abandonam os amigos no momento que eles mais precisam, são aqueles que por qualquer situação negativa saem e vão em bora, eles são medrosos, são incredulos, são covardes.
Eram esses os grupos de pessoas que começaram a disputar com Estevão, eles queriam a atenção, queriam o brilho que Estevão tinha, por isso se levantaram contra ele cada um com seu cobiça, não suportavam ver um Jovem recém consagrado a Diácono ter a Unção de um Grande Pastor, se destacar entre os demais. Então começaram com uma especie de porfia para o lado de Estevão, uma competição, uma discussão, mais Estevão estava cheio do Espirito Santo.
(Atos 6:10) E não podiam resistir à sabedoria, e ao Espírito com que falava.
O quinteto da incredulidade não era maior que o Espirito Santo enchendo a vida de Estevão e nem maior que o amor que ele tinha por Jesus em seu coração. E eles não conseguiam debater com Estevão, não conseguiam argumentar contra os fatos de Estevão pois ele era um homem cheio de Sabedoria e eles não podiam resistir a autoridade que Estevão falava, pois Estevão estava cheio do Espirito Santo e tinha convicção no que dizia. Então como não poderiam ir para o debate de ideias, pois não tinham argumentos o suficiente e já sabiam que estavam errados e perdidos, apelaram para a mentira e contrataram falsas testemunhas do mesmo modo pelo qual Jesus foi condenado e foi crucificado.
(Atos 6:13) E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei;
As palavras de Estevão eram certeiras, certas, corretas. Estevão tinha o conhecimento profundo da palavra de Deus, ele conhecia a fundo as escrituras e para tudo Estevão tinha um sentido ou uma logica, Estevão em sua poderosa pregação havia muito conteúdo, havia provas irrefutáveis daquilo que ele pregava. Ele pregava com Sabedoria de Deus e com o Conhecimento da Palavra. Por isso surgiam inimigos o tempo todo. Tudo que Estevão falava chegava em Jesus, pois Estevão era um pregador Cristocêntrico porque tinha Cristo como o foco de sua mensagem, e isso incomodava os invejosos. Eles reuniram suas falsas testemunhas, e acusaram Estevão de Blasfêmia contra o Santo Lugar e contra a Lei. Tudo isso porque Estevão era irrepreensível em suas palavras, quando os nossos inimigos não conhecem a Palavra de Deus e muito menos conhecem o Deus da palavra eles partem para ignorância.
(Atos 6:15) Então todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo.
Enquanto Estevão pregava a palavra e expunha as escrituras com ousadia diante de todos aqueles contrarios a Jesus e ao Evangelho, seu rosto brilhava de uma forma que todos ficavam com os olhos fixados na face de Estevão e o mais interessante é que todos viram que seu rosto era semelhante ao rosto de um anjo. Estevão tinha nele o brilho da presença de Deus, ele tinha a presença do Espirito Santo em sua vida. Os pregadores nos dias de hoje precisam ter essas qualidades de Estevão, eles precisam ter essa Sabedoria, esse Conheciamento, precisam serem Cheios do Espirito Santo, Cheios de Fé, Cheios do Poder e ter esse Brilho da presença de Deus em seu rosto.
(Atos 7:51) Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais.
Homens de dura cerviz, assim o Senhor definia os filhos de Israel no deserto. Cerviz é o mesmo que nuca, a parte posterior do pescoço. Quem lida com gado sabe que o animal que tem dura cerviz não é apropriado para receber a canga (peça de madeira encurvada), logo não será muito útil para o trabalho no campo, porque não se submete ao comando do boiadeiro. Pessoas que endurecem o coração para Deus, pessoas que não respeitam, não se prostam perante Deus, não se curvam diante de Deus. O termo pode ser subistituido por “Cabeça Dura”.
Incircuncisos de Coração e Ouvido, vale ressaltar que a palavra circuncisão significa a remoção do excesso de prepúcio, pratica dos povos que vivem no deserto devido à falta de água para higiene, faz parte de um dos rituais religiosos do judaísmo. Pratica religiosa conhecida como “berit miláh” que significa aliança da circuncisão, era um pacto que os homens faziam com Deus. Esta cerimônia religiosa deve acontecer até o oitavo dia após o nascimento. O próprio Jesus pertencendo ao judaísmo passou por este ritual da circuncisão realizado no templo de Jerusalém. Nos nossos dias seria a mesma coisa que a cirurgia de fimose. Então quando a palavra diz “Incircuncisos” está se referindo a alguém que não pertence ao povo de Deus. Quando ele diz incircuncisos de coração e ouvidos, ele estava dizendo de homens que não entregaram seu coração para Deus, isto é sua vida para Deus, e nem seus ouvidos para ouvirem a palavra e a voz de Deus. Estevão estava dizendo em outras palavras que eles não conheciam a Deus de verdade, e não eram povo de Deus.
Sempre Resistis ao Espirito Santo, isso porque eles nunca davam ouvidos a voz do Espirito de Deus, eles resistiam ao Espirito Santo, isto é a Obra de Deus. Eles impediam a obra de Deus por causa da sua incredulidade, por causa de sua carnalidade eles sempre atrapalhavam o agir do Espirito Santo. Não aceitavam o mover, e por isso sempre estavam errados. Em vez de observarem a vida dos Patriarcas, dos Profetas, dos Reis, dos Juizes isto é, seus pais ou antepassados e aprenderem com os erros deles, faziam totalmente ao contrario pois eles tinham o modelo, poderiam muito bem olhar os erros que eles cometeram e fazer diferente, da maneira correta, mais não eles eram ignorantes, homens de nariz impinado, homens que queriam ter aparencia de perfeição, homens que não queriam estar sujeitos ao erro. E isso atrapalhava muito a obra do Senhor naquele lugar.
(Atos 7:54) E, ouvindo eles isto, enfureciam-se em seus corações, e rangiam os dentes contra ele.
Quanto mais o Diácnono Estevão pregava a palavra e falava de Cristo, eles ficavam com mais raiva, com mais odio, com mais repudio e ficavam com um olhar de furia mortal para com Estevão, eles ficavam tão furiosos a ponto de ranger os dentes contra Estevão, isto é querer agredi-lo e até mata-lo, por causa da sua mensagem profética. Estevão não falava aquilo que eles queriam ouvir, mais Estevão como um bom homem de Deus falava aquilo que ele precisavam ouvir, e isso para eles era uma afronta mortal.
(Atos 7:55-56) Mas ele, estando cheio do Espírito Santo, fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus, e Jesus, que estava à direita de Deus; E disse: Eis que vejo os céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus.
No final da mensagem Estevão ainda cheio do Espirito Santo, olhou para cima e fixou os olhos no Céu e viu a famosa e tão falada Glória de Deus e viu também o Senhor Jesus Cristo que estava a direita do Pai, então no mesmo momento daquele visão, Estevão disse a todos presentes oque ele estava vendo e presenciando naquela hora. Estevão naquele momento viu a glória de Deus, e o mais interessante disso é que nem moisés viu a glória de Deus (Êxodo 33:20-23), mais Estevão sendo um Diácono viu a Glória de Deus. A pregação de Estevão inspirada pelo Espirito Santo estava tão linda e perfeita que o próprio Deus abriu os Céus e estava assistindo pessoalmente aquela pregação e o Senhor Jesus estava de pé ouvindo e vendo Estevão pregar com ousadia.
(Atos 7:57-58) Mas eles gritaram com grande voz, taparam os seus ouvidos, e arremeteram unânimes contra ele. E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as testemunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem chamado Saulo.
Mais mesmo assim a incredulidade e a ignorância dos homens eram mais fortes do que eles mesmos, e gritaram bem alto com arrogância contra Estevão e tamparam os ouvidos para não ouvirem mais nada, e todos atacaram Estevão com grande fúria e covardia pois Estevão em muitos, já Estevão estava com a cara e a coragem, e expulsando ele o levaram para fora da cidade e começaram a apedrejar o Jovem corajoso. As falsas testemunhas pegaram a capa de Estevão e jogaram no chão aos pés de um Jovem chamado Saulo o futuro Apóstolo Paulo, isto significa que era uma indicação para Saulo seguir os passos de Estevão, era a simbologia da Capa de Elias passada para Eliseu (2 Reis 2:13-14), e assim sucedeu depois.
(Atos 7:59-60) E apedrejaram a Estêvão que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu.
Enquanto Estevão estava sendo apedrejado pelos ignorantes, ele invocava ao Senhor Jesus que estava em pé vendo ele, e dizia Recebe o meu Espirito, porque ele sabia que a carne é pó e ao pó retornará (Gênesis 3:19), mais o Espirito volta para Deus porque foi Deus que o deu (Eclesiastes 12:7), e no ultimo momento ele se pôs de Joelhos enquanto invocava ao Senhor Jesus e recebia pedradas, e disse as mesmas palavras que Jesus disse antes de morrer (Lucas 23:34), Senhor não lhes imputes este pecado, ou seja, Senhor perdoa eles porque não sabem verdadeiramente oque estão fazendo, e tendo disto isso faleceu. Estevão amava tanto Jesus que até na hora da morte ele fez o mesmo que Jesus fez.
(Atos 8:1-2) E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos. E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto.
Saulo que seria o Futuro Paulo naquele momento consentindo concordou, aceitou e aprovou a morte de Estevão. Mau sabia Saulo que a poucos dias daquele acontecimento Jesus lhe apareceria no caminho de Damasco e o derrubaria do cavalo. Saulo no dia da morte de Estevão juntamente com os outros perseguiram brutalmente os cristãos, de forma que todos estavam com medo e não conseguiam ficar parados, indo de casa em casa, e cidade em cidade fugindo dos perseguidores, exceto os Apóstolos porque tinham uma fé alicerçada e firmada em Cristo. E alguns homens piedosos provavelmente uns bons samaritanos sepultaram Estevão e lamentaram a morte dele com grande pranto. Choraram e se lamentaram naquele dia porque um grande Homem de Deus que virou exemplo para todos naquele dia falecera.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

Jesus e a Mitologia Pagã

Na verdade eu só tenho uma pergunta, e, para ser franco, ela me frustra inúmeras vezes. Acontece quase todas as vezes que eu debato cristianismo com alguém. A pergunta: “Jesus é um mito copiado ou uma pessoal real?” é a fonte de objeção que eu recebo a maioria das vezes. Eles listam todas as similaridades entre Jesus e outros deuses e constelações mitológicos e dizem “Vê como são parecidos?” Parece que não importa como eu refuto certa similaridade entre Cristo e outra crença mitológica, eles não levam muito a sério o que digo, porque respondem que “eu tenho trabalhado muito duro para salvar minha religião”. Esses argumentos são sólidos? Eles sequer são debatidos nos altos níveis acadêmicos ainda? Eu realmente gostaria de saber sua visão nesse ponto, pois continuo trombando nisso e francamente estou cansado de tentar refutar cada similaridade. - K.

Dr. William Lane Craig responde:

O falecido Robert Funk, fundador do radical Seminário Jesus, reclamava amargamente do abismo que existe entre os principais estudos e as crenças populares sobre Jesus. Funk pensava principalmente sobre a distância entre o pietismo popular e o conhecimento histórico sobre Jesus; mas em lugar algum o abismo é tão grande como entre a irreligiosidade popular e os estudos sobre o Jesus histórico.

O movimento do Pensamento Livre, que alimenta a objeção popular que as crenças cristãs sobre Jesus são derivadas da mitologia pagã, está empacado entre os estudos do final do século XIX. De certa forma isso é impressionante, já que existem muitos estudiosos contemporâneos céticos, como os do Seminário Jesus, cuja obra os livre pensadores poderiam utilizar a fim de justificar seu ceticismo sobre a compreensão tradicional de Jesus. Mas isso só serve para mostrar como esses popularizadores não têm contato com o trabalho de estudiosos sobre Jesus. Eles estão um século desatualizados.

Voltando à época da chamada escola de História de Religiões, estudiosos em religiões comparadas encontraram paralelos a crenças cristãs em outras religiões, e alguns pensaram em explicar que essas crenças (incluindo a na ressurreição de Jesus) foram influenciadas por esses mitos. Hoje, no entanto, raramente algum estudioso pensa em mitos como uma categoria importante para se interpretar os Evangelhos. Os estudiosos perceberam que a mitologia pagã é simplesmente o contexto interpretativo errado para se compreender Jesus de Nazaré.

Craig Evans chama essa mudança de o “Eclipse da Mitologia” na pesquisa sobre a vida de Jesus (veja seu artigo excelente “Life-of-Jesus Research and the Eclipse of Mythology”, Thelogical Studies 54 [1993]: 3-36). James D. G. Dunn começa assim seu artigo sobre “Mitos” no Dicionário de Jesus e dos Evangelhos (IVP, 1993) com a clara rejeição: “Mito é um termo de, pelo menos, relevância duvidosa para o estudo de Jesus e dos Evangelhos.”

Algumas vezes essa mudança é referida como a “rejudaização de Jesus”, pois Jesus e Seus discípulos eram judeus do primeiro século, e é contra esse pano de fundo que devem ser compreendidos. A rejudaização de Jesus tem ajudado a tornar injustificada qualquer compreensão do retrato dEle nos Evangelhos como influenciado significativamente pela mitologia.

Essa mudança é proferida em relação à historicidade dos milagres e exorcismos de Jesus. Estudiosos contemporâneos podem não estar mais preparados para acreditar no caráter sobrenatural dos milagres e exorcismos de Jesus do que os estudiosos de gerações anteriores. Mas eles não estão mais dispostos a atribuir essas histórias à influência dos mitos gregos do homem-divino (theios aner). Antes, os milagres e exorcismos de Jesus devem ser interpretados no contexto das crenças e práticas judaicas do primeiro século. O estudioso judeu Geza Vermes, por exemplo, tem chamado a atenção aos ministérios dos realizadores de milagres e/ou exorcistas carismáticos Honi “o desenhista de círculos” (primeiro séc. a.C.) e Hanina ben Dosa (primeiro séc. d.C.) e interpreta Jesus de Nazaré como um judeu hassídico ou um santo. Hoje o consenso dos estudos sustenta que a realização de milagres e exorcismos (apoiando a questão de seu caráter sobrenatural) pertence, sem sombra de dúvida, a qualquer reconstrução historicamente aceitável do ministério de Jesus.

O colapso da antiga escola da História de Religiões ocorreu por principalmente dois motivos. Primeiro, estudiosos perceberam que os paralelos alegados eram ilegítimos. O mundo antigo era um lugar cheio de mitos de deuses e heróis. Estudos comparativos na religião e literatura requerem sensibilidade às suas similaridades e diferenças, ou o resultado será inevitavelmente distorção e confusão. Infelizmente, aqueles que apresentaram paralelos às crenças cristãs falharam em exercer essa sensibilidade. Veja, por exemplo, a história do nascimento virginal, ou, mais precisamente, a concepção virginal de Jesus. Os paralelos pagãos alegados a essa história são sobre lendas de deuses que se materializaram e tiveram relações sexuais com mulheres humanas para gerar uma prole humano-divina (como Hércules). Assim como esta, essas histórias são exatamente o contrário dos relatos dos Evangelhos, nos quais Maria concebeu Jesus sem ter tido nenhuma relação sexual. As histórias dos Evangelhos sobre a concepção virginal de Jesus são, na verdade, únicas no Oriente Próximo antigo.

Ou considere o evento dos Evangelhos que eu acho mais interessante: a ressurreição de Jesus dentre os mortos. Muitas das alegadas similaridades a esse evento são na verdade histórias apoteóticas, a divinização e assunção do herói ao céu (Hércules, Rômulo). Outras são sobre desaparecimentos, afirmando que o herói foi-se para um plano superior (Apolônio de Tiana, Empédocles). Outras ainda são símbolos sazonais do ciclo das colheitas, conforme a vegetação morre na estação seca e volta à vida na estação chuvosa (Tamuz, Osíris, Adônis). Algumas são expressões políticas de adoração aos imperadores (Júlio César, César Augusto). Nenhuma delas é similar à ideia judaica de ressurreição dos mortos. David Aune, especialista em literatura comparada do antigo Oriente Próximo, conclui: “nenhum paralelo a elas [tradições da ressurreição] é encontrado nos escritos greco-romanos” (“The Genre of the Gospels”, em Gospel Perspectives II, ed. R. T. France and David Wenham [Sheffield: JSOT Press, 1981], p. 48).

Na verdade, a maioria dos estudiosos chegou a duvidar se, apropriadamente falando, houve realmente algum mito de deuses que morriam e ressurgiam! No mito de Osíris, um dos mitos sazonais mais conhecidos, ele nem chega a voltar à vida, mas simplesmente continua a existir exilado no sub-mundo. Numa revisão recente da evidência, T. N. D. Mettinger informa: “A partir da década de 30... um consenso se desenvolveu ao significado que os deuses, 'que morriam e ressurgiam', morreram, mas não voltaram a viver novamente... Aqueles que continuam a pensar diferente são vistos como sobreviventes de uma espécie quase extinta” (Tryggve N. D. Mettinger, The Riddle of Resurrection: “Dying and Rising Gods” in the Ancient Near East [Stockholm, Sweden: Almquist & Wiksell International, 2001], p. 4, 7).

O próprio Mettinger acredita que mitos de deuses que morriam e ressurgiam existiram nos casos de Dumuzi, Baal e Melqart; mas reconhece que tais símbolos são bem diferentes da antiga crença cristã na ressurreição de Jesus:

“Os deuses que morriam e ressurgiam estavam muito ligados ao ciclo sazonal. Sua morte e retorno eram vistos como refletidas nas mudanças nas plantas. A morte e ressurreição de Jesus é um evento único, não se repete, e não está ligado às mudanças sazonais... Não existe, pelo o que eu sei, nenhuma evidência clara que a morte e ressurreição de Jesus são uma construção mitológica, baseada nos mitos e ritos dos deuses sazonais das nações vizinhas. Enquanto for estudada com proveito contra o pano de fundo da crença da ressurreição judaica, a fé na morte e ressurreição de Jesus mantém seu caráter único na história das religiões. O mistério continua” (Ibidem, p. 221).

Repare no comentário de Mettinger, que a crença na ressurreição de Jesus pode ser proveitosamente estudada contra o pano de fundo das crenças judaicas da ressurreição (não mitologia pagã). Aqui vemos aquela mudança nos estudos no Novo Testamento que eu apontei acima como a rejudaização de Jesus. A ilegitimidade das similaridades alegadas é apenas uma indicação de que a mitologia pagã é o esquema interpretativo errado para compreender a crença dos discípulos na ressurreição de Jesus.

Segundo, a escola da História de Religiões sucumbiu como uma explicação para a origem das crenças cristãs sobre Jesus, porque não houve nenhuma conexão causal entre os mitos pagãos e a origem das crenças cristãs sobre Jesus. Veja, por exemplo, a ressurreição. Os judeus conheciam os deuses sazonais mencionados acima (Ez 37:1-14) e os acharam repugnantes. Por isso, não há traços de culto a deuses sazonais na Palestina do primeiro século. Para os judeus, a ressurreição à glória e imortalidade não aconteceria antes da ressurreição geral de todos os mortos no fim do mundo. É inacreditável pensar que os discípulos originais teriam súbita e sinceramente acreditado que Jesus de Nazaré ressuscitou dentre os mortos apenas porque ouviram sobre mitos pagãos de deuses que morriam e ressurgiam.

Mas, de certo modo, tudo isso é irrelevante à sua pergunta principal, Kevin. Pois, como você mostrou, as pessoas com que você conversa não têm acesso aos estudos. Quando você mostra a elas a ilegitimidade das similaridades alegadas, então é acusado de “ter trabalhado muito duro para salvar sua religião”. Essa é uma situação que você não pode vencer. Então, estou inclinado a dizer-lhe que você não deveria ocupar-se em “tentar refutar cada similaridade”. Antes, eu acho que uma atitude mais genérica e desinteressada de sua parte pode ser mais eficaz.

Quando eles disserem que as crenças cristãs sobre Jesus vieram da mitologia pagã, acho que você deveria rir. Então olhe para eles com os olhos arregalados e um grande sorriso e diga: “Vocês realmente acreditam nisso?” Aja como se tivesse acabado de conhecer alguém que acredite na terra plana ou na conspiração de Roswell. Você podia dizer algo do tipo: “Cara, essas velhas teorias estão mortas há mais de cem anos! De onde você está tirando isso?” Diga-lhes que isso é apenas lixo sensacionalista e não estudos sérios. Caso insistam, então peça a eles que lhe mostrem as próprias passagens que narram a suposta similaridade. São eles que estão nadando contra o consenso dos estudos, então faça-os trabalhar duro para salvar a religião deles. Eu acho que você descobrirá que eles nem sequer leram as fontes originais.

Se eles chegarem a citar um trecho de uma fonte, acho que você ficará surpreso com o que verá. Por exemplo, no meu debate sobre a ressurreição com Robert Prince, ele dizia que as curas que Jesus fez vieram dos relatos mitológicos de curas, como as de Esculápio. Eu insisti que ele lesse a todos uma passagem das fontes originais mostrando a suposta similaridade. Quando ele leu, o que alegava não tinha nada a ver com as histórias dos Evangelhos sobre as curas de Jesus! Essa foi a melhor prova de que a origem das histórias não estava relacionada.

Lembre-se: qualquer um que insiste nessa objeção tem de suportar o ônus da prova. Ele precisa mostrar que as narrativas são paralelas e, além disso, que são causalmente ligadas. Insista que eles suportem esse ônus, caso você leve as objeções deles a sério.

http://www.perguntas.criacionismo.com.br/2009/06/jesus-e-mitologia-paga.html

sábado, 6 de janeiro de 2018

Planeta terra: Roda do Oleiro.

“A palavra do Senhor, que veio a Jeremias, dizendo: Levanta-te e desce à casa do oleiro, e lá te farei ouvir as minhas palavras. E desci à casa do oleiro, e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas. Como o vaso que ele fazia de barro se quebrou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme o que pareceu bem aos seus olhos fazer. Então, veio a mim a palavra do Senhor, dizendo: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel”. (Jr.18,1-4).

Esse texto em prosa é uma revelação divina. A casa do Oleiro é o Universo, a Olaria de Deus. Ali, o Grande Oleiro faz e refaz os seus vasos na sua roda: o planeta Terra. “Do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”(Sl. 24,1). “Os céus são os céus do Senhor; mas a terra, deu-a ele aos filhos dos homens”(Sl.115,16). “Do primeiro homem, Adão, fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação”(At. 17,26).

Terra - A Roda do Oleiro - símbolo do lugar onde Deus entra diretamente em contato conosco. Ele nos modela sobre ela. A roda representa a escola de Deus, que são as circunstancias que Deus permite para que a imagem de Cristo seja formada em nossas vidas. Em determinadas ocasiões temos a impressão que estamos dando voltas e voltas sobre a roda! Tudo parece girar fora de controle ao nosso redor. Não vemos progresso e nos sentimos desanimados."Ai daquele que contende com seu Criador, daquele que não passa de um caco entre os cacos no chão. Acaso o barro pode dizer ao oleiro: ‘O que você está fazendo? ’ Será que a obra que você faz pode dizer: ‘Ele não tem mãos?' (Is. 45:9). Ficamos procurando encontrar quem está movendo a roda. “Deve ser o diabo”, pensamos, mas a descoberta é tremenda: “É o pé do Oleiro! São as mãos do Oleiro!Tudo está sobre controle!”. Ele é soberano sobre a Terra! “Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são para ele como gafanhotos” (Is.40,22ª).

Não adianta o homem, com suas invencionices querer habitar outro planeta, porque aqui é o seu lugar de peregrinação. “Mesmo que vocês subam tão alto como as águias e construam seus ninhos entre as estrelas, eu os derrubarei de lá, diz o Senhor” (Ob. 1,4). “Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo”(Fp.1,6).

“Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel? – diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel” (Jr.18,6).

domingo, 31 de dezembro de 2017

Nova Esperança Para 2018

Vivemos em um mundo bastante desanimador. No início de um novo ano, procuramos em vão por perspectivas de tempos melhores. Se analisarmos a situação internacional, se observarmos as dificuldades econômicas e o baixo nível moral dos povos, não há muitos motivos para esperar por momentos mais luminosos para este mundo. Até mesmo é duvidosa a realização dos anseios que temos para nossa vida pessoal neste novo ano.

Tendo pouca esperança no melhoramento das condições gerais, resta-nos somente uma alternativa: procurar a renovação individual das pessoas. É preciso encontrar um caminho que permita que você seja elevado acima das circunstâncias, de modo que esteja sobre elas e que elas até mesmo sejam controláveis.

Será que isso realmente é possível? Milhões de pessoas experimentaram tal transformação e obtiveram um fundamento inteiramente diferente para suas vidas ao aceitarem Jesus como seu Salvador pessoal pela fé. Seus corações ficaram repletos de paz profunda e permanente, que não pode ser abalada por nenhuma tempestade em suas vidas. Elas descobriram o segredo da alegria e da verdadeira felicidade, que consiste da confiança em Deus e da obediência a Ele, e obtiveram novo valor para suas vidas. Para elas, todas as coisas realmente "se fizeram novas"! O apóstolo Paulo descreve essa maravilhosa transformação da seguinte maneira: "E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17).

Também você pode começar o novo ano como uma nova criatura em Jesus Cristo! Então sua tranqüilidade e seu êxito na vida não dependerão mais das circunstâncias, pois você terá uma nova vida, que se manifestará em novos anseios e em novos rumos da sua vontade. Novas forças estarão à sua disposição! O "novo homem", nascido do alto pela fé em Jesus Cristo, poderá dar passos confiantes no novo ano. Esta é uma maravilhosa mensagem para você! Será possível encontrar a Deus na condição de pessoa que foi perdoada, que foi purificada dos seus pecados. Você terá sido renovado através de Jesus Cristo, tornado aceitável diante de Deus através dos méritos de Jesus Cristo, seu Redentor.

Por isso, não hesite mais! Aceite a Jesus Cristo como seu Salvador pessoal e deposite sua confiança inteiramente nEle neste novo ano. (http://www.chamada.com.br)

domingo, 24 de dezembro de 2017

A Verdadeira História do Natal

A humanidade comemora essa data desde bem antes do nascimento de Jesus. Conheça o bolo de tradições que deram origem à festa.

Roma, século 2, dia 25 de dezembro. A população está em festa, em homenagem ao nascimento daquele que veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o ícone, nessa que é a data mais sagrada do  ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.
Mas não. Essa comemoração não é o Natal. Trata-se de uma homenagem à data de “nascimento” do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos. Qualquer semelhança com o feriado cristão, no entanto, não é mera coincidência.
A história do Natal começa, na verdade, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização e tem um motivo bem prático: celebrar o solstício de inverno, a noite mais longa do ano no hemisfério norte, que acontece no final de dezembro. Dessa madrugada em diante, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol. Num tempo em que o homem deixava de ser um caçador errante e começava a dominar a agricultura, a volta dos dias mais longos significava a certeza de colheitas no ano seguinte. E então era só festa. Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias. Já os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e da vida mansa, enquanto os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza. Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais primitivos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.
A comemoração em Roma, então, era só mais um reflexo de tudo isso. Cultuar Mitra, o deus da luz, no 25 de dezembro era nada mais do que festejar o velho solstício de inverno – pelo calendário atual, diferente daquele dos romanos, o fenômeno na verdade acontece no dia 20 ou 21, dependendo do ano. Seja como for, o culto a Mitra chegou à Europa lá pelo século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.
Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. “O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”, sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas isso os romanos faziam o tempo todo. Bom, enquanto isso, uma religião nanica que não dava bola para essas coisas crescia em Roma: o cristianismo.
Solstício cristão
As datas religiosas mais importantes para os primeiros seguidores de Jesus só tinham a ver com o martírio dele: a Sexta-Feira Santa (crucificação) e a Páscoa (ressurreição). O costume, afinal, era lembrar apenas a morte de personagens importantes. Líderes da Igreja achavam que não fazia sentido comemorar o nascimento de um santo ou de um mártir – já que ele só se torna uma coisa ou outra depois de morrer. Sem falar que ninguém fazia idéia da data em que Cristo veio ao mundo – o Novo Testamento não diz nada a respeito. Só que tinha uma coisa: os fiéis de Roma queriam arranjar algo para fazer frente às comemorações pelo solstício. E colocar uma celebração cristã bem nessa época viria a calhar – principalmente para os chefes da Igreja, que teriam mais facilidade em amealhar novos fiéis. Aí, em 221 d.C., o historiador cristão Sextus Julius Africanus teve a sacada: cravou o aniversário de Jesus no dia 25 de dezembro, nascimento de Mitra. A Igreja aceitou a proposta e, a partir do século 4, quando o cristianismo virou a religião oficial do Império, o Festival do Sol Invicto começou a mudar de homenageado. “Associado ao deus-sol, Jesus assumiu a forma da luz que traria a salvação para a humanidade”, diz o historiador Pedro Paulo Funari, da Unicamp. Assim, a invenção católica herdava tradições anteriores. “Ao contrário do que se pensa, os cristãos nem sempre destruíam as outras percepções de mundo como rolos compressores. Nesse caso, o que ocorreu foi uma troca cultural”, afirma outro historiador especialista em Antiguidade, André Chevitarese, da UFRJ.
Não dá para dizer ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições suntuosas permaneceram. E a coisa não parou por aí. Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram entrando para a tradição natalina. A que deixou um legado mais forte foi o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.
Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos.
Nasce o Papai Noel
Ásia Menor, século 4. Três moças da cidade de Myra (onde hoje fica a Turquia) estavam na pior. O pai delas não tinha um gato para puxar pelo rabo, e as garotas só viam um jeito de sair da miséria: entrar para o ramo da prostituição. Foi então que, numa noite de inverno, um homem misterioso jogou um saquinho cheio de ouro pela janela (alguns dizem que foi pela chaminé) e sumiu. Na noite seguinte, atirou outro; depois, mais outro. Um para cada moça. Aí as meninas usaram o ouro como dotes de casamento – não dava para arranjar um bom marido na época sem pagar por isso. E viveram felizes para sempre, sem o fantasma de entrar para a vida, digamos, “profissional”. Tudo graças ao sujeito dos saquinhos. O nome dele? Papai Noel.
Bom, mais ou menos. O tal benfeitor era um homem de carne e osso conhecido como Nicolau de Myra, o bispo da cidade. Não existem registros históricos sobre a vida dele, mas lenda é o que não falta. Nicolau seria um ricaço que passou a vida dando presentes para os pobres. Histórias sobre a generosidade do bispo, como essa das moças que escaparam do bordel, ganharam status de mito. Logo atribuíram toda sorte de milagres a ele. E um século após sua morte, o bispo foi canonizado pela Igreja Católica. Virou são Nicolau.
Um santo multiuso: padroeiro das crianças, dos mercadores e dos marinheiros, que levaram sua fama de bonzinho para todos os cantos do Velho Continente. Na Rússia e na Grécia Nicolau virou o santo nº1, a Nossa Senhora Aparecida deles. No resto da Europa, a imagem benevolente do bispo de Myra se fundiu com as tradições do Natal. E ele virou o presenteador oficial da data. Na Grã-Bretanha, passaram a chamá-lo de Father Christmas (Papai Natal). Os franceses cunharam Pére Nöel, que quer dizer a mesma coisa e deu origem ao nome que usamos aqui. Na Holanda, o santo Nicolau teve o nome encurtado para Sinterklaas. E o povo dos Países Baixos levou essa versão para a colônia holandesa de Nova Amsterdã (atual Nova York) no século 17 – daí o Santa Claus que os ianques adotariam depois. Assim o Natal que a gente conhece ia ganhando o mundo, mas nem todos gostaram da idéia.
Natal fora-da-lei
Inglaterra, década de 1640. Em meio a uma sangrenta guerra civil, o rei Charles 1º digladiava com os cristãos puritanos – os filhotes mais radicais da Reforma Protestante, que dividiu o cristianismo em várias facções no século 16.
Os puritanos queriam quebrar todos os laços que outras igrejas protestantes, como a anglicana, dos nobres ingleses, ainda mantinham com o catolicismo. A idéia de comemorar o Natal, veja só, era um desses laços. Então precisava ser extirpada.
Primeiro, eles tentaram mudar o nome da data de “Christmas” (Christ’s mass, ou Missa de Cristo) para Christide (Tempo de Cristo) – já que “missa” é um termo católico. Não satisfeitos, decidiram extinguir o Natal numa canetada: em 1645, o Parlamento, de maioria puritana, proibiu as comemorações pelo nascimento de Cristo. As justificativas eram que, além de não estar mencionada na Bíblia, a festa ainda dava início a 12 dias de gula, preguiça e mais um punhado de outros pecados.
A população não quis nem saber e continuou a cair na gandaia às escondidas. Em 1649, Charles 1º foi executado e o líder do exército puritano Oliver Cromwell assumiu o poder. As intrigas sobre a comemoração se acirraram, e chegaram a pancadaria e repressões violentas. A situação, no entanto, durou pouco. Em 1658 Cromwell morreu e a restauração da monarquia trouxe a festa de volta. Mas o Natal não estava completamente a salvo. Alguns puritanos do outro lado do oceano logo proibiriam a comemoração em suas bandas. Foi na então colônia inglesa de Boston, onde festejar o 25 de dezembro virou uma prática ilegal entre 1659 e 1681. O lugar que se tornaria os EUA, afinal, tinha sido colonizado por puritanos ainda mais linha-dura que os seguidores de Cromwell. Tanto que o Natal só virou feriado nacional por lá em 1870, quando uma nova realidade já falava mais alto que cismas religiosas.
Tio Patinhas
Londres, 1846, auge da Revolução Industrial. O rico Ebenezer Scrooge passa seus Natais sozinho e quer que os pobres se explodam “para acabar com o crescimento da população”, dizia. Mas aí ele recebe a visita de 3 espíritos que representam o Natal. Eles lhe ensinam que essa é a data para esquecer diferenças sociais, abrir o coração, compartilhar riquezas. E o pão-duro se transforma num homem generoso.
Eis o enredo de Um Conto de Natal, do britânico Charles Dickens. O escritor vivia em uma Londres caótica, suja e superpopulada – o número de habitantes tinha saltado de 1 milhão para 2,3 milhões na 1a metade do século 19. Dickens, então, carregou nas tintas para evocar o Natal como um momento de redenção contra esse estresse todo, um intervalo de fraternidade em meio à competição do capitalismo industrial. Depois, inúmeros escritores seguiram a mesma linha – o nome original do Tio Patinhas, por exemplo, é Uncle Scrooge, e a primeira história do pato avarento, feita em 1947, faz paródia a Um Conto de Natal. Tudo isso, no fim das contas, consolidou a imagem do “espírito natalino” que hoje retumba na mídia. Quer dizer: quando começar o próximo especial de Natal na televisão, pode ter certeza de que o fantasma de Dickens vai estar ali.
Outra contribuição da Revolução Industrial, bem mais óbvia, foi a produção em massa. Ela turbinou a indústria dos presentes, fez nascer a publicidade natalina e acabou transformando o bispo Nicolau no garoto-propaganda mais requisitado do planeta. Até meados do século 19, a imagem mais comum dele era a de um bispo mesmo, com manto vermelho e mitra – aquele chapéu comprido que as autoridades católicas usam. Para se enquadrar nos novos tempos, então, o homem passou por uma plástica. O cirurgião foi o desenhista americano Thomas Nast, que em 1862, tirou as referências religiosas, adicionou uns quilinhos a mais, remodelou o figurino vermelho e estabeleceu a residência dele no Pólo Norte – para que o velhinho não pertencesse a país nenhum. Nascia o Papai Noel de hoje. Mas a figura do bom velhinho só bombaria mesmo no mundo todo depois de 1931, quando ele virou estrela de uma série de anúncios da Coca-Cola. A campanha foi sucesso imediato. Tão grande que, nas décadas seguintes, o gorducho se tornou a coisa mais associada ao Natal. Mais até que o verdadeiro homenageado da comemoração. Ele mesmo: o Sol
Fonte:
       Por Alexandre Versignassi e Thiago Minami
       access_time22 dez 2017, 20h19 - Publicado em 30 nov 2006, 22h00
       https://super.abril.com.br/historia/a-verdadeira-historia-do-natal/

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

O Significado Permanente do Natal

O anúncio do nascimento de Jesus é o ponto inicial do Plano de Salvação que Deus formou para a humanidade. Por isso devemos pregar sobre o Natal, independente da data. Infelizmente o significado do Natal foi corrompido pelo comércio e tradições que celebram de tudo, menos a vinda do Salvador ao mundo.

Já imaginou se na história bíblica não houvesse o fato do nascimento de Jesus? Ficaria faltando um ponto principal no plano de salvação. Então, se deixarmos de falar sobre isso, omitimos algo que a Bíblia fez questão de relatar com detalhes para nos mostrar o significado deste momento.

O Natal deve ser um tempo para a família estar juntos, mas é imprescindível a presença de Jesus. Celebrar o Natal sem falar de Jesus seria como ir a uma festa de aniversário sem o aniversariante. Aproveite este momento para anunciar a salvação em Jesus para sua família.

Qual é o significado do Natal?
Vamos aprender com a profecia de Isaías sobre o nascimento de Jesus, qual é o significado permanente do Natal:        

1- Luzv.1,2 “o povo que andava em trevas viu grande luz”
Isaías declara de maneira profética que quando o Messias viesse haveria luz para aqueles que estavam em trevas. Até a vinda de Jesus ao mundo, a humanidade vivia em escuridão e temor, mas desde que nasceu trouxe “a verdadeira luz que vinda ao mundo, ilumina todo homem” (Lucas 1.9). A luz de Jesus é o maior brilho do Natal.

Natal é um tempo de luz não por causa das milhares de lâmpadas que enfeitam as cidades e sim porque Jesus é o Salvador e esta boa notícia deve ser anunciada como oportunidade gratuita aqueles que viviam sem esperança. Este período é uma oportunidade de falar das Boas Novas levando luz às pessoas ao nosso redor. Aproveite o Natal para levar Luz às pessoas que não conhecem a Jesus!
                              
2- Alegriav.3 “tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste”
O texto cita a palavra alegria três vezes apenas neste versículo. O profeta Isaías imagina o dia da vinda do Messias como o dia mais alegre que já houvesse em todos os tempos. Contudo não é uma alegria passageira e sim algo que aumenta a cada instante.

Lamentavelmente criou-se um paradigma sobre o Natal em que a alegria se baseia nas festas. Entretanto muitas pessoas passam esta data de maneira triste e solitária ficando desiludidos. A alegria do Natal deve ser muito além de tudo isso. Ao invés de nos alegrarmos por ter comida farta, roupas novas e presentes, podemos também nos alegrar ao abençoar aqueles que não têm condições para isso visitando aqueles que estão enfermos, órfãos, idosos e pessoas desamparadas. Neste Natal leve alegria para pessoas que estão sofrendo!

3- Justiçav.4,5 “tu quebraste o jugo que pesava sobre eles”
O profeta Isaías expressa estas palavras como um alívio de quem estaria sentindo dores. O povo de Deus havia passado por tantas lutas e dominado por tantos imperadores cruéis que não aguentavam mais a injustiça. A vinda do Messias traria então a justiça definitiva que tanto esperavam e acabaria com as guerras chegando até a queimar as ‘botas do guerreiro’ e as ‘vestes sujas de sangue’ (v.5) para não deixar nem lembrança das injustiças do passado.

Antes de gastar com festas precisamos pensar se temos contas a pagar para não acumular dívidas injustas para o próximo ano. Também podemos desfazer de ‘botas e vestes’ que não nos servem mais para ajudar quem estiver precisando. Fazer justiça é fazer coisas corretas e honestas, além de recompensar quem precisa de ajuda. Natal é tempo de fazer justiça!

4- Pazv.6,7 “Príncipe da paz; para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim”
Durante séculos de guerras intercaladas por períodos breves de paz, o profeta Isaías anuncia que chegaria um tempo de “paz sem fim” porque viria aquele que é o Príncipe da Paz. Não existe notícia mais bonita do que esta. Como uma bandeira branca estendida para anunciar o fim da batalha, o Evangelho anuncia a paz para quem está sofrendo.

No mundo existem mais de sete bilhões de pessoas que estão lutando todos os dias e procuram paz para suas vidas. A cada dia uma nova luta ou dificuldade a ser vencida. Estas vidas precisam de alguém que lhes anuncie a paz e que sua luta foi terminada pelo Príncipe da Paz que veio ao mundo para dar tranquilidade ao seu coração, mesmo diante das dificuldades da vida. Também é uma oportunidade de acabarmos com as guerras e perdoar nossos inimigos para que haja paz. Natal é o momento de declarar paz!

Celebre o Natal Verdadeiro!

-CONCLUSÃORomanos 14.17 “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo
Não deixe que o Natal se resuma numa festa comum. Jesus não veio ao mundo para que marcássemos uma data especial em nosso calendário (talvez seja por isso que não nos permitiu saber que dia nasceu. Nem mesmo para que façamos uma mesa farta de comidas e bebidas. Ele veio ao mundo para trazer sua Luz, sua Alegria, Justiça e Paz.
A festa do Natal se torna mais bela e quando sabemos seu verdadeiro significado. A presença de Jesus é a condição fatal para que o Natal seja verdadeiro. Jesus deixou claro que estaria presente através “dos pequeninos” (Mateus 10.42) então devemos procurar ajudar as pessoas neste momento.

O Natal significa anunciar a Luz de Jesus para quem vive nas trevas sem esperança. Alegria para quem está sofrendo. Justiça para quem está sendo injustiçado. E Paz para todos que estão lutando. Celebre o Natal verdadeiramente! Pr. Welfany Nolasco Rodrigues