sábado, 4 de julho de 2015

Super herói, não! Cristão, sim!

Quem nunca imaginou como seria a vida caso fosse um super-herói? Que criança nunca fantasiou salvar o mundo usando habilidades incríveis? Imaginação, fantasia e heróis são palavras que em breve não combinarão mais, visto que cientistas visionários e hackers podem hoje criar superpoderes reais por encomenda, em alguns casos ultrapassando as tecnologias pensadas nos quadrinhos.

Já pensou como é a vida caso seja um cristão? 


Super-humanos e seus 10 feitos heroicos:

Superforça

O Incrível Hulk, Homem de Ferro, e muitos outros.
Por enquanto, não há tecnologia que lhe permita arremessar um carro ou esmagar um edifício com seu punho, mas uma nova gama de exoesqueletos sendo fabricada pode dar a seus músculos mais potência. Trajes de fibra de carbono da Lockheed Martin e da Daewoo podem levantar mais de 20 quilos sem cansar o usuário, além de serem leves o suficiente para que ele possa subir uma escada usando-os. A próxima geração de designs deve ser capaz de levantar cinco vezes mais peso. Caso você queira evitar um traje completo, membros biônicos como o Titan Arm (braço robótico) podem servir ao seu propósito.

Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece. (Fl.4,13);
Diga o fraco: Eu sou forte. (Jl.3,1);
Não te mandei eu? Sê forte e corajoso; não temas, nem te espantes, porque o SENHOR, teu Deus, é contigo por onde quer que andares. (Js. 1.9)


VOO

Capitão Marvel, Super-Homem
A superpotência mais romântica com certeza é a capacidade de voar. Jetpacks têm evoluído desde a década de 1960, mas só se tornaram viáveis nos últimos anos, graças a ousadia do piloto Yves Rossy, que cruzou oceanos e montanhas com dispositivos que ele mesmo inventou. Já o australiano Martin Jetpack deve trazer essa emoção para o público geral: ele pretende comercializar sua tecnologia em 2016, com uma mochila a jato capaz de viajar a 74 km/h em altitudes de 1.000 metros.

Os que esperam no Senhor renovarão as suas forças, subirão com asas como águia; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão. (Is. 40,31);
Depois nós, os que ficarmos vivos [na terra], seremos arrebatados juntamente com eles [os que ressuscitaram] nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre (pela eternidade das eternidades) com o Senhor. (I Tes. 4,5).


Invisibilidade

 Space Ghost, Homem de Ferro

“Capas da invisibilidade” que escondem objetos estão avançando rapidamente. A tecnologia funciona através da blindagem de objetos de ondas de luz, mas atualmente precisa para operar a partir de um ponto fixo. Diversas instituições líderes em pesquisa estão trabalhando para criar invisibilidade que permaneça durante o movimento. Um projeto criativo usa seda como material para a capa, de modo que o usuário não só não seja detectado, como faça isso em grande conforto.
Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó (...) Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível (Hb. 11:24-27);
Não atentando nós nas coisas visíveis, mas nas invisíveis; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas. (II Cor. 4,18);
Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas invisívei. (Hb. 11,1).


Visão de raios - X

Super-Homem, Mulher-Maravilha

Sim, óculos de realidade aumentada já estão sendo desenvolvidos. Uma startup americana, por exemplo, criou um que permite que os motoristas vejam através de portas de carro, adicionando ou removendo camadas da visão. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos EUA, também desenvolveram um sistema que utiliza sinais de Wi-Fi para construir imagens de objetos atrás de paredes, enquanto cientistas holandeses estão usando ondas de luz para ver dentro do corpo.

E disse-lhes: Eu via Satanás, como raio, cair do céu". (Lc. 10,18);
Mas serão como anjos no céu (Mt 22, 30). Os seres ziguezagueavam como o raio (Ez. 1,14).


Respirar debaixo d'água

Aquaman

Alguns grãos de cristal pode ser tudo o que precisamos para ficar debaixo d’água por dias inteiros. A descoberta de um novo mineral com poderes surpreendentes para absorver o oxigênio da água e mantê-lo durante longos períodos de tempo pode ter implicações profundas para mergulhadores e exploração submarina. Outra abordagem que alcançaria o mesmo efeito seria a criação de um traje que alimenta líquido oxigenado para seu usuário.

Quando o viram andando sobre o mar, ficaram aterrorizados e disseram: "É um fantasma!  E gritaram de medo. (Mt. 14,26);
E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. (Mt. 14,29).






Ecolocalização

Demolidor

Biohackers experimentais têm sido pioneiros no uso de implantes que lhes permitem detectar campos magnéticos e, assim, orientar-se sem necessidade de visão ou som. A tecnologia de ecolocalização, que imita os radares de morcegos, poderia ser transformadora para cegos e surdos. Cientistas profissionais estão estudando uma maneira de usá-la para mapear salas sem recursos visuais.

E, quando saíram da água, o Espírito do Senhor arrebatou a Filipe, e não viu mais o eunuco, bem como o eunuco não viu mais Felipe; e, jubiloso, continuaram a viajem, cada um ao seu caminho. E Filipe se achou em Azoto e, indo passando, anunciava o evangelho em todas as cidades, até que chegou a Cesaréia. (At. 8,39,40).





Telepatia

Professor X

A comunicação através de ondas cerebrais está se tornando cada vez mais refinada conforme os cientistas melhoram a tecnologia de interface cérebro-computador. O laboratório Dr. Miguel Nicolelis tem sido capaz de passar mensagens entre dois sujeitos conectados em diferentes países, bem como mover objetos usando apenas o poder da mente. A tecnologia Biostamp promete fazer a atividade cerebral legível a qualquer hora, em qualquer lugar.

Porque esquadrinha o SENHOR todos os corações, e entende todas as imaginações dos pensamentos.(I Cron. 28,9);
Eis que conheço bem os vossos pensamentos; e os maus intentos com que injustamente me fazeis violência." (Jó 21:27);
"Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos, disse-lhes. (Mt. 12,25)


Visão noturna

Fera, Noturno

O biohacker Gabriel Licina injetou clorina e6, um produto químico encontrado em peixes de profundidade, nos seus olhos para adquirir visão noturna temporariamente. Durante os testes, ele foi capaz de ver com precisão até 50 metros na escuridão total. Se isso parece muito assustador para você, uma variedade de lentes de contato biônicas podem oferecer função de zoom, melhorar a sua visão e conectar seus olhos à internet sem o uso de agulhas.


Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para os meus caminhos." (Sl.119,105);
O SENHOR é a minha luz e a minha salvação; a quem temerei? Salmos 27:1;
E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. (II Pe. 1,19)


Autocura

Tempestade, Lagarto

Um herói precisa ser capaz de se curar rapidamente, visto que o combate faz parte de sua vida, mas ele não pode demorar demais para voltar à ativa. O pessoal da Darpa (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa, dos EUA) quer o mesmo para seus soldados: que eles possam continuar lutando mesmo com ferimentos. O grupo está desenvolvendo um implante miniatura para monitorar órgãos internos, capaz também de estimulá-los e tratá-los para manterem função perfeita. A tecnologia também pode ser aplicada no cérebro em caso de lesão física, bem como em condições mentais, como transtorno de estresse pós-traumático (TEPT).

...pregando o evangelho do reino, e curando todas as doenças e enfermidades entre o povo. (Mt. 4,23);
E porão as mãos sobre os enfermos, e estes serão curados. (Mc. 16,18).


Supervelocidade

Blade, Flash

O laboratório da Darpa também está trabalhando em um jetpack leve que mantém o usuário no chão, mas ajuda-o a correr mais rápido e por mais tempo sem se cansar. Os testes iniciais resultaram em soldados correndo em tempos dramaticamente mais rápidos; essa velocidade extra poderia revelar-se fundamental para missões no campo de batalha. Futuras edições devem acelerar o ritmo ainda mais.

Correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão (Isaías 40:31);

Disse mais a sentinela: Vejo o correr do primeiro, que parece ser o correr de Aimaás, filho de Zadoque. Então disse o rei: Este é homem de bem, e virá com boas novas. (II Sm. 18,27);

E o andar se parece com o andar de Jeú, filho de Ninsi porque anda furiosamente. (II Rs. 9,20).


À Prova de bala

 Batman

O traje elegante do Batman faz mais do que impressionar potenciais interesses amorosos. Porém, ainda que o Kevlar de Bruce Wayne possa parar uma bala, seria interessante se fosse mais leve, feito por exemplo a partir de um gel que endurece com o impacto, proporcionando maior proteção enquanto permite livre circulação. A empresa colombiana Miguel Caballero já produz uma gama de roupas à prova de bala que combinam qualidade, estética e estilo.

Não temerás os terrores da noite, nem a seta que voe de dia, Sl. 91,5;
Tomando, sobretudo, o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno (Efésios 6:16).


Escalar paredes

Homem-Aranha

Inspirado em um animal conhecido como gecko, o programa “Z-Man” da Darpa permite que pessoas subam por um vidro vertical, utilizando um conceito da física chamado de “força de Van der Waal” para mantê-las conectadas a superfície. A Universidade de Stanford (EUA) também está desenvolvendo um sistema semelhante que funciona em outras superfícies além do vidro, carregando pesos maiores. [CNN]



Porque contigo entrei pelo meio duma tropa, com o meu Deus saltei uma muralha. (Sl. 18,29);
Pela fé caíram os muros de Jericó, sendo rodeados durante sete dia (Hb. 11:30)

http://hypescience.com/12-superpoderes-que-podemos-ter-agora/

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Por que não falar do Inferno?


Nem todas as religiões do mundo possuem um conceito de “inferno”. Mas quando elas têm, a coisa não tende a ser muito bonita, não. O inferno geralmente é entendido como o lugar onde todas as forças do mal reinam. Quanto mais malignas elas são, piores são os castigos que lá nos esperam. 

1. Roda de fogo

Na mitologia grega, Ixion é conhecido como o primeiro (mortal) assassino de parentes, justamente depois de ter empurrado seu sogro sobre um leito de brasas. Por alguma razão misteriosa, isso valeu um jantar com os deuses, no qual em algum ponto também misterioso, Ixion foi cheio de graça para cima de Hera, a esposa de Zeus. Ele ficou esfregando seu pé no dela, por debaixo da mesa (sabe como?), até que Zeus percebeu e acabou com a brincadeira. 
Normalmente, seria mais do que suficiente para Zeus surtar e quebrar tudo, mas nessa ocasião ele planejou friamente uma vingança. Mais tarde, enviou um clone de Hera (feito de uma nuvem) para visitar Ixion – que foi burro o suficiente para ter relações sexuais com ela. Então, ele foi punido de verdade. E não foi nada bonito. Reza a lenda que ele foi lançado no Tártaro (inferno grego, segundo a mitologia) e amarrado a uma roda flamejante que gira pela eternidade. Estar no fogo é terrível, mas, em um fogo que gira, convenhamos, é ainda pior. 

2. Túmulos flamejantes 
No sexto círculo do inferno, conforme narrado no Inferno de Dante, as pessoas que tinham cometido o pecado da heresia – ou seja, falado contra Deus – eram incendiadas e sepultadas em chamas. 
Isto, naturalmente, incluía ateus, mas também o Papa Anastácio II. Sim, um verdadeiro Papa, que tentou reunir a Igreja Ocidental com a Oriental, que haviam se separado depois de um cisma. Anastácio II estava disposto a aceitar os batismos realizados pela Igreja Oriental como legítimos, e, portanto, ganhou um túmulo em chamas para nunca mais falar nesse assunto.


3. O rio de fogo e flechas


Se você acha que esses dois primeiros castigos eram ruins, prepare seu estômago. A coisa toda vai ficar bem pior daqui para frente. Agora, o buraco é ainda mais embaixo. No sétimo círculo do inferno. O sétimo círculo do inferno é o lugar onde ele começa a ficar bom, o que é o mesmo que dizer que as punições começam a ficar realmente ruins. Por exemplo, no anel externo do sétimo círculo, os que eram violentos na vida são forçados a “viver” em um rio de sangue e fogo em ebulição. Se alguém tenta colocar um centímetro para fora dali, um centauro o espera com flechas até que ele afunde de volta ao nível adequado.


4. Ser jogado em uma montanha de facas

Dante Alighieri, autor da Divina Comédia, não tinha o monopólio de histórias sinistras sobre o inferno, é claro. O Taoísmo chinês dá detalhes de 18 níveis do inferno (que, na verdade, costumavam ser mais de 84 mil, mas acabaram sendo simplificados). 
Em algumas histórias intrigantes, as pessoas estão penduradas por ganchos enfiados em sua própria pele. Em outras, os habitantes estão sendo desmembrados e esmagados por rochas gigantes, vários veículos e máquinas especiais de desmembramento. Em outras, ainda, as pessoas estão repetidamente sendo moídas como hambúrguer. Na minha favorita, os pecadores são jogados de penhascos sobre paisagens feitas inteiramente de facas. 







5. Encarar demônios terrivelmente ruins

Embora a mitologia egípcia antiga não tenha exatamente um conceito de inferno, morrer não era bem uma atividade divertida naquela cultura. Todo mundo que passava para a vida após a morte tinha que atravessar uma barragem de demônios para ter a sua alma julgada. Demônios com nomes como “bebedor de sangue” ou “aquele que come o excremento que sai de seu traseiro”, bem como outros monstros, e vários animais sanguinários. Não importa se você foi uma pessoa boa ou ruim: todo mundo tem que lidar com esses caras, e, em seguida, se for digno de uma segunda chance, renasce. Se não, sua alma é aniquilada. Credo. 



6. Ser transformado em uma árvore e ser comido logo em seguida

Se você cometeu suicídio no mundo do Inferno de Dante, seus problemas realmente estão apenas começando. No anel do meio do Sétimo Círculo, pessoas que cometiam o pecado de se matar não só são eram transformadas em arbustos espinhosos que podiam sentir dor, como também eram constantemente comidas por harpias. Curiosidade: se você tira um galho de um desses arbustos, ele sangra. 







7. Você também pode ser condenado a um eterno trabalho forçado

O Rei Sísifo tinha um mau hábito de matar seus convidados e um hábito ainda pior de falar sobre isso com Zeus. Por sua estupidez de contar sobre tal crueldade, ele foi condenado a empurrar uma pedra bem grande por uma colina. POR. TODA. A. ETERNIDADE.Quando a pedra chegava lá no topo, ela naturalmente rolava para baixo e ele tinha que percorrer todo o caminho novamente. 





8. Demônios podem ficar assistindo sua punição

O inferno dos maias era conhecido como Xibalba, um tribunal no submundo governado por dois deuses e dez demônios. O lugar todo foi basicamente projetado para machucar e fazer as pessoas condenadas sofrerem terrivelmente. Só para você ter uma ideia, acreditava-se que uma pessoa que ia para o inferno tinha que viajar através de rios de sangue e escorpiões apenas para chegar até lá. O banco do julgamento pegava fogo. Após esse julgamento, você teria um desses destinos: a) viver em um reino de granizo congelante, b) ser atacado por lâminas bem afiadas, ou c) ser atacado por onças famintas. Enquanto isso, os 10 demônios iriam emparelhar-se para atormentar você enquanto você estivesse cumprindo sua sentença. 



9. Se afogar em um rio de cocô

Estranhamente, quem é puxa-saco parece receber uma punição muito mais dura do que aquelas previstas no Inferno de Dante. Os mentirosos, por exemplo, teriam que ficar em uma recriação de Sodoma, onde a areia estaria em chamas e cinzas ardentes cairiam do céu. Não é divertido, com certeza. Mas puxa-sacos teriam um destino (me parece) ainda pior. Eles teriam que viver em um mar de excremento, que representaria toda a merda que eles falaram em vida. Este é também um dos infernos do hinduísmo, exceto que o rio também inclui sangue e urina.



10. Estou sem palavras para descrever essa punição

É chocante (ou criativa) demais.
Muito parecida com a visão católica do inferno, o inferno islâmico – chamado Jahannam – está cheio de castigos interessantes para os pecadores. A maioria envolve as pessoas sendo incendiadas de alguma forma. Poderia ser a sua pele, seus lábios ou o seu rosto – mas há um castigo especial que vale a pena mencionar.
Se você for ruim o suficiente, você poderá ser subjugado e arrastado pela água, que também estará fervendo. Você também terá que usar sandálias especiais que cozinham o seu cérebro ao mesmo tempo. Além disso, escorpiões picariam você, sendo que o veneno duraria por 40 anos (o que na verdade parece ser um inconveniente muito leve quando seu cérebro já está fervendo em seu crânio). 



Pode-se definir inferno como o lugar de punição consciente e eterna para os ímpios. Nas grandes religiões (Hinduísmo, Islamismo e Budismo) ou cultura, encontram-se versões de inferno.
Os que negam o inferno negam, não por ser irracional, mas por ser extremamente desagradável.

Vamos ver cinco proposições que falam do inferno e depois duas dificuldades:


I) UM LUGAR REAL CRIADO POR DEUS

a) Ideias errada sobre o inferno:
Que é uma metáfora para demonstrar a infelicidade dessa vida;
Jean-Paul Sartre disse: “Nada de enxofre ou grelha. O inferno são os outros”. Para ele é a crueldade com os nossos semelhantes;
As pessoas dizem: “Passei por um verdadeiro inferno”. Experiências ruins como sendo inferno;
O inferno é visto como o lado escuro e sombrio da vida, a tristeza e o sofrimento pelo qual o povo passa.

b) Ideias certas sobre o inferno:
É um lugar real;
Não é uma metáfora;
Não é uma descrição de problemas pessoais;
Não é um estado mental;
É um lugar com dimensões espaciais (O rico e o Lázaro)
Deus foi quem criou o inferno, porque foi ele quem criou todas as coisas (Ap.4:11);
Deus o trouxe a existência; foi Sua ordem que preparou o fogo (Mt.25:41).


II) PENAS ETERNAS, TERRÍVEIS E JUSTAS

O inferno é um lugar de punição.
Podemos identificar três tipos de punição:

A punição corretiva que visa fazer da pessoa uma pessoa melhor (sistema prisional);
A punição preventiva que visa impedir a pessoa de fazer algo errado (pais e filhos);
Essas duas a sociedade atual está disposta a aceitar e até mesmo a usar em determinados casos.
A punição retributiva que é uma punição infligida simplesmente como recompensa pelo mal praticado, por ser justo que os malfeitores sofram, punição que assinala a aversão pelo erro e o compromisso com o que é certo.
É considerada bárbara e imoral;
Não parece coisa de pessoas civilizadas;
É perturbadora;
É assustadora.
Talvez o desejo em seus corações seja que uma vez abolindo esse tipo de punição de nossas mentes, Deus também irá abolir.
O inferno não visa corrigir e nem prevenir as pessoas. Somente puni-las por seus pecados. Cada um segundo as suas obras, uns mais e outros menos (Lc.12:47-48; Mt.11,21-24).
A pena é maior para aqueles que nasceram em lar cristão e não assumem um compromisso real com Cristo.
A Bíblia não nos diz como será essa pena, mas a fato é que será justa.
O inferno é um lugar terrível: pranto e ranger de dentes (Mt.8:12); verme não morre e fogo não se apaga (Mc.9:44).

Quem estiver no inferno sofrerá:

Ap. 14:10,11 […] beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos anjos e na presença do Cordeiro. 11 A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, […]

A punição é eterna, o fogo é eterno (2Ts.1:9; Mt.25:41,46; Jd.6,13);
A comparação é simples: assim como as alegrias do céu são eternas, os sofrimentos e tristezas do inferno serão eternas.


III) O INFERNO FOI FEITO PARA O DIABO, SEUS ANJOS E OS NÃO SALVOS.

O diabo estará no inferno (Ap.20:10);
Seus anjos também (Mt.25:41);
Para os não salvos (Ap.21:8; 2Ts1:7,8)

Ap. 21:8 [...] Aos covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos impuros, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a segunda morte.

Essas pessoas são as declaradamente ímpias

2 Ts 1:7-8 […] Quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, 8 em chama de fogo, tomando vingança contra os que não conhecem a Deus e contra os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus.

Essas pessoas são consideradas pessoas “boas”, “íntegras”, “decentes”, mas que não creram em Cristo ou obedeceram os seus mandamentos.
Não podemos esquecer: Só são livres do inferno aqueles que creem em Cristo.

Jo 5:24: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida.


IV) O DESTINO IRREVOGÁVEL DE QUEM MORRE INCRÉDULO


Na volta de Cristo, os corpos serão ressuscitados e as almas se unirão a eles novamente, mas as almas já estavam no céu ou no inferno; (Fp.1:23; Lc.23:43)
O rico e o Lázaro nos mostram que o corpo do rico está na sepultura, mas sua alma está agonizando no inferno. Ele está consciente de tudo que está acontecendo.

2 Pe 2:9,10 […] O Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo, 10 especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores,

Não há uma segunda chance;
Não há esperança futura para os que estão no inferno;
Não adiante orar pelos mortos, eles estão longe do alcance de nossas orações;
Nem mesmo Deus os ajudará.
É por isso que o Evangelho é tão urgente.


V) O INFERNO É GOVERNADO POR DEUS

O inferno é governado por Deus;
Só Ele pode mandar para o inferno (Lc.12:5);
Ele mesmo preparou o inferno (Mt.25:41);
Ele está presente no inferno em ira e juízo (Ap.14:10);
O inferno não é governado pelo diabo. Ele é atormentado como todos os outros que estão lá.
Entendendo tudo isso, não temos porque não falar do inferno.
Um dia chegará o grande Dia e o julgamento acontecerá a todos:

Ap. 11:17-18 […] Graças te damos, Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras, porque assumiste o teu grande poder e passaste a reinar.  Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.


DUAS DIFICULDADES:

I) O INFERNO É DESPROPORCIONALMENTE SEVERO?

a) Acaso os sofrimentos do inferno, tanto em sua duração quanto em sua severidade, não são desproporcionais as ofensas? 
Não temos condições de avaliar o grau de ofensa de um pecado;
Não podemos avaliar o quão terrível é para Deus um ato de desobediência;
Não sabemos quanta culpa existe nessa desobediência;
Ex: aborto – homossexualismo - cigarro
Ex: verme – gato e criança, cortados.
Ex: pecado – Deus, muito mais grave.

b) Será justo que os seres humanos sejam punidos por seus pecados tão terrivelmente e para todo sempre?
A argumentação é que o pecado não levou mais que horas, dias ou anos e porque a punição deve ser eterna?

A lógica é falha;

Ex: matar alguém, alguns segundos – fraudar por dez anos.
A punição é eterna porque a falta foi contra um Deus que é eterno.
Além do mais quem está no inferno, continua desagradando a Deus e pecando contra Ele eternamente.

II) MAS DEUS É AMOR. NÃO SERIA O INFERNO CONTRÁRIO AO CARÁTER DE DEUS?

Mq.7:18 diz que Deus “ [...] tem prazer na misericórdia.”.

Como Ele pode suportara ver algumas de suas criaturas indo para o inferno?

Deus também disse em Rm. 9:15:
"Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão.”

Deus é de fato amor, mas também é justiça e santidade;
Por isso Ele não se relaciona com o pecado;
Deus odeia o pecado;
Ex: pessoa que por ser amiga tira o criminoso da cadeia.
Que tipo de Deus trataria o bem e o mal da mesma forma?
Deus é santo em Seu amor e Sua bondade não é ameaçada pela Sua justiça.
Se Deus fosse obrigado a perdoar a todo mundo, a salvação seria obrigatória e um direito de todos e Jo. 3:16, não faria sentido nenhum.
A cruz é a maior prova de amor que Deus poderia dar aos homens.
À luz da cruz, quem pode dizer que Deus não ama?

http://mcapologetico.blogspot.com.br/2012/05/em-resumo-o-que-e-o-inferno.html
http://hypescience.com/os-10-piores-castigos-no-inferno/

sexta-feira, 26 de junho de 2015

A Parábola da Figueira

"Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.32-35).
Além da oliveira, da videira e do espinheiro, a figueira é uma ilustração de Israel, do judaísmo. Essas quatro "árvores" são mencionadas em uma passagem de Juízes (9.8-15). Além delas, também a romã é uma representação do povo judeu. Certamente a passagem bíblica que exprime com maior precisão que a figueira é uma ilustração de Israel está em Oséias 9.10, onde Deus, o Senhor, diz: "Achei a Israel como uvas no deserto, vi a vossos pais como as primícias da figueira nova..." É o que também se vê claramente em Jeremias 24.3-7: "Então, me perguntou o Senhor: Que vês tu, Jeremias? Respondi: Figos; os figos muito bons e os muito ruins, que, de ruins que são, não se podem comer. A mim me veio a palavra do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Do modo por que vejo estes bons figos, assim favorecerei os exilados de Judá, que eu enviei deste lugar para a terra dos caldeus. Porei sobre eles favoravelmente os olhos e os farei voltar para esta terra; edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei. Dar-lhes-ei coração para que me conheçam que eu sou o Senhor; eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus; porque se voltarão para mim de todo o seu coração."
Além disso, a figueira contém um sentido profético muito profundo, o que se vê claramente nas palavras proféticas de Jesus quando fala da Sua vinda: "Aprendei, pois, a parábola da figueira: quando já os seus ramos se renovam e as folhas brotam, sabeis que está próximo o verão. Assim também vós: quando virdes todas estas coisas, sabei que está próximo, às portas" (Mt 24.32-33).
A seguir vamos analisar a figueira Israel à luz profética da Bíblia, perguntando-nos o que podemos aprender dela: "Aprendei, pois, a parábola da figueira..." Três simbolismos chamaram a minha atenção e quero compartilhá-los a seguir:

Primeira representação: a figueira como mestre que ensina o caminho certo, o caminho para a justiça verdadeira, legítima e permanente

Onde a figueira (Israel) aparece pela primeira vez na Bíblia?

Talvez alguns leitores dirão que encontramos em Gênesis 12 o chamamento de Abraão como primeiro hebreu, seguido pelo seu filho Isaque e pelo seu neto Jacó, cujo nome foi mudado por Deus para Israel em Gênesis 32.28: "Então disse: Já não te chamarás Jacó, e sim Israel, pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste." É correto que o nome Israel aparece aqui pela primeira vez.
Mas eu creio que a figueira (Israel), na profundidade profética dos desígnios da salvação de Deus ("Aprendei, pois, a parábola da figueira..."), já aparece nas primeiras páginas da Bíblia, isto é, em Gênesis 3.7: "Abriram-se, então, os olhos de ambos; e, percebendo que estavam nus, coseram folhas de figueiras e fizeram cintas para si." Segundo o meu entendimento, encontramos aqui a primeira menção de Israel como figueira na Bíblia, ou seja, o Israel da lei, que apenas pode cobrir o pecado.
Além da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9), a figueira ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si") é a única árvore do jardim do Éden mencionada pelo nome. Para mim, a menção da figueira já nas primeiras páginas da Bíblia (ao lado de inúmeras outras árvores paradisíacas criadas por Deus, cujos nomes não são citados) é uma gloriosa figura da eleição de Israel: "...o Senhor, teu Deus, te escolheu, para que lhe fosses o seu povo próprio, de todos os povos que há sobre a terra" (Dt 7.6).
Além da árvore da vida e da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.9), a figueira ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si") é a única árvore do jardim do Éden mencionada pelo nome.
Adão e Eva haviam pecado e, em conseqüência, reconheceram que estavam nus. Então eles apanharam folhas de figueira e cobriram sua nudez com essas folhas. Entretanto, assim eles somente puderam cobrir a sua culpa, mas não puderam obter o perdão do seu pecado. Para isso foi necessário um sacrifício de sangue: "Fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu" (Gn 3.21) Isso significa que Deus matou dois animais e, com sua pele, cobriu a nudez dos dois primeiros seres humanos. O sangue derramado nesse ato serviu para o perdão do pecado.
Portanto, já nas primeiras páginas da Bíblia é revelado profeticamente todo o Plano de Salvação. Ali ele ainda está envolto em mistério, mas no decorrer de outras revelações posteriores tornou-se cada vez mais nitidamente visível.
O que aprendemos disso?

1. As folhas da figueira apontam para uma outra salvação, que é melhor e mais perfeita

Em Hebreus 7.19 está escrito: ("...pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma), e, por outro lado, se introduz esperança superior, pela qual nos chegamos a Deus." Mas quem é a esperança superior, acima da lei? O sacrifício providenciado por Deus em Jesus Cristo na cruz!
Segundo o meu entendimento, as cintas de folhas de figueira indicam a necessidade de uma vestimenta mais definitiva, que exigia um sacrifício com sangue, uma esperança superior. Depois que Adão e Eva pecaram, imediatamente souberam que estavam nus e que deviam cobrir-se: "...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si." Mas isso não foi suficiente diante do Deus santo. Por isso, cheio de misericórdia, Ele matou dois animais e "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."
Exatamente este é o sentido e a finalidade de Israel no Plano de Salvação. A figueira Israel, do começo até o fim, aponta para a salvação superior em Jesus Cristo, o Grande Sacrifício da Justiça de Deus. Em Israel nos foi dada a lei. Mas por meio dela reconhecemos que somos pecadores e carecemos da graça de Deus. Outrora Adão e Eva tomaram as folhas da figueira, mas perceberam que essas cintas feitas por eles mesmos não podiam salvá-los do pecado que haviam cometido e que necessitavam de outra salvação.
Quase toda a Epístola aos Hebreus mostra que o antigo Israel, em todos os seus procedimentos, é uma indicação para Cristo; que todos os seus sacrifícios apontam para o perfeito sacrifício de Jesus na cruz, e que o sumo sacerdote judeu da Antiga Aliança é uma referência ao Sumo Sacerdote verdadeiro, definitivo e eterno: Jesus Cristo.
A figueira Israel, do começo até o fim, aponta para a salvação superior em Jesus Cristo, o Grande Sacrifício da Justiça de Deus.
Israel sob a lei aponta para a graça (Gl 3.24). Em Israel, sob a lei, os pecados puderam ser apenas cobertos (folhas de figueira). Mas pelo sacrifício de Jesus, com sangue – que maravilhosa boa nova de salvação!! – os pecados são perdoados e tirados. A respeito lemos em Hebreus 9.26:"...Ora, neste caso, seria necessário que ele tivesse sofrido muitas vezes desde a fundação do mundo; agora, porém, ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado."

2. Pelas folhas da figueira vemos que as obras da lei não podem produzir a justiça que vale diante de Deus

Em nenhum lugar isso é demonstrado mais claramente do que na figueira Israel. Em todo o decurso da história desse povo, Deus mostrou a todo o mundo que a lei não pode salvar.
Mas justamente este é o grande problema de Israel até hoje, pois eles continuam pensando que podem ser salvos pelas obras da lei. A Bíblia, porém, ensina inequivocamente: "...por obras da lei, ninguém será justificado" (Gl 2.16). Em Gálatas 3.10 isso é expresso de maneira ainda mais precisa: "Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo da maldição..." O apóstolo Paulo dirigiu essas palavras profundamente sérias em primeiro lugar aos crentes na Galácia, que além da graça em Jesus Cristo ainda queriam assumir as leis do judaísmo. Como Adão e Eva ("...coseram folhas de figueira e fizeram cintas para si)", hoje muitos procuram alcançar o favor de Deus pela observância da lei ou de exercícios religiosos. Conheci, por exemplo, um homem que antes de se converter a Jesus orava o "Pai Nosso" 150 vezes por dia. Todos que fazem tais coisas se esforçam em vão, pois assim estão realmente "...debaixo da maldição". Diante disso, como soa maravilhosa a mensagem do sacrifício de Jesus na cruz: "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar (porque está escrito (Dt 21.23): maldito todo aquele que for pendurado em madeiro" (Gl 3.13) – "fez o Senhor Deus vestimenta de peles para Adão e sua mulher e os vestiu."Ele realizou uma salvação superior!
Hans Brandenburg disse certa vez:
O legalismo é o equívoco de trocar o diagnóstico pela terapia... Legalismo sempre é algo pela metade. Em geral o homem escolhe um ponto especial que está disposto a observar e guardar, e então se apóia na pressuposta observância dessa lei e negligencia a comunhão com Jesus.
Exatamente assim também Paulo se expressa quando fala da figueira Israel: "Porquanto, desconhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à que vem de Deus" (Rm 10.3-4).
Qual é a sua situação? Você já aceitou a graça? No fundo, é tudo tão simples: basta ir ao Senhor Jesus Cristo e Lhe entregar toda a nossa vida. Na verdade, este já é o passo do arrependimento, quando reconhecemos: "Eu sou um grande pecador". É impossível mencionar todos os pecados que cometemos em pensamentos, palavras e ações durante nossa vida. Por isso, venha a Jesus Cristo com toda a sua vida e diga a Ele: "Eu sou um grande pecador. Senhor, eu preciso de Ti para toda a minha vida – para tudo que houve, para tudo que é, e para tudo que virá. Eu te aceito agora como meu Salvador". Então você experimentará repentinamente o que é salvação verdadeira – pois esta é a justiça em Jesus, a justiça que tem valor diante de Deus!
Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira. Assim como as folhas de figueira de Adão e Eva indicavam o anseio de salvação – e mais além o sacrifício pleno e suficiente de Jesus Cristo –, Israel nos é dado como um exemplo que aponta para a graça redentora. Por meio deste povo nos é mostrado claramente o anseio por salvação e a satisfação desse anseio em Jesus Cristo.

Segunda representação: a figueira como mestre que ensina sobre a salvação

Já nas primeiras páginas da Bíblia a figueira nos é mostrada como uma ilustração de Israel, como um livro didático de Deus ensinando sobre a salvação verdadeira.
Em 2 Reis 20.5-7 o Senhor diz ao Seu profeta Isaías: "Volta e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à Casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde."
O que aprendemos disso?

1. A figueira Israel existe para salvação

Israel é como uma pasta de figos, como remédio para a humanidade, para todas as nações. Mas não é em si mesmo que este povo é salvação e bênção sobre a terra. Israel só pode ser uma ajuda para um mundo enfermo por causa dAquele que vem de Israel e se tornou o sacrifício para o mundo: Jesus Cristo. Este já foi o desígnio de salvação de Deus com Abraão, quando falou ao patriarca de Israel: "...em ti serão benditas todas as famílias da terra." (Gn 12.3b). Jesus é o Salvador do mundo, mas foi o judaísmo que o trouxe ao mundo. Essa é a única razão de ser do povo judeu, do qual o Eterno de Israel fez vir Seu Filho Jesus Cristo para salvação do mundo inteiro!
Os botânicos descrevem a figueira da seguinte maneira:
– "Tem tronco retorcido com casca clara". Em si mesmo, Israel é torto e rebelde, mas resplandece por meio de Jesus Cristo. Tive que pensar em Moisés, que em si mesmo também era "torto". Mas quando retornava do encontro com Deus, "a pele do seu rosto resplandecia" (Êx 34.29).
– "A ramada se estende em todas as direções e tem folhas com cinco pontas". Israel se tornou salvação para todos os povos. O Evangelho foi anunciado primeiramente em Jerusalém, Samaria e Judéia, mas depois, partindo de Israel (figueira), – para todas as direções, para todos os povos. Folhas com cinco pontas: cinco é o número da graça. Uma pasta de figos foi colocada sobre a parte enferma do corpo de Ezequias e ele foi curado. Jesus teve cinco ferimentos que se tornaram a salvação do mundo.
Em Isaías 49.3 está escrito: "...e me disse: Tu és o meu servo, és Israel, por quem hei de ser glorificado" (Is 49.3). Aqui vemos a identificação de Israel com seu Filho maior, Jesus Cristo. A figueira Israel, em conexão com Jesus, o Messias, tornou-se a salvação para o mundo. Por isso está escrito mais adiante: "Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel; também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra" (Is 49.6). Aqui a Palavra de Deus não se refere mais a Israel propriamente, mas Àquele que viria de Israel, a Jesus Cristo: "...pouco é o seres o meu servo, para restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer os remanescentes de Israel..." Pois Israel não poderia restaurar a si mesmo, nem poderia tornar a trazer os remanescentes de si mesmo. E como a figueira Israel em si mesma é torta, resplandecendo somente em seu Messias, assim também é evidente que as palavras seguintes se referem ao Filho maior de Israel: "...também te dei como luz para os gentios, para seres a minha salvação até a extremidade da terra". Por isso Jesus disse em João 4.22b: "...a salvação vem dos judeus."

2. Profeticamente parece que já se delineia também a futura salvação de Israel – seu próprio restabelecimento se avizinha

Voltemos novamente para o rei Ezequias, que já estava diante da morte, mas em lágrimas implorou a cura ao Senhor. Deus ouviu sua oração e ordenou a Isaías: "Volta, e dize a Ezequias, príncipe do meu povo: Assim diz o Senhor, o Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi as tuas lágrimas; eis que eu te curarei; ao terceiro dia, subirás à casa do Senhor. Acrescentarei aos teus dias quinze anos e das mãos do rei da Assíria te livrarei, a ti e a esta cidade; e defenderei esta cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo. Disse mais Isaías: Tomai uma pasta de figos; tomaram-na e a puseram sobre a úlcera; e ele recuperou a saúde" (2 Rs 20.5-7).
Assim como Ezequias, também Israel ainda terá que enfrentar angústia mortal. Pois no tempo da Grande Tribulação todas as nações da terra se voltarão contra Israel e se reunirão em Armagedom para destruí-lo totalmente. Mas então esse povo, em agonia, como Ezequias outrora, clamará ao Senhor com suas últimas forças: "Deus de Abraão, Isaque e Jacó! Nosso Messias, vem e salva-nos dos nossos inimigos!" Ele ouvirá Seu povo e o salvará – Israel poderá ir ao templo novamente (pois Jesus levantará o templo do Milênio) – Ele derrotará os inimigos de Israel e protegerá a cidade de Jerusalém.
A história de Ezequias se encaixa no contexto das afirmações de Deus sobre o futuro de Israel e da vinda de Jesus. Assim talvez já possamos ver, na pasta de figos, por meio da qual a saúde de Ezequias foi restabelecida, um paralelo da figueira restabelecida em Mateus 24: "Aprendei, pois, a parábola da figueira..." E a declaração: "...no terceiro diasubirás à casa do Senhor", é no mínimo interessante. Pedro disse: "Há, todavia, uma cousa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia" (2 Pe 3.8). Desde a primeira vinda de Jesus a Belém já se passaram quase dois mil anos (dois dias divinos). Não é em vão que após 1948 anos Deus fez de Israel novamente um povo na Terra Prometida, e no ano de 1967 lhe devolveu a cidade de Jerusalém. Será que Israel subirá novamente à casa do Senhor no "terceiro dia"? Não sabemos o momento exato da vinda de Jesus para a Sua Igreja, nem o dia da Sua volta para Seu povo Israel. Mas vemos e presenciamos em nossos dias a restauração da figueira: Israel é conduzido em direção à sua cura. E nosso Senhor prometeu expressamente: "Em verdade vos digo que não passará esta geração, sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão" (Mt 24.34-35).

Terceira representação: a figueira como mestre que ensina sobre os desígnios proféticos da salvação de Deus

Em Lucas 17.5-6 lemos: "Então, disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé. Respondeu-lhes o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá."
É preciso esclarecer que, conforme diversos autores, a árvore aqui chamada de amoreira é, na verdade, o sicômoro, a figueira brava, a mesma árvore em que Zaqueu subiu para ver Jesus (Lucas 19). Um dicionário da Bíblia diz a respeito: "O sicômoro pode atingir até 16 metros de altura e alcança uma circunferência de até 10 metros. A madeira é dura, uniforme e muito durável e, depois do cedro, é a melhor madeira para carpintaria."
Certa vez o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43).
O Senhor Jesus apontou para uma árvore tão grande e disse aos seus apóstolos, que eram judeus: "Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar; e ela vos obedecerá." Certamente podemos dizer que, no sentido profético, isso se cumpriu exatamente. Foi o que realmente aconteceu com a figueira Israel, que no tempo de Jesus havia se tornado um povo orgulhoso. Os israelitas foram desarraigados da sua pátria judaica e lançados no mar das nações. Este foi um desígnio de salvação de Deus e tornou-se uma bênção para os povos. Por meio da fé dos apóstolos, que eram judeus, descendendo eles mesmos da figueira, o Evangelho foi levado aos gentios.
A Bíblia fala em Atos 13.46-47 sobre essa transferência do Evangelho de Israel para as nações: "Então, Paulo e Barnabé, falando ousadamente, disseram: Cumpria que a vós outros, em primeiro lugar, fosse pregada a palavra de Deus; mas, posto que a rejeitais e a vós mesmos vos julgais indignos da vida eterna, eis aí que nos volvemos para os gentios. Porque o Senhor assim no-lo determinou (Is 49.6): Eu te constituí para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até aos confins da terra." Ao desarraigamento espiritual de Israel seguiu-se, então, também o desarraigamento como nação: no ano 70 d.C. os judeus foram arrancados de sua terra e espalhados por todo o mundo.
Os apóstolos tiveram a fé para transplantar a bênção de Israel para o mar das nações. O Messias deles nos foi trazido como o Cristo. Certa vez o Senhor Jesus apontou para esse fato ao dizer: "Portanto, vos digo que o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que lhe produza os respectivos frutos" (Mt 21.43).
O que parecia juízo – e, com certas reservas, também o foi – tornou-se uma bênção para os gentios. Paulo fala a respeito em suas palavras aos judeus, e assim explica que, de acordo com Isaías 49.6, isso foi necessário para se tornar salvação e luz para todos os gentios. Enquanto o sicômoro foi transplantado ao mar das nações, nós nos tornamos participantes da "bênção e seiva salvadora" da figueira. A esse respeito Paulo diz em Romanos 11.11: "Porventura, tropeçaram para que caíssem? De modo nenhum; mas, pela sua transgressão, veio a salvação aos gentios..."
Mas Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais – o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção volta para a terra e para o povo de Israel.
Mas Israel não continuará para sempre com suas raízes arrancadas. A palavra profética da Bíblia promete à figueira seu restabelecimento na terra dos pais – o que acontece desde 1948 e continuará acontecendo –, com o que também a bênção volta para a terra e para o povo de Israel. A figueira novamente lançará raízes e trará frutos. Por isso Paulo continua dizendo: "Ora, se a transgressão deles redundou em riqueza para o mundo, e o seu abatimento, em riqueza para os gentios, quanto mais a sua plenitude!" (v. 12). Esse novo arraigamento da figueira Israel na sua terra para restauração espiritual e nacional também é salientado em Romanos 9.26: "eno lugar em que se lhes disse: Vós sois o meu povo; ali mesmo são chamados filhos do Deus vivo." De que lugar se fala aqui? Da terra de Israel!
Assim, finalmente tudo converge na gloriosa promessa de Miquéias 4.4: "Mas assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira, e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos Exércitos o disse" (compare também Ageu 2.19).O sentar-se debaixo da videira e da figueira é uma maravilhosa imagem de uma vida em paz assegurada. Agora ainda não é assim, mas Israel será levado a isso – no Milênio de Jesus Cristo. Já o reinado de Salomão apontou para o Milênio, onde um dia reinará paz:"Judá e Israel habitavam confiados, cada um debaixo da sua videira, e debaixo da sua figueira, desde Dã até Berseba, todos os dias de Salomão" (1 Rs 4.25). Isso se cumprirá de maneira completa quando Jesus Cristo voltar ao Seu povo como o Messias de Israel. Por isso oramos: "Maranata – vem Senhor Jesus!" (Norbert Lieth -http://www.chamada.com.br)

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Sai da Caverna

A caverna é uma gruta, onde muitos a usavam como um lugar de refúgio, de abrigo, onde muitas pessoas se escondiam. Quando fugiam de alguém encontravam nessas grutas proteção, como no caso de Davi, que ficou um bom tempo escondido do rei Saul, na gruta de Adulão, e com ele cerca de 400 homens (I Sm 22:1,2). Nesse capítulo citado deixa claro que todo aquele que procurava a caverna, era pessoa de espírito triste, endividada, estava em apertos, ou seja, estavam em dificuldades passando por algum problema. 

Quero me prender ao fato do profeta Elias em I Rs 19:9 que diz: “E ali entrou numa caverna e passou ali à noite; e eis que a palavra do Senhor veio a ele e lhe disse: Que fazes aqui Elias”? Durante a minha caminhada no evangelho, e em especial, no meio pentecostal, tenho ouvido muito a seguinte expressão: Estou na prova, estou na luta, estou em uma caverna. E observando esse texto o Espírito Santo me fez entender a diferença de quando você está na prova porque é plano de Deus, ou quando você está porque é o seu plano, é o que você quer, você escolheu entrar na caverna. Esse foi o caso de Elias, observe que ELE ENTROU NA CAVERNA, Deus não o mandou ir pra caverna. Isso fica claro quando Deus lhe pergunta: Que fazes aqui Elias? Ou seja, Deus queria que Elias entendesse que ali não era o seu lugar. Elias dá uma resposta à pergunta de Deus, uma resposta que centralizava a sua pessoa, pois pensava que só ele tinha ficado, que só ele era fiel, que só ele não se curvava a Baal. Quantos acham que são mais crentes que os outros, centralizam os olhares só para as suas vidas, só para as obras que fazem e não pra Cristo. 

Davi entrou na caverna porque foi plano de Deus, observe que quando Deus está no negócio, vidas são alcançadas, algo de especial acontece, pois, se ajuntou à Davi várias pessoas com problemas, e Davi como servo de Deus, certamente ajudou aquelas vidas, falando de suas experiências, e do Deus que ele servia.

Elias tentou justificar para Deus o porquê de está ali; só que o senhor sabe de todas as coisas e não está interessado, e nem precisa das nossas justificativas e ordenou que Elias voltasse pro caminho, pro plano que Ele havia traçado. Pois, Elias tinha escolhido um atalho, Deus não aceita que você escolha atalho, ou paliativo para o plano que Ele traçou em sua vida, Ele quer você no centro da vontade Dele.

Que fazes aqui Elias - Quando você encontra alguém em um lugar, onde você não esperava que aquela pessoa estivesse, logo você diz: O que você está fazendo aqui? Não é isso o que acontece? Deus sabia o porquê de Elias está ali, o que ele estava fazendo ali, mas queria que ele saísse dali, por isso lhe fez essa pergunta.Deus lhe perguntou duas vezes o que ele estava fazendo ali, perguntou uma vez, e depois disse: Sai para fora! Elias não obedeceu ainda ficou na caverna, no versículo 13, Deus lhe pergunta de novo: O que fazes aqui? Elias dá à mesma resposta, Deus o manda voltar para o caminho do qual ele havia saído, lhe revela que é nesse caminho, que Deus queria contar com ele, não era na caverna que Deus queria contar com ele, e sim fora dela. Deus lhe revelou que ele não ficou só, que não existia só ele que o servia, ainda existia sete mil que não se dobraram a Baal. O Senhor te pergunta nesta hora: O que fazes aqui? O que fazes nesse lugar que o Senhor não te colocou? Que o Senhor não te ordenou que estivesse? O que fazes nessa posição? Que não foi o Senhor que te colocou, e sim os homens? E o Senhor te diz: volta para o caminho, volta em quanto há tempo. Deus esperou que Elias tomasse uma decisão, tanto é que falou com ele duas vezes, até que Elias decidiu obedecer à voz do Senhor. Observe que Deus não tirou Elias da caverna, o próprio Elias saiu, quando ouviu a voz do Senhor e decidiu obedecer. 

Existem vários tipos de caverna, que muitas das vezes, se não estivermos atentos, vigiando, quando damos por conta já estamos dentro delas. Quero me prender somente a três delas: A caverna do medo, do egoísmo, e da falta de perdão. O profeta Elias, homem de Deus, entrou na caverna do medo. Ficou com medo das ameaças de Jezabel, e entrou nessa caverna. A caverna do medo é terrível! De uma hora para outra, você se esquece de quem é, e o pior de tudo, esquece do Deus que você serve. Elias orou e caiu fogo do céu, desafiou os profetas de Baal, e por uma simples ameaça do diabo, ele entrou na caverna do medo, esquecendo-se por um momento, dos grandiosos feitos do Senhor. O medo é uma palavra de satanás para aprisionar vidas, “O verdadeiro amor lança fora todo o medo”. Não devemos esquecer que Deus nos deu poder sobre o diabo e todas as suas ameaças, e sugestões. “Se Deus é por nós quem será contra nós?” Portanto, do que é que você tem medo? Das ameaças dos ímpios?

“Mil cairão ao teu lado e dez mil a tua direita e tu não serás atingido” (Sl. 91:7). De ficar desempregado, e passar necessidades? “Os filhos dos leões necessitam e passam fome; mas os que confiam no Senhor de nada tem falta” (Sl 34:10). Ou Tens medo de ficar enfermo? “Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e pelas suas pisaduras somos sarados” (Is 53:4,5). Tens medo do diabo? “Eis que vos dou poder para pisardes serpentes e escorpiões (símbolos do diabo) e NADA vos causará dano algum” (Lc 10:19). Amados, não existe nada que devemos ter medo! O nosso Deus é maior que todos os obstáculos e todas as setas do diabo. “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de ousadia” (2 Tm 1:7).

Outros preferem a caverna do egoísmo - se fecham dentro dessa caverna e só se preocupam com a sua vida. Não ama os que estão à sua volta. Diz que ama, mas quando é para por isso em prática, faz como fez o profeta Jonas - Deus lhe deu uma ordem a cerca dos ninivitas e ele achou que aquele povo não merecia a palavra de Deus. Logo em seguida fugiu, mas dentro do navio, Deus tratou com ele. Jonas se acomodou naquele navio quando estava fugindo da ordem de Deus. Todos estavam atônitos, querendo saber o porquê daquela tempestade, mas Jonas acomodado dormia um sono profundo (Jn 1:5). Todos os que dão lugar ao egoísmo agem assim. Levam suas vidinhas, dormem, passeiam, se divertem, e os outros que se lixem. Jonas não estava nem aí pra situação, entrou na caverna do egoísmo, e quem tivesse à sua volta que morresse! Quantos dizem hoje que são servos de Deus, mas não está nem aí pra necessidade do seu próximo. Jonas não queria pregar pra Nínive, pois não queria que essa malvada cidade se arrependesse e tivesse a chance de servir ao seu Deus, pois, a Assíria era inimiga declarada da nação de Israel.

Veja só, que sentimento terrível alimentou o profeta Jonas! Não queria que aquele povo tivesse uma chance. Como ele temia, o povo aceitou a Palavra, se arrependeu, e Jonas no capítulo 4 se lamentou diante de Deus, arrasado porque o povo tinha dado ouvido à Palavra do Senhor. Jonas desejou até a morte por causa dessa situação. Queridos, não entre nessa caverna, em nome de Jesus. Sai dela, fuja, pois, isso é terrível! O egoísmo prende a pessoa de tal forma, que ela usa até a Palavra de Deus para tentar da base a esse sentimento e diz: “Cada um dará conta de si mesmo”. Mas dizem isso, querendo dizer que o que importa é se eles estão bem, o resto que se dane. Quem ama e pratica a Palavra de Deus, quer mais que todos cresçam na graça e no conhecimento. Não fica enciumado quando os outros estão crescendo. A seara é do Senhor, só Dele. Hoje, muitos querem ser Senhor da seara, dizendo que alguns estão cortados, quando na verdade não estão. O pior é que usam o nome de Deus, dizendo que foi Deus, quando na verdade não foi. Estão no fundo da caverna do egoísmo e acham que só elas tem Deus. Mas Deus mostrará quem é quem. 

Caverna da falta de perdão - essa também é terrível. Já vi pessoas morrendo e dizendo: Não sou Deus para te perdoar! Quantos estão nessa caverna! Odeiam, desejam mal, não perdoam de forma alguma, se apegam a uma falha que a pessoa cometeu e esquecem de todos os bens que tal pessoa lhe fez. Outros, até usam a autoridade de dirigirem uma igreja, e não dão mais oportunidades a certas pessoas. Só porque a pessoa o magoou com certa palavra. Onde está o perdão? Já pensou se Deus tratasse conosco assim? Quantas vezes pecamos, pedimos perdão, Ele nos perdoa e acabamos fazendo à mesma coisa, e Ele continua nos perdoando. Claro que, se não tomarmos uma posição radical, um dia pode ser que não tenhamos mais chance, mas isso só Ele é quem determina, pois, Ele age como quer. O Senhor Jesus nos contou uma parábola em Mateus 18: 23-35, que fala-nos de um rei que fez conta com os seus servos e tinha um que lhe devia, e o homem implorou ao rei que lhe perdoasse a dívida e o rei o perdoou.

Logo em seguida esse que foi perdoado encontrou um que o devia, o homem que o devia implorou que o desse mais tempo para ele pagasse a sua dívida; e o tal que recebera o perdão do rei, não perdoou aquele homem que o devia, e agiu muito duro com ele, mas com isso o rei se indignou chamou-o de servo malvado e fez com que ele lhe pagasse tudo o que lhe devia. Queridos, essa parábola é gloriosa! É o retrato do que tem acontecido em nossos dias, em nossas vidas. Se não tivermos cuidado, agiremos iguais àquele mal servo. Deus nos perdoa e nós não queremos perdoar. Mas hoje, em nome de Jesus, vamos dizer não para a caverna da falta de perdão. Se dizemos que servimos a Ele, devemos andar como ele andou. E a respeito daqueles que o traiu Ele disse: “Pai perdoa-os, pois, eles não sabem o que fazem”.

Se você estiver em uma igreja e o pastor dessa igreja usar o púlpito pra jogar piadas, pode ter certeza: essa pessoa está vivendo na caverna da falta de perdão, pois Jesus nos mandou fazer diferente. Ele disse: “Que se o nosso irmão tem algo contra nós devemos ir a ele, falar com ele, e se reconciliar antes de ofertarmos” (Mt 5:23-25). Deus fala do púlpito? Fala! Sabemos quando é a voz de Deus, e quando é piada do homem. Quando Deus revela, é algo que Deus fala direto ao espírito do homem. Quando o homem fala do púlpito algo que lhe chegou ao ouvido, porque alguém lhe contou, ou porque ele viu alguma coisa, isso não é Deus falando - o nome disso é piada. E só quem usa esse artifício são pessoas que estão presas na caverna do egoísmo e da falta de perdão. 

Sai da caverna - Deus quis dizer para Elias: sai desse lugar, pois não te quero nele! Essa voz do maravilhoso Deus, que veio a Elias, uma voz mansa e delicada, ainda continua soando, e nos chamando a sair fora dessas cavernas que nós mesmos entramos. Observe que foi Elias que entrou, não foi Deus quem o colocou. O que você está passando é prova de Deus? Ou foi você quem entrou nela? Pense nisso! E saiba discernir o que está acontecendo em sua vida se é de Deus, ou se é da carne, ou do próprio diabo.

Sai da caverna do medo, do egoísmo e da falta de perdão, pois, esses são sentimentos que só destruirão a tua própria vida. Se você tem convicção do teu chamado, de que o que você está passando é plano de Deus segue em frente e não olhes para trás. Deus falará contigo, e caminharás seguro. Não dê ouvidos as vozes negativas, mas só a voz do Espírito Santo. Mas, se você detectou que o que você está passando foi você quem procurou ainda há tempo. Sai dessa caverna e Deus será contigo! Mas é necessário sair, só assim o Senhor poderá contar com a tua vida. Não espere Deus te arrancar de lá, Ele te dará a palavra que te dará forças para vencer.  Cristina M.Silvano de Andrade