sábado, 2 de maio de 2015

Onde estava Deus?

Ouvi de um colega os seguintes questionamentos: Onde estava DEUS quando os 21 cristãos coptas estavam sendo decapitados? Onde está DEUS que não interfere nesta matança de cristãos?  Olhei pra ele e respondi seu questionamento com outras perguntas: Onde estava DEUS quando Estevão estava sendo apedrejado? Onde estava Deus quando Tiago foi morto por Herodes a espada? Onde estava DEUS quando Pedro foi crucificado de cabeça para baixo?
Onde estava DEUS quando Bartolomeu foi esfolado vivo e decapitado? Onde estava DEUS quando Matias que substituiu Judas Iscariotes (Atos 1.15-26) foi queimado até a morte em uma fogueira? Onde estava DEUS quando Lucas o médico amado teria sido enforcado em uma árvore na Grécia?
Onde estava DEUS quando o apóstolo Paulo estava sendo decapitado em Roma?  Onde estava Deus quando Simão e Judas Tadeu conforme dizem, foram mortos a machadadas pela multidão instigada por sacerdotes pagãos e autoridades após negarem sacrifício ao deus sol na Pérsia? Onde estava Deus quando Tiago, filho de Alfeu, parente de Jesus e influente líder do cristianismo em Jerusalém, morreu apedrejado?
Conclui meus questionamentos com aquele colega com uma principal pergunta motivadora de todas as outras:  Respirei e perguntei pra ele: “Onde estava DEUS quando seu único Filho estava sofrendo na rude cruz”? Deus não interferiu em nenhum desses exemplos citados acima. Deus sofreu e sofre pela a maldade humana e, por amor e propósito, ofereceu seu único FILHO para a salvação de toda a humanidade. João 3:16
O mundo hoje está perplexo com as barbares do Estado Islâmico. Cristãos e minorias estão sendo massacrados nos territórios invadidos por estes Jihadistas.  Quem sabe sejam estes questionamentosque neste exato momento muitos estão fazendo: Cadê DEUS que não intervém nesta barbárie? Será que DEUS não vai fazer nada? Será que a matança vai continuar?
Respondo com base bíblica: NÃO! DEUS não fará nada, pelo menos no momento para impedir a caçada aos cristãos e minorias. Isso não é impotência nem descaso com seus discípulos, mas sua palavra terá que se cumprir. Mateus 24:35, Mateus 24:9
Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, atéque se completasse o número dos seus conservos e irmãos que deveriam ser mortos como eles.Apocalipse 6:11
Estevão o primeiro Mártir.  Atos 7:55-60
Deus estava e continua assentado em seu trono de glória. Onde estava Deus quando Estevão era apedrejado? Segundo Atos dos Apóstolos, DEUS estava em seu trono e JESUS em pé a sua direita. Embora sem interferir, DEUS estava lá junto com Estevão através de sua glória e gozo espiritual. Isso percebemos quando o autor de Atos diz que o rosto de Estevão brilhava, e os que apedrejavam viam como se fosse um anjo.  Marcos 8:35
Precisamos entender que o que aconteceu nos dias de Estevão e dos Apóstolos, está acontecendo nos dias atuais, é cumprimento bíblico e terá que acontecer nos mínimos detalhes. Deus não contradiz sua palavra pelo simples motivo: Passarão o céu e a terra, mas a palavra de DEUS permanece.Mateus 34:35.
O que foi profetizado se cumpriu, se cumpre e se cumprirá para que todos vejam que as escrituras são verdadeiras em suas profecias.
Tudo isso que vemos são prenúncio da volta de JESUS. Deus não interferiu no apedrejamento de Estevão, mas ABRIU o céu, e lhe mostrou sua glória e o SEU FILHO EM PÉ A SUA DESTRA. Isso é um privilégio para poucos, mas muitos mártires como Estevão experimentaram dessa glória.
Então eles vos entregarão para serem afligidos e condenados à morte. E sereis odiados por todas as nações por serem meus seguidores. Mateus 24:9
“Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, me odiou a mim. Se vós fósseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. João 15.18-21
“E até pelos pais, e irmãos, e parentes, e amigos sereis entregues; e matarão alguns de vós. E de todos sereis odiados por causa do meu nome.” Lucas 21.16,17
DEUS JULGARÁ O SANGUE DE SEUS SANTOS E PROFETAS
No momento Deus usa de sua misericórdia e longanimidade para com os homens, mas a porta da graça está prestes a se fechar. 2 Pedro 3:4-13 Neste tempo do fim, os homens que rejeitaram “JESUS” e seu sacrifício na cruz, darão conta de todo sangue, de todas as barbares que fizeram com os cristãos.
Chegará um dia que todo sangue derramado desses cristãos serão cobrados, não ficarão impunes os algozes terroristas. Isaías 2:19
E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e hás de ser, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. Apocalipse 16:5-7
“…e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus…Apocalipse 20:4b
Todo este quadro que vemos hoje é cumprimento da profecia bíblica, terá que acontecer antecedendo a volta de nosso amado MESSIAS JESUS O FILHO DE DEUS.  Estevão e esses 21 cristãos coptas não serão os únicos. Outros ainda serão decapitados pelo seu testemunho e por serem “O Povo da Cruz”.
Preciosa é à vista do Senhor a morte dos seus santos. Salmos 116:15
Esses terroristas e todos anticristãos um dia dobrará seus joelhos diante de JESUS.
Por isso, Deus também o exaltou sobremaneira à mais elevada posição e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai. Os cristãos devem resplandecer. Filipenses 2:10
Pb. Josiel Dias
http://artigos.gospelprime.com.br/

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Se creio na Verdade, por que não estou mudando?

Essa pergunta é feita a mim constantemente. É quase como se fosse uma reclamação sobre a fé ou o poder do evangelho. Quase sempre as pessoas estão olhando para fora tentando achar o motivo de apesar de terem uma verdadeira fé na verdade bíblica ela não estar funcionando para transformá-los. Ou seja, eu confio em Cristo, mas não está havendo mudanças – “coitado de mim” – Essa abordagem é completamente equivocada.
O argumento é de que apesar de confiar em Cristo, elas não sentem qualquer mudança ( e isso começa ser encarado com auto-piedade) – sentem os mesmos desejos, continuam num padrão de vida parecido com o que tinham antes... e a pergunta vem: “Por que eu não mudo?”

A resposta não devia ser difícil, não estamos realmente confiando em Cristo. Para ser mais específico e claro: Não estamos confiando em Cristo para nos satisfazer!!!!! Ou seja, a pessoa pode estar “confiando” que Ele veio ao mundo e que Ele existe, ou que Ele pode perdoar... mas é óbvio que podemos “confiar” e acreditar nisso sem a confiança de que Ele é totalmente satisfatório – não estou confiando de fato com a confiança verdadeira – pois toda a verdade é – no que confio para me satisfazer?

Ou seja, de fato não confio em Deus como Deus. Os desejos que controlam minha vida e estão me moldando, são coisas mais preciosas para mim do que o desejo de comunhão com Deus, portanto, é óbvio que confio nestas coisas para me satisfazer muito mais do que em Deus para isso. Mas essa não é uma definição de fé em Deus, e sim de idolatria. O primeiro dos Dez Mandamentos é: “Não terás outros deuses diante de mim” – Êxodo 20.3 – e o último dos Dez Mandamentos é: “Não cobiçarás” – Êxodo 20.17 – e esses dois mandamentos são essencialmente o mesmo. Os outros mandamentos revelam as fontes de tudo que eu cobiço como fonte do meu prazer muito mais do que a comunhão com Deus – ou seja – faço deles deuses dos quais retiro o meu prazer em detrimento de tudo que Deus é – ou seja – idolatria – Não posso chamar isso de fé e ainda protestar que ela não me transforma.

Desejar algo de uma forma que diminui Deus como tesouro supremo que me satisfaz, é a essência da definição de pecado ( cobiça ) e não de fé. É ter outros deuses que eu não posso e nem desejo abandonar. Cobiça é idolatria:“Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria” - Colossenses 3:5 – Quando não estamos satisfeitos no que Deus é para nós o eixo da satisfação pende para a afeição desordenada, vil concupiscência...

Vamos pegar um exemplo bem comum – “Não consigo parar de fofocar” – Por que isso acontece? Quando eu fofoco, sabendo que isso quebra a comunhão com Deus, é porque eu confio ( tenho “fé”), ou estou confiando que os prazeres da fofoca vão me satisfazer mais do que Cristo pode me satisfazer. Isso não é ter fé em Cristo como algo que pode me satisfazer. Não posso alegar então que pus a fé em Cristo e não mudei, porque não pus. Nada pode mudar, neste caso por exemplo, até que minha confiança no prazer que a fofoca me traz mude para a confiança de que Cristo pode me satisfazer plenamente. Quando o Espírito no leva a verdadeira confiança, fé, de que Cristo é o meu tesouro todo satisfatório, eu vou parar de confiar na fofoca para me satisfazer – e como ela é o impedimento do meu prazer pleno em Cristo, ela vira inimiga, um pecado a ser mortificado – ser assassinado, por mim. E isso se dá pelo prazer totalmente satisfatório que Cristo é. Isso me faz livre da fofoca. Portanto, não posso alegar que pus toda fé em Cristo mas isso não me transforma.

Um dos meios de graça fundamental para isso é a constante meditação na Palavra - "Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.” - Salmos 119:11 – Ou seja, a Palavra me leva a uma plena satisfação em ti que me faz vencer todo pecado que me prometia gratificações, mas que nada são perto do prazer de tudo que Tu és para mim.

A fé bíblica transforma ao fazer de Cristo o tesouro supremo, perto do qual tudo vira esterco – é uma radical troca de prazeres: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo” - Filipenses 3:7-8 – Isso que Paulo está descrevendo é exatamente a fé de que Cristo é o tesouro totalmente satisfatório. Isso é exatamente o oposto de cobiça. Isso é o oposto de idolatria. Essa é a suprema satisfação em Cristo. Isso é liberdade.

Outro exemplo poderia ser a preocupação com o dinheiro... Muitos dizem – Pastor, eu confio em Cristo, ponho nele minha fé, mas a preocupação financeira continua sendo um problema constante... É óbvio que há algo errado nesta constatação. Quando eu estou preocupado com os meus investimentos, quando minha vida financeira drena tudo que eu sou, ocupa um lugar de primazia... é porque eu estou confiando nos meus investimentos para me proteger, me dar segurança, me satisfazer mais do que Cristo pode fazer. Não posso alegar que estou confiando em Cristo para me satisfazer totalmente ( Fé ) e ao mesmo tempo esse problema não me deixa. Eu posso a partir de então tentar não me preocupar, orar para que Deus me dê paz e livre da ansiedade com esta área da minha vida, ler a Palavra de Deus sobre toda paz que flui de Deus... mas NADA vai mudar de fato até que minha confiança de que meus investimentos e minha vida financeira irão me satisfazer e confiar de fato em Cristo para me satisfazer e como fonte de satisfação plena – “...o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco...” – Quando estou aqui pelo poder do evangelho, o Espírito me leva a sentir que Cristo é o meu tesouro todo satisfatório e que Ele proverá tudo o que eu preciso – “Buscai antes o reino de Deus, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” - Lucas 12:31 – Ao chegar aqui, não deixo de trabalhar, investir... Mas estou liberto da preocupação – e as prioridades mostram quem é meu tesouro. Portanto, jamais posso alegar que confiei em Cristo e que não houve mudança – porque de fato estou confiando em outras coisas como fonte da minha satisfação e não em Cristo como todo satisfatório – ou seja, o nome disso é idolatria e não fé.

O único caminho de ficarmos livres de pragas – como tiririca, uma erva daninha – é tirar a sua raiz ( nelas tem uma batatinhas) – só tirar a parte de cima, é inútil, rapidamente crescem de novo. E qual é a raiz que deve ser tirada neste caso? É a confiança em algo (fé) além de Cristo para me satisfazer – portanto, algo que eu estou disposto a fazer mesmo quebrando minha comunhão com Cristo. Onde está a fé aqui? Certamente não é em Cristo como fonte de satisfação – estou chamando idolatria ( fé em outras coisas para prover minha satisfação no lugar de Deus ) de fé verdadeira – e depois reclamo que ela não está mudando minha vida. Fé é confiar em só em Cristo para me satisfazer – isso gera mudança.

Ah! Mas isso é muito difícil – dirão muitos – Mas o problema que temos que ver é a razão, o porque é difícil – é porque o que tem sido satisfatório para mim, o pecado, me cegou para a glória totalmente satisfatória que Cristo é, então tudo que vemos é a “glória” satisfatória do pecado – na fofoca, amor ao dinheiro, mundanismo, concupiscência da carne, dos olhos, soberba da vida... mas se a glória disso nos domina – então estamos cegos para a glória de Cristo – não podendo alegar que confiamos nele e não temos sido transformados, porque de fato, não confiamos.

Devemos clamar pela experiência real: “Mas, quando se converterem ao Senhor, então o véu se tirará. Ora, o Senhor é Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” - 2 Coríntios 3:16-18

Ver a glória de Cristo é a grande necessidade do coração – essa é a obra do Espírito – e quando a vemos – somos transformados de glória em glória – ou seja, temos uma transformação gradual mas sempre crescente. Então é óbvio que a fé bíblica transforma. Não que a luta cesse – Paulo diz: “Esmurro a mim mesmo...” – É uma batalha que vale a pena aos olhos da fé, porque a alegria de contemplar Jesus é infinitamente maior do que qualquer outra alegria. O Espírito vai tirando o gosto e te afastando de todas as outras coisas que você tinha confiança para satisfazê-lo e te levando a Cristo como fonte de toda satisfação. O que mais poderia levar mártires as fogueiras, aos leões... se não esta operação? Havia lutas internas e externas neles – mas a alegria satisfatória em Cristo sobrepujava tudo.

Alegar que eu tenho fé e confiado, mas não sou transformado, flui da não compreensão da natureza da fé e de um sentimento de auto-piedade e vitimização que nos afasta da verdade e da verdadeira transformação. É algo que fecha os caminhos até da verdadeira oração – do foco sobre o qual eu devia estar orando, clamando, chorando...

É a satisfação em Cristo que nos faz sal e luz no mundo: “Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.” - Mateus 5:11-13 – Já não vemos os prazeres do pecado como concorrentes com os prazeres da comunhão com Cristo – agora, mesmo o sofrimento não pode eclipsar este prazer em Cristo. Assim somos sal. O contexto da afirmação que somos sal e luz é – “Bem-aventurados sós, vós quando vos perseguirem... Alegrai-vos e exultai...” – Como ser sal e luz então sem confiar em Cristo como fonte de satisfação final? Esse viver em Cristo se torna absolutamente natural e incrível que ilumina como a luz na escuridão e salga como naturalmente o sal faz no que toca. Porque o alegre sofrimento por amor a Cristo é espetacular pois mostra que ele é um tesouro totalmente satisfatório – isso e só isso ilumina o mundo e salga a terra.

Nisso a mudança diária se impõe: “E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno, Onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga. Porque cada um será salgado com fogo, e cada sacrifício será salgado com sal. Bom é o sal; mas, se o sal se tornar insípido, com que o temperareis? Tende sal em vós mesmos, e paz uns com os outros.” - Marcos 9:47-50 – Na confiança de tudo que Cristo é para nos satisfazer e na sua descrição tanto do inferno quando do Paraíso, você pode sentir tanto o cheiro das chamas descritas por Ele, como o precioso aroma do paraíso enchendo toda a sua mente – ou seja, tudo que Ele será para os salvos por toda a eternidade – isto te transforma – te faz de fato sal e luz – faz você ver o resultado de tudo que o mundo é em suas “satisfações” oferecidas e onde elas terminam, te enchendo de insatisfação com este mundo; como fica satisfeito agora e na antecipação da eternidade. Satisfação profunda em Cristo como sua recompensa eterna.

Esse é o crer bíblico – isso transforma – faz o homem sal e luz no mundo.

Fonte: Josemar Bessa
http://ministeriobbereia.blogspot.com.br/

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Dívidas: Até que a Morte nos Separe?




Você faz um planejamento mensal dos seus gastos?
Costuma em um caderno todas as suas despesas?
Infelizmente muitos não têm o hábito de seguir um orçamento.
Precisamos tomar nota de todos os nossos gastos a fim de que não venhamos estourar nosso orçamento.
Deus deseja nos abençoar, porém temos que administrar nossos recursos com sabedoria.
Veremos nesta lição que o consumismo é um dos principais causadores do endividamento das pessoas, analisaremos ainda o que Jesus falou sobre as questões financeiras e, por fim, elencaremos algumas recomendações que nos ajudarão a nos livrarmos das angústias geradas pelas dívidas, e a vivermos de forma sóbria e equilibrada do ponto de vista financeiro. O apóstolo Paulo já dizia: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor...” (Rm 13.8). O crente em Jesus deve esforçar-se ao máximo para não se tornar uma presa das dívidas.


I – O CONSUMISMO E SUAS IMPLICAÇÕES
O consumismo é um descontrole para adquirir bens, serviços e produtos de forma indiscriminada, natentativa de realizar-se emocionalmente. Geralmente, pessoas fragilizadas por alguma intempérie da vida, são tendenciosas a buscarem no consumo dos bens materiais a satisfação para o vazio da alma. No entanto, elas acabam endividadas, frustradas e desesperadas. Lembremos que os bens existem para os possuirmos, e não para sermos possuídos por eles. O consumista valoriza em extremo as coisas materiais, enquanto o verdadeiro crente em Jesus prioriza as coisas espirituais (Mt 6.33). Podemos perceber o sentimento contrário ao consumismo nas palavras do apóstolo Paulo: “Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes” (I Tm 6.8). O contentamento é exatamente o oposto do consumismo.


1.1 Contentamento.O Aurélio define esta expressão como: “Ter prazer com o que se tem, Tornar-se satisfeito com o que possui, ter satisfação com o necessário”. É exatamente isso que o cristão deve sentir, pois reconhece que o Senhor dispensa as bênçãos materiais sobre os seus filhos conforme sua soberana vontade, pois o ouro e a prata pertencem a Ele (Ag 2.8); e, por certo, não deixará um filho seu ser provado além das forças (I Co 10.13) e nem o deixará mendigar o pão (Sl 37.25). Se tivermos as coisas essenciais da vida, tais como: alimento, vestuário e um teto, devemos estar satisfeitos. O crente, além de ter uma vida piedosa, deve também estar sempre contente e consciente da transitoriedade desta vida (I Tm 6.6,7).


1.2 O querer ser rico.No afã de querer consumir e gastar, o indivíduo busca ardorosamente mais dinheiro, mais riquezas e acaba naufragando na fé: “Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (I Tm 6.9).Muitas vezes o crente acaba se afundando nas dívidas por querer ser rico, buscando um nível e um estilo de vida que o seu salário não permite. Tudo isso acontece por causas de dois terríveis sentimentos que brotam no coração daqueles que se deixam envolverem na dimensão material. Vejamos:


• Inveja. Temos um exemplo claro disso na vida do salmista Asafe, que por invejar os ímpios, que eram mais sucedidos financeiramente do que ele, quase se desviou (Sl 73.1-4). Interessante que a inveja de Asafe o levou a uma vida extremamente perturbada (Sl 73.16), pois se perturbam os que vivem em função das riquezas (Pv 11.28). A felicidade do salmista foi despertar antes da queda propriamente dita (Sl 73.17). O seu desejo, então, passou a estar nas coisas celestiais (Sl 73.25).
• Cobiça. Tem sido a causa de muitos males financeiros e espirituais. Temos exemplos bíblicos de pessoas que, por não se contentarem com o que tinham, terminaram por naufragar definitivamente. Foi o caso deAcã, que cobiçou os despojos dos inimigos do povo de Deus e acabou morrendo com toda a sua família e todas as suas propriedades (Js 7.21-25). O que dizer de Geazi, que por cobiçar o prêmio de Naamãacabou leproso (II Rs
5.20-27).


II – OS ENSINAMENTOS DE JESUS SOBRE O DINHEIRO
O Senhor Jesus deixou bem claro que não deveríamos empreender grandes esforços para ajuntar bens nesta vida, pois as riquezas são incertas, efêmeras e não satisfazem a alma e nem as expectativas humanas (Mt 6.19,20). O Mestre também sabia que o coração de alguém inclinado às riquezas pode ser totalmente dominado por elas (Mt 6.21).
É tanto que Ele explica a possibilidade das riquezas se tornarem uma espécie de divindade na vida do crente(Mt 6.24).
Nos versículos 25 ao 33, podemos observar diversas lições:
• Deus nos deu algo sublime, que foi a vida. Ele pode, portanto, nos dar o que necessitamos (v.25);
• Se ele sustenta criaturas tão simples como os pássaros, haverá de sustentar a coroa de sua criação, que somos nós (v.26);
• A ansiedade não é capaz sequer de acelerar o crescimento de uma ave, muito menos de resolver os nossos problemas (v.27);
• Se Deus veste as plantas e cuida delas, Ele proverá também a vestimenta dos seus filhos (v.28);
• Devemos crer que a nossa vida está nas mãos do Senhor, e Ele, a seu tempo, enviará o necessário (v.30);
• Deus conhece as nossas necessidades e não nos desamparará (v.32);
• A prioridade da nossa mente e do nosso coração deverá ser sempre o Reino de Deus (v.33);
• O crente deve viver um dia de cada vez, sempre convicto dos cuidados constantes e minuciosos do Senhor (v.34).


III – FAZENDO MAU USO DO DINHEIRO
Vejamos alguns problemas do mau uso do dinheiro:


3.1 Compulsividade- De acordo com o Aurélio, compulsividade é o “Sistema que favorece o consumo exagerado” é a “tendência a comprar exageradamente”. A Bíblia adverte:“O que amar o dinheiro nunca se fartará de dinheiro; e quem amar a abundância nunca se fartará da renda; também isto é vaidade” (Ec 5.10). Alcançar todos os bens que se deseja não confere a ninguém a satisfação plena. O apóstolo Pauloencontrou na pessoa de Cristo, o equilíbrio no que tange às coisas materiais: “...aprendi a contentar-me com o que tenho” (Fp 4.11).


3.2 Avareza- É o amor ao dinheiro, que causa uma verdadeira escravidão e dependência. “Por que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns de desviaram da fé e se transpassaram a si mesmos com muitas dores” (I Tm 6.9,10). Deus não condena o dinheiro em si, mas, a ambição, cobiça, exploração, eusura. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularam bens e nenhum deles foi condenado por isto. O que a Bíblia condena é a ambição desenfreada pelos bens (Pv 28.20; Dt 8.11; Pv 11.28; Mc 4.19; Pv 23.4,5; Pv 28.11; Pv 5.10).


3.3 Dívidas- Muitas pessoas estão em situação difícil, por causa do uso irracional de benefícios oferecidos como:facilidades pelo comércio, cartão de crédito, cheque, crediário, empréstimos, etc. As dívidas podem causar muitos males, tais como: desequilíbrio financeiro, inadimplência, intranquilidade; provocando até certos aparecimentos de doenças, desavenças no lar; perda de autoridade e o mau testemunho perante os ímpios (Pv 6.1-5; 11.15). “O rico domina sobre os pobres, e o que toma emprestado é servo do que empresta” (Pv 22.7).


IV - EVITANDO AS DÍVIDAS
Esta lição fala sobre a angústia das dívidas, e o dicionário Aurélio define angústiacomo: “aflição intensa, agonia, sofrimento, tribulação”. Há vários fatores que podem levar alguém a ficar endividado tais como:uma enfermidade que demande a compra de muitos remédios; o desemprego prolongado; uma catástrofe natural; ser fiador de uma pessoa emprestando-lhe (dinheiro, cartão de crédito ou cheque). Mas,geralmente as dívidas têm origem no mau uso das finanças. Vejamos algumas dicas que podem nos auxiliar a administrarmos melhor o que nos foi dado:


4.1 Sejamos dizimistas fiéis. Há muitos que estão afundados nas dívidas por não honrarem o Senhor com a sua fazenda (Pv 3.9). Por não trazerem os dízimos à Casa do Tesouro, não estavam experimentando as provisões celestiais (Ml 3.10,11). Na época do profeta Ageu, o povo havia desprezado a Casa do Senhor e haviam cerrado as mãos quanto à contribuição. Por isso, nada dava certo na esfera financeira. Eles até ganhavam bem, mas o dinheiro simplesmente não rendia (Ag 1.4-11).
4.2 Respeitemos as prioridades. Depois de entregar o dízimo, o crente deverá discernir o que é prioritário, o que é secundário e o que é supérfluo. Por exemplo:saúde, alimentação, moradia, estudos e vestimentas básicas são prioridades.Gastos com lazer é algo secundário, e a compra de roupas de marca ou aparelhos eletrônicos de última geração é supérfluo.


4.3 Evitemos o desperdício. Nunca devemos comprar o que não necessitamos, e nem gastar além do que ganhamos.
Deus não se alegra com o desperdício (Jo 6.12; cf. Lc 15.13,14). Às vezes o crente mergulha nas dívidas por desperdiçar o que tem.


4.4 Planejemos os nossos gastos. Jesus deixou claro que o crente só deve iniciar um empreendimento(construção, compra de algum bem, realização de um viagem) depois de planejar e ter a certeza de que vai conseguir concluí-lo (Lc 14.28-32).


4.5 Economizemos o máximo.Dentro das possibilidades, o crente deve ter uma reserva financeira, visando dias maus que possam lhe sobrevir. Esse princípio fica evidente na administração de José na terra do Egito (Gn 41.33-35). Para que se consiga isso, são necessários equilíbrio e sabedoria por parte do servo de Deus.


Fica claro que as dívidas podem ser causadas por fatores alheios à vontade do crente, mas também podem acontecer pela insensatez e desequilíbrio do mesmo. O fato é que num e noutro caso, elas geram angústias e perturbações. Oremos, vigiemos e sigamos os princípios bíblicos no tocante a administração das finanças, e certamente experimentaremos as provisões de Deus, que há de nos proporcionar dias melhores e mais prósperos.

Fonte: http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index/

domingo, 26 de abril de 2015

Muçulmanos e Cristãos: Embate de Cosmovisões


Os cristãos creem que Deus criou a humanidade à sua própria imagem e semelhança(Gn1.26-27). Consequentemente, a humanidade reflete algo da glória de Deus de modo singular. A humanidade – tanto homens quanto mulheres – forma o clímax da criação de Deus, e é dotada de capacidades que a separa do resto da criação. Ser feito à imagem de Deus investe o homem de imensurável dignidade, provendo a base para a ética social que inclui desde o nosso falar uns com os outros (Tg 3.10-11) até a proibição de assassinato e o uso de sentenças de morte judiciais (Gn 9.5-6).
Os muçulmanos rejeitam a ideia de que o homem é criado à imagem e semelhança de Deus. O islamismo ensina que Alá é totalmente distinto de sua criação. Nada na criação compartilha a glória ou a semelhança de Alá. E, contrastando a ideia de ser achado “bom” nesta criação, o Alcorão ensina que o homem foi feito com uma fraqueza (Sura 4:28).

Onde se origina o pecado?

Muçulmanos e cristãos também diferem quanto à origem e ao significado do pecado. A Bíblia ensina que Adão, representando toda a humanidade, cometeu o primeiro pecado quando transgrediu o mandamento de Deus sobre não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 2.16-17; 3). Quando Adão cometeu aquele pecado, toda a humanidade caiu com ele. “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram” (Rm 5.12). A Bíblia prossegue e diz que, por consequência, “veio o juízo sobre todos os homens para condenação” e “pela desobediência de um só homem, muitos se tornaram pecadores” (Rm 5.18-19).
A desobediência de Adão produziu várias consequências trágicas. Primeiramente, o pecado introduziu a morte no mundo como a penalidade pela transgressão. Em segundo, o ato de Adão mergulhou consigo toda a humanidade no pecado e na condenação de Deus sobre todos os homens. Em terceiro, o pecado de Adão corrompeu profundamente a natureza da humanidade, de modo que o homem não somente peca, mas também é um pecador. De fato, o homem não é um pecador por causa de seus pecados; o homem peca porque, em seu âmago, é um pecador. O pecado não é apenas o que fazemos, é o que somos. E, por esta razão, a Bíblia ensina que o homem é escravo do pecado (Rm 6.6, 15-20; 7.25).
Mas o ponto de vista islâmico é bem diferente. O relato muçulmano da criação não inclui qualquer ênfase significativa quanto ao pecado de Adão ou quanto à queda da humanidade no pecado. Não é dito que Adão pecou contra Deus, e sim que ele cometeu um erro ético. Os muçulmanos consideram injusta a ideia de que o pecado de uma pessoa seja, de alguma maneira, atribuído a outra. O Alcorão ensina que “a responsabilidade de uma alma não pode ser transferida a outra” (Sura 6:164; 17:15; 35:18; 53:38).
Portanto, os muçulmanos negam o pecado original. A maioria deles define o pecado apenas como desobedecer à vontade de Alá. Essa desobediência vem da fraqueza e ignorância do homem, mas não de uma corrupção em sua natureza. Embora os eruditos muçulmanos discordem sobre como definir as categorias, os muçulmanos creem realmente em pecados maiores e menores.

O pecado ofende a Deus?

Outro aspecto em que cristãos e muçulmanos diferem é em seu entendimento sobre o objeto do pecado. Contra quem pecamos? Chawkat Moucarry resume proveitosamente o entendimento islâmico quando escreve: “O islamismo ensina que nossos pecados não podem ofender nosso Criador, que permanece muito acima de nós para ser diretamente inquietado por nossa desobediência”.[1] O Alcorão sustenta que o pecador “faz mal a si mesmo” (Sura 6:51).
A Bíblia, entretanto, ensina que nosso pecado é contra o próprio Deus. Em nosso pecado e natureza pecaminosa, demonstramos hostilidade a Deus, provando que somos inimigos alienados de Deus (Rm 5.10; Cl 1.21). Nosso pecado afronta pessoalmente a Deus. O rei Davi disse após seu adultério com Bate-Seba: “Pequei contra ti, contra ti somente, e fiz o que é mau perante os teus olhos” (Sl 51.4). Em vez de ser insensivelmente não incomodado pelo pecado, Deus se entristece por ele (Gn 6.5-6). E, em sua justiça, Deus promete que não deixará o pecado sem punição (Êx 34.7), nem mesmo pecados não intencionais (Lv 4).

Quão sério é o nosso pecado?

Em face do que já abordamos, não devemos nos surpreender pelo pecado ser significativamente menos sério no ponto de vista muçulmano do que no ponto de vista cristão. O pecado repousa levemente na consciência muçulmana porque os muçulmanos veem o pecado primariamente como fraqueza e não como iniquidade, como transgressão geral e não como traição ímpia, não admitindo como o pecado desonra a Deus exatamente porque ocorre em e por aqueles que Deus criou à sua imagem. O pecado é uma ofensa tão horrorosa contra Deus que a única coisa que pode mitigar sua ira santa para conosco é o sacrifício de seu único filho (Rm 3.25).
Isto significa que uma das tarefas primárias que os cristãos têm ao compartilhar o evangelho é demonstrar a seriedade do pecado para todas as pessoas.

Fomentando urgência quanto ao perigo do pecado

Uma coisa que temos de fazer ao compartilhar o evangelho com nossos amigos muçulmanos é chamá-los a reagir urgentemente ao perigo e à corrupção do pecado. Enquanto continuarem a crer que Alá não é afrontado pelo pecado, não terão a motivação para arrependerem-se e confessarem. Os muçulmanos precisam ver que a Bíblia define o pecado como rebelião contra Deus, o que incorre na ira de Deus.
John Piper expressa algo sobre a tremenda urgência associada ao nosso pecado, a ira de Deus contra o pecado e o perigo da condenação eterna. Este deve ser nosso sentimento quando compartilhamos as gloriosas boas-novas do evangelho com nossos amigos muçulmanos:
Eu devo sentir a verdade sobre o inferno – que ele existe, é terrível e horrível, além do que possamos imaginar, para sempre e sempre. “Irão estes para o castigo eterno” (Mt 25.46). Ainda que eu entendesse o “lago de fogo” (Ap 20.15) ou a “fornalha acessa” (Mt 13.42) como um símbolo, seria confrontado com o terrível pensamento de que símbolos não são afirmações exageradas, e sim afirmações brandas, da realidade. Jesus não escolheu estas figuras para nos dizer que o inferno é mais tranquilo do que o ardor do fogo. Devo sentir a verdade de que, se antes eu estava tão próximo do inferno quanto estou da cadeira na qual me sento – até mais próximo… suas visões eram as minhas visões. Eu era filho do inferno (Mt 23.15), um filho do Diabo (Jo 8.44) e filho da ira (Ef 2.3). Eu pertencia à raça de víboras (Mt 3.7), estava sem esperança e sem Deus (Ef 2.12). Devo crer que, assim como um alpinista que, havendo escorregado, está pendurado pelos dedos sobre um abismo mortal, também antes eu estava pendurado sobre o inferno e a apenas uma batida de coração do tormento eterno. Digo-o lentamente: tormento eterno! Devo sentir a verdade de que a ira de Deus permanecia sobre a minha cabeça (Jo 3.36). A face de Deus estava contra mim (Sl 34.16); ele me odiava em meus pecados (Sl 5.5). A maldição e a ira de Deus eram a minha porção (Gl 3.10). O inferno não foi imposto a Deus por Satanás. Era o plano e a designação de Deus para pessoas como eu (Mt 25.41). Devo sentir em meu coração que toda a justiça do universo estava do lado de Deus e contra mim. Eu era totalmente corrompido e culpado, e Deus foi perfeitamente justo em sua sentença (Sl 51.4; Rm 3.4).[2]
Você sente a verdade e os horrores do inferno quando pensa em compartilhar com os outros as boas-novas da salvação de Deus? Quão frequentemente você pensa na realidade de que antes era filho do inferno, destinado à ira de Deus? Até um versículo popular como João 3.16 – agora amplamente sentimentalizado pelas opiniões superficiais sobre o amor de Deus – fala de uma condenação já pronunciada, sob a qual todo o mundo está por causa do pecado.
O horror e a certeza do pecado devem nos afligir e motivar a compartilhar a verdade sobre o pecado e sua abominação com nossos amigos muçulmanos, os quais pensam brandamente sobre o pecado e suas consequências. Concordo com John Piper quando ele escreve: “Se eu não creio em meu coração nestas verdades terríveis – se não creio nelas de modo que sejam reais em meus sentimentos – então, o bendito amor de Deus em Cristo não brilhará de modo algum”.[3]  http://voltemosaoevangelho.com/

[1] Chawkat Moucarry, The Prophet and the Messiah: An Arab Christian’s Perspective on Islam and Christianity (Downers Grove, IL: InterVarsity, 2001), 99.
[2] John Piper, Brothers, We Are Not Professionals: (Nashville: Broadman and Holman, 2002), 114–15.
[3] Ibid., 115.

sábado, 25 de abril de 2015

Protelar, por quê?

Nós seres humanos temos uma tendência estranha para procrastinar as coisas mais urgentes e essenciais de nossas vidas. Noutras palavras - gostamos sempre de deixar para amanhã o que podemos fazer agora mesmo.
         Brasileiro, então, que o diga - esse já tem a fama que transpõe fronteiras - sempre deixa para a última hora suas obrigações mais lógicas.
         Todavia não queremos falar aqui de Imposto de Renda, mas de uma das decisões mais importantes na vida do ser humano, que jamais deveria ser adiada para amanhã - a salvação. Esta, sim, é uma decisão séria e inadiável, e que não deve ser prorrogada.
         Lamentavelmente, as ocupações mundanas do dia-a-dia e ânsia de ganhar mais dinheiro nos fazem ficar "sem tempo" para este assunto de vital importância, e nos enchem de preocupações desnecessárias.
         Sempre que ouvimos alguém falar que é necessário o arrependimento e receber Jesus como Senhor e Salvador, vem uma coceira nos ouvidos, e os cuidados do mundo e a fascinação das riquezas sufocam a palavra ouvida, e sempre vem uma desculpa qualquer. Também as preocupações familiares, os afazeres, os parentes (o que vão pensar?), as dificuldades, sempre são "boas"desculpas que se arranja para não se pensar de imediato em seguir seriamente os ensinamentos de Jesus, e assim permanece o vazio da alma.
"Senhor, eu te seguirei, mas deixa-me primeiro despedir-me dos que estão em minha casa" (Lucas 9.61).
         "Senhor, permite-me ir primeiro sepultar meu pai" (Mateus 8.21). Todas são desculpas esfarrapadas. Como se pequenas coisas fossem mais importantes do que uma eternidade ao lado de Jesus.
         O deboche juntamente com a incredulidade levam à ruína final. Ouve-se a palavra de Deus, fica-se sabendo que somente Jesus salva e leva para o céu, mas vem um sorriso amarelo e fala-se que isto é loucura de crente, pura fantasia, fanatismo, e então vem a desculpa: "A respeito disso te ouviremos noutra ocasião" (Atos 17.32).
         Há também a "boa" desculpa de conveniência pessoal. "A Bíblia é um livro cheio de mistérios, de histórias fictícias, uma invenção de homens". Esse negócio de salvador é uma história mal contada. Se Deus é amor, ele vai salvar todo mundo". "Sou muito novo ainda, depois vou pensar nesse assunto""Há muitos hipócritas dentro da igreja""Não podemos deixar nossos vícios e nossos velhos amigos""O que vão falar de mim?"
         Enfim, são estas e algumas outras "boas" desculpas, e as mais absurdas alegações para não se tomar a decisão de seguir Jesus logo hoje.
         Ora, amigo, "não presumas do dia de amanhã, pois não sabes o que irá acontecer" (Prov. 27.1). Quem é que sabe se amanhã vai estar vivo?
"Eis agora o tempo sobremodo oportuno, eis agora o dia da salvação" (2Cor. 6.2).
        O tempo de buscar Deus é HOJE.
"Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto" (Isaías 55.6).
        Qualquer um pode "papocar" de uma hora para outra.
"Louco! esta noite te pedirão a tua alma. Então, o que tens preparado, para quem será?" (Lucas 12.20).
        Quem lê a Bíblia sabe que quando Jesus voltar não haverá mais salvação para ninguém, por isto
"...estai vós também apercebidos, porque o Filho do Homem (Jesus) virá à hora em que não penseis" (Mateus 24.44).

         Agora, concluindo, exortamos: não faça como o Faraó do Egito, no tempo em que Deus enviou seu servo Moisés para livrar seu povo Israel que lá estava escravizado. Todos sabem das famosas dez pragas enviadas sobre o Egito. Pois bem, na praga das rãs que invadiram todo o Egito inclusive o palacete do Faraó, ele pediu a Moisés para interceder por ele e acabar com aquilo e Moisés lhe perguntou quando, e ele disse: AMANHÃ. Pois bem, ele poderia ter livrado logo se dissesse: AGORA. Mas ainda foi dormir com sua cama cheia de rãs. Pois bem, você pode clamar a Deus AGORA e Ele vai livrar você também de todas as rãs, digo, de todos seus pecados: "Clama a mim e responder-te-ei" (Jer. 33.3).
        "E agora, por que te demoras?" (Atos 22.16).

Adail Campelo
www.estudosgospel.com.br

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Dez razões porque nunca tomo banho

Vamos á Igreja?

Não dê desculpas para o que pode ser feito hoje!

"Bem! hoje não! Deixe primeiro eu curtir a vida, e ai sim, pensarei neste seu convite."

A Paz do Senhor, meus queridos irmãos em Cristo Jesus, talvez você já tenha escutado esta frase (acima) algumas vezes quando, ao realizar um convite para ir a Igreja, o seu convidado simplesmente ignora as suas palavras.

As oportunidades que temos não podem ser desperdiçadas.

Deus continuará sendo Deus em todos os tempos - ontem, hoje e eternamente.

Quero compartilhar com os irmãos uma curiosidade que me chamou a atenção:
São as "10 razões porque não tomo banho" (em Paralelo a "10 razões porque não vou à igreja" )

Pessoas que não frequentam os Cultos, as Festividades, os Encontros do Amigo, os Congressos, o culto da Família aos domingos, sempre dão algumas desculpas razoavelmente interessantes para justificarem-se. 

Para mostrar a fraqueza, a fragilidade dessas desculpas, temos abaixo uma lista, com uma pitada de bom humor, conhecida como:
"Dez razões porque nunca tomo banho".

Vamos ver (comparar) se estas razões se enquadram com a "desculpa para ir á Igreja"

1 - Fui forçado a tomar banho quando era criança.

2 - Pessoas que se banham são hipócritas - elas se acham mais limpas que as outras.

3 - Há muitos tipos de sabonete, eu nunca decidiria qual usar.

4 - Eu costumava tomar banho, mas tornou-se uma coisa chata.

5 - Nenhum dos meus amigos tomam banho.

6 - Tomo banho apenas no Natal ou na Páscoa.

7 - Começarei a tomar banho quando ficar mais velho.

8 - Não tenho tempo.

9 - O banheiro é muito frio.

10 - Os fabricantes de sabonete estão somente atrás do meu dinheiro.

A comparação é clara, evidente, incontestável.
A maioria das desculpas para não se ir à Casa de Deus, são frágeis demais, vazias demais, vulneráveis demais.

Assim também são os motivos pelos quais as pessoas não dão atenção para os assuntos espirituais, para os convites que recebem "tão importantes para quem o faz".

"pelo que diz o Espirito Santo: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações..." Hebreus 3. 7-8 

Meditem no evangelho do Senhor Jesus Cristo escrito por Mateus no seu capitulo 22.

Não dê desculpas para os Cultos na Casa do Senhor. 
Entre em uma Igreja, Louve ao Senhor, participe do Culto, ouça a Palavra de Deus.
Permita que o Espirito Santo possa "falar" com você.

 Ismael Brito

terça-feira, 21 de abril de 2015

Minha Vida era um Inferno; Jesus Livrou-me Dele!

Talvez o título acima até faça com que você não leia até o final, uma vez que não é necessário ninguém te lembrar de... coisas ruins. Por outro lado, é possível que o título abra a sua curiosidade, e faça com que você leia. Estou apostando na Segunda opção.
         O inferno é uma figura presente na maioria absoluta das religiões do mundo. O local onde se paga pelos pecados, onde os erros e as maldades cometidos são recompensados com sofrimento. Um lugar onde as almas padeceriam no fogo e no enxofre eternamente. Essa ideia faz com que muitas pessoas acreditem que sua vida é um inferno; tamanho é o sofrimento a que estão submetidos. Nada lhes dá certo na vida. Tudo dá errado. Todos estão contra essas pessoas. Tudo que tocam estraga, e conseguem destruir tudo à sua volta. Talvez nem tanto, mas o sofrimento parece que não tem fim. Não consegue sossego e tranquilidade por causa dos filhos, do marido, da mulher, dos vizinhos, dos cunhados, das dívidas, etc.
         A ideia de recompensa é generalizada em todas as religiões do mundo. Goza-se ou paga-se pelo que se fez na vida após a vida. Se a pessoa foi uma boa pessoa, cumpridora de seus deveres, e generoso, se não fez mal a ninguém, gozará a boa recompensa. Se foi uma pessoa ruim, egoísta e perversa, igualmente gozará da má recompensa de seus atos.
         Muito embora Jesus Cristo tenha se referido ao inferno como o local onde o fogo não se apaga e o bicho não morre (Marcos 9), gostaria de informar que talvez a tua vida realmente pode ser um inferno, uma vida de sofrimentos e tormentos. E gostaria de informar que essa vida pode ser maravilhosa, o céu, o paraíso terrestre.
         A palavra inferno tem a mesma raiz da palavra "inferior", e significa "lugar embaixo". O sentido bíblico da palavra é "longe de Deus". A vida das pessoas que estão longe de Deus é um inferno. Uma vida de tormentos, de sofrimentos, de dores e angústias. Uma vida vazia e sem sentido que alguns conseguem preencher com drogas, bebidas, violência, perversões sexuais, e... destruição... Uma vida que alguns preenchem com viagens, hobbies, e diversão. Uma vida confusa, caótica, sem destino, sem objetivo, sem finalidade... Um dia o vazio, o nada começa a ameaçar... avançar... e dominar!
         Muitas vezes nós olhamos para a vida dessas pessoas, e vemo-las rindo, brincando e se divertindo... com carros novos, morando em casas luxuosas, viajando para lugares distantes, exóticos e diferentes, e achamos que são felizes. Sentimos até uma ponta de inveja. Mas isso porque não vemos sua angústia, a sua dor...o seu inferno! Lembro-me de uma cena do filme BATMAN em que o Coringa se vira e diz mais ou menos o seguinte: o riso que vês em meus lábios apenas esconde a dor que sinto em meu peito.
         Raimundo Correa, um poeta simbolista do final do século passado escreveu um soneto chamado MAL SECRETO, onde fala de pessoas que vivem um inferno, mas que transparecem serem felizes, mas que a sua única felicidade, talvez, seja parecer ser feliz aos olhos de outrem.
         As pessoas não precisam de bons empregos, de comida em fartura, de roupas novas e caras, de casas bonitas, de carros do ano ou de luxo ou ostentação para serem felizes. Elas precisam de paz em sua alma. Uma paz que é roubada, destruída por um mal congênito, uma doença chamada "pecado" que nos afasta e nos atira para longe de Deus, tornando a nossa vida um... inferno!
         Não basta você pensar e acreditar que Deus está contigo, e que é filho(a) de Deus. É necessário que o Espírito de Deus habite em ti, e te oriente no caminho em que deves andar. 
         Como ocorre isto? Com a confissão incondicional dos próprios pecados e da inutilidade dos próprios esforços para vencer o pecado; com a confissão de próprios lábios aceitando o perdão e a salvação que há na cruz de Cristo; com o convite, a súplica para que o Espírito Santo de Deus venha habitar em nós. E conhecer Deus através da Bíblia.
         A vida das pessoas que andam nos caminhos de Deus é um paraíso. Em meio às dificuldades, às lutas e adversidades comuns à vida de qualquer ser humano, tem a força do Espírito e do amor de Deus para resistir, suportar e vencer. 

Takayoshi Katagiri 
http://www.estudosgospel.com.br