sábado, 27 de setembro de 2014

A verdadeira história de Cosme e Damião


Filhos de uma nobre família de cristãos, os gêmeos árabes Cosme e Damião nasceram por volta do ano 260 d.C. Desde muito jovens manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão a qual se dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria. 

Amavam a Cristo com todo o fervor de suas almas, e decidiram dedicar suas vidas ao serviço do amor. Por isso, não cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, o que lhes rendeu o apelido de "anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do dinheiro" ou "que não são comprados por dinheiro". A riqueza que almejavam era fazer de sua arte médica também o seu ministério para o bem de todos. Inspirados no amor de Cristo, usavam a fé aliada aos conhecimentos científicos para atenuar a dor dos enfermos e inválidos. Ao invocarem o nome de Jesus, muitos eram curados, alguns à beira da morte. Até animais eram sarados, pois entendiam que “toda a criação aguarda, com ardente expectativa, pela manifestação da glória de Deus em Seus filhos” (Rm. 8:18:19). 

Seu testemunho de amor produziu inúmeras conversões ao evangelho da graça, chamando a atenção das autoridades. Durante a perseguição promovida pelo Imperador romano Diocleciano, por volta do ano 300, Cosme e Damião foram presos, levados a tribunal e acusados de se entregarem à prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, eles responderam: "Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, pela força do Seu poder". 

Diocleciano odiava os cristãos porque eles eram fiéis a Jesus Cristo e se recusavam a adorar ídolos e esculturas consideradas sagradas pelo Império Romano.Eles conheceram os princípios da fé cristã desde sua infância, e por isso recusaram-se a adorar os deuses pagãos, apesar da imposição e das ameaças do império. Diante do governador Lísias, ousaram declarar que aqueles falsos deuses não tinham poder algum sobre eles, e que só adorariam o Deus Único, Criador do Céu e da Terra. Mantiveram a Palavra do testemunho de Cristo, impressionando a todos por seu Amor, fidelidade e entrega a Jesus. 

Por não renunciarem aos princípios de Deus, sofreram terríveis torturas. Mas mesmo torturados, jamais negaram a fé. Em 303, o Imperador decretou que fossem condenados à morte na Egéia. Os dois irmãos foram colocados no paredão para que quatro soldados os atravessassem com flechas, mas eles resistiram às pedradas e flechadas. Os militares foram obrigados a recorrer à espada para a decapitação, honra reservada só aos cidadãos romanos. E assim, Cosme e Damião foram martirizados. 

Ironicamente, cem anos depois de morrerem por não se render à idolatria, seus restos mortais começaram a ser alvo de veneração, bem como as imagens esculpidas em sua homenagem. Dois séculos após sua morte, por volta do ano 530, o Imperador Justiniano ficou gravemente doente e deu ordens para que se construísse, em Constantinopla, uma grandiosa igreja em honra de Cosme e Damião. A fama dos gêmeos também correu no Ocidente, a partir de Roma, por causa da basílica dedicada a eles, construída a pedido do papa Félix IV, entre 526 e 530. A solenidade de consagração da basílica ocorreu num dia 26 de setembro e assim, Cosme e Damião passaram a ser festejados pela igreja católica nesta data. 

Os nomes de Cosme e Damião são pronunciados inúmeras vezes, todos os dias, no mundo inteiro. Até hoje, os gêmeos são cultuados em toda a Europa, especialmente na Itália, França, Espanha e Portugal. Além disso, são venerados como padroeiros dos médicos e farmacêuticos, e por causa da sua simplicidade e inocência também são invocados como protetores das crianças. Por isso, na festa dedicada a eles, é costume distribuir balas e doces para as crianças. 

Aqui no Brasil, devido ao sincretismo, a devoção trazida pelos portugueses misturou-se com o culto aos orixás-meninos (Ibejis ou Erês) da tradição africana yorubá. Cosme e Damião, os santos gêmeos, são tão populares quanto Santo Antônio e São João. São amplamente festejados na Bahia e no Rio de Janeiro, onde sua festa ganha a rua e adentra aos barracões de candomblé e terreiros de umbanda, no dia 27 de setembro, quando crianças saem aos bandos, pedindo doces em nome dos santos. 

Uma característica marcante na Umbanda e no Candomblé em relação às representações de Cosme e Damião, é que junto aos dois santos católicos aparece uma criancinha vestida igual a eles. Essa criança é chamada de Doúm ou Idowu, que personifica as crianças com idade de até sete anos de idade, sendo considerado o protetor das crianças nessa faixa de idade. Na festa de tradição afro, enquanto as crianças se deliciam com as iguarias oferecidas às entidades, os adultos ficam em volta entoando cânticos aos orixás. 

Mesmo não compactuando com a devoção que lhes é prestada, não se deve ignorar ou desprezar o testemunho de Cosme e Damião, muito menos demonizá-los como fazem alguns. 

Os médicos gêmeos jamais se deram aos ídolos, tampouco praticaram magia ou ocultismo, embora tenham sido acusados de fazê-lo. Pelo contrário, foram cristãos fiéis até o fim, amando o Senhor sem medida e manifestando Seu amor no serviço ao próximo. Tal testemunho deve continuar a nos inspirar, como tem inspirado a tantas gerações.

P.S.: Uma pergunta recorrente quando o assunto é "Cosme e Damião" é se um cristão pode comer balas e doces oferecidos a eles. Vou deixar que Paulo, o apóstolo dos gentios, nos responda através de uma paráfrase que fiz do texto em que trata do assunto "Comidas sacrificadas aos ídolos":


“Ora, no tocante aos doces oferecidos a Cosme e Damião, já temos conhecimento suficiente. Mas devo salientar que o conhecimento incha, enquanto o amor edifica. E, se alguém pensa que já sabe alguma coisa, ainda não sabe como convém saber. O importante é amar a Deus e ser conhecido por ele. Logo, quanto ao comer comidas oferecidas a qualquer entidade, sabemos que o ídolo em si nada é no mundo, e que não há outro Deus, senão um só. Ainda que haja alguns que se apresentem como deuses (ou santos), sejam em igrejas ou religiões de quaisquer matizes, inclusive africanas ou orientais, todavia, para nós, há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por intermédio dele. Mas nem todos têm este conhecimento; porque alguns até agora comem coisas consagradas em homenagem aos ídolos, e por terem consciência fraca, ficam contaminados. Ora, comer ou deixar de comer não faz qualquer diferença em nossa relação com Deus. Mas devemos ter cuidado para que essa liberdade não sirva de escândalo para os de mente fraca. Porque, se alguém te flagrar correndo atrás de doces consagrados (visto que tens conhecimento da verdade), não será a consciência do que é fraco induzida a comer também (mas sem ter o mesmo conhecimento)? E assim, pelo teu conhecimento prejudicará o irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos, e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Por isso, se comer tais doces escandalizar a meu irmão, nunca mais os comerei, para que meu irmão não se escandalize.” 1 Coríntios 8:1-13

 Hermes C. Fernandes

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

A Hora da Verdade Sobre o Islã

O Que é Ser Fanático?
Pode-se chamar o líder espiritual de uma nação de “fanático”? É razoável descrever assim a um homem que é reconhecido mundialmente como o representante de sua religião? Quem conhece melhor sua religião do que o próprio líder espiritual? O aiatolá Khomeini do Irã demonstrou isso quando declarou: “A alegria maior no islã é matar e ser morto por Alá”.[1] Isso é fanatismo?
Pode-se chamar o fundador de uma das maiores religiões do mundo de fanático? Maomé, que juntamente com seus seguidores massacrou milhares de pessoas para estabelecer e espalhar o islã, disse aos muçulmanos: “Matem a quem não aceitar nossa fé...”[2] “Recebi a ordem de Alá para lutar com as pessoas até que elas testifiquem que não há outro deus além de Alá e que Maomé é o seu profeta”.[3]
Maomé era um fanático? São fanáticos aqueles que lhe obedecem hoje em dia, impondo a pena de morte aos muçulmanos que se convertem a outra religião (como ocorre no Afeganistão, nos Emirados Árabes, no Paquistão, na Arábia Saudita e no Sudão)? Precisamos de uma nova definição de “fanático”?

Terrorista e Prêmio Nobel da Paz

Existe uma certa hipocrisia no modo irado com que os Estados Unidos e o mundo agora estão vendo o terrorismo. O terrorista mais maligno, sanguinário e bem-sucedido da História, Yasser Arafat, recebeu o prêmio Nobel da Paz e foi aclamado como um líder de Estado. Para seus possíveis imitadores ele é a prova cabal de que o terrorismo vale a pena. As Nações Unidas, a União Européia e incontáveis líderes políticos e religiosos aliaram-se a ele em seu terrorismo contra Israel. Arafat e sua OLP são detentores de alguns recordes: o maior seqüestro (quatro aeronaves de uma só vez) – igualado com os atentados de 11 de setembro de 2001 – o maior número de reféns de uma só vez (300), o maior número de pessoas assassinadas em um aeroporto, o maior resgate já recebido (US$ 5 milhões, pagos pela Lufthansa), a maior variedade de alvos (um avião com 40 passageiros civis, cinco navios de passageiros, 30 embaixadas ou missões diplomáticas, além de incontáveis depósitos de combustível e fábricas), etc.[4]
Ao invés de ser julgado por um tribunal internacional, como os líderes nazistas e sérvios, os atos sangrentos de Arafat lhe garantiram aceitação e fizeram dele um “líder pela paz”!

Recompensas no Paraíso

Seria ingenuidade extrema imaginar que os terroristas que estão dispostos a se tornar homens-bomba em Israel ou a explodir um avião, o que custará sua própria vida e a de muitas outras pessoas, estão fazendo algo por uma causa humanitária. Sua coragem vem de uma doutrina específica do islã. Abu-Bakr, o primeiro califa a suceder Maomé (e um dos poucos a quem Maomé prometeu o paraíso sem a necessidade de martírio), declarou que, mesmo que estivesse com um pé dentro do paraíso, não poderia confiar que Alá o deixaria entrar. No islã, a única maneira de alguém chegar com certeza ao paraíso é sacrificar sua própria vida na jihad. Para o muçulmano, é proibido o suicídio como ato contra a própria vida, mas quando ele sacrifica a vida para matar infiéis, isso lhe traz a maior das recompensas.
Qual é a recompensa, no paraíso, para o mártir da jihad? A promessa é que ele receberá um palácio feito de pérolas que possui 70 mansões; dentro de cada mansão existem 70 casas. Em cada casa há uma cama com 70 lençóis e, em cada lençol, uma bela virgem. Ele recebe a garantia de que terá o apetite e a força de 100 homens para a comida e para o sexo. Esse é um sonho fantástico, alimentado pelos meninos muçulmanos desde sua tenra infância. Apenas essa motivação já é suficiente para lhes dar a coragem e a determinação inabaláveis para treinar e executar atos terroristas em que sacrificarão suas vidas, trazendo morte e destruição para “os inimigos de Alá”.

Uma Religião Fundamentada na Violência

É verdade que a imensa maioria dos muçulmanos é amante da paz e afirma que se opõe ao terrorismo. Naturalmente eles têm nossa simpatia, mas deveriam estar se questionando por que seguem uma religião fundada através da violência, que desde o início tem sido imposta pela espada. Sob a liderança de Maomé no século VII, milhares de árabes (e muitos judeus e cristãos) da Península Arábica foram mortos pelos ferozes “guerreiros santos” do islã, que impunham a aceitação daquela religião no mundo árabe. Com a morte de Maomé, a maioria dos árabes abandonou o islã, imaginando que finalmente ficariam livres. Rapidamente, dezenas de milhares foram massacrados nas Guerras da Apostasia, que forçaram a Arábia a voltar ao domínio de Alá. A partir daquela base, o islã foi propagado por todo o mundo através da espada.
Após a inesquecível terça-feira negra de setembro de 2001, os americanos ouviram repetidas vezes autoridades bem-intencionadas dizendo que devemos ser cuidadosos para não culpar o islã por aquilo que uns poucos fanáticos fizeram. Na verdade, os terroristas agem em obediência direta a Maomé, ao Corão, a Alá e ao islamismo. Enquanto muçulmanos nominais rejeitam essa idéia, os eruditos islâmicos concordam que é uma obrigação religiosa de cada muçulmano usar a violência sempre que possível para espalhar o islã, até que este domine o mundo. Precisamos encarar algumas questões simples: não é a tentativa de forçá-los a se submeterem ao islã o que causa a escravidão cruel, a tortura e o massacre de milhões no sul do Sudão, por exemplo? Não é o islã a força por trás dos ataques assassinos e destrutivos contra cristãos que ocorrem na Nigéria, na Indonésia, no Paquistão e em outros lugares? Não era a imposição da lei islâmica que fazia o Talibã negar todos os direitos civis às pessoas que estavam sob seu controle no Afeganistão? O que além do islã une o sempre conflituoso mundo árabe em um ódio implacável e irracional contra Israel? Nenhum mapa árabe do mundo admite a existência de Israel. É somente a declaração do islã de que Ismael, e não Isaque, era o filho da promessa e que a Terra Santa pertence a ele que une os árabes numa “fanática” determinação de destruírem os judeus.

Preconceito Religioso?

Há uma relutância natural em aceitar qualquer declaração que pareça ser preconceituosa contra uma religião mundial. O medo de tal preconceito impede o mundo de encarar a verdade. Seria preconceito expor esses simples fatos? Não é – mas é difícil encarar a verdade de que o islã é uma religião de violência e que seus praticantes não são extremistas e fanáticos, no sentido estrito dessas palavras, mas seguidores sinceros de Maomé.
O mundo todo tem se juntado ao islã em sua falsa exigência em relação à terra de Israel, que hoje é erroneamente chamada de Palestina. Essa Terra Prometida, dada a Israel pelo Deus da Bíblia, tem sido continuamente ocupada pelos judeus durante os últimos 3.000 anos, e eles são as únicas pessoas que deveriam fazê-lo. Em reconhecimento desse inegável fato histórico, toda a “Palestina” deveria ter sido entregue aos judeus para ser seu território segundo uma decisão da Liga das Nações em 1917. Mas os judeus foram traídos pela administração inglesa na execução dessa determinação (e o declínio do Império Britânico pode ser datado a partir dessa traição). A terra foi dividida entre a Jordânia, a Síria, o Líbano, etc. Israel agora é acusado de “ocupar” a terra que, na verdade, tem sido sua por 3.000 anos.
Esses “palestinos” de última hora são sustentados por uma mentira propagada pelo mundo inteiro, que diz que eles são os proprietários originais daquela terra. Como resultado, o terrorismo é perpetrado não apenas contra Israel, mas agora também contra os Estados Unidos, com o objetivo de fazer pressão para que o povo de Israel seja expulso da terra que é sua por direito e para que o islã se espalhe por todo o mundo.

E Agora, o Que Deve Ser Feito?

Chegamos a um momento definitivo, quando a verdade poderia triunfar se o mundo reconhecesse que os terroristas islâmicos não são “fanáticos”, mas fundamentalistas muçulmanos devotos que estão seguindo sua religião com fidelidade. Esse reconhecimento poderia trazer uma preocupação renovada com os muçulmanos de todas as nacionalidades, que estão cruelmente aprisionados por esse sistema religioso. A exposição da verdade poderia constranger as nações muçulmanas a abrirem a “Cortina Islâmica” e a dar liberdade para que se entre em suas fronteiras. Essa poderia ser uma nova chance de evangelização do mundo, onde não a força, mas o amor e a razão permitiriam que cada pessoa determinasse a fé que desejaria seguir de todo o coração. Oremos para que isso aconteça. Dave Hunt

Notas:

1.      David Lamb, The Arabs: Journey Beyond a Mirage (Vintage Books, 1988), p. 287; David Reed, “The Holy War Between Iran and Iraq” (Reader’s Digest, agosto de 1984), p. 389.
2.      Citado na autoridade de Ibn ’Abbas em Sahih of al-Bukhari (Parte 9), p. 19. Atestado por vários eruditos islâmicos.
3.      Ibid (Parte 1), p. 13.
4.      John Laffin, The PLO Connections (Transworld, 1982), p. 18.


domingo, 21 de setembro de 2014

A Educação do Brasil depois de 500 anos


Em fevereiro de 2008, eu publiquei um comentário sobre o discurso do Senador Cristovam Buarque entitulado: País Ameaçado. Na ocasião o ex-Ministro fazia um Raio-x da situação educacional brasileira e dizia que o Brasil sofreria a invasão de 72 milhões de pessoas que por não possuir nem o ensino fundamental poderiam engrossar nos anos seguintes as estatísticas de violência, corrupção, baixa produtividade e falta de capacidade para criar capital/conhecimento. Ele dizia tudo isto com base nas estatísticas eleitorais de 2008. 
O que mudou de lá para cá? É esta a nossa proposta de análise.


Vou começar apresentando um quadro comparativo de instrução entre o Brasil e Estados Unidos. As bases de comparação são as seguintes: No Brasil, a base é a estatística eleitoral de 2014 do TSE. A base dos Estados Unidos é de 2013, população com 18 anos para cima, publicada pelo census.gov, o ibge americano. Na minha opinião as bases são aceitáveis para uma comparação de índices.

Tabela de João Cruzué
.
BRASIL

Grau de Instrução

EUA
Eleitorado
%
%
18 anos e +
7.389
  5,17
Analfabeto
  0,35
837
67.791
47,47
Sem ensino fundamental
  8,00 
18.966
105.603
73,94
Sem ensino médio
12,56
29.759
23.839
16,69
Ensino médio completo
29,54
69.985
134.783
94,37
Sem curso superior
61,71
146.211
8.039
  5,63
Graduados e +
38,29
90.718
142.822
100
Total
100
236.929


Vamos iniciar, comparando o déficit de instrução dos dois países. Enquanto nos EUA há 61,71% de pessoas que ainda não possuem graduação superior, no Brasil este índice chega a 94,37%. A tradução disso fica mais fácil assim: para cada 100 americanos, 38 possuem graduação superior. No Brasil  há somente 6 brasileiros graduados em cada 100. Uma vergonha!

A primeira Universidade brasileira, a Universidade Federal do Paraná foi instituída em 1912,ou seja 412 anos depois do descobrimento do Brasil. Harvard, a primeira faculdade americana foi fundada em 1636, passando a ser chamada de Universidade em 1780.

Em 25 de junho de 2014 foi aprovado o novo Plano Nacional de Educação do Brasil, com vigência até 2024. Segundo o Senador Buarque, o Brasil já está gastando 300 bilhões de reais por ano na Educação. Nesta toada, em 10 anos serão despejados no ensino nacional 3 trilhões de reais. A julgar pelos índices do IDEB de 2013, recém divulgados pelo INEP, o país corre o sério risco de ficar estagnado ou mesmo regredir na avaliação dos próximos 10 anos, mesmo despejando 3 trilhões de reais na educação.

Há vários fatores que contribuem para isto. Por exemplo, o magistério do ensino básico é um profissão que ganha um dos menores salários. Em países que se primam por uma educação de alta qualidade (Coreia do Sul, Finlândia) o cargo de professor é cobiçado porque alcança uma das melhores remunerações. Por outro lado, para pertencer ao magistérios nestes dois países, a disputa é acirrada. Somente os que concluem sua graduação entre os 10% melhores são recrutados para o magistério na Finlândia, enquanto que na Coreia do Sul a exigência é ainda maior: entre os 5% melhores. Alta remuneração, para alta qualificação.

Para melhorar o ensino básico no Brasil é preciso contrariar grandes interesses corporativos: os sindicatos de professores, por exemplo. Se hoje fosse decidido que o recrutamento de professores seguisse um padrão "Finlândia" por exemplo, o edital do concurso seria declarado nulo. E se fosse melhorar o salário do professor subindo para 10 mil reais por mês, com base na qualidade de sua formação, os sindicados iriam exigir o mesmo salário para todos, independentemente de formação, graduação ou performance.

Enquanto isso acontece aqui, o mundo lá fora estuda e fala no mínimo duas línguas: a nativa e o inglês.

Desse jeito, sem agregar conhecimento científico à mão de obra,  vamos continuar vendendo uma tonelada de minério de ferro por  R$ 194  reais e comprando um kg de computador por R$ 500 reais.

O mais curioso de tudo isto é que há mais de 130 anos, Rui Barbosa  foi convidado pelo Imperador Dom Pedro II para uma reunião no Palácio. O jovem Rui, militante do Partido Liberal, escrevera o Primeiro Plano Educacional brasileiro, trazia tudo anotado e comentado.  Mesmo sendo da oposição, impressionou sua Alteza Real, que em pouco tempo mandou condecorá-lo com o título de Conselheiro do Império. Sabe qual era o argumento de Barbosa para criação de um curso secundário voltado para o ensino técnico industrial? Que embora os Estados Unidos fossem um país agrícola, lá havia escola para capacitar os moços americanos para processar os alimentos produzidos com a finalidade de agregar-lhes valor. Com isto, em lugar de vender o produto in natura a preço baixo, vende-lo-ia já processado e mais caro.

Infelizmente, hoje, em pleno século XXI ainda estamos vendendo comodities (soja, café, carne e minério de ferro) e importando produtos industrializados - inclusive, 891 mil toneladas de gasolina no último semestre deste ano. Isto com certeza é resultado de termos apenas 6 brasileiros em cada 100, com diploma de nível superior. O outro dado é o recrudescimento da violência, previsto pelo Senador Buarque.

João Cruzué
http://confeitariacrista.blogspot.com.br/

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A Bagagem de cada um

Quando sua vida começa, você tem apenas uma mala pequenina de mão…
A medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes…
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável carregar tantas coisas, pesa demais…
Então você pode escolher: ficar sentado a beira do caminho, esperando que alguém o ajude; o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem…
Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem…
Ou você pode aliviar o peso, esvaziar um pouco a mala.
Mas, o que tirar?
Você começa tirando tudo para fora… Veja o que tem dentro:
Amor, Amizade… Nossa! Tem bastante… Curioso, não pesa nada…
Tem algo pesado… Você faz força para tirar… Era a Raiva – como ela pesa!
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a Incompreensão, o Medo, o Pessimismo…
Nesse momento, o Desânimo quase te puxa pra dentro da mala…
Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo aparece um Sorriso, sufocado no fundo da sua bagagem…
Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a Felicidade…
Então você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a Tristeza…
Agora, você vai ter que procurar a Paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante…
Procure então o resto, a Força, Esperança, Coragem, Entusiasmo, Equilíbrio, Responsabilidade, Tolerância e o Bom e Velho Humor…
Tire a Preocupação também. Deixe de lado, depois você pensa o que fazer com ela…
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo…
Cabe a você, escolher o que vai colocar lá dentro de novo!
Lembre de fazer isso mais vezes, pois o caminho é longo… Muito longo…
Leve a bagagem cada vez mais leve e seja muito Feliz…
“Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Os Levitas


"Nesse tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a arca da aliança do Senhor, para o servir, e para abençoar em seu nome..." (Dt 10.8).

Levitas eram os membros da tribo de Levi, terceiro filho do patriarca Jacó. Formavam uma tribo separada, sem território, sem herança terrenaporque gozavam do alto privilégio de ter o Senhor como seu quinhão,sua posse (Dt 10.9). Era a tribo dos sacerdotes (cohanim), descendentes de Arão, por sua vez descendente de Levi (Ex 29.44; Nm 3.10). Isso quer dizer que todo sacerdote (cohen) era levita levi), mas nem todo levita era sacerdote (Nm 3.6s). Os levitas (leviim) tinham, entre outros privilégios:


Servir no santuário (Nm 3.6; 1Cr 15.2) ajudando nos sacrifícios (Jr 33.18,22), na recepção de oráculos (Nm 3.38; 2Rs 12.9ss;
Transportar a arca da aliança (aron haberith);
A responsabilidade do ensino da lei (Dt 31.9; 22.10);
Autoridade para abençoar. Grande privilégio pela associação como o Nome de Deus (Nm 6.27).

Gozavam os levitas de alto prestígio, de elevada estima aos olhos do Senhor a ponto de lhes ser dito pelo Senhor, "... os levitas serão meus" (Nm 8.14b). Por esse motivo, no deserto, quando da apostasia do povo de Deus, oslevitas puniram os apóstatas (Ex 32.25-29).
Deuteronômio 10.8 resume o ministério levítico, e nos aponta de modo sugestivo um plano de trabalho para nós mesmos, levitas da Nova Aliança: levar a arca da aliança, estar diante do Senhor e abençoar em Seu Nome.

LEVAR A ARCA DA ALIANÇA

O relato do Antigo Testamento dá uma descrição da arca (Ex 25.10ss). Era uma caixa de madeira de acácia medindo 1,40m x 0,84 cm x 0,84 cm, coberta de ouro e com uma tampa de ouro e com um tampo de ouro chamado de"propiciatório", em hebraico kapporeth (Ex 25.17, 21; 26.34).

         Na arca, três objetos que eram testemunhos da relação de Deus com Seu povo:
  • As duas tábuas de pedra onde se achava "escrita a aliança de Deus com o povo" (Ex 24.12; 25.16, 21; 40.20; Dt 10.1-5). Era lembrança do pacto de Deus com os filhos de Jacó, símbolo de direção permanente da parte divina;
  • O pote de maná que recordava ao povo o cuidado e o sustento que vinham da parte de Deus no deserto (Ex 16.14ss; Hb 9.4, 5). Era uma metáfora concreta do alimento permanente vindo de Deus;
  • O bastão (vara) de Arão (Nm 17.10) que floresceu como prova da suadivina indicação para ser Sumo-sacerdote (cf. v.8). É sinal de apoio permanente pelo Senhor.

A arca era um ponto catalizador dos doze tribos de Israel; o lugar de encontro no Santo dos Santos, onde o Senhor revelava Sua vontade aos Seus servos. Sinal visível e símbolo da presença de Deus entre o povo (1Sm 4-6; 2Sm 6; 1Rs 8; cf. 1Sm 4.7,22; Nm 10 35; 1Rs 8.11). Era o próprio trono de Deus.
 Reputada como a "glória de Israel" (1Sm 4.21,22), santificava o lugar onde repousava (2Cr 8.11). Por esse motivo, quando a notícia de que havia sido tomada pelos filisteus chegou ao povo de Deus, a nora de Eli, o sacerdote, exclamou: "De Israel se foi a glória!" (1Sm 4.21).
Pois uma das funções levíticas era transportar a arca, o que foi desempenhado até Ter sido levada definitivamente para Jerusalém (1Cr 16.1), ocasião quando dita função foi transformada em ministério de serviço e de louvor (1Cr 23.25-32).
 Que lição tiramos para nós, os levitas de hoje? A de que para levar a arca é preciso ser escolhido. Outra importante lição é que se temos de levar a arca, temos que desempenhar esta obrigação de modo incansável, sacrificial, corajoso até. Afinal, a arca da aliança é um tipo de Jesus Cristo, segundo Apocalipse 11.19.

ESTAR DIANTE DO SENHOR

Uma explicação mais detalhada está em Números 3.6-8, onde se percebe que "estar diante de..." é o mesmo que "dar assistência, servir".
 "Estar diante do Senhor" tem a ver com consagração. O Novo Testamento ensina que os filhos de Deus somos constrangidos pelo amor a viver para o Senhor que morreu e ressuscitou por nós (2Co 5.14). A base dessa consagração é o amor, e não pode haver consagração se não se sentir o amor do Senhor, e se não se amor o Senhor.
O povo de Israel fora escolhido, mas só a tribo de Levi foi separada para ser a tribo de sacerdotes. Consagração na Antiga Aliança era algo exclusivo. Hoje, na dispensação da raça, todos somos sacerdotes, levitas, portanto (Ap 1.5, 6). Watchman Nee escreveu como oração:

Ó Senhor, Sendo amado, que mais posso eu fazer
Além de me separar de todas as coisas
Para poder servir-Te?
Daqui em diante,
Ninguém poderá usar minhas mãos, ou pés,
Ou boca, ou ouvidos;
Pois estas minhas mãos
São para fazer as Tuas obras,
Meus dois pés para andar em Teu Caminho,
Minha boca para cantar os Teus louvores,
E meus ouvidos para ouvir a Tua voz".


 A consagração visa a servir a Deus, como o faziam os levitas que tinham a função de "estar diante do Senhor". Quando nos tornamos crentes em Cristo, assumimos o compromisso o compromisso de servir a Deus por toda a vida. Um médico que é salvo pelo sangue de Jesus coloca a medicina em segundo lugar, pois para o primeiro lugar vai Jesus, seu Salvador. O mesmo com o comerciante, o soldado ou o bancário. Assim aconteceu com os primeiros discípulos: Mateus era fiscal de rendas; Pedro, André, Tiago e João eram pescadores que para"estar diante do Senhor" deixaram suas vocações para segundo plano.
Para "estar diante do Senhor" é preciso ser (2Cr 29.11). "Não sejais negligentes" diz este texto. Isso faz lembrar Samuel Brengle:
 
"A santidade não tem pernas e não pode andar de um lado para outro visitante os preguiçosos".
E continua lembrando que há dois empecilhos práticos à santidade: consagração imperfeita e fé imperfeita.
Realmente a nada leva a consagração pela metade, a consagração parcial, a consagração às vezes, talvez, pode-ser, domingo-sim-domingo-não, semana-sim-semana-não. A nada leva a fé mais-ou-menos, a fé desde-que, até-certo-ponto, limitada, nem-sempre, com ressalvas.

PARA ABENÇOAR EM SEU NOME

A história da bênção é antiga. Já a encontramos nos primeiros momentos da Criação (Gn 1.27, 28; 2.3). Abraão foi abençoado por Deus para ser uma bênção para o mundo (Gn 12.1-3).
 O texto de Deuteronômio fala da função levítica de abençoar em nome de Deus. Ora, aprendemos com a Escritura que abençoar em nome de alguém é falar em seu nome. Por essa razão há de haver cuidado com a bênção dada levianamente e sem discernimento (cf. Ex 20.7). Excelente exemplo de abençoar em Nome do Senhor está em 2Samuel 6.18, quando a arca da aliança foi trazida da casa de Abinadabe (em Quiriate-Jearim) e a levaram para Jerusalém conquistada por Davi.
 

Há bênçãos belíssimas:

  • De Isaque Para Jacó - Referência Gn 27.27-29
  • De Jacó Para filhos - Referência Gn 49.1-28
  • De Moisés Para povo de Israel - Referência Dt 33
  • De Sacerdotes Para Povo de Israel - Referência Nm 6.24-27
  • De Jacó Para José (em seus filhos) - Referência Gn 48.`15,16
  • O Salmo 128
  • De Jesus Para crianças - Referência Mc 10.14, 16

Na imensa maioria, destaca-se a marca do Nome do Senhor, ou seja, Seu caráter, Sua personalidade e Seu poder. A vontade de Deus é colocada sobre aquele por quem se orar, pois que o Nome do Senhor protege e abençoa (Nm 6.27). Não é uma simples palavra, pois "Eu-Sou-O-Que-Sou", ou seja, "Eu-Não-Mudo" (cf. Pv 18.10).
Há que tomar em consideração um importante fato: para abençoar é preciso ser uma bênção.
Em Números 16.9, a grande pergunta do Senhor é : "Acaso é pouco vós que o Deus de Israel vos tenha separado... para vos fazer chegar a si...?" Os levitas da Nova Aliança vivemos na disposição de continuar levando a arca, pois para tanto formos escolhidos; de lembrar ao povo a direção permanente de Deus; de recordar ao povo o pão dos céus, Jesus Cristo, o maná vivo; de ressaltar o apoio permanente no cajado de Arão agora brotando em Cristo Jesus. Vivemos, os levitas, na santa disposição de estar diante do Senhor, ou seja, de consagração contínua, efetiva, real, verdadeira baseada no amor, na disposição de ser. Vivemos na sagrada determinação de abençoar em Seu Nome, e para isso temos que ser uma bênção.


Pr Walter Santos Baptista

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Quando a Vida é Bela!

“Porque a Tua graça é melhor que a vida...” (Sl. 63,3).

Quem não se lembra do filme “A Vida é Bela”? Na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, Guido, filho de judeus, é mandado para um campo de concentração, juntamente com seu filho, o pequeno Josué. Guido é um homem simples, inteligente e espirituoso, um pai amoroso, e graças a isso consegue fazer com que seu filho acredite que ambos estão participando de um jogo, uma brincadeira, sem que o menino perceba o horror no qual estão inseridos. Em outras palavras, para Josué, a vida sempre é bela!

Contudo, penso que a vida não é tão bela assim. Senão, vejamos:

Segundo as Escrituras Sagradas, quando nossos primeiros pais pecaram, no Jardim do Éden, perderam a Graça, e foram logo em seguida sentenciados a uma vida extemporânea, não oportuna, fora da presença de Deus, trazendo consigo toda “sorte” de dores, mazelas e infortúnios: doenças, maldade, sofrimento. Já se observa que a vida está longe de ser bela!

Falta a Graça de Deus, que, por meio de Seu Filho Jesus, concede a Vida que satisfaz por sua qualidade, vida em abundância, a todos aqueles que creem em Seu nome. Vida verdadeira, que valha a pena ser vivida, vida íntima com Deus, vida com qualidade, estilo, e seus predicativos. Essa é a Vida Bela, sinônimo de Vida Eterna, que todo o mundo sonha e procura encontrá-la.

Sim, a Vida é Bela, quando a Graça de Deus é melhor que a vida.
Ora, pois, na vida, a morte é o fim. Na Graça, a morte é o começo. Na vida, o maior devora os menores. Na Graça, o Maior salvou os menores. A vida castiga os erros e deixa sérias consequências. A Graça perdoa os erros e faz das consequências preciosas lições para o crescimento espiritual. Na vida, fazemos tudo o que queremos. Na Graça, fazemos tudo o que é certo. Na vida, fazemos justiça com as próprias mãos. Na Graça, a justiça provém das perfeitas mãos de Deus. A vida é curta. A Graça é eterna. Na vida temos amigos. A Graça dá-nos irmãos. A vida é um amontoado de dúvidas. A Graça é a solução. A vida se perde na escuridão. A Graça dissipa as trevas com a luz de Cristo. A vida questiona. A Graça responde. A vida acontece no mundo. A Graça nos tira do mundo. A vida é vencida pela morte. A Graça vence a morte. A vida dá prazer. A Graça dá salvação.

Enfim, a Vida é Bela, quando há um encontro real com Jesus! Dizem as Sagradas Escrituras: “Quem tem o Filho tem a Vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a Vida (I Jo. 5,12)”.  “Eu vim para que tenham Vida, e a tenham com abundância”. (Jo. 10,10).


Só Jesus pode tornar a Vida Bela! Vamos viver Vida com Deus, Vida com o Filho de Deus, Vida com a Graça de Deus, Vida com o amor de Deus! Vida Bela! Viva a Vida!

Presbítero Maurício